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1.1 – Introdução 
 Brasil teve um crescimento significativo da participação nas 
despesas totais no PIB. 
 Não existe correlação positiva entre renda per capta e participação 
do Governo. 
 Indices de participação do Governo por despesas são insuficientes, 
é necessário avaliar as atribuições econômicas do Estado. 
1.2 – As atribuições econômicas do Governo 
 As funções do Governo mudaram muito nos ultimos anos, devido a 
ocorrência de fatos que vieram a abalar a convicção classica quanto 
à excelência do sistema regido pelo mercado. 
 Atribuições ao Governo: 
o Promoção do bem-estar social 
o Distribuição mais equitativa da renda 
o Atendimento das classes menos favorecidas 
o Garantir o desenvolvimento econômico 
 De acordo com Musgrave as atribuições são: 
o Promover ajustamentos na alocação de recursos 
 Quando os preços não levam à eficiencia 
 Externalidades 
 Problemas de satisfação da coletividade 
 1) Expansão da infraestrutura (ex.: estradas) 
 2) Bens públicos: preços incapazes de orientar 
alocação. Indivisibilidade do consumo, necessidade de 
obter conpulsoriamente recursos (Tributos) para 
financiar a produção. Ex.: segurança e justiça. 
 Bens semi-públicos: educação e saúde. Podem ser 
oferecidos pelo setor privado, mas pode barrar pessoas 
de baixa renda. Por produzirem externalidades 
positivas esses bens foram chamados por Musgrave de 
bens meritórios. 
 Setores que necessitam de grande escala. 
(Siderurgicas) 
o Promover ajustamentos na distribuição da renda 
 Utiliza o sistema tributário 
 Tributando mais os mais ricos. 
(progressivamente) 
 Utiliza política de gastos 
 Mais despesas com baixa renda. (ex.: em 
educação e saúde) 
o Manter a estabilidade econômica 
 Atenuar impacto social de inflação, ou crises 
econômicas. 
 Ferramentas: 
 Controle de gastos publicos 
 Controle de crédito ao setor privado 
 Controle dos níveis de tributação 
1.3 – O crescimento das despesas públicas 
1.3.1 – As Hipóteses Teóricas 
 Problema da identificação dos determinantes da expansão de 
gastos públicos. 
 Lei de wagner: A medida que cresce o nível de renda de países 
industrializados, o setor publico cresce sempre a taxas mais 
elevadas de tal forma que a participação relativa do Governo 
aumenta. Razões: 
o Crescimento do número de bens publicos a medida que a 
vida urbana se torna mais complexa. 
o Crescimento de necessidades relacionadas a promoção de 
bem-estar social (Educação e saúde). 
o Criação de condições para formação de monopólios. 
 Participação do Governo em um país não pode ser indicada apenas 
pela proporção de despesas no PIB. 
 Peacock e Wiseman: Gastos totais do Governo é função das 
possibilidades de obtenção de recursos. Crescimento do Governo 
depende do Crescimento da Oferta, que é limitada pelo incremento 
da tributação. 
o Efeito translação: efeito de fatores exógenos nos gastos 
públicos. (ex.: resistencia à elevação da carga tributária) 
 Inflação alta ou crises podem provocar o efeito 
translação. 
o Efeito concentração: Expansão do Governo na economia 
provoca a centralização das decisões do Governo em níveis 
mais altos (Federal). 
1.3.2 – A Experiência Brasileira 
 Nos períodos de crises ou inflação observou-se o efeito translação. 
1.4 – A Diversificação das Funções do Governo 
 Expansão de gastos do Governo recentemente deveu-se a despesas 
com Autarquias, Empresas Públicas e Fundações, refletindo maior 
diversificação das funções econômicas do Governo. 
1.5 – Os Determinantes da Expansão das Despesas com a Execução das 
Diferentes Funções 
 Setor público tem expandido pela expansão da interferência do 
Governo em atividades não tradicionais. Por: 
o Crescente ênfase em intervenção em atividades de natureza 
social. 
o Política de promover ritmo mais acelerado de crescimento 
econômico. 
1.5.1 – Os Bens Públicos e Semipúblicos 
 Variáveis que influenciam as despesas com produção de bens 
públicos e semipúblicos: 
o Aumento de População 
 Gastos com bens públicos mais que proporcionais ao 
incremento da população se houver aumento da 
população urbana (ruas, praças, transito, polícia) ou 
alargamento da pirâmide etária. 
o Aumento de Renda per capita 
 Crescimento do nº de bens possíveis. 
 Poluição 
1.5.2 – O Objetivo de Redistribuição de Renda e de Crescimento 
Econômico 
 Oferta de bens semipúblicos (educação e saúde) permite 
populações de baixa renda consumirem. Tem importante efeito 
distributivo. 
 Gastos com infraestrutura está relacionado com eliminação de 
obstáculos ao crescimento econômico e efeito multiplicador, e não 
com efeito distributivo. 
o Necessidade de muito capital de longa maturação. (ex.: 
energia elétrica) 
1.6 – O Financiamento da Expansão dos Gastos 
 A forma com que a expansão é financiada influencia no nível de 
renda e na distribuição da mesma. Diferentes sistemas tributários 
provocam diferentes níveis de renda e distribuição. 
o Compatibilidade entre sistema tributário e objetivos 
nacionais. 
o Compatibilidade entre financiamento da expansão (Aumento 
de impostos ou déficit?) e financiamento do déficit (crédito 
ou emissão de moeda?). 
1.6.1 – A Evolução da Estrutura Tributária 
 1) Antes de crescimento, impostos contribuem mais com a 
arrecadação. Depois perdem participação por desatialização. 
 2) Em países de baixa renda impostos tem maior participação na 
receita. 
 3) Após o crescimento, impostos voltam a ter maior participação na 
receita. 
2 – Objetivos e Alternativas de Intervenção 
2.1 – Introdução 
 Objetivos da intervenção: 
o 1) Satisfação das necessidades coletivas 
o 2) Manutenção da estabilidade econômica 
o 3) Promoção do crescimento econômico 
o 4) Melhoria na distribuição da renda 
 Alternativas de intervenção: 
o Direta: 
 Gastos públicos 
 Produção de bens públicos 
 Serviços sociais 
 Investimentos em infraestrutura 
 Empresas Governamentais 
 Insumos básicos 
 Energia elétrica 
 Transporte 
o Indireta 
 Controle Indireto de preços: 
 Política monetária 
 Política fiscal 
 Política cambial 
 Controle Direto de preços: 
 Tabelamento 
 Quotas 
 Regulamentação 
 
