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INTRODUÇÃO À ECONOMIA
	1.1. Conceito de Economia
	A palavra economia é de origem Grega oikos = casa e nomos = governo, administração. Xenofontes(455 a 345 a.c.) foi o primeiro a usar o termo Economia no sentido exposto anteriormente, ou seja, abrangendo apenas o governo ou a administração do lar.
	
	Economia é uma ciência social, pois estuda a situação econômica da sociedade.
	A economia se ocupa das questões relativas a satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade.
	Necessidade Humana: é a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la.
	Tipos de necessidades:
	Necessidades do individuo - Natural: por exemplo, comer.
- Social: decorrente da vida em sociedade; por exemplo, festa de casamento.
Necessidades da sociedade – Coletivas: partem do individuo e passam a ser da 
				Sociedade; por exemplo, o transporte.
				Publicas: surgem da mesma sociedade; por exemplo,
				a ordem pública.
Necessidades vitais ou primarias: destas depende a conservação da vida; por exemplo, os alimentos.
Necessidades civilizadas ou secundárias: são as que tendem a aumentar o bem-estar do indivíduo e variam no tempo, segundo o meio cultural, econômicos e sociais em que se desenvolvem os indivíduos; por exemplo, o turismo.
Para satisfação das necessidades:
Produção →	 Distribuição → Consumo
Nesse processo de produção e consumo, surgem e são solucionados muitos problemas de caráter econômico:
 Produção ↔ Consumo
		 ↓ ↓
 Que bens produzir Como vão gastar
 e
 Que meios utilizará para produzir
Definição de Economia
A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.
	1.1.2 Divisão do Estudo da Economia
 Micro
	Economia Descritiva → T E [ ] P E
 Macro
	 ↓ ↓
 Economia Positiva Economia Normativa
	
	
	Economia Descritiva: trata da identificação do fato econômico. É a partir dos levantamentos descritivos sobre a conduta dos agentes econômicos que se inicia o complexo de conhecimento sistematizado da realidade no campo da economia positiva.
	È a tarefa de levantamento e descrição dos fatos que se dedica a economia descritiva; é através dela que a realidade começa a ser submetida a um criterioso tratamento no sentido de que possam se analisados as relações básicas que se estabelecem entre os diversos agentes que compõem o quadro da atividade econômica.
	Teoria Econômica: a teoria econômica é o compartimento central da economia, compete-lhe dar ordenamento lógico aos levantamentos sistematizados fornecidos pela economia descritiva, produzindo generalizações que sejam capazes de ligar aos fatos entre si, desvendar cadeias de ações manifestadas e estabelecer relações que identifiquem os graus de dependência de um fenômeno em relação a outro. Surgiram então em decorrência conjunto de princípios, de teorias, de modelos e de leis fundamentadas nas descrições apresentadas.
	A teoria econômica adota duas posições distintas na apresentação e análise do fenômeno econômico, estas posições são conhecidas como microeconomia e macroeconomia. 
	A microeconomia é aquela parte da teoria econômica que estuda o comportamento das unidades, tais como os consumidores, as indústrias e empresas, e suas inter-relações.
	A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia que, porém, ao mesmo tempo, permita conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países.
	Política Econômica: os desenvolvimentos elaborados no compartimento da teoria econômica, tem a finalidade de servir a política econômica. Nesse terceiro compartimento é que serão utilizados os princípios, as teorias, os modelos e as leis. A utilização terá a finalidade de conduzir adequadamente a ação econômica com vistas a objetivos pré-determinados. Quando empregamos a expressão política econômica governamental estamos nos referindo as ações praticas desenvolvidas pelo governo com a finalidade de condicionar, balizar e conduzir o sistema econômico no sentido de que sejam alcançados um ou mais objetivos politicamente estabelecidos.
	
As Leis da Economia
Lei é a relação entre um fenômeno e sua causa, Economia política é uma ciência e conseqüentemente possui princípios, normas e leis.
Divisão das leis:
Leis Naturais: são aquelas de forma global, gerias; exprimem uma relação constante entre a causa e o efeito. Ex: leis físicas são aquelas onde cientistas podem determinar perfeitamente a causa; a água a zero grau congela.
Leis Sociais: exprimem a tendência que certos fatos tem em produzir certos efeitos. Ex: fenômenos econômicos podem garantir a tendência de acontecimento do fato, segundo as condições propostas; a escassez do produto indica um aumento do preço.
Leis Tipicamente Econômicas: lei da oferta e da procura - essa lei diz que o preço aumenta. Não pode dizer quanto (em valores), quando e como acontecera e nem em que medida poderá ser produzido.
A Relação da Economia Com as Demais Ciências
Com a Biologia: quem exerce a atividade econômica gera serviço, objeto das ciências biológicas. O trabalho gera recursos econômicos para a alimentação e sobrevivência humana.
	Com a Moral: a moral tem por objetivo o honesto, a economia tem por objetivo útil, isto é, a atividade humana em busca de prosperidade material. A honestidade com o crescimento econômico.
	Com o Direito: o direito e a economia são ciências sociais, tendo como objetivo o homem.
	Com a Contabilidade: essa traz luz à economia, sobre inúmeros problemas que se interferem; ambas tratam de juros, empréstimos, bancos, bolsas. A contabilidade age sobre o ponto de vista técnico e a economia mostra as razões teóricas para as suas conclusões sobre determinado fato.
	Com a Geografia: essa se utiliza de matemática, física e biologia, as quais fornecem a economia inúmeros elementos.
	Com a História: a história também é uma ciência social. A historia econômica é o prefácio da economia política.
	Com a Sociologia: mostra os fenômenos econômicos interdependentes com os sociais. Muitos autores consideram a economia política como um ramo da sociologia.
	Com a Matemática: cálculos gráficos
	Com a Lógica: uso da razão, raciocínio.
	Com a Estatística: classifica, analisa, critica e interpreta dados relativos aos fatos econômicos.
	Com a Administração: a administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos.
INTRODUÇÃO AOS PROBLEMAS ECONÔMICOS
 
	O problema econômico por excelência é a escassez. Surgiu porque as necessidades humanas são virtualmente ilimitadas, e os recursos econômicos, ilimitados, incluindo também os bens. Esse não é problema tecnológico, e sim de disparidade entre os desejos humanos e os meios disponíveis para satisfazê-los. A escassez é um conceito relativo, pois existe desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade.
	Portanto eficiência produtiva e eficácia alocativa são as duas questões básicas com que defrontam todos os agentes econômicos.
	Eficiência: maximizar o emprego dos recursos.
	
