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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL SUMÁRIO Classificação de material........................................................................................... 4 Codificação de material.............................................................................................. 4 Princípios adotados para a codificação de material............................................... 4 Exemplo de código de material................................................................................. 4 Origem do sistema numérico.................................................................................... 5 Desenvolvimento de um sistema de codificação.................................................... 5 Identificação de material............................................................................................ 7 A descrição-padrão.................................................................................................... 7 Cuidados ao especificar um material....................................................................... 8 Catalogação de material............................................................................................ 8 Arquivo manual.......................................................................................................... 8 Código de barras........................................................................................................ 9 Estrutura do EAN-13................................................................................................... 10 Aquisição de material................................................................................................. 11 Fatores a serem considerados para a seleção de fornecedores........................... 11 O fornecedor como parceiro versus o fornecedor como adversário.................... 11 Avaliação e qualificação de fornecedores............................................................... 12 Estratégias de aquisição............................................................................................ 14 Comprar ou fabricar................................................................................................... 14 Exercícios comprar ou fabricar................................................................................. 16 Licitação...................................................................................................................... 18 Inspeção de material.................................................................................................. 19 Razões para inspeções por amostragem................................................................. 19 Alavancagem de Lucros............................................................................................ 20 Exercícios.................................................................................................................... 20 Métodos de avaliação dos estoques........................................................................ 21 Giro de estoque.......................................................................................................... 24 Cobertura de estoques.............................................................................................. 24 Previsão de demanda................................................................................................ 26 Método do último período......................................................................................... 26 Método da média simples.......................................................................................... 26 Método da média móvel simples.............................................................................. 27 Método da média móvel ponderada.......................................................................... 27 Método da média móvel ponderada usando-se percentuais................................. 27 Método da equação da reta...................................................................................... 27 Controle de estoque................................................................................................. 29 Modelo de reposição contínua................................................................................ 29 Parâmetros de controle de estoque......................................................................... 29 Gráfico dente de serra............................................................................................... 30 Exercícios.................................................................................................................... 30 Lote econômico de compras.................................................................................... 34 Custo anual de estocagem....................................................................................... 34 Custo anual de aquisição......................................................................................... 34 Fundamentação da fórmula..................................................................................... 35 Taxa anual de estocagem.......................................................................................... 35 Exercícios.................................................................................................................... 36 Caso............................................................................................................................. 38 Sistema ABC de controle de estoques.................................................................... 