E aí pessoal qual a resposta? Preocurei, mas as respostas são sempre opostas.
Paulo Oliveira
há 12 anos
Para aqueles que admitem a possibilidade de crime praticado por pessoa jurídica (majoritário), é possível. Mais grave de todos os crimes contra a honra, a calúnia está prevista no art. 138 de nosso Código Penal e, em seu caput, aduz: “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime”. Nos dizeres de Cezar Roberto Bitencourt, “o bem jurídico protegido, pela tipificação do crime de calúnia, (...) é a honra objetiva, isto é, a reputação do indivíduo” (BITENCOURT, 2010).
No estudo da possibilidade da pessoa jurídica figurar como sujeito passivo da calúnia, um aspecto de clara relevância se faz presente, qual seja, a imputação de um fato definido como crime, elemento objetivo do tipo penal em análise. Deste modo, para uma pessoa moral ser caluniada, pressupõe-se sua aptidão para o cometimento de crimes, ou seja, sua responsabilidade penal. Destaque-se o fato de que o STJ admitiu a responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais, mas desde que haja a imputação simultânea do ente moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em seu benefício (teoria da dupla imputação).
Portanto, pela possibilidade da atribuição da autoria delituosa nos crimes ambientais às pessoas jurídicas, estas tornam-se aptas a serem caluniadas no que se refere a tais tipos penais, reconhecendo-se a possibilidade de figurarem como sujeito passivo do crime de calúnia, desde que o fato, falsamente imputado e definido como crime, adeque-se a uma das previsões da Lei 9.605/98.
Reafirmando,na calúnia, pelo que está consolidado em nossa legislação vigente, admite-se apenas uqando a imputação for de fato definido como crime ambiental. Sugestão olhar esse artigo, no site: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-pessoa-juridica-como-sujeito-passivo-dos-crimes-contra-a-honra-uma-analise-da-estrutura-delituosa,40031.html
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Vinícius Garcia Culasso
há 12 anos
Bom dia Colega, a Pessoa jurídica não responde por crimes, exceto pelos crimes ambientais.
Destarte o fato de que o STJ admitiu a responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais, mas desde que haja a imputação simultânea do ente moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em seu benefício (teoria da dupla imputação).
Então para crimes como o supramencionado não pode figurar no pólo passivo a PJ.
Carlos Joel de Lima
há 12 anos
Não pode a pessoa jurídica ser vítima da calúnia, segundo o STF,pois sendo a calúnia a falsa imputação de um fato definido como crime, perante nossa lei só a pessoa física pode ser ofendida, pois no código penal os crimes contra a honra são crimes contra a pessoa ( RT 445/476 e RT 453/462), SALVO o fato a ela atribuído, falsamente, deva está previsto como crime ambiental ( Lei 9.605/98), onde prever que "as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativamente, civil e penalmente...". Portanto a pessoa jurídica que for falsamente imputada de crime contra o meio ambiente, terá legitimidade para requerer explicações em juízo para uma possivel reparação de danos causados contra a sua honra. Segundo o STJ (REsp 564960/SC, Rel. Ministro Gilson Dipp, Quinta turma, julgado em 02/06/2005, DJ 13/06/2005, p.33.) segue a corrente passiva nos casos de crimes ambientais.