	Eficácia: otimizar as escolhas.
As necessidades, os bens econômicos e os serviços
	O conceito de necessidade humana,
isto é, a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la é algo relativo, pois os desejos dos indivíduos não são fixos. Assim, pois, o fato real que enfrenta economia é que em todas essas sociedades, tanto nas ricas como nas pobres, os desejos dos indivíduos não podem ser completamente satisfeitos. Nesse sentido, bens escassos são aqueles que nunca se tem em quantidade suficiente para satisfazer os desejos dos indivíduos.
Necessidades
de
reconhecimento
em escala global
Necessidades de bem-estar social.
Convivência em ambiente de altos
Padrões de desenvolvimento
Necessidades ampliadas de bem-estar
 Individual supridas por diversificado 
suprimento de bens industriais e serviços
Necessidades por bens e serviços públicos essenciais
Necessidades fisiológicas supridas por produtos primários
	Os bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferíveis. 
	Os bens livres – como, por exemplo, o ar - são aqueles cuja quantidade é suficiente para satisfazer a todo o mundo.
Tipos de bens econômicos
Além de econômicos e livres, os bens e serviços classificam-se em bens de consumo, quando se destinam as satisfações diretas das necessidades humanas e em bens de capital. 
Dentro de bens de consumo, pode-se falar em bens de consumo duráveis, que permitem o uso prolongado, como, por exemplo, um eletrodoméstico, e bens de consumo não duráveis ou perecíveis, como os alimentos perecíveis.
O por outro lado, os bens podem ser intermediários, pois sofrem novas transformações antes de se converter em bens de consumo e de capital; ou bens finais, isto é, os que já sofreram essas transformações. A soma total de bens e serviços finais gerados em um período denomina-se produto total.
	Os bens podem ainda se classificar em privados e públicos. Bens privados são os produzido e possuídos privadamente. Bens públicos ou coletivos são aqueles cujo consumo é feito simultaneamente por vários sujeitos, por exemplo, um parque público.
Os serviços
	O trabalho, quando não destinado à criação de bens, isto é, de objetos materiais, tal como o realizado por um agricultor ou um pedreiro, visa à produção de serviços. O trabalho de serviços pode ser relacionado com a distribuição de produtos, como o realizado por uma agente de vendas ou um transportador; com atividades que satisfazem as atividades culturais, como a as realizadas por um professor ou um artista de cinema, um escritor ou um cantor; o com outros tipos de atividades, tais como serviços oferecidos por um banco ou uma companhia de seguros. Todas essas atividades constituem o que se denominam serviços.
Recursos ou fatores da produção
	Para a satisfação das necessidades humanas é necessário produzir bens e serviços. Para isso, exige-se o emprego de recursos produtivos e de bens elaborados.
	Os recursos são os fatores ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São denominados fatores de produção.
	Tradicionalmente, esses fatores se dividem em três grandes categorias: terra, trabalho e capital.
	Na economia, o termo terra é usado no sentido amplo, indicando não só a terra cultivável e urbana, mas também os recursos naturais que contém, como, por exemplo, os minerais.
	O fator trabalho refere-se às faculdades físicas e intelectuais de seres humanos que intervêm no processo produtivo. O trabalho é o fator de produção básico. Os trabalhadores se servem das matérias-primas obtidas na natureza. Com a ajuda da maquinaria necessária, transformam-nas até convertê-las em matérias básicas, aptas a outros processos ou bens de consumo.
	O capital compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos, a existência de meios elaborados e demais meios utilizados no processo produtivo. Recebem essa denominação porque, nas economias capitalistas, o capital geralmente é de propriedade privada e especialmente dos capitalistas.
Os bens de capital
	Enquanto os bens de consumo se orientam parar satisfação direta das necessidades humanas, os bens de capital, ou bens de investimento, não estão concebidos para satisfazer diretamente as necessidades humanas, mas para serem utilizados na produção de outros bens. Se dedicarmos certa quantidade de recursos para produzir bens de capital, eles satisfarão nossas necessidades no futuro, quando forem utilizados na produção de bens de consumo.
	O capital empregado na produção pode dividir-se em capital fixo e capital circulante. O capital circulante consiste nos bens em processo de preparação para o consumo, basicamente em matérias-primas e estoque de armazém. O capital fixo consiste em instrumentos de toda espécie, incluindo os edifícios, maquinaria e equipamentos.
	Em economia é necessário distinguir capital físico ao qual nos referimos anteriormente, de capital humano, entendendo por este último à educação e a formação profissional que incrementam o rendimento do trabalho. Os gastos em educação e formação profissional supõem investimentos em capital, já que durante o período de aprendizagem e em estudo existe um elemento implícito de espera. Esses gastos contribuem para incrementar a capacidade produtiva da economia, pois um trabalhador formado e educado geralmente é mais produtivo que um não capacitado.
Eficiência produtiva: as curvas das possibilidades da produção
	Eficiência produtiva significa operar a pleno emprego, trazendo para zero as taxas de subemprego e de desemprego involuntários.
	A expressão pleno emprego abrange todos os fatores da produção, não apenas o fator trabalho. Pressupõe, assim, manter ocupada a totalidade da população economicamente mobilizável, utilizar plenamente os bens de capital disponíveis e operar o processo produtivo segundo os melhores padrões tecnológicos conhecidos.
	O limite máximo de eficiência é alcançado quando, já operando a pleno emprego, não há mais qualquer ociosidade a ser aproveitada. Alcançando esse limite, qualquer acréscimo da produção de determinado bem ou serviço implicará reduções na produção de outro.
	A expansão das fronteiras de produção é a função de acréscimos na dotação dos fatores terra, trabalho e capital ou, então, de desenvolvimento de tecnologias mais avançadas, que permitam a produzir mais com os mesmos recursos disponíveis. Movimentos como esses aumentam as possibilidades de produção da economia.
	As possibilidades de produção existentes podem ser destinadas a uma multiplicidade de diferentes categorias de bens e serviços. É difícil determinar qual a melhor combinação. As combinações praticadas resultam ou de decisões de governantes ou de decisões descentralizada resultantes da livre atuação das empresas e das unidades familiares. A melhor é a que estiver mais ajustada a uma escala de necessidades hierarquizadas, definida para a sociedade como um todo. 
	Sejam quais forem as combinações praticadas e por mais eficiente que seja a economia como um todo, há sempre limites para as possibilidades efetivas de produção. A razão é a limitação de recursos. Como eles são escassos, nunca é possível produzir quantidades infinitas de bens e serviços. As fronteiras de produção definem os limites máximos. As possibilidades são limitadas.
	As unidades familiares podem ter aspirações ilimitáveis, mas defrontam com a amarga realidade dos recursos escassos, definidos por orçamentos restritos: a aquisição de uma casa de praia envolve um custo de oportunidade representado, por exemplo, para não aquisição de uma casa de campo.
	As questões chaves da eficiência produtiva e da eficácia alocativa, seus fundamentos e principais desdobramentos, poderão ser ainda mais bem entendidas com auxílio de um dos mais conhecidos instrumentos da teoria econômica básica: a curva das possibilidades da produção.
	Alternativas
	Produto X
	Produto Y
	A
	250
	0
	B
	200
	250
	C
	150
	450
	D
	100
	600
	E
	50
	700
	F
	0
	750
750	∙
600		∙
450			∙
300				∙
150					
 0 	50	100	150	200	250	
Ponto O - nesse ponto, a economia reduziu a zero sua produção, tanto de x quanto de y. Trata-se de uma situação identificada como de plena desemprego.
Ponto Q - nesse ponto, a economia está operando com capacidade ociosa. Indica uma posição intermediária entre os extremos do pleno desemprego e do pleno emprego. Significa que uma parte dos recursos de produção de não está sendo mobilizada.
Ponto P - este ponto indica uma situação ideal, mas dificilmente alcançava na realidade. Ele representa o pleno emprego. É um dos mais importantes objetivos de qualquer sociedade, tanto sob o ponto de vista econômico, como também sociais.
Ponto R - este quarto ponto notável define um nível impossível de produção, relativamente às possibilidades de marcadas pela curva. Trata-se de posição inalcançável no período imediato, por estar situada além das fronteiras de produção da economia.
Conceito e Cálculo dos Agregados Macroeconômicos
	A expressão agregados macroeconômicos é empregada para designar, genericamente, os resultados da mensuração da atividade econômica considerada como um todo. A referência básica é a soma de todas as transações, realizadas por todos os agentes, na totalidade dos mercados. É a dimensão total, o todo, não as partes isoladamente consideradas.
	Conceitos básicos: o valor adicionado, renda e dispêndio.
	A multiplicidade de transações que compõe a vida econômica, a diversidades agentes e envolvidos e as diferentes categorias de fluxos resultantes foram, entre outras, as dificuldades que exigiriam esforços de classificação e de sistematização, bem como de uniformização de bases conceituais.
