Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
5 Integral de Superfície 5.1. Integral de Superfície de Campo Escalar Aplicaremos o conceito de uma integral de linha àquele de uma integral definida sobre a superfície. Considerando uma região fechada no plano xy. Usaremos o símbolo D, para denotar uma região no plano xy. Seja S uma superfície parametrizada por: ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ = )v,u(z )v,u(y )v,u(x σ (5.1) →σ (u,v) = x(u,v) →i + y(u,v) →j + z(u,v) →k , (u,v) ∈ D. E f(x,y,z) uma função real contínua definida em S. A integral de superfície de f sobre S é definida por: ∫∫ s dSf (5.2) Discutindo sobre a área de uma superfície chega-se a seguinte conclusão: vu v X uij S ΔΔσσΔ ∂ ∂ ∂ ∂= (5.3) onde u∂ ∂σ e v∂ ∂σ são os vetores tangentes. Concluí-se que: ∫∫∫∫ = DS dSvuσfdSzyxf )),((),,( (5.4) Tem-se que: dudv v X u dS ∂ ∂ ∂ ∂= σσ (5.5) Já que: ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ = ),( ),( ),( vuz vuy vux σ (5.6) Capítulo 5- Integral de Superfície 59 v z v y v x u z u y u x kji v X u n ∂∂∂∂∂∂ ∂∂∂∂∂∂=∂ ∂ ∂ ∂= →→→ → σσ (5.7) Suponha que S seja uma superfície sobre D e tenha equação z = g(x,y), onde suas derivadas parciais são contínuas em D. Então teremos: ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ = = = = ),( yxgz yy xx σ (5.8) Onde: →→→ →→→ +∂ ∂−∂ ∂−= ∂∂ ∂∂=∂ ∂ ∂ ∂ kj y gi x g y g10 x g01 kji y X x σσ (5.9) dxdy y g x g1 y X x 22 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+=∂ ∂ ∂ ∂ σσ (5.10) Se S é definida explicitamente pela equação z = g(x,y), ( x , y ) ∈ D, vale raciocínio análogo ao cálculo da área de S. Ou seja, dydx y g x gyxgyxfdSf Ds ∫∫∫∫ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+= 22 1)),(,,( (5.11) Se f(x,y,z) = 1 sobre S, a equação acima se reduz ao cálculo da área de S. Se uma equação da superfície S for da forma y = g(x,z) e S for projetada sobre uma região D no plano xz, sendo g e suas derivadas parciais primeiras contínuas em D, então, seguindo o raciocínio anterior, tem-se: dzdx z g x g1)z),z,x(g,x(fdSf D 22 s ∫∫∫∫ ⎟⎠⎞⎜⎝⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+= (5.12) Capítulo 5- Integral de Superfície 60 Além disso, se uma equação da superfície S for da forma x = g(y,z) e S for projetada sobre uma região D no plano yz, sendo g e suas derivadas parciais primeiras contínuas em D, então: dzdy z g y gzyzygfdSf Ds ∫∫∫∫ ⎟⎠⎞⎜⎝⎛ ∂ ∂+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+= 22 1),),,(( (5.13) Exercícios : 1) Calcule ∫∫ dSy onde S á a superfície 2010,2 ≤≤≤≤+= yexyxz . Solução: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) 3 21301 3 213 3 213 3 213 3 213 252 12 122254 12 1 222318 12 1221818 3 2 8 1 2 3 218 3 2 8 1 3 2 8 1 8 18284242 2111 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 18 2 1 0 1 0 18 2 1 0 2 0 22 1 0 2 0 22 22 2 2 3 2 3 2 3 2 1 =− == ==− =−⋅=− =⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⋅−⋅=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡=⋅ ≤≤=⇒+=+ ++=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+= +=== ∫∫ ∫∫ ∫∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫∫∫ ∫∫ xdxdx dxdx dxdx dxdxudxduu udyyduyudydxyy dydxyydxdy y z x zydSf yxzyyxx Capítulo 5- Integral de Superfície 61 2) Calcule a integral de superfície ∫∫ S dsx 2 , onde S é a esfera unitária x2 + y2 + z2 = 1. Solução: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] 3 4 3 40 3 220cos4cos 4 1 3 1 3 10coscoscos 4 102 2 1 3 cossen 4 1 2 1 4022sen2cos 2 1 2 1 cossensen 2 2cos 2 1 11sencoscossensencos cossencos1sencossen sensencossensencossensen cossensencossencossensensencossen cossensensencossen cossensensencossen sencoscossensensencossen cossensencossensensencoscossen 0cossensensen sensencoscoscos cossen 20 0 cossensencossen: 4 0 1 1 3 0 4 0 2 0 1 1 2 0 2 0 2 0 0 2 0 2 0 0 2 2 0 2 2 0 0 22 2 0 0 22 