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Seminário VI - Regra-matriz de incidência - hipótese tributária

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Seminário VI
REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA – HIPÓTESE TRIBUTÁRIA
Questões
1. Que é regra-matriz de incidência tributária? Qual sua funcionalidade operacional no direito positivo?
Segundo o professor Paulo de Barros Carvalho, a regra matriz é “descrição de um acontecimento do mundo físico-social, ocorrido em condições determinadas de espaço e de tempo, que guarda estreita consonância com os critérios estabelecidos na hipótese da norma geral e abstrata”.
Seguindo a linha de raciocínio do ilustre professor Paulo de Barros, a funcionalidade operacional da regra matriz no direito positivo é que “a regra incumbida de conduzir a prescrição para dentro da ordenação positiva é de fundamental importância para montar a hierarquia do conjunto, axioma do próprio sistema jurídico”.
2. Que é hipótese de incidência tributária? Qual sua função na composição RMIT? Há necessidade de um critério pessoal compor a hipótese da RMIT? Por quê?
Conforme o livro Curso de Direito Tributário do professor Paulo de Barros, “a hipótese trará a previsão de um fato”. 
Na visão do Paulo de Barros, sua função será a de descritor, com intuito de designar o antecedente normativo. 
Não há necessidade de um critério pessoal compor a hipótese da RMIT, uma vez que esse critério pertence ao consequente. Assim, no antecedente terá o critério material (comportamento de uma pessoa), condicionado no tempo (critério temporal) e no espaço (critério espacial).
3. Que é incidência? Descrever, com suas palavras, a fenomenologia da incidência tributária, diferenciando, se possível, incidência de aplicação do direito.
A fenomenologia pode ser descrita da seguinte forma: o homem, ao confirmar, diante da interpretação de textos jurídicos, o enquadramento de um acontecimento no tempo, espaço e local disposto pela hipótese da norma geral e abstrata, o transforma em linguagem jurídica, mediante uma norma individual e concreta, originando o fato jurídico. Assim, para ele haverá uma relação jurídica correspondente, instaurada baseando-se no previsto pelo consequente da norma geral e abstrata.
Nesse sentido, a incidência da norma não ocorre naturalmente, é necessário que o fato seja descrito em linguagem competente para que se inicie o vínculo jurídico entre os envolvidos. 
4. Que é evento? E fato? E fato jurídico? Qual a relação entre fato jurídico e teoria das provas?
Nas palavras a professora Aurora Tomazini, o evento é a situação existencial organizada linguisticamente pelo fato, é um acontecimento empírico descrito pelo fato. Já o fato é o elemento linguístico capaz de organizar uma situação existencial como realidade.
Para o professor Paulo de Barros Carvalho, “a construção do fato jurídico nada mais é que a constituição de um fraseado normativo capaz de justapor-se como antecedente normativo de uma norma individual e concreta, dentro das regras sintáticas ditadas pela gramática do direito, assim como de acordo com os limites semânticos arquitetados pela hipótese da norma geral e abstrata”.
Segundo a autora Aurora Tomazini “os fatos jurídicos serão aqueles enunciados produzidos mediante procedimento próprio, realizado por agente competente e que podem sustentar-se em face das provas em direito admitidas” em outras palavras “São as provas jurídicas, e tão somente elas, que proporcionam, para o direito, o conhecimento dos fatos tidos, por ele, como relevantes. É por e meio delas que os fatos jurídicos são constituídos e mantidos no sistema”.
5. Por que a expressão “fato gerador” é equívoca? Analisar os arts. 4º; 16, 105, 113, §1º, 114 e 144 do CTN e o AREsp 215273 (vide anexo I), explicando o sentido em que o termo “fato gerador” foi empregado em cada uma de suas aparições.
Segundo o professor Paulo de Barros, “vício muito grave, qual seja a de aludirem, a um só tempo, a duas realidades essencialmente distintas: a) a descrição legislativa do fato que faz nascer a relação jurídica tributária; e b) o próprio acontecimento relatado no antecedente da norma individual e concreta do ato de aplicação”.
Art. 4º: foi usado como descrição legislativa do fato que faz nascer a obrigação.
Art. 16: foi usado como o próprio acontecimento.
Art. 105: foi usado como o próprio acontecimento.
Art. 113, § 1º: foi usado como o próprio acontecimento.