39 Importância da aplicação.......................................................................................... 39 Exercícios.................................................................................................................... 40 Nível de serviço........................................................................................................... 41 Inventário físico.......................................................................................................... 42 Acurácia dos controles.............................................................................................. 42 Armazenamento de material...................................................................................... 43 Posições de paletes................................................................................................... 44 Localização do estoque(endereçamento)................................................................ 44 Logística empresarial................................................................................................. 45 Divisão da logística empresarial............................................................................... Termos e expressões empregadas nas atividades logísticas................................ Atividades logísticas................................................................................................. 45 46 47 Referências bibliográficas......................................................................................... 49 Classificação de Material Princípios de Classificação de Materiais O desenvolvimento Industrial, com sua produção em massa, levou a um grande aumento da demanda e da diversificação dos itens de material nas empresas. Com isto surgiu a necessidade de se criar uma metodologia própria, para através do uso da técnica, agrupar de maneira uniforme e segundo critérios previamente definidos, os dados identificadores dos diferentes itens de material utilizados em uma empresa. Desta forma surgiu a Classificação de Material que compreende a Identificação, Codificação e Catalogação de material. Codificação de Material A Revolução Industrial, com a introdução da máquina nos processos produtivos e consequentemente com a produção em massa, trouxe para a gerência de Estoques uma série de problemas, face ao numero crescente de itens, tanto de matérias-primas e componentes como de peças de reposição de novas máquinas e equipamentos cada vez mais complexos e sofisticados. Anteriormente os itens eram identificados com relativa facilidade devido ao pequeno grau de diversificação. Com a produção em massa a solução encontrada foi a introdução de um código que representasse simbolicamente todos os dados de identificação do material. Após a realização da identificação do material, o próximo passo consiste na atribuição de um código representativo dos elementos indicadores do item que simbolize sua identidade. Tal atribuição visa a facilitar e simplificar as seguintes operações na empresa: Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais ; Evitar a duplicidade de itens no estoque; Permitir as atividades de gestão de estoques e compras; Facilitar a padronização de materiais; Facilitar o controle contábil dos estoques. Princípios Adotados Para a Codificação de Material Basicamente podem ser adotados dois princípios: O Arbitrário e o Simbólico. No arbitrário os itens de material são codificados seqüencialmente, a medida que ingressam no estoque, em geral através de forma numérica, independente das características do material. É válido para empresas pequenas que movimentam poucos itens. As principais vantagens do principio arbitrário são: Simplicidade na aplicação e controle do código. Custo de implantação do código bastante reduzido. Não necessita de pessoal especializado para a sua implantação e aplicação. Dentre as principais desvantagens podemos citar: Não estabelece nenhuma relação entre o código aplicado e o material que é codificado. Exemplo: CÓDIGO MATERIAL 0034 ATADURA, GESSADA 15 CM x 3 M 0085 SERINGA, DESCARTÁVEL 20 ML 1085 ATADURA, GESSADA 20 CM x 3 M Observe que os itens 0034 e 1085, apesar de possuírem especificações bastante comuns entre si, não tem esse aspecto caracterizado nos respectivos códigos. Não permite o agrupamento de materiais com características semelhantes. Dificulta o planejamento e a elaboração das rotinas dos órgãos de compras, almoxarifado, controle de estoque e etc. O princípio Simbólico, que é o mais adotado, é constituído de grupos de símbolos que guardam entre si ampla relação de identidade. Assim, materiais de natureza semelhantes terão parte de seus códigos também semelhantes. Os princípios arbitrário e simbólico podem ser apresentados em três modalidades de representação gráfica: Alfabética - Sistema de codificação composto somente de letras, com sua fixação através de processo mnemônico mediante a associação e combinação de letras com as características do material. Exemplo: A - Agulhas A/AA - AGULHA DESCARTÁVEL 10 X 5 A/AA - AGULHA DESCARTÁVEL 12 X 5 A/AA - AGULHA DESCARTÁVEL 15 X 5 Alfanumérica - Método intermediário entre as modalidades alfabética e numérica, consistindo na associação de letras e números para representar o material.. As modalidades alfabéticas e alfanuméricas estão sendo gradativamente abandonadas na construção de novos sistemas, haja vista sua pouca flexibilidade em face da constante introdução de novos materiais. Numérica - Este tem uso generalizado e ilimitado, tendo em vista sua