	A classificação dos agentes econômicos em unidades familiares, empresas e governo resultou destes trabalhos de sistematização. Também resultou deles a compreensão da interdependência dos fluxos de produção, de geração de renda e de dispêndio, a diferenciação entre consumo e a acumulação, a identificação dos setores e subsetores em que as atividades econômicas podem ser classificadas e a tipificação dos seus resultados.
	Dos conceitos básicos que resultam desse trabalho sistematizador um dos mais importantes é o de valor adicionado. Esse conceito é um ponto de partida para a descrição e compreensão dos sistemas de cálculo agregativo. Ele tem a ver com uma diferenciação essencial entre os fluxos de produção e o conceito macroeconômico de produto. E é fundamental para contornar um dos problemas cruciais do cálculo macroeconômico, o da dupla contagem dos bens e serviços intermediários, que são utilizados no processo de outros bens e serviços, que por sua vez podem não ter, ainda, a destinação final do consumo e da acumulação.
	A produção é um fluxo de processamento, em cujas extremidades se encontram suprimentos e saídas. As empresas são os agentes econômicos que realizam esse processamento. Na complexa teia das relações de produção que se estabelece nas modernas economias, não há uma só empresa auto-suficiente. Independentemente das estruturas de mercado de que participa ou das atividades a que se dedica, toda empresa depende de alguma forma de suprimentos, procedente de outras empresas. A empresa k recebe suprimentos de a, b,...,n, sob a forma de bens e serviços de utilização intermediária. Processa insumos recebidos e da saída a produção resultante.
	Entre os valores das saída e dos suprimentos há, sob condições normais, uma diferença positiva, que se define como valor adicionado pela empresa. Este valor é que se considera para o cálculo do produto agregado. Valor adicionado e produtos são, assim, sob óptica macroeconômica, conceitos equivalentes. O produto nacional, depurada das transações múltiplas, resulta da soma dos produtos ou dos valores acionados por cada uma das empresas que compõem o aparelho de produção da economia nacional.
	Assim, em síntese:
A produção é um fluxo de suprimentos- processamento - saídas.
O valor adicionado é a diferença entre o valor das saídas e o dos suprimentos. Ele corresponde aos custos internos de processamento em que as empresas incorrem, remunerado os fatores de produção por ela mobilizados.
Valor adicionado e produto, sob óptica macroeconômicas são expressões equivalentes.
O produto nacional resulta da soma dos valores adicionados (ou dos produtos) de todas as empresas que compõem o aparelho de produção da economia nacional.
	O valor adicionado está diretamente relacionado ao segundo conceito macroeconômico básico: o da renda nacional (ou de remunerações pagas aos fatores de produção mobilizados pelas empresas).
	A geração do produto nacional ocorre simultaneamente com os pagamentos que totalizam a renda nacional. Isto porque produto e custo dos fatores são, também, expressões equivalentes.
	O processo de produção está dividido em três etapas: suprimentos, processamento e saídas.
	Suprimentos: a as empresas recebem suprimentos originários de outras empresas, de que são exemplos as matérias-primas, os componentes semi-elaborados, os materiais de embalagem, a energia, os serviços de comunicações e transportes e outras formas características de insumos. Estes suplementos dão origem a transações entre empresas, denominada as transações intermediárias. Empresas pagam a empresas por esses suprimentos. São pagamentos entre pessoas jurídicas, sob a forma de preços e tarifas.
	Processamento: todas as empresas mobilizam fatores de produção pertencentes a unidades familiares, para o processamento dos insumos adquiridos de outras empresas. Os fatores básicos de produção são o trabalho, o capital e a empresariedade. Estas recebem dez empresas pagamentos, sob a forma de remunerações, constituídos por salários, aluguéis, arrendamentos, juros e lucros. Além do pagamento dessas remunerações, as empresas remuneram seus capitais imobilizados próprios através de depreciações. Este conjunto de remunerações pagas aos fatores de produção é que totaliza o valor agregado pelas empresas no processamento da produção.
	Saídas: definem-se pela produção realizada e vendida. As saídas podem destinar-se de novo para a utilização como insumos ou atender as duas categorias básicas da demanda final, o consumo e a acumulação.
	Assim, em síntese:
O valor adicionado e remunerações pagas aos fatores de produção são expressões equivalentes.
As remunerações pagas aos fatores de produção são fluxos de renda que saem das empresas e se destinam às unidades familiares.
Renda nacional é a soma das remunerações pagas aos fatores de produção. É uma grande totalização dos custos dos fatores.
Como o valor é acionado é igual ao produto, que também é igual ao custo dos fatores, que por sua vez é igual à renda, podemos então dizer que o produto nacional e a renda nacional são, em termos líquidos, expressões que se equivalem.
	Um terceiro conceito básico diz respeito à destinação que é dada ao produto e a renda nacional. Este terceiro enfoque vai conduzir-nos ao conceito de dispêndio nacional, completando-se com ele o conjunto dos grandes fluxos macroeconômicos que se derivam da atividade fundamental da produção.
	As nações produzem bens e serviços que se destinam a duas grandes categorias de dispêndio final - o consumo e a acumulação.
	Conceitualmente, o consumo associa-se a idéia de destruição da riqueza. Consumir um bem ou serviço final, utilizando-o na satisfação de determinada necessidade, significa destruí-lo, no sentido econômico do termo. A destruição pode ser imediata, ou prolongar-se por dias, semanas ou meses, ou ainda prolongar-se por anos.
	A acumulação está ligada ao processo de formação de capital, a acepção macroeconômica de investimento e, genericamente, aos acréscimos líquidos na capacidade nacional de produção. Constituem dispêndios tipificados com de acumulação as edificações e as aquisições de máquinas e equipamentos.
	Assim, os bens e serviços produzidos destinam-se a duas grandes categorias de dispêndio: o consumo e a acumulação.
A soma do consumo e da acumulação, está representada pelos investimentos em bens de capital, é igual ao dispêndio nacional.
	A renda, o produto e o dispêndio nacional são expressões contabilmente equivalentes. São três abordagens diferentes, ou caminhos diferentes de avaliação, que conduzem a mensurações iguais. Para que esta tríplice igualdade se realize, o total dos investimentos em acumulação deve igualar-se ao total da renda poupada, não consumida.
	Os fluxos do produto
	Empregando os conceitos macroeconômicos básicos de valor adicionado, produto, renda e dispêndio, vamos considerar uma hipótese simplificada de economia nacional, constituída apenas por duas categorias de agentes econômicos - empresas e unidades familiares. Nesta primeira aproximação simplificada, não ha governo e não ocorrem, também, transações econômicas com outras nações. Esta hipótese é usualmente definida pela expressão economia fechada sem governo.
	O produto nacional é expresso pela diferença entre o valor total das saídas dos bens e serviços produzidos e o valor dos fornecimentos intermediários. A soma do valor dos bens e serviços finais produzidos é igual à totalização dos valores adicionados. Nem poderia ser outro o resultado, pois, conceitualmente, o produto nacional expressa a soma dos bens e serviços finais produzidos pela economia. Tanto por um critério como por outro, as transações intermediárias são excluídas, evitando-se contagens múltiplas.
	Os fluxos da renda
	O segundo caminho para o cálculo do agregado macroeconômico do produto nacional é a abertura do valor adicionado, segundo os custos dos fatores que o totalizam. Trata-se da totalização dos fluxos de renda gerados internamente pelas empresas, durante o processamento da produção e pagos às unidades familiares, detentoras dos recursos, sob a forma de salários, aluguéis, arrendamentos, juros e depreciações e lucros.
	Estes pagamentos totalizam os custos dos fatores, diferenciando-se dos pagamentos por transações intermediárias que se referem aos custos de suprimentos.
	As depreciações têm o significado de reduções de riqueza acumulada. Elas indicam o valor estimado do desgaste, da obsolescência e dos danos acidentais aqueles que estão sujeitos os bens de capital mobilizados no processamento da produção. São lançadas nas estruturas de custos das empresas, como mecanismos de alto ressarcimento pelo processo de desgaste a que os bens de capital investidos estão sujeitos ao longo do tempo. Daí por que as depreciações são deduzidas dos investimentos brutos, para a aferição dos investimentos líquidos. E são também deduzidas do produto nacional, para se chegar ao conceito de produto nacional liquido. E são também deduzidas do produto nacional, para se chegar ao conceito de produto nacional líquido. Na realidade, este último conceito é que equivale ao de renda nacional ao custo dos fatores: a renda agregada efetivamente recebida pelas unidades familiares em uma economia fechada sem governo.
	Os fluxos do dispêndio
