caderno fisiologia - respiratório

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Respiração x Ventilação:
Respiração é um processo metabólico caracterizado por combustão de matéria orgânica p/ obtenção de energia.
Ventilação é o ato mecânico (voluntário ou involuntário) realizado por mm. especializados, que permite a entrada e saída de ar das vias aéreas.
A involuntariedade permite que haja o controle de gases no organismo e que não haja mudanças no pH do sangue.
Para que ocorra a hematose, é necessário:
( haver boa aeração
( haver boa perfusão (chegada de sangue)
Obs.: 100% do débito cardíaco vai pro pulmão, para que ocorram trocas gasosas.
As hemácias são fragmentos que transportam gases no sangue; estão cheias de hemoglobina, PTN que contém 4 sítios de ligação e possui muita afinidade por CO (ver situações de intoxicação por monóxido de carbono; poluição). Ora elas podem transportar O2, ora CO2, mas esse transporte nunca ocorre ao mesmo tempo.
A anemia pode gerar prejuízos nas trocas gasosas. 
Em caso de lugares com elevadas altitudes e pouca disponibilidade de oxigênio, os rins liberam eritropoetina, para que ocorra a produção de hemácias (hematopoiese).
# O baixo volume sérico faz com que o rim reconheça o perigo de hemorragia.
 
Funções da ventilação: 
- Realizar trocas gasosas
- Manter o equilíbrio ácido-básico (pH sérico entre 7,35~7,45)
 
 anidrase carbônica
CO2 + H2O ( H2CO3 ( H + HCO3
A concentração de próton é inversamente proporcional ao pH do meio. A anidrase carbônica hidrata o gás carbônico, transformando-o em ác. carbônico, uma substância instável. Por conta disso, ele de dissocia, rapidamente, em próton e bicarbonato (subst. hidrofílica).
Quanto mais aumentar a pressão de CO2 no meio, maior será o aumento da concentração de prótons e, consequentemente, ocorrerá uma acidose. O bicarbonato gerado é utilizado por outros tecidos e não faz tamponamento.
Asma Brônquica:
É uma doença atópica (alérgica)
Volumes e Capacidades Pulmonares:
4 capacidades (volumes):
 
- volume corrente (VC): ar mobilizado a cada ciclo respiratório
 - volume de reserva (VRI e VRE), que pode ser inspiratório (o quanto ainda pode ser inspirado) e expiratório (o quanto ainda pode ser expirado)
 - volume residual (VR): não é mobilizado e, portanto, não pode ser medido na espirometria.
1. Capacidade Pulmonar Total (CPT) = CV + VR, no qual CV é capacidade vital.*
2. Capacidade Inspiratória = VC + VRI
3. Capacidade Residual Funcional = VRE + VR*
4. Capacidade Vital = CI + VRE
*não podem ser medidos na espirometria
- Espaço Morto Anatômico: toda a zona condutora; possui ar, mas não efetua trocas gasosas)
- Espaço Morto Funcional: regiões de alvéolos comprometidos, que deveriam realizar trocas gasosas, mas não estão normofuncionantes
- Espaço Morto Fisiológico: toda a área de pulmão que não realiza trocas gasosas.
Obs.: Em uma pessoa saudável, o E.M.Anatômico é igual ao E.M. Fisiológico. NO caso de uma pessoa com alguma doença, há E.M. Funcional, ou seja, partes que deveriam realizar trocas gasosas, mas não efetuam por estarem comprometidas.
Intensidade de ventilação: volume do ar que se move para dentro e para fora dos pulmões por unidade de tempo (VC x respiração/min)
Taxa de ventilação alveolar = freq x (VC - VM), onde freq é a frequência da resp/min, VC é o volume corrente e VM é o volume do espaço morto fisiológico 
Volumes Expiratórios Forçados
- Capacidade Expiratória Forçada:
Volume total de ar que pode ser expirado a força, após uma inspiração forçada.
Vol. de Expiração Forçada em 1s. (FEV1)
CVF e FEV1 são índices para doenças pulmonares
Pessoa saudável: FEv1/CVF = 0,8 (80%)
Pc. enfisematosos: maior ( FEV1, quando comparada com a ( de CVF ((0,8)*
Pc. com fibrose: maior ( do CVF, quando comparada com a ( de FEV1 ((0,8) 
( doenças restritivas: razão maior ou igual a 0,8
 ( dificuldades ao inspirar e expirar
*problemas na expiração, por isso a razão é menor que 0,8.
Insuficiência Respiratória
 - Doença pulmonar obstrutiva:
(CPT, (VR e (FEV1
Ex.: enfisema pulmonar, bronquite, asma
- Doença pulmonar restritiva:
(CPT, (VR e (CVF
Doenças fibróticas: tuberculose, fibrose, silicose
Doenças restritoras da cx torácica: cifose, escoliose
Transporte de Gases
- efeito Bohr e Haldane (falta completar)
Pneumonia:
( Inflamação da área pulmonar, causada por um processo infeccioso, geralmente, viral ou bacteriano.
( Ocorre o aumento da produção de secreção, sendo que ela ocupa espaço brônquico, bronquiolar e alveolar.
( Quadro obstrutivo e restritivo (dificulta o transporte de gases)
( Ocorre dificuldade de trocas gasosas entre capilar e alvéolo devido ao aumento da distância da barreira hematoaérea.
Obs.: No caso de uma doença inflamatória, há a formação de edema na área intersticial.
( Há acúmulo de CO( no sangue (diminuição do pH), mas não chega a ocorrer uma acidose, porque o tronco encefálico reconhece a diminuição do pH e aumenta a frequência respiratória (mecanismo de compensação).
( Há também o aumento da FC, porque o sangue tem que passar mais vezes pelo pulmão pra ser oxigenado.
DPOC
Tendência a um processo inflamatório crônico, fazendo com que a área brônquica e bronquiolar diminuam o seu diâmetro.
Na presença de um antígeno, os macrófagos, linfócitos B e, principalmente, neutrófilos, produzem elastase, uma enzima que digere a elastina, componente da parede alveolar. Inicialmente, o fígado produz uma anti-elastase, a (-1-antitripsina. Depois de um tempo, ela se torna insuficiente e o alvéolo sofre os efeitos da elastase, perdendo então a sua elasticidade e tendo aumento de tamanho. Com isso, o volume residual aumenta. 
As trabéculas alveolares são perdidas e a área de trocas gasosas diminui. A pressão de O2 alveolar diminui e a de CO2 aumenta (paciente com dificuldade na expiração). 
- Pode- se usar broncodilatadores para desobstrução das vias, porém isso não resolve o problema efetivamente
- Oxigenoterapia
- O paciente apresenta dispnéia (falta de ar)
- Em casos mais graves, o paciente pode apresentar acidose respiratória.
Obs.: Por perder elasticidade alveolar, não há contração dos alvéolos e, com isso, há dificuldade para a saída do CO2 (daí a dificuldade na expiração). esse aumento da pressão de CO2 também dificulta a entrada de O2, por isso a dispnéia.