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Isolamento de Listeria monocytogeneses Introdução → Família listeriaceae, Listeria monocytogenes é a espécie de importância, por ser um microrganismo emergente, isolada em alimentos de origem animal e envolvida em surtos atuais → Crescimento intracelular: mais difícil tratamento, sendo invasivo, apresentando sintomas e patogenicidade mais críticos (principalmente para os grupos de risco). Os grupos de risco são imunodeprimidos, idosos, crianças e gestantes → Padrão na atual legislação: antigo era ausência, hoje é até 100 UFCs em determinados alimentos, porém os alimentos destinados para grupo de risco ainda é ausência → A pasteurização do leite é o suficiente para eliminação da bactéria Características → Características morfotintoriais: bastonetes gram + flagelados → Características fisiológicas são muito sensíveis a temperaturas elevadas. Podem crescer de temperatura baixas até 49, podendo se desenvolver em temperatura de geladeira e durante o congelamento sobrevivem, sendo psicotroficos. Se for feito o tratamento térmico adequado ele se invibializa. Tolera sal até 10%. Em relação ao pH, precisa estar acima de 4,4 e até 9, o seu pH ótimo é em torno de 7. É um dos poucos microrganismos patogênicos que conseguem sobreviver em atividade de água em torno de 0,92. → Características epidemiológicas: ● Histórico: a importância do estudo desse microrganismo é causar enfermidades vinculadas a alimentos que podem ser autolimitantes (geralmente) ou levar a quadros graves em imunocomprometidos e causar óbito. Na década de 70, a microbiologia de alimentos se desenvolveu muito por conta das novas biotecnologias (genética, microscopia). Na década de 80, a listeriose causou transtorno severos a muitas populações e isso junto os avanços da década de 70 levaram a maiores estudos e informações sobre esse microrganismos ● Está presente nos mais diferentes ambientes e animais (até inseto, peixes e anfíbios tem), tem distribuição cosmopolita. A contaminação se dá através de alimentos contaminados, como laticínios, produtos cárneos e vegetais. Nos animais habitam o trato gastrointestinal ● Pode causar duas síndromes (se apresentam de duas formas nos hospedeiros): ○ Gastrointestinal: ocorre pela colonização do TGI pela bactéria, possui período de incubação de 8 a 16h e após a pessoa tem enjoo, mal estar, vômitos e diarreia. Transmissão se dá pelo consumo de alimentos que não foram tratados termicamente ou que são consumidos crus ○ Forma invasiva: é rara e muito grave, que ocorre quando a bactéria ultrapasse a barreira intestinal e realize bacteremia, atingindo diferentes órgãos (e assim, se transforma na forma invasiva). Pessoas saudáveis dificilmente desenvolvem a forma invasiva ● Sinais clínicos: depende do órgão acometido que o MO vai se instalar e estado de saúde da pessoa ○ Em mulheres grávidas pode provocar aborto, feto natimorto ou nascimento pré maturo (nesse caso o feto pode ter lesões serias). Sendo portanto, uma infecção bastante preocupante, quando não leva ao óbito pode ter lesões sérias no recém-nascido. ○ Em idosos ou imunocomprometidos pode causar meningite ● Prevenção: considerando as consequências da listeriose, percebemos a importância da prevenção, que se da por meio de alimentos seguros, tratados termicamente (embutidos, produtos lácteos, cárneos). A presença desse microrganismos não altera nem odor e nem sabor do alimento O tratamento é com base em antibioticoterapia Padrão microbiológico → Alimentos pronto para consumo (APC): n=5; c=1, m=102 → Alimentos para lactantes vão ter n=10, c=0, m = ausente → Meios de cultura básicos: devem ter a capacidade de recuperar concentrações baixas de microrganismos como 100 unidades por grama ou ml de alimento. Os meios analíticos devem ser finos e sensíveis para recuperar esses microrganismos injuriados (sofre dano fisiológico, mas não morre, logo está viva e não cultivável) ou em baixas concentrações. Tem uma etapa de cultivo em meio líquido não seletivo para enriquecimento e depois, os meios que cresceram (apresentaram turbidez), passam para cultivo em placa em meios muito seletivos, após isolada a