	O terceiro grande fluxo macroeconômico que completa a hipótese simplificada de economia que estamos desenvolvendo é o do dispêndio. Dispêndio é a diferença entre renda nacional e consumo, corresponde ao fluxo de poupança: um vazamento que se destinou ao financiamento dos investimentos em acumulação de capital.
	O produto nacional menos as depreciações é igual ao produto nacional líquido, que equivale a renda nacional. Uma parte desta é consumida; outra, poupada. A poupança e a depreciação, na hipótese simplificada adotada, são às duas fontes do processo de acumulação que, somando ao consumo, totaliza o dispêndio nacional.
	Os fluxos de receita do governo
	Mantendo a economia ainda fechada, sem transações econômicas com outras nações, admitindo também a existência do governo como agente econômico. A introdução desse terceiro agente implicará mudanças nos fluxos de produção, de apropriação e de destinação da renda e de composição dos dispêndios.
	As atividades do governo são financiadas por duas categorias de receitas, tributárias e não tributárias. As primeiras resultam da exação fiscal, realizada através de dois tipos de tributos, os diretos e os indiretos. As segundas resultam de taxas cobradas por prestações de serviços, arrendamento de propriedades e participação acionária em empresas. As receitas do governo agrupam-se, assim, em três categorias:
	Tributos diretos - Englobam a arrecadação tributária que incide sobre ativos e rendas das unidades familiares e das empresas. Salários, aluguéis, arrendamentos, juros e lucros são tributados diretamente, em geral por taxas progressivas.
	Tributos indiretos - Eles são incorporados aos preços dos bens e serviços transacionados. Geralmente, os tributos indiretos são recolhidos pelas empresas durante o processamento da produção, mas efetivamente pagos pelos agentes que adquirem, na etapa final do processo, os bens e serviços finais produzidos.
	Outras receitas correntes - Esta é a denominação genérica de um amplo conjunto de receitas não tributárias do governo, como taxas, dividendos, laudêmios e vários fluxos de recebimentos originários de ativos públicos mobiliários e imobiliários.
	Os fluxos de dispêndio do governo
	O governo emprega as receitas resultantes dessas três fontes em quatro categorias distintas de dispêndios, que exercem diferentes impactos sobre os grandes fluxos macroeconômicos da produção, da renda e do dispêndio. As quatro categorias são:
	Consumo - A manutenção da estrutura do setor público com um todo, incluindo pagamentos ao pessoal civil e militar, mais os gastos com a aquisição de bens e serviços destinados às atividades exercidas nas repartições públicas, totalizam o consumo do governo.
	Investimentos - Os dispêndios de capital ou de investimento realizados pelo governo são caracterizados por adições ao estoque de capital da economia.
	Transferências - A maior parte das transferências é representada pelos benefícios pagos pelo sistema de previdência social, sob a forma de aposentadoria, pensões e auxílios para a educação, transporte pessoal, alimentação, nascimento e funerais.
	Subsídios - Trata-se de pagamentos que fluem do governo para as empresas, constituindo uma espécie de tributos indiretos como sinal negativo.
	Com a inclusão do governo, junto com as modificações na composição do valor agregado, dois novos conceitos de produtos se estabelecem. O de produto ao custo dos fatores, que totaliza os pagamentos das empresas pelos fatores de produção das unidades familiares, e o de produto a preços de mercado, que adiciona ao custo dos fatores as depreciações e os tributos indiretos líquidos. 
	Há também impactos relevantes na renda agregada. Estes decorrem da tributação direta que incide sobre a remuneração dos fatores. De outro lado, decorrem das transferências do governo para ativos e inativos. Enquanto os tributos diretos reduzem a renda agregada disponível das famílias, as transferências a ampliam.
	As transações externas: principais categorias
	A expressão economia fechada é usualmente empregada para designar modelos teóricos de economias sem quaisquer transações comerciais ou financeiras com exterior. Em contraposição, emprega-se a expressão economia aberta para designar sistemas nacionais que mantém transações econômicas com outras nações.
	Nas contas nacionais, os fluxos de exportações incluem as vendas de mercadorias para o exterior e as receitas cambiais com serviços prestados a estrangeiros. Os fluxos de importações incluem as compras de mercadorias, as despesas cambiais com serviços adquiridos de estrangeiros e os dispêndios das representações diplomáticas da nação no exterior. Já os pagamentos e recebimentos pelo emprego de fatores de produção incluem remunerações como salários, os juros, arrendamentos e aluguéis, patentes e de direitos autorais e lucros, remetidos ou recebidos do exterior, como contrapartida pela utilização interna de recursos pertencentes
a estrangeiros.
	O resíduo final desses fluxos é o saldo do balanço internacional de pagamentos em transações correntes.
	Em um modelo completo de economia aberta diferenciam-se os conceitos agregados de interno e de nacional. 
	Internos são os produtos e a renda gerados dentro do território econômico de um país; de igual forma, o dispêndio interno é o que ocorre dentro dessas mesmas fronteiras econômicas. Nacionais são os produtos gerados pelos recursos de propriedade de uma nação, os fluxos de renda por ela apropriados e os dispêndios que ela realiza, independentemente das bases territoriais onde ocorrem.
	Assim, em um modelo completo da economia, os conceitos convencionais dos agregados macroeconômicos são:
	Produto Interno Bruto, PIB 
	menos
	Rendas liquidas enviadas para o exterior
	é igual a
	Produto Nacional Bruto, PNB
	menos
	Depreciação do capital fixo
	é igual a
	Produto Nacional Líquidos, PNL
	menos
	Tributos indiretos
	mais
	Subsídios
	é igual a
	Renda Nacional,RN
	menos
	Tributos diretos
	mais 
	Transferências
	é igual a
	Renda Pessoal Disponível, RPD
MEDINDO O PRODUTO NACIONAL E OS AGREGADOS MACROECONOMICOS
É o somatório de todas as transações que são realizadas pelas entidades que intervêm no processo produtivo da economia. E as entidades são os agentes econômicos. E os agentes são as empresas, as famílias, o governo e o resto do mundo.
Para se entender a formação do produto e da renda nacional, é bom lembrar os fatores de produção. Por isso inicia-se com o Fluxo Circular da Renda.
As duas identidades básicas:
a) O gasto total é igual à renda total b) A produção total é igual a venda total-
São mostradas no Fluxo Circular da Renda.
As famílias são as proprietárias de todos os fatores de produção, são as que fornecem a mão-de-obra, terra, capital e propriedade para as firmas- esse é o fluxo "A" Estas recebem salários, aluguéis, juros e lucros- esse é o fluxo "B". As firmas fornecem bens e serviços para as famílias - esse é o fluxo "C". As famílias compram os bens e serviços - seus gastos são o fluxo "D".
Nesse processo são identificados dois fluxos: Um de produto (bens e serviços) e outro de renda (salários, aluguéis, juros e lucro). Isso é o que ocorre diariamente na economia.
O que se percebe, com o estudo do Fluxo Circular da Renda é que há uma equivalência entre o fluxo de dispêndio de bens e serviços finais e o fluxo da remuneração dos fatores produtivos. Daí surge a identidade onde Produto é equivalente a renda.		O objetivo é contabilizar a produção de um determinado país, durante um certo período de tempo, admite duas formas de analise.
	- GASTOS, somar todos os gastos com bens e serviços das famílias, firmas, governos e estrangeiros. PNB= C +1 + G + NX
	- RENDA, um modo de calcular a renda total é somar a renda de cada tipo de fator, fazendo dois ajustes:
	a) Subtraímos a depreciação do PNB para considerar que o estoque de capital se desgasta, um pouco todos os anos.
	b) Depois são subtraídos os impostos indiretos das firmas, que incluem o	impostos sobre vendas e outros não baseados na renda.
Isso nos mostra a fórmula: PNB - Depreciação - Impostos indiretos = RN
Onde a Renda nacional = salários + aluguéis + juros + lucros.
FÓRMULAS A SEREM USADAS:
1) Produto Nacional Bruto (PNB) = C + Investimento bruto + G + NX
2) Produto Nacional Líquido (PNL)= PNB - Depreciação e/ou PNL= C +Investimento Líquido + G + NX
3) Investimento Líquido= Investimento bruto - depreciação
4) Renda nacional (RN)= PNL - Impostos indiretos das firmas e/ou RN= soma fator pagamentos.
5) Renda Pessoal(RP) == RN - contribuições do seguro social - imposto de renda das corporações - lucros não distribuídos das corporações + pagamentos de transferência. E/ou RP= Renda familiar.
6) Renda Pessoal Disponível (RD)
a) RD = RP - Imposto da pessoa física
b) RD = Renda familiar pós impostos.
c) RD = despesa com consumo + poupança pessoal+ pagamentos de juros para firmas.	 d) RD = RN - lucros da corporação - impostos + receita pessoal de dividendos+ juros pagos pelo governo + pagamentos de transferência do governo e firmas para as famílias.
Renda nacional é igual a renda total que é igual ao dispêndio total, daí teremos:
Renda Nacional =G + I + G + NX
Numa economia sem governo e sem comércio exterior, têm-se a poupança = Investimento.
O investimento real (inclusive aumento de estoques) sempre é igual à poupança se, e somente se, não houver setor governamental e comércio exterior.
Com os dados da tabela abaixo, calcule o PN real, bem como a sua variação percentual a cada ano.
	ANOS 
	PNpcorrentes 
	Variação % dos preços
	PN real 
	Varia% anual do
PN real
	To 
	543.087 
	100,0 
	 
