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Mapa Mental - Grátis Resumão jurídico Direito Administrativo 1.1 - Material Claro e Objetivo em PDF para Estudo Rápido

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www.bafisa.com.br Resumão Jurídico 1 ANTONIO CECÍLIO MOREIRA PIRES DIREITO ADMINISTRATIVO Direito Administrativo é conjunto harmônico de 9. Princípio da auto-executoriedade Prerrogativa próprio Judiciário. É no Executivo, no entanto, que princípios que regem os órgãos, os agentes e as ativi- da Administração Pública de poder converter em mais se encontram órgãos administrativos aptos a dades públicas. Para atender a seus fins, Estado atua atos materiais suas pretensões jurídicas, sem se transformar em realidades concretas as previsões abs- em três sentidos: administrativo, legislativo e jurisdi- socorrer do Judiciário. tratas da lei. cional. Em qualquer deles, Direito Administrativo 10. Princípio da autotutela A Administração orienta a organização e funcionamento de seus servi- Pública pode anular os próprios atos quando eiva- Desconcentração administrativa ços, a administração de seus bens, a regência de seu dos de vícios que os tornem ilegais, porque deles É a distribuição de competências dentro de uma pessoal e a formalização de seus atos de administração. não se originam direitos, ou revogá-los por motivo mesma pessoa jurídica. de conveniência e oportunidade (Súmula 473 do Fontes do Direito Administrativo STF). Descentralização a) Lei E a fonte primária do Direito Administrativo, 11. Princípio da hierarquia Os órgãos da adminis- Ocorre quando, por lei, determinadas competências abrangendo a Constituição, as leis ordinárias, dele- tração são estruturados de tal forma que existe sem- são transferidas a outras pessoas jurídicas. Pressupõe gadas e complementares e os regulamentos admi- pre uma relação de infra-ordenação e subordinação. nistrativos. a existência de uma pessoa distinta do Estado, que, Desse princípio resultam outros poderes, como b) Doutrina É resultante de estudos feitos por espe- investida dos necessários poderes de administração, disciplinar. exercita atividade pública ou de interesse público. cialistas, que analisam sistema normativo e vão 12. Princípio da indisponibilidade do interesse resolvendo contradições e formulando definições e público Administrar é realizar uma atividade de Administração direta e indireta classificações. zelo pelos interesses públicos e não cabe à c) Jurisprudência É conjunto de decisões reitera- a) Direta E conjunto de órgãos das pessoas políti- Administração deles dispor. As pessoas administra- cas que têm como função típica a atividade admi- das e uniformes, proferidas pelos órgãos jurisdicio- tivas não têm, portanto, disponibilidade sobre os nistrativa do Estado, por determinação do direito nais ou administrativos, em casos idênticos ou interesses públicos confiados a sua guarda e reali- positivo. semelhantes. zação. b) Indireta É constituída pelas pessoas jurídicas dis- d) Costume a norma jurídica não escrita, origina- 13. Princípio da razoabilidade Exige que os atos tintas do Estado, cuja função típica é a atividade da da reiteração de certa conduta por determinado não sejam apenas praticados com respeito às leis, administrativa pública, por determinação do direito grupo de pessoas, durante certo tempo (usus ele- mas que também contenham uma decisão razoável. positivo. Excepcionalmente, algumas dessas enti- mento objetivo), com a consciência de sua obriga- Sempre deve haver uma razoabilidade, adequação, dades sociedades de economia mista e empresas toriedade (opinio juris vel necessitatis elemento proporcionalidade entre as causas que estão ditan- públicas exercem atividade econômica que não é psicológico). do ato e as medidas que vão ser tomadas. típica da Administração Pública. 14. Princípio da motivação A Administração é PRINCÍPIOS obrigada a indicar os fundamentos fáticos e de Entidades da Administração indireta direito de suas decisões, de modo a permitir con- trole dos atos administrativos. Autarquia Podem ser definidos como os alicerces de uma pessoa jurídica de direito público, criada por lei, ciência, condicionando toda a estruturação subse- qüente. Quatorze são os princípios que devem nortear A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA com capacidade de auto-administração, para desempe- nho de serviço público descentralizado. Não está hierar- a Administração Pública, dos quais os cinco primeiros quicamente subordinada à entidade estatal que a criou. estão definidos na Constituição (art. 37, caput): É aparelhamento do Estado destinado à realiza- patrimônio inicial das autarquias é formado ção de serviços, visando à satisfação de necessidades com a transferência de bens móveis e imóveis da 1. Princípio da legalidade administrador público coletivas. Para cumprir esse objetivo, a Administração entidade matriz, que se incorporam ao patrimônio está sujeito aos mandamentos da lei e às exigências age por meio de entidades, que se classificam em: da nova pessoa jurídica. do bem comum e deles não se pode afastar ou des- Os bens e as rendas das autarquias são considera- viar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à a) Entidades estatais Pessoas jurídicas de direito dos patrimônio público. responsabilização disciplinar, civil e criminal, con- público que integram a estrutura constitucional do orçamento das autarquias é idêntico ao das enti- forme caso. Estado e têm poderes políticos e administrativos, dades estatais. 