colônia vai para análises nas provas bioquímicas. Também é possível isolar a partir de amostras de sangue do paciente em casos de bacteriemia Isolamento de Clostridium perfringens Introdução → Pode desencadear três processos nocivos aos seres humanos: infecção alimentar, enterite necrótica e gangrena gasosa → Está entre os cinco microrganismos mais frequentes em intoxicações alimentares, veiculados por carnes bovinas e frango - principalmente em peças maiores, geralmente em ambientes festivos com volume maior de alimentos (que cria ambiente de anaerobiose, reduz a troca de O2 com ambiente e temperatura não foi suficiente para eliminar os esporos) Características → Características morfotintoriais: bastonetes gram +, imóveis, capazes de produzir esporos, o que torna esse microrganismo muito resistente a temperatura elevada → Características fisiológicas: temperatura de 43 a 45°C (termófila); anaeróbio; formador de esporos: posição do esporo no esporângio é terminal (diferente do B. cereus); germinação ocorre quando é submetida à choque/estresse térmico (aquecimento), passam de esporo para a forma vegetativa; pH ótimo de 6 a 7, faixa de crescimento de 5 a 9; reprodução rápida e criptobiótico (capaz de se reproduzir desde que as condições estejam favoráveis); → Características ecológicas: ampla distribuição ambiental: a carga inicial no alimento deve ser a menor possível - é necessário higiene no processamento; capaz de sobreviver por muito tempo no solo → Características gerais: são classificados de acordo com seus sorotipos, os quais são denominados de acordo com o tipo de enterotoxina que produzem = é um fator de agressão, pode produzir as toxinas A, B, C, D, E e F, sendo a A a mais preocupante (CPE), quanto a enterite necrótica o tipo C é o mais preocupante Patogênese → Sorotipo A: a forma vegetativa é ingerida e chega ao intestino delgado, onde produz toxina em seu interior e, depois, rompe o esporângio, liberando-a (causa infecção). Essa toxina penetra e adere na membrana citoplasmática da célula da vilosidade intestinal, alterando sua permeabilidade seletiva formando poros, o que leva ao quadro de diarreias e desequilíbrio hidroeletrolítico, cólicas e dor abdominal. Seu período de incubação é de 8-16h após o consumo nado, é uma típica infecção alimentar e causa doença autolimitante (sintomas duram em torno de 24h) sem grandes repercussões Padrão microbiológico → n = 5; c = 1; m = 10²; M = 10³, costumam causar doença quando há > 10⁶ Isolamento de Staphylococcus Coagulase positivo Introdução → Ênfase dada ao grupo Staphylococcus Aureus, é um importante desencadeador de intoxicação alimentar, uma das mais frequentes causadoras de infecções alimentares no planeta como todo (classificada como categoria 3 = moderada agressão com evolução autolimitante, mas gera desconfortos significativos). A bacteremia pode gerar osteomielite, meningite, endocardite, conferindo um alto grau de mortalidade. Os grandes veiculadores são manipuladores de alimentos com feridas de pele ou portadores assintomáticos. Essas bactérias estão cada vez mais resistentes à microbianos e adaptadas → Epidemiologia: os alimentos mais envolvidos são produtos lácteos (leite, creme de leite, manteiga) e cárneos (frango, presunto). Em processados, indicam problemas de higiene, manipulação, sanitização e temperaturas. Em crus, relacionados a animais doentes (mastite) e contaminações humanas (manipulação) Características → Características morfotintoriais: cocos gram + (forma de cacho de uva), não formam esporos (em processos de pasteurização são sensíveis a altas temperaturas e podem ser inativadas, mas a sua enterotoxina não é), imóveis, anaeróbios facultativos, catalase + e oxidase - → Característicasfisiológicas: temperatura de 35-37°C (mesofílicos); capaz de se desenvolver na presença de NaCl (sal) 5-10% (meio manitol salgado pode ser utilizado, mas cresce na ausência também); capaz de crescer com atividade de água baixa (diferente da maioria dos microrganismos - Aw 0,99-0,83); pH ótimo de 7-7,5, mas pode ir de 4,7 até 9,3; aeróbios ou anaeróbios facultativos (nunca será anaeróbio) ou até microaeróbios → Características ecológicas: o reservatório importante é o ser humano (portador sintomático ou assintomático) pela manipulação de alimentos. Presente no trato respiratório superior (narinas) de 60% da população (em condições normais não causa doença); pode estar presente no solo e água Patogênese → Intoxicação provocada pela ingestão do alimento contendo a enterotoxina pré formada // Período de incubação: de 30 min até no máximo 7h → Sintomas: náusea, vômito, diarréia, dor abdominal,, raramente é fatal. O tratamento geralmente é sintomático, com foco na hidratação // Higiene: manuseio de alimentos com as mãos limpas e luvas Metodologia analítica → Diluição e plaqueamento: transfere 0,1 mL de alíquota no centro e espalhar com bastão de hockey, fazendo semeadura por superfície (pour plate) no meio de cultura Agar Baird Parker (que possui características que impedem outros microorganismo de crescer) adicionado de emulsão de gema, que permite tanto o crescimento e como a visualização da atividade lipolítica e proteolítica (aparecimento de halo de transparência na proteólise e precipitação ao redor da colônia na lipólise) e de telureto de potássio (confere coloração negra da colônia). Então, ocorre a incubação a 37°C por 24h das placas invertidas → Colônia característica enegrecida com halo esbranquiçado de precipitação e halo transparente → Teste da coagulase: transfere 0,3 mL de cada tubo com BHI para tubos estéreis contendo 0,3 mL de plasma de coelho e ocorre a incubação de 35-37°C por 24, para verificar presença de coágulos ● Reação -: sem coágulo / Reação +: formação de grumos, se desprendem caso o tubo seja invertido ANOTAR ESSA PARTE DE REACAO DO resumo Padrão microbiológico → n = 5; c = 1; m = 10²; M = 10³ Enumeração e Identificação de Bacillus cereus Introdução → É um microrganismo com capacidade de formar biofilme, é proteolítico, tem capacidade de formar esporos, possuindo grande importância na indústria → Taxonomia é dificultada pela elevada heterogeneidade nas característica genotípicas e fenotípicas, logo a nomenclatura Bacillus cereus corresponde a um grupo latu sensus → Epidemiologia: o solo é seu reservatório natural, é uma causa conhecida de mastite, especialmente em ovelhas e novilhas. Causa infecções oculares, abscessos, meningite, septicemia e infecção de feridas Importância na indústria de alimentos → Problema sério nas indústrias devido a sua capacidade de formar esporos termoresistentes, os quais são resistentes ao calor e podem se aderir fortemente a superfícies, incluindo aço inoxidável → Formação de biofilme é extremamente resistente, em que se forma uma película contendo inúmeros microrganismos. Suas características de hidrofobicidade e presença de filamentos tornam sua remoção muito difícil. Isso é um ponto crítico na indústria de leite, na qual o problema são as tubulações, que são de difícil limpeza, podendo, assim, ter a formação de biofilmes. A água não dissolve o biofilme, por isso, deve-se ter um controle permanente, não se deve deixar chegar nessa situação. É preciso fazer uma pesquisa sistemática para saber se está tendo algum problema na matéria-prima → Gera defeitos no leite UHT: de sabor, amargor do creme, coagulação e ação de lipases, fosfolipases e proteinases secretadas pelo B. cereus. É um MO proteolítico e o leite é composto de água e proteína → Uma larga variedade de alimentos tem sido associada em surtos, tais como carnes, leite, peixes, arroz, batatas, massas, queijos, misturas com molhos, pudins, sopas, assados e saladas - não tem um específico → Mediadas de controle: tratamento térmico adequado, manutenção da temperatura acima de 65ºC depois do alimento pronto, resfriamento rápido para armazenar Características → Características morfotintoriais: bastonetes gram + delgados e em cadeia; formadores de esporos (centrais ou subterminais), característica extremamente importante pois sobrevivem a pasteurização (termoduricos); aeróbios (difernete de Clostridium que é anaerobio) → Características fisiológicas: temperatura de10 a 48°C (a ótima é de 30-35°C); pH amplo (4,9 - 9,3); flagelos peritríqueos (confere alta mobilidade e fixação), logo são móveis (90%) Patogenia → Toxinfecção