	 
	Tl 
	705.449 
	121,98 
	 
	 
	T2 
	774.961 
	109,12 
	 
	 
	T3 
	807.771 
	104,34 
	 
	 
	T4 
	787.720 
	102,49 
	 
	 
	T5 
	531.135 
	108,43 
	 
	 
	T6 
	593.758 
	105,27 
	 
	 
Considere que no mês base o preço médio de uma cesta básica seja R$500,00, e nos meses
subseqüentes seja R$510,00, R$ 520,00 e R$ 530,00. Obter a taxa de inflação de cada mês,
em relação ao mês anterior.
A tabela seguinte resume as avaliações, em bilhões de unidades monetárias e referentes a determinado ano, da remuneração dos fatores, das depreciações, dos impostos indiretos e dos subsídios de determinada economia.
	Categorias
	Bilhões de u.m.
	Salários
	2.300
	Aluguéis
	150
	Juros
	50
	Lucros
	200
	Depreciações
	190
	Impostos Indiretos
	470
	Subsídios
	60
Calcule, para essa economia; a) O Produto Nacional a custo de fatores e b) O Produto nacional a preços de mercado.
Quatro diferentes economias, A,B,C e D, apresentam os seguintes agregados, expressos na mesma unidade monetária e referente a igual período:
	Categorias
	A
	B
	C
	D
	Produto Nacional A custo de fatores
	100
	1800
	550
	2400
	Depreciações
	10
	150
	30
	200
	Produto nacional a Preço de mercado
	130
	2100
	700
	2900
Com base nestes dados: a) Calcule, o valor dos impostos indiretos líquidos de cada uma das quatro economias, b) Determine, em relação ao Produto Nacional a preços de mercado, qual a economia apresentou a mais alta % de pressão tributária indireta liquida.
Com os dados da tabela abaixo, calcule o Produto Nacional real, bem como sua variação % a cada ano. Registre os resultados dos cálculos nas duas últimas colunas da tabela:
	Anos
	PN a preços correntes 
	Ìndices de Variação preços 
	PNreal a preços do ano base 
	Variação anual % do PNreal 
	To 
	75000 
	100,0 
	 
	 
	Tl 
	81000 
	110,1 
	 
	 
	T2 
	84000 
	112,0 
	 
	 
	T3 
	98000 
	120,0 
	 
	 
	T4 
	103 500 
	127,5 
	 
	 
	T5 
	108.000 
	130,4 
	 
	 
Considere os seguintes dados:
	Anos 
	PN a preço correntes 
	Deflatores 
	PNreal 
	População total 
	Renda percapita 
	Produto Real percapita 
	Al 
	150 000 
	100 
	 
	75 
	 
	 
	A2 
	168 000 
	105 
	 
	80 
	 
	 
Calcule o PNreal e a renda percapita. bem como o crescimento percentual do produto real
percapita do ano a2 em relação ao ano ai.
INFLAÇÃO E DESEMPREGO
	De acordo com Paulo Sandroni: Inflação é um aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda. Também pode ser definida como um inchaço nos preços em uma economia. Os movimentos inflacionários representam elevações em todos os bens produzidos pela economia e não o aumento de um determinado preço. O fenômeno inflação exige a elevação contínua dos preços durante um determinado período de tempo.
	A inflação é medida pela variação dos índices de preços. Estes permitem calcular a média da variação relativa dos preços de um conjunto de bens e serviços em uma seqüência de períodos de tempo. Dessa forma quanto maior
for a proporção da renda gasta com um produto ou serviço maior será o impacto no índice.
	Estes índices de preços expressam o custo atual de uma cesta de bens com uma porcentagem do custo dessa cesta no período base.
	Taxa de Inflação é a variação percentual no nível geral de preços ao longo de um ano.
	Os custos econômicos da inflação:
	a) Gerenciamento excessivo de encaixes.
	b) Remarcação de preços mais freqüente.
	c) Compensação pela incerteza.
	d) Perda de informação.
	e) Aumento na alíquota de imposto.
	 Aumento da concentração de renda.
	 Distorções no Balanço de Pagamentos.
	
	TIPOS DE INFLAÇÃO
	Inflação de DEMANDA Em economias emergentes, os governos investem muito em infra-estrutura. Esses altos investimentos, geralmente maiores que as receitas provocam constantes déficits públicos, desequilibrando o orçamento público. Muito dinheiro e poucos bens.
	