2.2 – As Possibilidades de Conflito e as Necessidades de Coordenação 
 Diversificação de objetivos amplia possibilidades de conflito 
o Trade-off entre crescimento (necessita de acumulação) e 
equidade (distribuição de renda). 
 Problemas de coordenação: 
o 1) Coordenação macroeconômica 
o 2) Coordenação administrativa 
o 3) Coordenação político-institucional 
2.3 – Federalismo Fiscal 
 Em Governo unitário as decisões de despesas e distribuição setorial 
se dão no mesmo nível de decisão das medidas a serem utilizadas. 
 Problemas de política fiscal não são mais apenas volume de receita 
e volume de gastos. Envolve também o efeito disso na estabilidade 
econômica, distribuição de renda e crescimento econômico. Em 
países federativos isso significa atribuir todo o poder de modificar 
sistema tributário à união. 
 Por outro lado com o a centralização do Governo, alguns bens e 
serviços seriam produzidos de forma mais eficiente se feitos com 
arrecadação e gastos à nível local. 
 Então a unificação por um lado promove capacidade de 
coordenação de acordo com os objetivos nacionais, e por outro, 
acaba perdendo a capacidade de lidar com as especificidades de 
cada região. 
 A diferença entre arrecadação local e necessidades de gastos locais 
aumenta na medida que ocorre: 
o Crescimento econômico e da população urbana 
o Cresce a preocupação com problemasde planejamento e 
compatibilização de medidas de política econômica 
 Uma possível solução é a transferência de recursos do Federal aos 
Estados e Municípios. Isso implica em considerar critérios na 
utilização de recursos. Porém isso pode não ser eficiente na medida 
que: 
o Os programas contemplados podem não ser prioritarios 
o Os recursos dos programas influenciam a aplicação dos 
recursos próprios, que vem com exigências de contrapartida 
 Além do mais transferencias separam os gastos do sacrifício de 
financiar os mesmos. 
 