2222224 22224222424 22222 22 2222 2222 2 0 0 22 2 0 0 2 ππππ ππφθ πθθφφθθθ φφφφφθθ φφφφφφφθθ θφθφφθφφθφ φφφφφφφφ φφθθφφφθφθφ φφθφθφθ σ φ σ φφθφθφ θθφφθφθφ θφθφφθφθφφ θφθφ φθφθφθ σ φ σ θφθ σ φ σθφ θφθ σ φ σ πθ πφ φθφθφ ππππ ππ π πππ ππ ππππ ππ ππ =⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡−=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −− ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −−++−⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −−=⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +−⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +⋅ ≤≤=⇒=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ + ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ + −≤≤−=⇒==− =−=⋅ ==+=+= ++=++= ++=∂ ∂ ∂ ∂ ++= +++= +++= − −=∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂⋅ ∂ ∂ ∂ ∂= ⎩⎨ ⎧ ≤≤ ≤≤ === − − ∫ ∫∫∫ ∫ ∫∫∫ ∫∫ ∫ ∫∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫∫∫ uuduu udduuduuddd ddd udduudd dddd X kji kji ikjk kji X ddX ddXxdSf zyxaçãoParametriz Capítulo 5- Integral de Superfície 62 3) Calcule onde f(x, y, z) = x +3z2, M sendo a parte do plano z = y limitada pela superfície x2 + y2 = 9. Solução: Seja a parametrização ),,(),( yyxyx =σ ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) [ ] [ ] ( ) ( ) 4 22430 16 22432 8 2243 0sen4sen 16 224302 8 2243sen 16 2243 8 22430 cos 16 2243 8 22430sen2sen29 4022Fazendo 2 2cos 2 1 4 2243sen29sen 4 243cos92 sen 4 243cos0 3 272sen 4 3cos 3 2 sen3cos2sen3cos2 30 20 sencos polares scoordenadaparaPassando 3223 21011 4 0 2 0 4 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 2 0 2 2 0 2 0 2 3 0 43 0 3 2 0 232 3 0 2 0 22 3 0 22 22 ππ ππθ θπ πθθ θθθθθθθ θθθθθθ θθθθθθ πθθθ ππ ππ π π ππ ππ ππ =⋅−⋅= =−−−=−+= =−+− ≤≤=⇒= ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −+=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ += =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡+⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +=+ ⎩⎨ ⎧ ≤≤ ≤≤== =+=⋅+= =++=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+= ∫∫ ∫∫∫ ∫∫ ∫ ∫∫ ∫ ∫∫∫∫∫∫ u duud udduu ddd ddrr drdrrdrdrrr r ryrx dxdyyxdxdyzxdSf dxdydxdydxdy y z x zdS 5.2. Integral de Superfície de Campo Vetorial Do mesmo modo que um campo vetorial pode ser integrado sobre uma curva, ele pode ser integrado sobre uma superfície. Para cada paralelogramo que forma um elemento de área da superfície, nós nomeamos uma componente normal do campo vetorial de algum ponto interior. Como a divisão da superfície é refinada, a soma do produto da área do paralelogramo e a componente normal do campo vetorial são a integral do campo vetorial sobre a superfície, geralmente escrita por: ∫∫ →→ S dSn.F (5.14) Capítulo 5- Integral de Superfície 63 onde dS é usado para representar o “elemento de área”, e → n é o vetor normal. Seja S uma superfície parametrizada por: ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ = ),( ),( ),( vuz vuy vux σ (5.15) →σ (u,v) = x(u,v) →i + y(u,v) →j + z(u,v) →k , (u,v) ∈ D. A esta superfície são associados dois campos de vetores normais unitários: Figura 5.1- Vetores normais unitários associados à superfície S. v X u v X u))v,u((n1 ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ =→ σσ σσ σ (5.16) e ))v,u((n))v,u((n 12 σσ →→ −= (5.17) Onde v X u ∂ ∂ ∂ ∂ σσ é a normal do produto vetorial e → 1n é o versor normal. O versor normal para a superfície tem um papel fundamental, deve haver um versor normal → n para cada ponto (x,y,z) de modo que varie continuamente sobre S. Então a superfície S é chamada de uma superfície orientada. Dizemos que S está orientada se fixarmos sobre S um tal campo de vetores. Seja → F um campo vetorial contínuo definido em uma superfície orientada S parametrizada por σ(u,v), (u,v) ∈ D. Sabe-se que: dudv v x u dS ∂ ∂ ∂ ∂= σσ (5.18) Então definimos a integral