	Inflação de CUSTOS: Vários são os fatores que podem gerar inflação, tais como
	a) aumento nos preços de insumos importantes na economia, como petróleo e energia elétrica.
	b) Aumento expressivo dos salários de determinada categoria, não compensados por aumento na produtividade.
	c) Ação dos oligopólios que, mesmo em um ambiente de crise econômica com redução da demanda agregada e conseqüente queda de produção, procuram aumentar a margem de lucro para manter suas receitas. Dessa forma ocorre o processo inflacionário acompanhado da queda de produção e do nível de emprego. A inflação com estagnação econômica é a Estagflação.
	Inflação ESTRUTURAL; os setores que produzem bens com baixa elastícidade-renda têm dificuldade em aumentar a produção como resposta às variações da demanda. Ex setor agrícola, que não consegue produzir os bens necessários para acompanhar o crescimento da demanda nas economias em desenvolvimento, alimentado pela industrialização, pelo crescimento demográfico e pelo êxodo rural -
Inflação INERCIAL, esta inflação surge das expectativas inflacionárias. Os agentes econômicos acreditam que o processo inflacionário continuará no futuro apenas pelo fato de ter existido no passado. Isto é a chamada cultura inflacionária.
DESEMPREGO
	Todo mês o IBGE entrevista por meio de uma amostra, 38.500 domicílios, em diversas capitais para representar a população total brasileira. Com base nas suas respostas, as pessoas são incluídas em uma das três categorias que segue:
a) População Ocupada; uma pessoa está empregada se ela trabalhou na semana anterior a entrevista e/ou está ausente por doença, greve ou férias.
b) População Desocupada; uma pessoa está desempregada se ela não tinha trabalho num determinado período de referência, mas estava disposta a trabalhar.
c) População não economicamente ativa; a força de trabalho é composta por todos que estão empregados ou desempregados, os demais é fora da força de trabalho. Isso inclui estudantes, cônjuges que não trabalham fora de casa e aposentados. Inclui também pessoas que desistiram de procurar trabalho.
Taxa de desemprego é a porcentagem da força de trabalho que está desempregada.
 	Efeito da recessão: Uma economia está em uma recessão quando o produto total cai. Uma recessão aumenta a taxa de desemprego de duas maneiras, quando perdem seus empregos e quando há menos oferta de trabalho.
	Tipos e custos do desemprego:
	a) desemprego Fricativo é resultado do funcionamento normal da economia. O desemprego fricativo acontece porque os trabalhadores demitidos buscam empregos melhores. Os empregadores demitem em busca de melhores profissionais e os consumidores deixam de comprar determinados produtos e o progresso tecnológico.
	b)desemprego Estrutural ocorre se os consumidores deixam de comprar determinados produtos e pelo avanço tecnológico, que afetam seriamente certas industrias.
	c) desemprego Cíclico, deve-se ao desaquecimento da economia.
1. Qual o efeito da inflação sobre as pessoas cuja renda é fixa?
2. Como os que poupam podem se proteger da inflação?
3. Por que as taxas de juros eventualmente aumentam durante um período de inflação?
4. Quando a inflação acarreta maior incerteza na economia, os trabalhadores com freqüência exigem aumento do salário real como compensação pelo aumento da incerteza. Como isso prejudica a economia?
5. Se o PNB real for constante mas o deflator do PNB subir, o que acontecerá com o FNB nominal?
6. O que significa um Índice de preços de 180? Qual foi o aumento de preços deste ano-base?
7. Por que uma melhoria de qualidade faz com que o índice de preços superestime o aumento de preços?
8. Quais são as diferentes formas pelas quais uma pessoa pode tornar-se desempregada?
9. Se a taxa de desemprego é 10% e 90 milhões de pessoas estão empregadas, quantas estão desempregadas?
10. Qual é o principal custo associado ao desemprego cíclico?
11. Em 1985, o IPC foi 82,4; em 1995 foi 130,7. Em 1985, o ganho médio semanal dos empregados no setor era R$ 289,00; em 1995 era R$442,00. Qual foi o ganho real em 1985 e em 1995? Qual foi a variação?
12. Indique a situação em termos de força de trabalho das seguintes pessoas:
a) Um médico que está doente demais para trabalhar.
b) Um mecânico que não consegue achar um emprego na sua área e está esperando a economia melhorar para voltar a procurar.
c) Um estudante em período integral
d) Um metalúrgico dispensado que está esperando para ser chamado de volta ao trabalho.
e) Um executivo dispensado que está sobrevivendo graças a um emprego em um lava-rápido.
f) Uma executiva que tirou licença de um ano para ter um bebê.
13. Suponha de Paulo só consome pão. No ano 2000 compra 4 pães brancos e 4 pães pretos, todos a R l,00 cada. Ele gosta igualmente dos dois tipos de pão. No ano 2001 o pão branco sobe para R$2,00 e o pão preto continua custando o mesmo valor.
	Assim, ele passa a comprar pão preto.
a) O que aconteceu com seu custo de vida?
b) Quais os valores de um índice de preços tendo o ano 2000 como ano-base?
	Esses valores subestimam ou superestimam o verdadeiro aumento do custo de vida de Paulo?
SISTEMA FINANCEIRO
Nas economias primitivas, a vida do homem se restringia a caça, a pesca, e a coleta de frutos. O grupo tribal era fechado, uma vez que as tribos vizinhas eram consideradas rivais. E cujo objetivo, principal, era a sobrevivência.
	Posteriormente, o homem percebeu que poderia produzir quantidades superiores às suas necessidades, e comercializar o que excedia.
	Nos primeiros momentos históricos em que a divisão do trabalho começou a ser praticada estruturaram-se primitivos sistemas de trocas:
	a) ESCAMBO, considerado o mais primitivo sistema de trocas. Dessa forma se estabeleceu as relações sociais, a troca das riquezas. O agricultor permutava os produtos da terra, com artigos de que precisava, como roupas, utensílios e outros.
	Porém esse sistema apresentava um grave inconveniente, nem sempre possuidor de um bem encontrava aqueles que desejassem seu produto.
b) MOEDA MERCADORIA, a dificuldade encontrada no sistema anterior, evidenciou que o problema seria facilitado se fosse escolhido um produto de aceitação geral, surgiu assim a moeda mercadoria, mediante consenso ou aceitação geral.
Dependendo da região e do momento histórico, várias mercadorias desempenharam o papel de moeda, tais como, arroz, tecidos, peles, peixe seco, gado, sal e outros.
 Ela resolveu, em parte, os problemas das trocas diretas, em espécies.Tendo resolvido um problema logo surgiram outros com as mercadorias, que serviam de moeda, como a divisibilidade, estocagem e perecividade.
c) MOEDA METÁLICA, surgiu como solução para resolver a questão da coincidência de necessidades verificadas nas trocas diretas, além do problema da perecividade e divisibilidade.
 d) MOEDA PAPEL, ou moeda de ouro, utilizada como intermediária nas trocas, trazia dois grandes problemas: o custo do transporte, dado o seu peso
e o risco de assaltos.
Progressivamente os certificados de depósitos passaram a serem usados como moeda.
O endosso dava a seus titulares o direito de retirar o ouro junto às casas de custódia,
foi dessa forma que surgiu a moeda papel, cuja característica é ser integralmente	 lastreada em metal precioso. A conversibilidade dava-se no momento em que a	pessoa apresentava o certificado de depósito.
e) PAPEL MOEDA OU MOEDA FIDUCIÁRIA, atualmente o papel-moeda não tem	nenhum respaldo em termos de lastro e o mesmo ocorre com o dinheiro em forma de moeda. O seu valor está na confiança que cada indivíduo tem de que lê será	aceito como meio de pagamento pêlos demais, por isso é denominado dinheiro	fiduciário. Junto com o papel moeda nasceu a atividade bancária. A emissão de	certificados em valores superiores ao lastro permitia que seus emissores realizassem operações lucrativas, como aquisição de títulos e ações ou a concessão de empréstimos que rendiam juros. Quando se adotou essa prática, os recibos passaram a ser fracionárias, conversíveis, situação esta que evoluiu com o tempo, chegando aos dias atuais, em que a moeda é de emissão privativa do Estado, onde não há conversibitidade.
f) MOEDA ESCRITURAI-, além do papel moeda de emissão privativa do Estado, por meio de bancos centrais, há o que chamamos de moeda bancária ou moeda- escritural. Os bancos comerciais podem criar moeda assim como os ourives faziam quando emitiam certificados com valores superiores aos seus depósitos. O dinheiro bancário é constituído pêlos depósitos nos bancos comerciais, bancos múltiplos e demais instituições financeiras, que recebem depósitos de seus clientes e concedem empréstimos as famílias e as empresas.
g) MOEDA VIRTUAL, desde o surgimento até as modalidades hoje existentes, as transformações da moeda estiveram vinculadas ao aspecto da redução dos custos de transações-A moeda na forma digital implica redução significativa nos custos. Seu surgimento e desenvolvimento, no entanto, está mais ligado ao fato de que são vislumbradas oportunidades de negócios com o oferecimento de serviços financeiros por meio de cartões, internei etc.
As novas formas de moeda que, vêm sendo chamadas de dinheiro virtual ou digital tem sua origem na criação dos cartões de crédito. Os cartões de crédito evoluíram para cartões de múltiplos usos, principalmente depois do advento das máquinas que permitem a instalação, em pontos comerciais, de terminais de transferência eletrônica de fundos (TEF). Essa ultima possibilidade fez com que o cartão deixasse de ser meramente uma forma de obter dinheiro, para se tomar seu substituto. Hoje praticamente todos os serviços bancários estão disponíveis na internei. Na intemet o dinheiro não é tangível, é meramente um registro na conta de um consumidor ou movimento para a conta de comerciante. 
 
FUNÇÕES DA MOEDA
A medida que as economias foram se especializando, as transações dos excedentes por outros bens de que necessitavam foi exigindo um consenso geral sobre as funções que a moeda deveria desempenhar. A moeda desempenha três funções primordiais, como:
a) Intermediação de troca, é a função principal da moeda. O dinheiro é um meio de troca geralmente aceito pela coletividade para a realização de transações e de cancelamento de dívidas e que evita a troca direta em espécie.
b) Unidade de conta ou medida de valor, serve para calcular quanto valem bens e serviços, para comparar o valor de mercadorias. Além disso, a moeda resolve o problema de se somar coisas distintas. Tendo uma única referência.
c) Reserva de valor, o dinheiro pode ser um ativo, é uma maneira de manter riquezas e de fato, tanto as famílias como as empresas podem manter parte do seu patrimônio em forma de dinheiro. Isso ocorre porque o dinheiro pode ser trocado facilmente por bens, a qualquer momento. Se a economia estiver em processo inflacionário, o valor do dinheiro se deteriora, fazendo com que esta função não se cumpra.
MEIOS DE PAGAMENTOS
	