2.4 – A Descentralização Administrativa 
 Tendencia de progressiva descentralização da execução dos 
diferentes programas. 
o Criação de inúmeras agências integrantes da administração 
descentralizada (Autarquias e fundações). 
 Desenvolvimento da administração descentralizada: fruto da 
necessidade de maior flexibilidade na manipulação dos recursos 
necessários ao desenvolvimento de outras atividades. Necessidade 
de intervir em setores relacionados à infraestrutura. 
o Porém isso pode prejudicar a utilização dos recursos no 
futuro, pois existe uma incapacidade de eliminar esses orgãos 
após cessado o motivo de sua instalação. 
 Problemas de coordenação crescem com o número de agentes 
envolvidos. 
3 – Classificação e Estrutura das Despesas Governamentais 
4 – A Produção de Bens Públicos 
 3 Categorias de bens: 
o Públicos 
o Semipúblicos 
o Privados 
4.1 – A Natureza dos Bens Públicos 
 Impossibilidade de excluir indivíduos ou segmentos da população 
do consumo, uma vez definido o volume de produção. 
 Não-exclusão: o consumo por um indivíduo não reduz fisicamente a 
oferta total. 
 Bens que sofrem o fenômeno da congestão não são bens públicos 
“puros”. 
 Bens semipúblicos: caso intermediário entre bens públicos e 
privados. 
o Elevado grau de externalidades. 
o Serviços sociais: Educação, Saúde, Nutrição, Vacinação, 
Saneamento básico 
4.2 – Oferta e Demanda de Bens Públicos 
 Nível ótimo de produção depende de análise das preferências 
individuais por bens públicos, diferente dos bens privados que 
podem ser determinados pela oferta e demanda. 
 Custo marginal = zero, existe apenas o custo fixo. Não depende do 
número de usuários. Custo marginal ≠ Receita marginal 
 Defini-se a quantidade pelo lado da demanda. Umg = Cmg 
 
 Impossível de agregar curvas individuais de utilidade 
 Mesmo com preferências diferentes, todos consomem a mesma 
quantidade. 
 Mas pagam “preços” diferentes, apesar do tributo ser igual, as 
preferências são diferentes, ou seja, “desutilidade” marginal 
diferente. 
4.2 – O Modelo de Samuelson 
5 – A Programação dos Gastos 
6 – Avaliação de Resultados 
7 – Alternativas de Financiamento dos Encargos do Governo 
7.1 – Classificação e Estrutura das Receitas Públicas 
7.1.1 – As Receitas Orçamentárias 
 Receitas orçamentárias podem ser classificadas por 3 óticas: 
o 1) Da captação de recursos 
 Ou receitas próprias: arrecadadas pela própria 
entidade encarregada 
 Ou receitas de transferências: repasse de recursos 
captados por outras instituições. Quanto maior 
diversificação institucional e maior a centralização, 
maiores as transferências. 
o 2) Da origem dos recursos 
 Tributária: Impostos, taxas, contribuições de 
melhoria... 
 Patrimonial: Juros, dividendos, aluguéis 
 Industrial: Venda de mercadorias e serviços 
 Diversas: Multas, contribuições, cobrança de dívida 
ativa... 
o 3) Da regularidade ou não dos fluxos e/ou da vinculação dos 
recursos a determinada espécie de gasto 
 Receitas Correntes: 
o Tributária, patrimonial, industrial, diversas e transferências 
para aplicação de despesas correntes 
 Receitas de Capital: 
o Fluxo irregular ou transferências previamente vinculadas a 
despesas de capital 
7.2.2 – Outras Receitas 
 Não é considerada do, ponto de vista jurídico, um tributo. Do 
ponto de vista econômico não tem diferença. 
 Utilização de recursos de contribuições compulsórias. (FGTS, PIS...) 
o Característica principal: não constituem recursos de 
propriedade do Governo. 
 Custo: montante de juros e correção monetária 
 Expansão e aperfeiçoamento do mercado para colocação de títulos 
da dívida pública. 
o Lançamento de títulos (ORTN, LTN...). Alternativa de reserva 
compulsória para bancos. 
 Confisco de parte de recursos gerados pela exploração de jogos de 
azar, por incentivos fiscais ou pela exportação de produtos 
agrícolas. 
 Recursos movimentados fora do orçamento contribui para: 
o Dificultar as atividades de planejamento e coordenação da 
atividade governamental. 
o Provocar distorções na alocação dos recursos. 
o Dificultar as previsões sobre a evolução futura da atividade 
governamental. 
7.2 – As principais Categorias de Tributos 
Tributos são classificados em 3 categorias. 
 1) Impostos sobre a Riqueza (Patrimônio) - Direto 
 2) Impostos sobre a Renda - Direto 
 3) Impostos sobre Vendas de Mercadorias e Serviços - Indireto 
o Cobrado do consumidor ou produtor 
o Sobre valor adicionado ou valor total da transação 
 Nem sempre o contribuinte é a mesma pessoa sobre a qual recai o 
ônus do pagamento. 
 Tributos Diretos: 
o Contribuintes são os mesmos indivíduos que arcam com o 
ônus. (Renda, patrimônio) 
 Tributos Indiretos: 
o Contribuintes podem transferir parcial ou totalmente o ônus 
da contribuição à terceiros. (Transação de mercadorias e 
serviços) 
 
 
 