Art. 114: foi usado como o próprio acontecimento.
Art. 144: foi usado como o próprio acontecimento.
6. Diferençar: a data do fato jurídico tributário da data no fato jurídico tributário (vide anexo II) e, os conceitos de erro de fato e erro de direito.
A diferença entre a data do fato e a data no fato é que a primeira se refere à ocorrência do fato jurídico propriamente dito e o segundo se refere à ocorrência no mundo fenomênico.
Quanto ao erro de fato tem-se o apontamento de uma nova situação jurídica diferente daquela relatada na norma individual e concreta. Já o erro de direito é a divergência entre a norma individual e concreta e a norma geral e abstrata.
7. Identifique nos acórdãos abaixo qual foi o critério da regra matriz de incidência tributária objeto da ação judicial?
a) Recurso Extraordinário. Tributário. 2. Não incide Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) sobre embarcações (Art. 155, III, CF/88 e Art. 23, III e § 13, CF/67 conforme EC 01/69 e EC 27/85). Precedentes. 3. Recurso extraordinário conhecido e provido. (STF - RE: 379572 RJ, Relator: GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 11/04/2007)
Critério material
b) RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou serviço e a correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração contábil. O montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês, considerando-se o total de créditos decorrentes de aquisições e o total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços: análise contábil ou escritural do ICMS. 2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao ICMS há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da República, cumprindo-se o princípio da não cumulatividade a cada operação. 3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS, não se incluir todo ele na definição de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base de cálculo para incidência do PIS e da COFINS. 3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS transferido integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há como se excluir a transferência parcial decorrente do regime de não cumulatividade em determinado momento da dinâmica das operações. 4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS. (STF – RE 574706 / PR, Relatora: Min. Carmem Lucia)
Critério quantitativo
c) “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO. ARTIGO 156, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O arrendamento mercantil compreende três modalidades, [i] o leasing operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o chamado leaseback. No primeiro caso há locação, nos outros dois, serviço. A lei complementar não define o que é serviço, apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 156 da Constituição. Não o inventa, simplesmente descobre o que é serviço para os efeitos do inciso III do artigo 156 da Constituição. No arrendamento mercantil (leasing financeiro), contrato autônomo que não é misto, o núcleo é o financiamento, não uma prestação de dar. E financiamento é serviço, sobre o qual o ISS pode incidir, resultando irrelevante a existência de uma compra nas hipóteses do leasing financeiro e do leaseback. Recurso extraordinário a que se nega provimento.”(RE 592905, Relator Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 02/12/2009
Critério material
d) PI – IMPORTAÇÃO – PESSOA NATURAL– AUTOMÓVEL – AUSÊNCIA DE ATIVIDADE EMPRESARIAL DE VENDA – AFASTAMENTO PELO JUÍZO – INCIDÊNCIA DO TRIBUTO RECONHECIDA NA ORIGEM – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. Possui repercussão geral a controvérsia acerca da incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI na importação de veículo automotor, quando o importador for pessoa natural e o fizer para uso próprio, considerados ainda os limites da lei complementar na definição do sujeito passivo. (STF - RE 723651 RG / PR, Relator: Min. Marco Aurélio)
Critério pessoal
e) TRIBUTÁRIO. FORNECIMENTO DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR (SOFTWARE).CONTRATO DE CESSÃO DE USO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PERSONALIZADOS.ISS. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE QUALQUER UM DOS VÍCIOSELENCADOS NO ART. 535 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE EFEITOSINFRINGENTES. 1. O entendimento de que a jurisprudência desta Corte de Justiça firmou-se no sentido de que os programas de computador desenvolvidos para clientes, de forma personalizada, geram incidência de tributo do ISS não conflita com o conteúdo da Súmula Vinculante 31 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual "é inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis."2. A embargante, inconformada, busca, com a oposição destes embargos declaratórios, ver reexaminada e decidida a controvérsia de acordo com sua tese.3. A inteligência do art. 535 do CPC é no sentido de que a contradição, omissão ou obscuridade, porventura existentes, só ocorre entre os termos do próprio acórdão, ou seja, entre a ementa eo voto, entre o voto e o relatório etc, o que não ocorreu no presente caso. Embargos de declaração rejeitados. (STJ - EDcl no AgRg no AREsp: 32547 PR 2011/0101397-7, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento:
Critério pessoal
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