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CASO CARANDIRÚ - SENTENÇA CONDENATÓRIA

Olá! Preciso de ajuda para fazer uma avaliacao sobre a sentença condenatória caso Carandiru,avaliando dolo direto e eventual e exclusão de ilicitude sobre obediência a ordem legal.


Alguém pode me dar uma luz?? auhsuahsuahsuhs


Obrigada desde já galera!!


http://www.terra.com.br/noticias/especial/carandiru/sentenca.htm

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Enviado por Josiane Moraes há 12 anos

Respostas

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Guilherme Burzynski Dienes

há 12 anos

Primeiro de tudo: Ubiratan é coronel da PM, que basicamente é a mais alta patente na hierarquia militar, e é um cargo que tem relação direta com o Secretário de segurança pública estadual para definir as diretrizes de atuação da PM.

A PM à luz da Constituição existe para manter a ordem pública, seja ela onde for, mas o modo que escolheram para mantê-la foi um só: na bala. Não foi na polícia de choque, ou polícia montada, mas na bala. Entrar em uma situação de conflito com o objetivo de pacificá-la portando uma arma de fogo ostensivamente deixa evidente que assume o risco de que se produza o resultado da morte de pessoas, logo se configura o dolo eventual.

 

O que não é apreciado no processo penal é a conduta do Secretário de Segurança Pública da época, talvez como longa manus, haja vista as suas próprias declarações dizendo que foi "necessária a intervenção" (fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-30/ingresso-da-pm-no-carandiru-foi-necessario-diz-ex-secretario-de-seguranca-publica). Ele testemunhou no processo, mas apenas para imputar uma culpa que poderia ser dele, se os métodos investigativos brasileiros fossem isentos politicamente, a outrem.

Dolo direto necessariamente deveria ser analisadas as inquirições testemunhais, pois neste caso a idéia central é de que o coronel Ubiratan possuia controle da intervenção, atuou nela, e assumiu o risco de que seus subordinados assassinassem pessoas, por mais que seja afirmado que foram todas em legítima defesa, o que é uma afirmação ridícula.

 

Militares são sujeitos ao código penal militar se não obedecerem, logo correm o risco de serem imputados crime de desobediência, bem como um processo administrativo disciplinar para apurar sua conduta, que muitas vezes pode ser parcial e injusto, agora exclusão de ilicitude por obediência à ordem legal é impossível: ele possui parcela direta de responsabilidade por utilizar de polícia com armas de fogo, e não polícia montada para contenção de tumultos. O que houve é um excesso e não existe ordem legal de matar, ou legítima defesa putativa perpétua para dizer que todos os presidiários tentariam matá-los, portanto deveriam morrer.

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