 
8 – Os Princípios Teóricos de Tributação 
8.1 – Introdução 
 A teoria da tributação repousa em dois princípios fundamentais: 
o 1) Neutralidade 
 Não-interferência sobre as decisões de alocação de 
recursos com base no mecanosmi de mercado. 
 Não modificar os preços relativos (ineficiência) 
o 2) Equidade 
 Distribuição equitativa do ônus 
 Princípio do Benefício: ônus repartido de acordo com 
benefício que cada um deriva da produção 
governamental. 
 Princípio da Capacidade de Contribuição: ônus 
distribuido de acordo com a capacidade de 
contribuição. 
o 3) Administrativo 
 Comodidade 
 Simplicidade 
 Exequibilidade 
 Economicidade 
 Aceitabilidade 
o 4) Jurídico 
 Publicidade 
 Personalização 
 Legalidade X Constitucionalidade 
 Capacidade (Econômica e/ou contributiva) 
 Anterioridade 
 Perenidade 
 Produtividade do tributo: elasticidade da receita em relação à 
renda 
8.2 – Neutralidade e Eficiência 
 Solução eficiênte: TMS = TMT 
 Impostos lump-sum ou proporcionais à renda são eficientes. 
 Impostos seletivos sobre o consumo são ineficientes, geram peso 
morto. 
 Contudo essa análise se refere apenas à produção e consumo. Há 
outras decisões importantes como trabalho e lazer, consumo 
presente e consumo futuro... 
 Consumo presente e futuro é afetado por imposto sobre o 
consumo. 
 Imposto sobre a renda afeta a alocação ótima entre trabalho e 
lazer. 
 Lump-sum continua sendo eficiente. 
 Se inicialmente se tem uma solução ineficiente devido à 
imperfeição do mercado, um imposto parcial sobre o consumo pode 
levar a economia à eficiencia. (E’’ para E’) 
 
8.3 – Equidade 
 É o segundo princípio da tributação 
 Equidade Horizontal: mesmo tratamento à indivíduos iguais. 
 Equidade Vertical: tratamento diferente à indivíduos diferentes. 
 Para classificar os iguais e os diferentes dois critérios são usados: 
o Critério do Benefício 
 Ônus de acordo com benefício 
o Critério da Capacidade de Contribuição 
 Ônus de acordo com capacidade de contribuição 
 
8.3.1 – O Critério do Benefício 
 Preço pago = Benefício marginal.(Gráfico 4.4) 
 
 Dificuldade de se obter curvas de demanda individual. 
 Mesmo que fossem obtidas, não é possível agregá-las. 
 Se o consumo é coletivo não há incentivo aos individuos revelarem 
suas preferências. 
 Esse critério determina simultaneamente o total da tributação e a 
distribuição da carga tributária, diferente do critério da capacidade 
de contribuição. (Vantagem) 
 Aplicado parcialmente em serviços públicos. (Transportes, 
Comunicações, Energia, Serviços Urbanos) 
8.3.2 – O Critério da Capacidade de Contribuição 
 Equidade Horizontal: indivíduos de mesma renda contribuem com 
mesma quantidade. 
 Equidade Vertical: rendas diferentes contribuem com quantidades 
diferentes. 
o Variando de forma absoluta? 
o Variando de forma proporcional à renda? 
o Variando de forma mais que proporcional à renda? 
 Variação Absoluta: 
o Regressivo: aumento da carga tributária menos que 
proporcional ao aumento da renda 
o Proporcional: aumento da carga tributária proporcional ao 
aumento da renda 
o Progressivo: aumento da carga tributária mais que 
proporcional ao aumento da renda. (melhor se ajusta ao 
princípio da equidade vertical) 
 
