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Prof. Severino Rodrigues de Farias Neto Unidade Acadêmica de Engenharia Química Operações Unitárias II Trocadores de calor – Definição de MLDT 06/06/2016 Diferença de temperatura em um trocador de calor Prof. Severino R. de Farias Neto 2 Nesta figura está representado um trocador de duplo tubo operando em contracorrente. No estado estacionário, as temperaturas de cada fluido podem ser consideradas constantes em qualquer seção transversal normal ao escoamento. t1 t2 T1 T2 Diferença de temperatura em um trocador de calor Prof. Severino R. de Farias Neto 3 O balanço de energia no estado estacionário pode ser definido por: dq U t dA Quantidade de calor trocada na área dA Diferença de temperatura (T – t) ln 1 1 1 i i o o U r h A kA h A Coeficiente Global de transmissão de calor U, baseado na área externa do tubo interno Ao Diferença de temperatura em um trocador de calor Prof. Severino R. de Farias Neto 4 Lembrando que a quantidade de calor trocado pode ser representada por: f f q qp pdq c dt c dT U T t dA ln 1 1 1 i i o o U r h A kA h A Se o calor específico de cada fluido é constante, ou puder ser representado por um valor médio no intervalo de variação de temperatura de cada fluido, a relação entre a temperatura de cada fluido e o calor trocado é linear. Diferença de temperatura em um trocador de calor Prof. Severino R. de Farias Neto 5 O mesmo ocorrerá com o t, sua relação com q também é linear. • Observe esse comportamento na Figura abaixo: Fluido quente T Fluido frio t Diferença t T2 t1 t2 T1 t2 t1 0 q T e m p e ra tu ra Diferença de temperatura em um trocador de calor Prof. Severino R. de Farias Neto 6 Ao se observar a figura anterior pode-se concluir que: 1 1 2 2 2 1e t T t t T t A diferença de t em relação a q pode ser expressa como: 1 2 d t t t dq q Substituindo nesta equação, tem-se: dq U t dA 1 2 1 2ou, ainda, d t d tt t t t dA U t dA q U t q Diferença de temperatura em um trocador de calor Prof. Severino R. de Farias Neto 7 Integrando-se: 1 2 1 2 0 t A t d t t t dA U t q Se considerado U constante: 1 1 2 2 1 ln t t t A U t q 1 2 1 2 MLDT ln t t q U A U A t t MLDT é a média logarítmica das diferenças de temperatura. Diferença de temperatura em um trocador de calor Prof. Severino R. de Farias Neto 8 1 2 1 2 MLDT ln t t q U A U A t t diâmetro externo do tubo interno do trocador duplo tubo. - Comprimento total do trocador considerando todos os grampos conectados em série. e e d A d L L Diferença de temperatura em um trocador de calor Lembre-se que, para dedução da MLDT foram feitas as seguintes considerações: 1. Vazões constantes (regime permanente); 2. Perdas de calor desprezíveis (qq = qf); 3. Calor específico constante; 4. Não há mudanças de fases parciais (válido para troca de calor sensível e com condensação ou vaporização; 5. U constante ao longo do trocador de calor; 6. Temperatura de cada fluido é constante em qualquer seção transversal. Prof. Severino R. de Farias Neto 9 Operação em paralelo 10Prof. Severino R. de Farias Neto • Os dois fluidos entram no trocador de calor na mesma extremidade e o percorrem no mesmo sentido; • Na extremidade de entrada tem-se a maior temperatura do fluido quente e a menor temperatura do fluido frio, portanto maior diferença de temperatura entre os fluidos; • Ao longo do equipamento Esta diferença vai diminuindo. Operação em paralelo 11Prof. Severino R. de Farias Neto 2 1 ln 2 1 ln T T T T T 1 ,1 ,1 , , h c h i c i T T T T T 2 ,2 ,2 , , h c h o c o T T T T T Operação contracorrente 12Prof. Severino R. de Farias Neto • Nesse tipo de operação os fluidos entram no equipamento em extremidades opostas, percorrendo-o em sentidos contrários; • A diferença de temperatura entre os fluidos é mais homogênea ao longo do trocador de calor, comparando-se com a operação em paralelo. Operação contracorrente 13Prof. Severino R. de Farias Neto 1 2 ln 1 2 ln T T T T T 1 ,1 ,1 , , h c h i c o T T T T T 2 ,2 ,2 , , h c h o c i T T T T T Comparação Prof. Severino R. de Farias Neto 14 Exemplo 1 • Um fluido quente entra num trocador de calor de tubos concêntricos a uma mesma temperatura de 300°F e deve ser resfriado a 200°F por um fluido frio que entra a 100°F e é aquecido a 150°F. O escoamento deverá ser paralelo ou contracorrente? Contracorrente: Prof. Severino R. de Farias Neto 15 1 2 300 200 150 100 150 100 o o o o o o F F T F T F F F 2 1 ln 2 1 150 100 123.5 150 2.3logln 100 oT TT F T T Exemplo 1 • Paralelo: A média logarítmica das diferenças de temperatura (MLDT) no escoamento paralelo é menor do que no escoamento contracorrente Prof. Severino R. de Farias Neto 16 1 2 300 200 200 50 100 150 o o o o o o F F T F T F F F 2 1 ln 2 1 200 50 108 200 2.3logln 50 oT TT F T T Prof. Severino R. de Farias Neto 17 Área média logaritma Prof. Severino R. de Farias Neto 18 Lembrando que: ln 1 1 1 i i o o U r h A kA h A 2 dT dT q kA k rl dr dr 2e e i i r T r T dr k l dT r q 2 ln e e i i r k l T T r q 2 2 2 ln e e i i l l r k l T T r q Área média logaritma Prof. Severino R. de Farias Neto 19 Sabendo que: 2 2 2 ln e e i i l l r k l T T r q 2 ln e e i i A k l T T A q Ak q T L 2 ln ,e e i e i i A k l T T com L R R AkA T L Então, Área média logaritma Prof. Severino R. de Farias Neto 20 22 ln ln e ie e i i e i l R RA Al AA A A R R ln 2 ln ln i e e i i i e e l R R A A A A A A A A Área média logaritma Prof. Severino R. de Farias Neto 21 ln 2 ln e i e i l R R A A A 2 ln e i e i k l q T T A A Combinando estas equações: Chega-se a: ln ln , e i e i k e i k T TkA r q T T com R R R R kA