O dinheiro e as moedas representam uma parte do total da oferta monetária. Os depósitos em bancos representam, hoje, no Brasil 4/5 da oferta monetária. A maior parte dos gastos é feita mediante transferências de depósitos, emprego de cartões de crédito e cheques. Seus depósitos e saques não são uma forma tangível de dinheiro.
	A quantidade de dinheiro (oferta monetária) é igual à soma do efetivo nas mãos do público mais os depósitos à vista, e pode ser representada pela letra Ml.
	O total dos meios de pagamentos na economia corresponde ao total de papel-moeda emitido pelo governo em poder do público, mais o total de depósitos à vista nos bancos comerciais. Com liquidez imediata.
M2= Ml + aplicações em fundos de investimentos + títulos públicos federais, estaduais e municipais em poder do público.
M3= M2 + Depósito em poupança.
M4= M3 + depósito a prazo + títulos privados.
	Essa classificação dos haveres financeiros em Ml, M2, M3, M4 é suficiente para que as autoridades monetárias formulem a Política Econômica promovendo os ajustes necessários na liquidez da economia.
	Considerando a história inflacionaria brasileira, vale ressaltar que, em períodos de inflação alta, ocorre uma migração dos ativos financeiros Ml em direção aos outros ativos.
	A esse processo dá-se o nome de desmonetização da economia. O caso inverso é a monetização.
	A base monetária é dada pela soma entre os haveres papel-moeda emitido e o total das reservas bancárias, que é o passivo do Banco central. Quando o Banco Central emite moeda, parte é retida pelo público para compra de bens e serviços, e parte é retida pêlos bancos, na forma de reservas técnicas, que visam atender as demandas dos clientes em saques diários. E outra parte é o recolhimento compulsório feito ao Banco central. A base monetária é a soma da moeda corrente e das reservas bancárias. Se os bancos não criassem moeda, o total de meios de pagamento seria igual a base monetária. Mas como os bancos criam moeda por meio da multiplicação dos depósitos à vista, para se apurar a Base Monetária é necessário que se deduza do Ml a moeda criada pêlos bancos comerciais. A moeda desempenha papel importante na Política Econômica do país, que é um conjunto de medidas que o governo adota, visando adequar os meios de pagamentos disponíveis às necessidades da economia. 
	Os intermediários Financeiros designam uma categoria diferenciada de serviços prestados por um conjunto de agentes econômicos. Neste setor realizam-se operações com ativos financeiros, monetários e não monetários.
	Monetários, são os meios de pagamento empregados na liquidação de transações e Não monetários -são instrumentos de captação para financiamento de operações de crédito.
O SISTEMA FINANCEIRO NO BRASIL:
	A principal função do SF é possibilitar a transferência de recursos dos poupadores para os investidores, ou seja, constitui-se na ponte entre poupadores e investidores. Proporciona maior eficiência ao sistema econômico, por permitir o direcionamento dos recursos para as atividades de maior rentabilidade. Dessa forma, o sistema financeiro desempenha importante função no desenvolvimento econômico, ao potencializar os investimentos. No Brasil o S.F. é moderno e diversificado, a estrutura atual data de 1964.Essa reforma criou o Conselho Monetário Nacional e o Banco central do Brasil, além da regulamentação das diferentes instituições de intermediação financeira. Posteriormente foi incorporada a Comissão de Valores Mobiliários, criada em 1976.
OS BLOCOS ECONOMICOS
	Resultam do movimento de aproximação econômica entre dois ou mais paises com o propósito de estabelecer um espaço econômico comum, mediante a conformação de zonas de livre comercio, com a circulação de bens, sem tarifa; a consolidação de uniões aduaneiras, com o estabelecimento de tarifas externas comuns, ate formas mais avançadas de coordenação macroeconômica, uniformalização cambial e fiscal, e concentração política em Parlamentos e Cortes de Justiça com poderes supranacionais.
Os Blocos Econômicos promovem as principais características da globalização- diversificação e aceleração dos fluxos de capitais, interpenetração das economias, convergências dos valores e padrões culturais- porem em espaços reduzidos. Trazem a vantagem do risco diminuído, uma vez que, estão sujeitos a um controle por parte de seus
integrantes, diferentemente da globalização.
	São um poderoso meio para o implemento da ordem econômica dos Estados, pois, alem de aproximar economias aumentando o fluxo de comercio, servem como experiência no trato econômico internacional.
1. UNIAO EUROPEIA:
	Composta por 15 paises- Portugal, Espanha, Franca, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Alemanha, Itália, Grécia. Reino Unido, Irlanda, Suécia, Finlândia, e Áustria( estes três últimos a partir de 1995)- e o único bloco que visa uma unificação política e financeira mais explicita, como por exemplo, a adoção do Euro como moeda única, implantada em 1999 e que ate 2002 substituirá a moeda local dos paises-membros. Formou-se a partir de 1992, de acordo com o Tratado de Maastricht (1991)- que ratificou o Ato Único Europeu(1995)- e que definiu os rumos da economia européia, bem como sua expansão para o Leste Europeu, Oriente Médio e África. A Europa unificada e uma estratégia capitalista para superar a crise econômica e enfrentar a concorrência em nível mundial.
2. NAFTA - NORTH AMERICAN FREE TRADE AGREEMENT
	Reúne EUA, Canadá e México e entrou em vigor em 1994. A unificação européia e o crescimento do bloco asiático aceleraram a formalização do NAFTA. Assim, os EUA articularam-se com os seus vizinhos imediatos - 0 Canadá como uma extensão da economia
estadounidense e o México como um potencial mercado consumidor de um pais subdesenvolvido porem industrializado. Ao mesmo tempo, os EUA buscam o estabelecimento mais 'imediato da Associação de Livre Comercio das Américas- ALCA- projetado para 2005,com 34 paises exceto Cuba. Tem encontrado resistência dos paises do
Mercosul.
3. MERCOSUL-MERCADO COMUM DO SUL : 
	O Tratado de Assunção (1991) formalizou a constituição do Mercosul para vigorar a partir de 1995 e foi assinado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Este mercado cada vez mais reafirma sua vocação neoliberal, abandonando a idéia de uma política econômica protecionista que vigia ate o inicio da década de 90. Prevê a redução gradual das tarifas alfandegárias entre seus membros ate sua completa eliminação. O Mercosul mais Chile e Bolívia formam uma zona de livre-comércio no Cone Sul da América Latina. Assim, os paises do Mercosul ganham uma saída para o Oceano Pacifico e o Chile para o Oceano Atlântico, vantagem aproveitada pelo pais interior Bolívia.
4. BLOCO DO pacifico
	Apesar de não corresponder a uma aliança econômica sustentada por algum tratado ou similar, como nos outros blocos, é uma região que esta sob influencia direta do Japão. O crescimento econômico japonês notadamente a partir de seu milagre no inicio dos anos 60, fez com que o pais expandisse sua economia em direção a sua periferia imediata e seus investimentos proporcionaram a industrialização no leste e sudeste asiáticos. Igualmente o Japão articula-se com sua periferia rica da Oceania- Austrália e Nova Zelândia- paises desenvolvidos que possibilitem o investimento japonês. A Austrália e importante centro exportador de Matérias-primas para a região de âmbito do bloco.
5. OUTROS ORGANISMOS ECONOMICOS
	ASEAN : Associação das Nações do Sudeste Asiático- Brunei, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malásia e Tailândia. 
	APEC: Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacifico- EUA, Canadá,
México, Chile, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Brunei, Hong-Kong, Indonésia, Coréia do
Sul, Malásia, Papua Nova Guine, Cingapura, Taiwan e Tailândia (em 1996 realizou 46% do
comercio exterior mundial, 56% da produção industrial e detinha 37% da população do planeta).
	AELC : Associação Européia de Livre Comercio - Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein( articulados com a União Européia no Espaço Econômico Europeu).
BRASIL:
Efetivamente, a estratégia brasileira diante das tendências de globalize! ção e de regionalização tem sido claramente favorável ao "regionalismo aberto", ou seja, à complementação da defesa e da político do multilateralismo com o aprofundamento dos vínculos de interdependência entre os paises da região. através do Mercosul e, mais recentemente, através da iniciativa da Área de Livre Comercio Sual Americana (ALCSA).
Prof. Beky Moron de Macadar
Extraído da Revista Interciência- vol. I. numero 4. 1997
	Podemos concluir que, no presente, seria muito temerário afirmar que exista alguma evidencia histórica, estado ou literatura que possa indicar que:
- 0 processo de .internacional.lização da economia, tenha caráter ou conotação ideológica e
política,
- Seja uma ameaça de desequilíbrio sócio, econômico e político da humanidade.
	A globalização poderia estar sinalizando:
- Uma nova ordem econômica mundial;
- Um processo de mudança de paradigmas;
- 0 declínio de dois séculos de industrialização e de organização capitalista;
- 0 alvorecer de novos tempos nas relações entre as nações.
	Com o fim do conflito Norte e Sul ou capitalismo e comunismo, a internacionalização da economia e a interdependência dos mercados regionais poderão se transformar em grande potencial para o equilíbrio da paz mundial. 0 avanço do conhecimento humano, o progresso das pesquisas tecnológicas, o desenvolvimento de novos produtos, a expansão da produção e do comercio mundial, poderão igualmente estar criando oportunidades e capacitação competitiva para as empresas e para as nações no cenário internacional.
	Do ponto de vista histórico, a globalização e, muito provavelmente o resultado da evolução da organização econômica e dos diferentes modos de produção. Da pré-história aos dias atuais. Da economia primitiva a economia pos-industrial ou pos-capitalista, o homem sempre buscou a sua expansão no planeta, reduzindo o tempo e o espaço com a evolução dos meios de comunicação e de transportes.
	Os momentos de transição ou ponto de mutação na historia econômica, política e social da humanidade foram muitos.À medida que o conhecimento e o avanço técnico aumentam, a distancia entre os fatos históricos importantes diminui. 0 estreitamento de tempo/espaço entre as mudanças e transformações poderão dificultar cada vez mais a analise dos fatos. Alguns fatos significativos do ponto de vista histórico:
- ascensão do Japão como segunda economia mundial do pós-guerra e a Alemanha como a
terceira potencia,
- fim da guerra fria
-fortalecimento e consolidação dos mercados regionais;
-retorno às fronteiras históricas das nações, perdidas com o artificialismo criado com o fim
da segunda Guerra Mundial;
-reconstrução de uma nova cartografia mundial;
- fim do conflito entre capitalismo e comunismo,
-desintegração da União das Republicas Socialistas Soviéticas;
-união das duas Alemanha;
-desaceleração da corrida espacial,
-acordos intencionais de redução gradativa dos programas nucleares,
-tendência de desmilitarização do globo;
-desaparecimento da discussão a respeito da terceira guerra mundial,
-fim da hegemonia econômica e militar de uma única nação;
- diminuição da intervenção do Estado na economia;
-pressão mundial sobre as reservas de mercado;
- esforço mundial para o controle do processo inflacionário;
-pianos de controle da explosão demográfica mundial;
- mudança no perfil da produção(robotização), do comercio intencional(blocos), da mão de obra(informação); do varejo (automatização); do consumidor( mais esclarecido); do Estado( não e mais empresário/protetor); das comunicações ( velocidade); da tecnologia(ciclo de vida curto "dos produtos); do consumo(hábitos e atitudes) e finalmente, das empresas que terão o foco voltado para a satisfação do consumidor e para a busca de resultados,
- abertura comercial
da China a partir dos anos 80. E hoje a maior absorvedora de capetas estrangeiros, superada apenas pelos Estados Unidos. Com a anexação de Hong Kong, será a
economia emergente mais importante • do terceiro milênio.
GLOBALIZACAO
	Sob a perspectiva histórica, a globalização e a fase atual do capitalismo, que ao longo dos anos vem mostrando diversas firmas de organização e operacionalização dos fatores de produção e da relação entre produtor e consumidor.
	Segundo Praxedes e Piletti autores do livro 0 Mercosul, que citam o professor Octavio Ianni autor do livro A sociedade global, resume a historia da globalização em três fases;
	A Primeira começa com as grandes navegações, que levaram a descoberta de regiões do planeta ainda não conhecidas pelos europeus, nos séculos XV e XVI. As migrações da civilização para outras regiões do mundo foi um processo interativo expandindo o conhecimentos e mercadorias.
	Esta fase pode-se se chamar de Mercantilismo baseada na idéia de que para ser bom comerciante tinha de vender caro e comprar barato. Estimula-se as exportações e reprime- e
as importações. Dessa forma vê-se as trocas internacionais conflitantes, onde vencia o mais
forte.
	A segunda fase, começou com a revolução industrial do século XVIII, o capitalismo europeu já contava com mercados consumidores no mundo todo. Passou então a desenvolver tecnologias que permitiram aumentar a produtividade do trabalho humano e, conseqüentemente, alcançar maior produção de mercadorias, com um numero menor de trabalhadores. Esgotado o modelo do mercantilismo havia necessidade de se adaptar outro, e nessa segunda fase que surge o imperialismo, vigente no mundo e imposto pela revolução industrial. Inglaterra é exemplo de desenvolvimento na industria têxtil.
	0 terceiro momento, e o atual, caracteriza-se pelo domínio das grandes empresas multinacionais. Estas tomaram impulso a partir dos anos 50, depois da segunda Guerra Mundial, quando passaram a investir na reconstrução da Europa destruída pelo conflito.Hoje as transnacionais já dominam mercados no mundo todo.
	Os objetivos de hoje são os mesmos da época do mercantilismo.
	A globalização e um fenômeno do processo produtivo, do movimento dos capitais e dos fluxos de comercio, no que se refere à economia.
	Seus.efeitos são sentidos em diversas outras áreas, como a cultural, social, financeira etc.
	A expressão globalização surgida nos Estados Unidos da América e a denominação
mundialização, na França teve origem no meio jornalistico.
	Globalização Econômica: se vê na ampliação e aprofundamento de vínculos econômicos que se realiza com a integração dos agentes e processos de pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização em redes globais.
	Globalização Financeira: movimentação virtual, instantânea e mundial de recursos de investimentos alavancada pelo Sistema Bancário, fundos de pensão e seguradoras.
	Globalização Cultural: absorção de métodos e produtos desejados e passiveis de utilização nos mais diversos paises, sem atenção à origem nacional ou cultural daqueles que
fazem uso.
	Globalização social: São novos padrões de organização social, baseados nas tendências à formação de sociedades cibernéticas, na desintegração das classes medias convencionais e na redução das classes trabalhadoras nas industrias.
	0 Brasil não poderia deixar de fazer parte deste mundo em constante transformação, onde as pessoas mudam seus paradigmas em busca de melhores condições de vida. 
	Isoladamente as nações dificilmente conseguem atingir os mesmos níveis globais de eficiência e de crescimento, a que tem acesso através de sua co-participação nos fluxos internacionais de trocas, muitas nações nem mesmo conseguiriam sobreviver se dependesse
apenas de sua capacidade de produção. As nações não podem viver isoladas da mesma forma que os indivíduos.
	Ha questões que envolvem desde a sobrevivência ate a satisfação de necessidades menos vitais, fortes motivações para o intercambio internacional.
	Principais diferenças entre as nações:
	- Reservas não reprodutíveis
	- Solo e clima
	- Capital e trabalho
	-Estagio tecnológico
	A influencia combinada desses fatores tem contribuído para a internacionalização dos processos econômicos e para o gradativo aumento das taxas de dependência de cada pais em relação ao resto do mundo. Podendo surgir dai uma nova potencia econômica ou mesmo solidificar a já existente, trazendo a grande circulação de riquezas entre os paises.
	Mas a simples integração não garante o desenvolvimento, apenas favorece alguns pontos dos quais podem ser trabalhados e sugadas as vantagens advindas e para que isso aconteça e imprescindível um tratamento atencioso, avaliação de objetivos e orientação porque os riscos são grandes.
PRINCIPAIS ATORES DA GLOBALIZACAO
	Empresas:
	- Multinacionais: corporações industriais e de serviços que buscam, alem das fronteiras nacionais, diversos tipos de vantagens comparativas- matéria-prima abundante ou exclusiva, salários baixos, proximidade de mercado consumidor, subsidies e incentivos fiscais- promovendo a otimização dos fatores produtivos fora do espaço nacional.
	- Transnacionais: empresas que superam o sistema nacional e o referencial interno e 
externo.
	Ao invés de terem base territorial, baseiam-se sob aspectos científico-tecnológico, tornando-se independentes dos estados nacionais.
	Trabalhadores:
	Aqueles que estão capacitados para atender as exigências desse novo modelo produtivo, independentemente das suas diferenças históricas e das distâncias físicas.
	Familiarizados com a diversidade de formas e recursos de comunicações, entram no
mercado aptos a reconhecer e utilizar os mais variados objetos, procedimentos e linguagens
em qualquer lugar do mundo.
	Estados:
	Os estados nacionais, como sujeitos clássicos das relações internacionais, vem impulsionando o processo de globalização através do incentivo, apoio e proteção dos interesses das grandes corporações estratégicas, passando a atuar como coadjuvante na nova ordem econômica mundial.

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