relacionada à ocorrência de uma síndrome emética é causada pela ingestão da toxina pré-formada, tendo período de incubação de 30min a 6h. E na síndrome diarreica ocorre a ingestão do microrganismo (toxina produzida no intestino delgado), tendo período de incubação de 8 a 24h → A toxina responsável pela síndrome emética é a cereulida, que é termoestável (resiste a mais de 30 min a 121°C), é resistente à proteólise (insensibilidade à tripsina e à pepsina), estável em pH entre 2 e 11 e sintetizada entre 25 e 30°C. Os vômitos aparecem logo após a ingestão dos alimentos contaminados. Dada a sua resistência, a toxina emética não é destruída pelo cozimento ou por enzimas digestivas → A toxina responsável pela síndrome diarreica é a toxina HBL, que é termorresistente, hemolítica, dermonecrótica e aumenta a permeabilidade dos capilares, provocando acúmulo de líquidos (em algumas situações pode chegar a ter desidratação) → É preciso ter contagens entre 105 e 107 UFC/g (alta) para gerar sintomas da doença. A produção da toxina ocorre na fase logarítmica (Log) de crescimento e/ou esporulação Isolamento e identificação → A contagem baseia-se na inoculação de diluições sob teste em ágar polimixina gema de ovo vermelho de fenol (MYP) ou em ágar cereus (PEMBA). A polimixina B é um agente seletivo utilizado nos dois meios, que atua sobre a flora acompanhante, ambos contêm manitol (B. cereus não fermenta manitol), ou seja, o vermelho de fenol não é ativado. A gema de ovo dá o fornecimento da lecitina, que é quebrada, formando um halo ao redor Enumerá-los é muito complicado, pois são móveis, mas geralmente há UFCs que podem ser contadas. Ele vai se desenvolvendo e se espalhando até formar uma massa, a identificação é simples e fácil. Um caso grave especialmente na indústria de laticínios → Provas bioquímicas: observa formação de β-hemolisina, motilidade em meio semisólido, capacidade de decomposição da tirosina, redução do nitrato a nitrito, tipo de crescimento em superfície de ágar nutriente Inoculação → Procedimento: inclui a pesagem e preparo da amostra, pesando de 25 ± 0,2g da amostra e adicionar 225mL de solução salina peptonada 0,1%. Após, homogeneizar por aproximadamente 60 segundos em “stomacher”. Essa é a diluição 10-1 na proporção de 1:10. Realiza-se semeadura por superfície → Emulsão de gema: é adicionada para observar proteólise (halo de transparência) e lipólise (halo de precipitação, deixa o pH mais básico, deixando colônias azuladas no aga PEMBA e o MYP fica rosa s/a) → Ágar PEMBA: bacilos produzem a lecitinase, que hidrolisa a lecitina, gerando colônias azuis com zonas de precipitado branco ao redor delas. Detecta pequena quantidade de B. cereus na presença de grande quantidade de contaminantes Se hidrolisar e ficar azul é B. cereus, se ficar amarelo é S. aureus (FOTO) → Ágar MYP: a partir da diluição inicial 10-1 deve-se efetuar as diluições desejadas. Inocular sobre a superfície seca do ágar MYP 0,1mL de cada diluição selecionada. Com auxílio de alça de Drigalski ou bastão tipo “hockey”, espalhar o inóculo cuidadosamente por toda a superfície do meio até completa absorção (semeadura em superfície). Geram colônias rosas e lecitinase positivas. Visualiza na placa UFC espalhada (móvel) e forma um halo claro (opaco) de lipólise e outro mais claro(transparente) ao redor (proteólise) → Incubam-se as placas invertidas a 30 ± 1°C por 30 a 48 horas. Para leitura, selecionam-se placas que contenham entre 15 e 150 colônias. Deve-se contar as colônias rodeadas por um halo de precipitação opaco sobre um fundo róseo, no ágar MYP. Depois, seleciona-se de 3 a 5 colônias típicas que serão semeadas em tubos com ágar nutriente inclinado (que irá permitir a realização de provas bioquímica e classificação de B. cereus presuntivas dependendo dos resultados), sendo incubadas 36 ± 1°C por 24 horas. Das colônias selecionadas no tubo, fazer esfregaço e corar pela técnica de Gram para verificar a presença de bastonetes curtos Gram positivos, com extremidades quadradas dispostos em cadeias. O resultado se dá a partir do cálculo do número de B. cereus multiplicando o número de colônias confirmadas, nas provas confirmativas, pelo