 John Stuart Mill: equidade na tributação é obtida quando o 
sacrifício é igual. Há 3 formas de interpretar essa igualdade: 
o Absoluta: mesma perda de utilidade 
o Proporcional: proporcional à utilidade 
o Marginal: tributa de forma que ambos passem a ter a mesma 
Umg (Iguala a renda disponível de ambos os contribuintes 
o Esses critérios implicam na suposição de utilidade marginal 
da renda ser decrescente e de que todas as funções 
utilidades são iguais. Contudo essas suposições são difíceis 
de serem submetidas àcomprovação. Portanto, impostos 
dessa forma podem produzir desigualdades de sacrifício. 
 Lionel Robins: em vez de considerar conceito de utilidade da renda, 
usar um conceito mais geral de utilidade social da renda. 
o Estabelece conceitos de limites físicos no consumo de 
produtos essenciais 
 Porém o próprio conceito de bens essenciais muda ao 
longo do tempo 
 Essencialidade também muda de indivíduo para 
indivíduo 
 Em resumo: a hipótese de utilidade marginal decrescente talvez se 
ajuste com mais propriedade a um contexto de estagnação 
9 – O Imposto Sobre a Renda Pessoal 
9.1 – Introdução 
9.2 – A Teoria da Tributação e o Imposto Sobre a Renda 
Imposto sobre a renda pode ser: 
 1) Geral: Submete todas as espécies de rendimento à mesma escala 
para pagamento de tributo 
o Melhor que o parcial em termos de neutralidade 
 2) Parcial: Permite, diretamente ou através de isenções, que 
determinadas espécies de rendimento fiquem legalmente isentas 
do pagamento de tributo 
o Uniforme: mesma escala de taxas a diferentes fontes de 
renda 
 Pode ser comparado à imposto sobre valor adicionado 
o Cedular: utiliza taxas diferenciadas 
 Suplementado por uma tabela progressiva 
 Pode ser comparado à imposto sobre valor total de 
vendas 
 Maior eficiência do imposto sobre a renda implicaem supor que: 
o 1) Diferentes categorias de rendimento são variáveis 
homogêneas no que se refere ao esforço e ao custo 
financeiro envolvido na sua percepção (9.2.1) 
o 2) O nível de renda pode ser considerado um bom indicador 
da capacidade individual de contribuição. (9.2.3) 
o 3) A utilidade marginal da renda é decrescente e assume 
valores equivalentes para indivíduos diversos, de tal forma 
que uma curva de utilidade marginal para a comunidade pode 
ser obtida pela agregação dos valores individuais 
correspondentes 
o 4) Que as distorções provocadas a longo prazo pela inflação e 
pelo crescimento econômico sejam adequadamente 
compensadas por reajustamentos periódicos na escala do 
imposto 
9.2.1 – A Homogeneidade de Diferentes Categorias de Rendimento 
 Embora os rendimentos sejam todos medidos da mesma forma 
(moeda), nem sempre o esforço para obte-lo é o mesmo. 
Principalmente no que se refere a comparação entre rendimentos 
de trabalho e rendimentos de capital. 
o Assim um imposto uniforme com taxas progressivas em 
relação à renda individual seria regressivo em relação ao 
esforço anual de trabalho 
 Impostos sobre a renda provocam alterações nas escolhas entre 
trabalho e lazer 
o Se progressivos, esse efeito é maior ainda 
o Contudo, dado que jornada de trabalho não é flexível, esse 
efeito não é muito significante 
 Uma taxa maior sobre rendimentos de capital deve resultar em um 
incentivo ao esforço de trabalho suficiente para compensar os 
possíveis efeitos adversos provocados ao taxas um dado volume de 
renda. 
9.2.2 – O Custo Financeiro 
 Os diferentes tipos de renda tem gastos diferentes para sua 
obtenção 
o Salário não tem 
o Aluguel tem gastos com depreciação 
o Isso é compensado pelas chamadas deduções cedulares 
 Porém essas deduções são dificultadas pela 
contabilidade dessas despesas, então em geral as 
deduções são separadas em categorias que tem uma 
dedução fixa. Dessa forma, atividades com maiores 
despesas que outras inseridas numa mesma categoria 
acabam sendo penalizadas 
 Essas deduções também da uma vantagem à atividades 
sem vínculo empregatício em relação ao trabalho 
assalariado 
 Também traz uma vantagem, principalmente para 
empregados de alto nível, que transferem para a 
empresa parte substancial de seus gastos pessoais tais 
como Transporte, Educação, Saúde, Habitação, etc... 
9.2.3 – A Renda como Indicador da Capacidade de Contribuição 
 Não envolve apenas o volume de renda, mas sua variação. Maior 
variação implica em maior necessidade de poupança. Assim a 
capacidade de contribuição individual, baseada na equidade, não 
seria satisfatóriamente representada pelo nível de renda anual. 
Kaldor: “Um mesmo nível de rendimento total em um determinado 
ano não representa necessáriamente uma mesma capacidade de 
gasto”. 
o Capacidade de adquirir bens e serviços que deve medir a 
respectiva capacidade de contribuição. Então envolve 
também o tamanho do patrimônio de cada indivíduo e a 
composição desse patrimônio. 
9.3 – O Imposto de Renda Como Instrumento de Política Econômica 
 Imposto de renda geral e progressivo também é instrumento de 
política econômica, do ponto de vista da estabilização. Os possíveis 
efeitos negativos são o desincentivo à poupança. 
9.3.1 – O Imposto Progressivo como Instrumento Automático de 
Estabilização 
 Em ambiente inflacionário a renda nominal do Governo, permitindo 
a acumulação de superavit orçamentário, retirando excesso de 
demanda do mercado. 
o Isso pode ampliar a diferença de tratamento entre os 
rendimentos provenientes do trabalho assalariado e demais 
rendimentos, na medida em que os rendimentos do trabalho 
são mais fáceis de serem descontados. 
9.3.2 – Progressividade e Poupança 
 A justiça fiscal, por meio da progressividade, entra em conflito com 
as necessidades de poupança de um país, principalmente nos 
subdesenvolvidos. O que limita a capacidade de aumento de renda 
do país. 
o Para evitar isso a progressividade é acompanhada por 
medidas que reduzem o imposto a pagar de renda destinada 
a novos investimentos. 
9.3.3 – O Efeito de Médio e Longo Prazos da Inflação e do Crescimento 
Econômico sobre a Distribuição da Carga Tributária 
 Com o aumento do nível de preços, as obrigações fiscais também 
aumentam. O problema então é corrigir os limites máximos e 
mínimos que cada classe paga. Ou seja, encontrar um índice de 
inflação representativo para cada classe. 
o As correções sobre salários são declaradas, mas a maioria das 
correções de rendimentos de capital não são declaradas.O 
que faz com que provoca uma redução gradual da carga 
efetiva sobre os salários. 
9.4 – Progressividade do Imposto de Renda 
9.4.1 – A Progressividade Nominal 
 Elevado grau de progressividade no Brasil 
 Nível alto de isenção de renda baixa, em virtude de elevada 
desigualdade 
9.4.2 – A Progressividade Efetiva 
 As diferenças entre progressividade nominal e efetiva pode ser 
explicada por abatimentos permitidos pela legislação do imposto, 
principalmente relativos a: 
o Dependentes 
o Despesas com médicos, dentistas e gastos de hospitalização 
o Juros de dívidas pessoais 
o Despesas com educação (própria e de dependentes) 
o Aplicações em investimento 
 