de superfície de → F sobre S por: n1 n2 Capítulo 5- Integral de Superfície 64 ∫∫∫∫∫∫ ⎟⎠⎞⎜⎝⎛ ∂∂∂∂=∂∂∂∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ⋅=⋅ →→→→ DDS dudv v X u Fdudv v X u v X u v X uFdSnF σσσσσσ σσ (5.19) Se →→ = 1nn , a integral muda de sinal. Esta integral é o fluxo de → F através da superfície S. Quando S é definida explicitamente pela função z = g ( x , y ), ( x , y ) ∈ D, temos: ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ = = = = ),( yxgz yy xx σ (5.20) Nesse caso, y X x y X xn ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ =→ σσ σσ (5.21) Sendo que: →→→ +∂ ∂−∂ ∂−⇒ ∂∂ ∂∂=∂ ∂ ∂ ∂ k y gj x gi y g10 x g01 kji y X x σσ (5.22) 22 y g x g1 kj y )y,x(g x )y,x(gi n ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+ +∂ ∂−∂ ∂− = →→→ → (5.23) Sabemos que, neste caso: dxdy y g x g1dS 22 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+= (5.24) Então dxdyk y yxgj x yxgiF dxdy y g x g y g x g k y yxgj x yxgi FdSnF D DS ∫∫ ∫∫∫∫ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +∂ ∂−∂ ∂− ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⋅ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+ +∂ ∂−∂ ∂− = →→→→ →→→ → ),(),( 1 1 ),(),( 22 22 (5.25) Capítulo 5- Integral de Superfície 65 Exercícios: 1) Calcule o fluxo do campo vetorial )z2,y,x( )z,y,x(F −=→ através da superfície S do parabolóide 1z0,yxz 22 ≤≤+= , com vetor normal apontado para a fora de S. Solução: A superfície S é definida por Dyxyxyxfz ∈+== ),(,),( 22 ,onde }{ 1/),( 222 ≤+ℜ∈= yxyxD . Um campo de vetores normais que aponta para a fora do S em cada ponto é dado por: ).1y2,x2(1),y,x( y f),y,x( x fn −=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −∂ ∂ ∂ ∂=→ [ ] 22 22 441 )1,2,2().22,,().( yx yxyxyxdsnF s S ++ −−−== ∫∫ ∫∫φ ds = dxdyyx D )(4 22 +∫∫ . Usando mudança polar para resolver a integral dupla, obtemos ∫ ∫∫∫ ==+ π πθ2 0 3 1 0 22 24)(4 drdrdxdyyx D 2) Calcule ∫∫ →→S ds)n.F( onde )1,x,x()z,y,x(F −−=→ e S é a porção do plano 0zyx =++ situado no interior da esfera 1zyx 222 =++ . Especifique a orientação escolhida. Solução: S é definida por Dyxyxyxfz ∈−−== ),(,),( , onde { } 1222/),( 222 ≤++ℜ∈= xyyxyxD Escolhendo o campo de vetores normais de S dado por → n =(1,1,1), Obtemos ∫∫ ∫∫ ∫∫ =−=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −−= S S s dsdsxxdsnF 3 1 3 )1,1,1().1,,( ).( . 3 (S) área 3 1 π−=− 3) Calcule ∫∫ →→⋅ S ds)nF( ,onde )zx,y,x()z,y,x(F 2=→ e S é a superfície do cilindro 1)1()1( 22 =−+− yx entre o planos 4z e 0z == , com vetor normal apontando para fora de S. Solução: O cilindro S tem representação paramétrica: ( ) ( ) .40 ,20 ; ,sen1,cos1, ≤≤≤≤++= uuu πθθθθϕ Um campo de vetores normais que aponta para fora de S em cada ponto é dado por Capítulo 5- Integral de Superfície 66 ( ).0,sen,cos 100 0cossen kji )u,( u )u,( θθθθθϕθθ ϕ =−=∂ ∂×∂ ∂ →→→ ( )( ) ( ) ( ) .8du 2du d 1sencos ds 1 0,sen,cosucos1,sen1,cos1ds)nF( 4 0 4 0 2 0 S 2 S ∫∫ ∫ ∫∫∫∫ ==++ =⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⋅+++=⋅ ππθθθ θθθθθ π 4) Calcule ds nF S ∫∫ ⎟⎠⎞⎜⎝⎛ ⋅ →→ , onde ( ) ( )z2,y,xz,y,xF =→ e S é a união dos planos .10 , 10 , 0 e , 10 , 10 , 0 ≤≤≤≤=+≤≤≤≤=− zxzyzxzy Solução: S é a união das superfícies S1 e S2, onde S1 é a porção do plano yz = cuja projeção no plano xy é o quadrado [ ] [ ]1,01,01 ×=D , e S2 é a porção do plano yz −= cuja a projeção do plano xy é o quadrado [ ] [ ].0,11,02 −×D Se considerarmos S1 e S2 com os campos e vetores normais ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −−=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −= 2 1, 2 1,0n e 2 1, 2 1,0 21n , respectivamente, S estará orientada. ( ) ( ) .1 2 1 2 1 2 1, 2 1,02,, 2 1, 2 1,02,, 0 1 1 0 1 0 1 0 21 2 2 1 1 ∫ ∫∫ ∫ ∫∫∫∫ ∫∫∫∫∫∫ − →→→→→→ −=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−+−=+−= =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −−⋅−+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −⋅= =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ⋅+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ⋅=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ⋅ ydxdyydxdy dsyyxdsyyx dsnFdsnFdsnF SS SSS 5.3. Superfícies Orientáveis Fixado um campo de vetores unitários normais a S, dizemos que S é orientável se n percorre o s∂ de S deixando S à esquerda do caminho traçado por n em s∂ .Neste caso, dizemos que S está orientada positivamente. Capítulo 5- Integral de Superfície 67 → n s∂ S Figura 5.2 – Superfície orientável. → n Uma superfície S= S1 U S2 U .... U Sn é orientável se 1s∂ está orientada positivamente ∀ l e nas interseções as orientações são oposta a) → n b) c) n saindo do papel Figura 5.3- Superfície orientável obtida através de uma união de superfícies. 5.4. Aplicações das Integrais de Superfície a) Fluxo de um Campo O cálculo do fluxo de um campo através de uma superfície pode ser calculado via integral de superfície. O fluxo de → F sobre S é dado por: S1 Capítulo 5- Integral de Superfície 68 ∫∫ →→⋅= S nFfluxo (5.26) onde → n é o vetor unitário normal a S no ponto (x,y,z). Uma vez que a fronteira do sólido seja definida por um número (finito) de faces (superfícies), o fluxo será, sob condições adequadas, o somatório dos fluxos em cada face do sólido. b) Fluxo de Campo Elétrico e Campo Magnético Numa primeira abordagem, podemos dizer que : Fluxo de campo elétrico = intensidade de campo elétrico x área perpendicular ao campo. Logo, veremos que essa definição é muito simplificada, e tem pouco valor operacional, porque em geral o valor de → E varia ao longo da superfície, e nem sempre esta é perpendicular ao campo. Podemos melhorar a definição, dividindo a superfície em elementos tão pequenos quanto possível, de modo que → E seja constante nessa área infinitesimal. A esta área associamos um vetor → Sd , cuja direção é perpendicular à área e cujo módulo é igual à área. Podemos manter a idéia intuitiva definindo fluxo infinitesimal: →→⋅= SdEdΦ (5.27) Assim, o fluxo através de determinada área S é dado pela integral de superfície ∫ →→⋅= S SdEΦ (5.28) No caso de uma superfície fechada, o vetor área é convencionalmente dirigido de dentro para fora. O fluxo através de uma superfície fechada é assim representado: ∫ →→⋅= S SdEΦ (5.29) c) Campo Elétrico através da Lei de Gauss Seja uma carga Q. Imagine uma superfície qualquer, fechada, envolvendo esta carga. A lei de Gauss estabelece que: o QSdE εΦ =⋅= ∫ →→ (5.30) A lei de Gauss é válida para qualquer situação, com campo uniforme ou não, e para Capítulo 5- Integral de Superfície 69 qualquer tipo de superfície fechada, também denominada superfície Gaussiana. Todavia, para ser operacionalmente útil ela deve ser usada apenas em determinadas circunstâncias. Uma circunstância favorável ocorre quando a superfície Gaussiana é tal que o produto escalar entre o campo e o vetor superfície é facilmente obtido. Logo, podemos perceber que a Lei de Gauss relaciona o fluxo do campo elétrico ( visto no item anterior ) com a quantidade de carga no interior da gaussiana, e desta relação podemos obter o valor do campo elétrico gerado por determinada superfície. Exercícios: 1) Calcule o fluxo de campo magnético através da seção transversal de um solenóide circular de raio R e campo magnético uniforme B = μ0ni0 perpendicular a superfície. Solução: ∫ ∫ ∫∫ →→→ ==== dsBdsBdsBsdB s .0cos..cos... θφ rrB 2 .00 RniS.BdsB πμ∫ === →→ 2) Calcule o fluxo de um campo elétrico kxy2j)yx(i10)z,y,x(E 22 rrrr −++= através da superfície .1y0,1x0,k)yx1(jyix)t( 22 ≤≤≤≤−−++= →→ rrσ Solução: dy.dx dy dx dx d. dy dx dx d dy dx dx d .Fds.n.F s σσ σσ σσ ∫∫ ∫∫ →→→ = dxdykjyixkxyjyxi )22).(2)(10( 22 rrrrrr ++−++∫∫ 3 31)22220( 1 0 1 0 32 =−++∫ ∫ dxdyxyyyxx