fator de diluição usado (expressar o resultado em UFC/g ou mL) Identificação bioquímica → Hidrólise da gelatina (+): é extremamente simples, o objetivo é saber se a suspeita de B. cereus produz ou não a gelatinase (hidrolisa a gelatina em aminoácidos). Se a degradação ocorre, não se consegue restaurar as características de gel da gelatina, mesmo a baixas temperaturas, ficando líquido. Inocula-se por picada (agulha) um meio de cultura gelatina e incuba-se a 37°C durante 24 a 48h. Nesse processo, a gelatina ficará líquida. Depois, as culturas são colocadas em geladeira a 4°C durante 30min. Se o microrganismo produzir gelatinase, quando a cultura for colocada na geladeira e não solidificar, o resultado será gelatinase positiva. Ou seja, a reação é positiva quando a gelatina é hidrolisada pela gelatinase, assim, o meio se mantém líquido após refrigeração. Se o microrganismo não possui gelatinase, o meio resolidifica durante o período em que está na geladeira, ou seja, a reação é negativa → Motilidade e redução de nitrato: inocular com agulha tubos contendo ágar motilidade-nitrato e incubar a 36 ± 1°C por 18 a 24 horas. Após, observar o tipo de crescimento presente. Se crescer apenas ao longo da picada (crescimento apenas na linha de inoculação), o microrganismo não é móvel, se crescer de forma difusa o microrganismo é móvel. Após a leitura da motilidade, deve-se adicionar aos tubos 2 a 3 gotas de alfa naftilamina 0,5% e 2 a 3 gotas de ácido sulfanílico 0,8%. O aparecimento de coloração rosa indica positividade para redução de nitrato (B. cereus reduz o nitrato a nitrito) Sugere-se fazer a picada e estrias na superfície para observar logo a reação do alfa naftilamina e do ácido sulfanílico na superfície → β-hemólise em ágar sangue de carneiro: não é muito realizada no laboratório, mas, nessa técnica, inocula-se por estria em placa com ágar sangue de carneiro. Incubar a 36 ± 1°C por 24 horas e, após, observar a produção de β-hemólise (característica do B. cereus) → Decomposição da tirosina: inocular por estrias a superfícies de ágar tirosina (inclinado em tubo ou distribuído em placas), incubar a 36 ± 1°C por 48 horas. Após incubação, observar o aparecimento de uma zona clara próxima ao crescimento produzida pela decomposição da tirosina. Nos casos em que houver dúvidas, reincubar por até 7 dias a 36 ± 1°C. Observa-se o resultado de 2 formas: o meio de cultura mudando de cor ou formação de halo ao redor indica decomposição da tirosina (positivo) Prof não gosta → Crescimento rizóide: inocular com alça sobre a superfície de ágar nutriente, depositando o inóculo no ponto central da placa. Incubar a 36 ± 1°C por 48 a 72 horas e verificar o tipo de crescimento. Crescimento rizoide é o aparecimento de colônias com longas extensões em forma de raízes/longos fios, típicas de Bacillus mycoides. O B. cereus não apresenta crescimento rizoide, porém, algumas cepas podem apresentar colônias rugosas em forma de galáxia (negativo para crescimento rizóide) Provas diferenciais para microrganismos do gênero Bacillus → O grande problema que se tem na legislação com relação ao B. cereus é que após todas essas provas há apenas B. cereus presuntivo, pois todos esses resultados também são idênticos para B. thuringiensis. Apenas uma lâmina corada pela técnica da fucsina básica pode distingui-los, na qual observa-se corpúsculos no B. thuringiensis (tem reserva estrutural e energética = corpúsculos de inclusão cristalina) → Teste para verificação da presença de corpúsculos de inclusão cristalina: a partir de culturas suspeitas repicadas em ágar estoque inclinado e deixadas em temperatura ambiente por 2 a 3 dias, verificar a presença de corpúsculos de inclusão cristalina (frequentemente usados como materiais de reserva energética ou reserva de materiais estruturais), B. cereus não produz corpúsculos de inclusão cristalina. A legislação antiga (2001) já afirmava que era B. cereus após resultado dos testes bioquímicos, mesmo sem fazer a técnica de coloração com fucsina básica. Em 2019 mudou, pois afirma que após essas provas o resultado é de B. cereus presuntivo, mas também não se pede para fazer a lâmina e diferenciar