10 – O imposto Sobre a Renda das Empresas 
10.1 – Crescimento e Estrutura da Receita 
 Redução na participação relativa do imposto pago pelas empresas 
o Reduzido crescimento da tributação sobre lucros 
 Análise do comportamento da receita do imposto de renda sobre 
empresas deve levar em conta: 
o Evolução do lucro das empresas e situação econômica nos 
ultimos anos 
o Variação do número de contribuintes 
o Utilização do imposto como instrumento de política 
econômica 
 
Onde: 
 
 O imposto sobre renda das empresas concentra-se nos setores 
industrial e comercial, sento a contribuição do setor agricola, 
insignificante. 
10.2 – A Base de Cálculo do Imposto 
 A apuração do lucro para fins de cálculo do imposto obeece a 3 
regimes ou critérios alternativos: 
o 1) Lucro Real 
 Diferença entre receitas e custos 
o 2) Lucro Presumido 
 Para empresas pequenas, em que a contabilidade é 
anti-econômica 
 Alíquota única de 12% sobre a receita bruta 
o 3) Lucro Arbitrado 
 Empresas que, sem motivo justificado, não apresentam 
registros contábeis requeridos 
 30% do ativo total ou 15% a 50% da receita bruta ou do 
capital 
 Em casos de comprovado dolo, pode chegar a 75% da 
receita bruta ou do capital 
10.3 – O Imposto Sobre o Lucro e as Decisões de Produção 
 Se a alíquota é uniforme, ela não afeta a posição de equilíbrio da 
produção 
o Porém só no curto prazo, no longo prazo a empresa pode 
reagir transferindo recursos para outros setores ou 
substituindo capital por outros fatores no processo de 
produção. 
10.4 – Equidade 
 A hipótese de que as decisões de produção não mudam com 
imposto uniforme implica que o ônus permanecerá somente com o 
produtor, contudo outros modelos econômicos contradizem essa 
não transferência de ônus. 
o Modelo mark up 
 Empresários fixam a priori uma taxa de licro líquido de 
impostos que acham “justo” à sua atividade. 
o Modelo Krzyzaniak-Musgrave 
 Mark up + espectativas de impostos 
o Modelo neoclássico em condições de risco 
o Versão dinâmica do modelo neoclássico 
 
