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Discente: Maria Edisandy Bezerra dos Santos 
Docente: Mayara Dantas 
Disciplina: Logoterapia P7 Noturno 
 
 
Apontamentos a luz da Logoterapia para condução de caso 
Em primeiro momento diante das circunstâncias apresentadas na sessão 10 no caso 
descrito que consistia em choro compulsivo, relata tentativa de enforcamento com o crachá do 
trabalho durante a semana e ideação suicida constante, inclusive durante o atendimento. O 
psicoterapeuta (o) deve mostrar-se interessado, estando de fato presente, com uma escuta 
ativa e sem julgamentos, fazendo com que ele se sinta acolhido e compreendido. 
Vale destacar a importância de o psicoterapeuta (o) incluir no contrato terapêutico a 
quebra do sigilo com o consentimento do cliente, pois conforme o artigo 10 do Código de 
Ética Profissional do Psicólogo (2005), em casos de risco, como o suicídio, o psicólogo (a) 
poderá e deverá decidir pela quebra do sigilo, baseando sua decisão na busca do menor 
prejuízo, a fim de preservar a vida do paciente. 
Além disso, com pacientes suicidas/ tentativas de suicídio é imprescindível que o 
terapeuta disponibilize o seu número de telefone, para que o paciente possa entrar em contato 
em momentos de desespero e emergência, mesmo fora do horário comercial. Bem como tenha 
o contato de uma ou duas pessoas de confiança para avisar e repassar o que for pertinente. 
O pensamento suicida aparece como uma suposta solução final para algum sofrimento, 
todavia não surge de uma hora para outra, muitas coisas ocorreram ate chegar a possibilidade 
de tentativa de suicídio e esse esta intimamente atrelado a cosmovisão do sujeito, ou seja, qual 
sua perspectiva sobre o mundo, a vida e sua existência. 
Pode-se depreender durante as sessões que P 19 sente-se culpa pelos gastos e trabalho 
dado aos pais desde a infância fazendo com que ele se veja como um peso para a família e 
tenta desesperadamente oferecer algum retorno financeiro ao sistema familiar. Desse modo, 
ao iniciar o trabalho se deparou com ainda angustia desmontara que P19 se encontra com uma 
visão restrita e sem aplicação de valores (criativos, atitudinais e vivências) e isso induz ao 
entendimento que o paciente encontra-se na iminência de um vazia existência patológico em 
que o homem não tendo sucesso em encontrar esse sentido acaba se frustrando e caindo no 
aborrecimento, depressão, angústia, ou como diria Frankl na tríade da neurose de massa: a 
depressão, a agressão, e a toxicodependência (Frankl, p. 25, 2016). 
No caso de P19 pode-se utilizar o dialogo socrático permitindo que o sujeito olhe 
analiticamente outras opções e alternativas para formulação de estratégias e respostas frente as 
suas demandas e que não seja único e exclusivamente o suicídio. Ademais, salientar na 
 
 
 
condução do caso a noção de liberdade e responsabilidade fazendo com o paciente reflita que 
a liberdade tenha direção transcendente não só “liberdade de”, mas “liberdade para”. 
Bem como, ratificar que a busca por si só pode ser um caminho doloroso repleto de 
obstáculos que em sua grande parte trazem confusão interna com relação aos fatos e que o 
fato de um indivíduo não ter em sua existência um sentido para viver, pode causar um vazio 
existencial. Todavia, a psicoterapia pode ajudar e um exemplo é aplicação de técnicas através 
como a derreflexão com base no referencial trago pelo paciente que em questão visualiza a 
faculdade como um ponto de encontro e significados o paciente pode em alguns momentos 
vê-se livre das pressões que lhe afligem e por isso consegue alcançar seu objetivo e romper 
com a neurose apartir do autodistancimento. 
Outra técnica a ser utilizadas é o logograma – projeções de futuro proporcionando 
conteúdos e provocando a reflexão e construção do conhecimento, acerca de sua própria 
percepção de sentido da vida e junto com P19, buscar a ampliação da consciência, onde o 
indivíduo falará e entendera sobre o que sente o seu vazio existencial no aqui e agora, bem 
como vislumbrar um futuro entrando em contato com o sofrimento, suas crises existenciais 
mas também a sua potencialidade de atravessamento a partir da sua liberdade de sentido e 
concretização de valores.