2. Princípio da moralidade (ou da probidade admi- tais como a União, os Estados membros, os Muni- Os contratos das autarquias estão sujeitos a lici- nistrativa) A moralidade administrativa constitui cípios e DF. tação. pressuposto de validade de todo ato da Administração b) Entidades autárquicas Pessoas jurídicas de As autarquias sujeitam-se ao controle administra- Pública. Sempre que comportamento desta ofender direito público de natureza meramente adminis- tivo ou tutela, que é exercido pela entidade estatal. a moral, os costumes, as regras da boa administração, trativa. Os agentes públicos de uma autarquia são servido- a Justiça, a a idéia de honestidade, tratar- c) Entidades fundacionais Pessoas jurídicas de res públicos, assim entendidos aqueles que mantêm se-á de uma ofensa ao princípio da moralidade. direito público assemelhadas às autarquias se insti- com Poder Público uma relação de trabalho, de 3. Princípio da impessoalidade Critério para evitar tuídas pelo Poder Público. natureza profissional e caráter não eventual. favoritismos ou privilégios. A Administração não d) Entidades paraestatais Pessoas jurídicas de As autarquias nascem com os privilégios adminis- pode, no exercício da atividade administrativa, direito privado cuja criação é autorizada por lei trativos da entidade que as instituiu. atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas para a realização de obras, serviços ou Autarquia de regime especial E aquela à qual a determinadas, uma vez que é interesse público atividades de interesse coletivo. lei instituidora confere privilégios específicos e seu elemento norteador. 4. Princípio da publicidade É a divulgação oficial aumenta sua autonomia em comparação com as Conceito de órgãos públicos autarquias comuns, sem infringir os preceitos consti- do ato para conhecimento público e início de seus São centros de competência instituídos para 0 de- tucionais. Exemplos: Banco Central, Universidade efeitos externos. A publicidade é requisito de eficá- sempenho das funções estatais. de São Paulo. cia de qualquer ato administrativo. 5. Princípio da eficiência (introduzido pela Emenda Competência administrativa Fundação Constitucional 19) Obriga a Administração Pública E a medida do poder administrativo estatal conferi- Pessoa jurídica de direito privado, pode ser defini- a desenvolver mecanismos para exercício de uma da pelo ordenamento jurídico aos diversos órgãos da da como uma universalidade de bens personalizada, atividade administrativa célere e com qualidade. pessoa administrativa. Essa parcela de poder equivale em atenção ao fim, que lhe dá unidade. Segundo 6. Princípio da isonomia (ou da igualdade entre os a função do órgão. Maria Sylvia Zanella Di Pietro, "quando 0 Estado ins- administrados) A Administração não pode esta- titui pessoa jurídica sob a forma de fundação, ele pode belecer privilégios de tratamento entre os cidadãos, Avocação e delegação de competência atribuir a ela regime jurídico administrativo com todas devendo tratar a todos igualmente. Requisito de ordem pública, a competência é as prerrogativas e sujeições que são próprias, ou 7. Princípio da supremacia do interesse público A intransferível e improrrogável. Excepcionalmente, a subordiná-las ao Código Civil". Administração existe para a realização dos fins pre- satisfação do interesse público pode autorizar 0 aban- Fundação de direito público Aplicam-se às fun- vistos na lei, cujo interesse representa convenien- dono transitório da regra, surgindo, assim, a avocação dações públicas, além das normas de natureza pública, cias e necessidades da própria sociedade, e não pri- e a delegação: a avocação ocorre quando órgão as seguintes características: vadas. Assim, havendo conflito entre coletivo e superior chama a si atribuições do inferior; a delega- presunção de veracidade e executoriedade de seus individual, reconhece-se a predominância do pri- ção, quando órgão superior transfere atribuições atos administrativos; meiro. As leis administrativas exprimem a posição suas ao subordinado. inexigibilidade de inscrição de seus atos constituti- de superioridade do público sobre particular. vos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas; 8. Princípio da presunção de legitimidade (ou da Organização da Administração Pública não submissão à fiscalização do Ministério Público; presunção de veracidade do ato administrativo) A Administração é 0 conjunto dos órgãos que de- impenhorabilidade de seus bens e sujeição ao pro- E concebido sob dois aspectos: a presunção de sempenham a atividade administrativa e não ativida- cesso especial de execução estabelecido pelo art. legalidade e a presunção de verdade, que diz respei- des políticas. E por isso que Administração nas 100 da Constituição; to à certeza dos fatos. secretarias e serviços auxiliares do Legislativo e no prescrição de suas dívidas.