 
10.5 – Efeitos Econômicos da Transferência 
 Efeitos de curto prazo da transferência total de ônus por parte das 
empresas: 
o Alocação dos investimentos entre empresas e atividades 
 Se o lucro não muda, as decisões de investir também 
não 
o Eficiência antiinflacionária do Imposto de Renda 
 Se ocorre transferência total, a política fiscal 
antiinflacionária de aumentar impostos às empresas 
tería efeito oposto ao desejado, as empresas reagiriam 
aumentando os preços 
o Competitividade no mercado externo 
 Se a demanda externa por nossas exportações for 
perfeitamente elástica fica excluída a possibilidade de 
transferência do imposto via aumento nos preços. 
Então um custo médio maior reduz a quantidade 
demandada, reduzindo a quantidade exportada, 
prejudicando o balanço de pagamentos. Soluções: 
 Incentivos à exportação, reduzindo o custo 
médio 
 Desvalorização da moeda 
 No longo prazo as principais preocupações são de cunho 
redistributivo 
o Certos setores e empresas tem melhores condições do que 
outros para transferir impostos e fatores de produção aos 
consumidores. 
o Em geral, as empresas grandes, o que afetaria a distribuição 
de renda. 
o Porém, pode ser que essas empresas sejam mais eficientes, 
proporcionando uma melhora do ponto de vista alocativo 
10.5 – O Imposto Sobre o Lucro e o Financiamento das Empresas 
 Existem 3 formas básicas de expansão: 
o 1) Reinversão de Lucros 
 Desincentivado pelo aumento de impostos 
o 2) Colocação direta de novas ações 
 Desincentivado pelo aumento de impostos 
o 3) Empréstimos 
 Incentivado pelo aumento de impostos 
10.6 – A Carga Tributária do Imposto Sobre a Renda das Empresas no 
Brasil e em Outros Países 
 Tributação sobre as atividades das empresas no Brasil é menor que 
em países desenvolvidos 
o Justificado pela necessidade de aumentar o volume de 
investimentos 
 
11 – Impostos Sobre Vendas de Mercadorias e Serviços 
 As várias modalidades de impostos sobre vendas de mercadorias e 
serviços diferenciam-se segundo: 
o 1) A amplitude de sua base 
 1) Gerais: Incidem sobre transações gerais. (ex.: 
produtos industriais, compra de bens de consumo...) 
 1.1) Uniformes: alíquota única 
 1.2) Seletivos: alíquota diferenciada 
 
 2) Especiais: Incidem sobre compra de determinadas 
mercadorias e serviços (ex.: combustíveis, bebidas 
acoólicas e fumo) 
 Seletivos sempre 
o 2) O estágio do processo de produção e comercialização 
sobre o qual incide a cobrança do tributo 
 Tanto os Gerais quanto os Especiais podem adotar 
diferentes critérios do ponto de vista do estágio do 
processo de produção: nível do produtor, do comércio 
atacadista, do comércio varejista, ou em todas as 
etapas 
o 3) A forma de apuração da base de cálculo do imposto 
 Específicos 
 Gerais: 
 1) Total da transação 
 2) Valor adicionado 
 Impostos mais frequentes: 
o 1) Impostos gerais ad valorem, cobrados em todos os 
estágios de produção, com base no valor adicionado 
(Imposto sobre Valor Adicionado, IVA) 
o 2) Impostos gerais ad valorem, cobrados em todos os 
estágios de produção, com base no valor das vendas em cada 
etapa do ciclo (Imposto em cascata, ou imposto geral sobre 
transações) 
 Discrimina contra produtos que apresentassem um 
número maior de etapas de produção e 
comercialização, incentivando a integração vertical das 
empresas e reduzindo o grau de concorrência. (ao 
contrário do imposto sobre valor adicionado) 
 É de mais fácil evasão o pagamento do imposto 
cobrado apenas na última etapa. 
o 3) Impostos gerais sobre a venda de bens de consumo, 
cobrados no valor da venda ao consumidor final (Imposto 
sobre Vendas de Varejo, IVV) 
o 4) Impostos gerais sobre a venda de produtos industriais, 
com base no valor adicionado (IPI) 
o 5) Impostos especiais sobre vendas de alguns produtos 
industriais, com base no valor de venda do produto 
o 6) Impostos gerais sobre importação de mercadorias e 
serviços, com base no valor de aquisição (Imposto de 
Importação, II) 
11.2 – Características e Vantagens Teóricas da Tributação Sobre o Valor 
Adicionado 
 Forma mais moderna de tributação sobre vendas 
11.2.1 – A Teoria do IVA 
 IVA é diferença entre preço de venda e o custo de aquisição de 
determinado bem 
 Contabilmente proporciona a mesma arrecadação que um imposto 
uniestágio 
 Cálculo “por fora”: o valor do imposto não é computado na base de 
cálculo 
 Cálculo “por dentro”: o valor do imposto é comoutado na base de 
cálculo 
 Imposto sobre valor adicionado cobrado em uma única etapa é 
chamado IPI ou Imposto sobre Vendas ao Varejo. 
 Tratamento dado aos bens de capital, 4 tipos de IVA: 
o 1) IVA – Produto Nacional Bruto (IVA-PNB) Incide sobre bens de consumo duráveis e bens de 
capital duráveis não consumidos no ano de aquisição 
 Discrimina empresas cujas técnicas de produção 
requerem constantes variações de estoque de capital, 
por serem tributadas nessas variações 
o 2) IVA – Renda Nacional Líquida (IVA-RNL) 
 Não isenta os bens de capital no momento da 
aquisição, mas permite dedução nos anos 
subsequentes, no valor correspondente à depreciação 
 Discrimina empresas cujas técnicas de produção 
requerem constantes variações de estoque de capital, 
por serem tributadas nessas variações 
o 3) IVA – Salário (IVA-S) 
 Isenta a empresa de imposto sobre rendimento 
oriundo do capital da empresa 
o 4) IVA – Consumo (IVA-C) 
 Isenta os bens de capital, a insençaõ é feita no na da 
aquisição 
 Há 3 categorias de cálculo do imposto: 
o IVA pelo método da adição 
 Apropriado para IVA-RNL 
 Computa o valor adicionado de cada fator de produção, 
inclusive os lucros obtidos pela empresa 
o IVA pelo método da subtração 
 Apropriado para IVA-Consumo 
 Subtrai-se o valor total das vendas ao valor total das 
compras, inclusive de bens de capital 
o IVA pelo método do crédito 
 Variante do método de subtração 
 Aplica-se a alíquota sobre o valor total das vendas e 
subtrai-se do IVA referente ao valor das compras 
 Vantagem de autofiscalização tributária 
 Vantagem: flexibilidade à diferenciação de alíquotas 
sem alterar a arrecadação total 
 Desvantagem: se for concedida uma isenção total do 
imposto em determinado estágio, o método não 
registra o montante certo do imposto total, ocorre 
supertributação dos próximos estágios 
11.2.2 – Neutralidade e Produtividade 
 Imposto mais atrativo em termos teóricos 
 Neutro em relação à estrutura organizacional das empresas 
o Não depende do número de transações por ele sofrido 
 Não concentra a carga em um único estágio 
o Não há redistribuição de fatores para fora do estágio 
tributado 
 Carater autofiscalizador, o imposto pago pela empresa vendedora 
só se transformará em crédito para a empresa compradora se o 
montante do imposto arrecadado estiver devidamente lançado nas 
notas fiscais 
 Fácil insentar etapas produtivas 
 
12 – Impostos Sobre o Patrimônio: O Imposto Predial 
 Discrimina em favor dos indivíduos de alta renda 
o Quanto maior a renda, menor a parcela do patrimônio em 
imóveis 
12.2 – O Imposto Sobre a Propriedade Imobiliária 
 Não há mobilidade da base tributária 
o A receita de impostos cobrados de uma determinada região 
só será influenciada pelo aumento do número de imóveis que 
não se movem para fora da região 
 Há uma correlação grande entre a receita arrecadada e as 
necessidades de gastos com a região. Quanto mais imóveis, mais 
receita, e mais necessidade de implementação de estradas, 
saneamento básico, energia, etc... 
o Para que a arrecadação seja proporcional à necessidade de 
gastos: 
 1) Deve haver um critério para avaliação do valor venal 
 2) Introduzir nesse critério, mecanismos de ajuste à 
inflação e crescimento econômico 
 Para isso, há duas alternativas de cobrança: 
 Imposto com base na renda de locação 
o Muito afetado por medidas de contenção 
do preço do aluguel, distanciando o valor 
tributado do valor real do imóvel. 
Condiciona a taxa de arrecadação à 
política habitacional do Governo 
 Imposto com base no valor venal 
o Problema de obter o valor venal de todas 
as propriedades do município 
12.2.1 – Equidade 
 No caso de imóveis alugados, o ônus é transferido para o locatário. 
No caso de empresas, é considerado custo de produção e 
transferido para o consumidor da mercadoria. Portanto, desse 
ponto de vista, o imposto predial é regressivo. 
o Pois despesas habitacionais crescem menos que 
proporcionalmente à renda 
o Além disso há uma tendência de subestimar o valor de 
propriedades de elevador valor, e superestimar o valor de 
propriedades de baixo valor 
 Além disso, não é equitativo horizontalmente, na medida que 
tributa de forma diferente indivíduos de mesma renda, dependendo 
de sua alocação de recursos em habitação 
12.3 – A Utilização de Imposto Sobre Propriedades: Uma Comparação 
Internacional 
 Imposto predial é mais importante em países de língua inglesa que 
em países latinos 
o Utilização desse imposto está mais relacionada com tradição 
que com outros fatores 
12.4 – O Imposto Sobre a Propriedade Imobiliária no Rio de Janeiro 
12.4.2 – Composição da Receita: Equidade e Produtividade