forma simples e sua maior assimilação. O sistema consiste na atribuição de códigos em algarismos arábicos. Origem do Sistema Numérico O sistema numérico é derivado do Decimal Classification, ou seja, o Sistema de Classificação Decimal, desenvolvido por Dewey, fundador da Associação de bibliotecários norte-americanos, para agrupar em assuntos afins o acervo das bibliotecas. A partir daí vários outros sistemas foram desenvolvidos, com destaque para o Federal Stock Number - FSN - que faz parte do Federal Supply Classification - FSC - criado e desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos EUA. Desenvolvimento de um Sistema de Codificação Para o desenvolvimento de um sistema de codificação de material, adotaremos a seguinte metodologia: Listaremos todos os materiais existentes, objetos da codificação desejada, para tal lançaremos mão de todas as metodologias desenvolvidas na Classificação de material. Dividiremos todos os itens de material, já devidamente identificados, em grupos por similaridades de uso ou aplicação. Dividiremos todos os itens de material, já agrupados, em classes homogêneas de material. Como cada classe abrange um ou mais itens, eles receberão números distintos que os individualizem no universo de materiais. Imaginemos, para fins de exemplificar, que nosso universo de materiais fosse composto apenas dos seguintes 20 itens: 01 - PROVETA 100 ML C/TAMPA 02 - FILME RADIOGRÁFICO 24 X 30 CM 03 - PASTA SANFONADA OFÍCIO 1 a 31 e A a Z. 04 - RODO MADEIRA CABO 1200 MM C/ LÂMINA BORRACHA 300 MM 05 - LÂMINA /MICROSCÓPIO 24 X 32 X 2MM 06 - ENVELOPE PAPEL KRAFT 37 X 46 CM 07 - RODO MADEIRA CABO 1200 MM C/LÂMINA BORRACHA 600 MM 08 - LAMINA MICROSCÓPIO 20 X 20 X 2MM 09 - CANETA ESFEROGRÁFICA COR AZUL 10 - LENÇOL TECIDO CRETONE BRANCO 2,50 X 1,60 M 11 - FILME RADIOGRÁFICO 18 X 24 CM 12 - VASSOURA P/ TETO 13 - TECIDO CRETONE AZUL LARGURA 2,20 M 14 - TECIDO CRETONE BRANCO LARGURA 2,20 M 15 - AGULHA HIPODÉRMICA 10 X 5 DESCARTÁVEL 16 - TOALHA ROSTO BRANCA INFANTIL 17 - AGULHA HIPODÉRMICA 26 X 6 DESCARTÁVEL 18 - TOALHA ROSTO BRANCA ADULTO 19 - ENVELOPE PAPEL KRAFT 14 X 20 CM 20 - FICHA PAUTADA BRANCA 3 X 5 CM Logo numa primeira verificação vemos que existem itens com similaridade de uso ou aplicação, e a partir daí podemos começar a pensar na formação de grupos. Assim temos: Os itens 02 e 11, podem formar o grupo de Materiais de Radiografia. Os itens 03, 06, 09, 19 e 20 podem formar o grupo de Materiais de Escritório. Os itens 04, 07 e 12 podem formar o grupo de Materiais de Limpeza. Os itens 10, 13, 14, 16 e 18, podem formar o grupo de Materiais de Rouparia. Finalmente os itens 15 e 17 podem formar o grupo de Materiais Médicos. Então teríamos: CÓDIGOS GRUPOS 00 Material Laboratório 01 Material Radiografia 02 Material Escritório 03 Material Limpeza 04 Material Rouparia 05 Material Médico/Cirúrgico A partir de uma análise dos itens dentro dos grupos, podemos pensar na possibilidade de formarmos classes. Desta forma os itens 05 e 08 poderiam formar a classe das laminas dentro do grupo de material e Laboratório, dando origem a chamada Classe das Lâminas. Então teríamos: Grupo 00 - Material Laboratório Sub-grupo 01 - Lâminas Sub-grupo 02 - Provetas Se continuarmos com tal procedimento e arbitrarmos, por exemplo, uma variação de cinco em cinco unidades para a parte de identificação unitária de itens, teríamos no final um sistema de codificação para os nossos 20 itens, com a seguinte estrutura: GG.SS.XXXX GRUPO.SUBGRUPO. Numero de Identificação Usando agora esta estrutura e desenvolvendo um sistema de codificação para os itens considerados no nosso exemplo, teríamos: CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO 00 01 0005 LÂMINA MICROSCÓPIO 20 X 20 X 2 MM 00 01 0010 LAMINA MICROSCÓPIO 24 X 32 X 2MM 00 02 0005 PROVETA 100 ML C/ TAMPA 01 01 0005 FILME RADIOGRÁFICO 18 X 24 CM 01 01 0010 FILME RADIOGRÁFICO 24 X 30 CM 02 01 0005 ENVELOPE PAPEL KRAFT 14 X 20 CM 02 01 0010 ENVELOPE PAPEL KRAFT 37 X 46 CM 02 02 0005 PASTA SANFONADA OFÍCIO 1 A 31 E A A Z 02 03 0005 CANETA ESFEROGRÁFICA COR AZUL 02 04 0005 FICHA PAUTADA BRANCA 3 X 5 CM 03 01 0005 RODO MADEIRA CABO 1200 MM C/LAMINA BORR. 300 MM 03 01 0010 RODO MADEIRA CABO 1200 MM C/LAMINA BORR. 600 MM 03 02 0005 VASSOURA P/TETO 04 01 0005 TECIDO CRETONE AZUL LARGURA 2,20 M 04 01 0010 TECIDO CRETONE BRANCO LARGURA 2,20 M 04 02 0005 TOALHA ROSTO BRANCA INFANTIL 04 02 0010 TOALHA BANHO BRANCA ADULTO 04 03 0005 LENÇOL BRANCO 2,50 X 1,60 M 05 01 0005 AGULHA HIPODÉRMICA 10 X 5 DESCARTÁVEL 05 01 0010 AGULHA HIPODÉRMICA 26 X 6 DESCARTÁVEL Identificação de Material É o primeiro e mais importante para a Classificação de material. Ele é a representação dos dados descritivos de cada item de material, considerando-se inclusive suas características técnicas. Quando desejamos identificar uma pessoa, usamos determinadas parâmetros tais como: nome, identidade, nacionalidade, naturalidade, filiação, endereço etc. Para a identificação de material, em geral, o processo é semelhante. Consideramos dois métodos descritivos para se identificar material: Descrição-padrão e a Descrição comercial. Assim temos: A DESCRIÇÃO- PADRÃO São os dados descritivos completos de um item de material que obedecem a determinados parâmetros ou padrões de descrição. A descrição-padrão é constituída por três blocos descritivos que poderão ser empregados no todo ou em parte, conforme exija o tipo de material identificado. Dessa forma a nomenclatura de um material será composta de: Nome básico do Material Nome modificador Dados Complementares Exemplo: CANETA CANETA, ESFEROGRÁFICA, 0,7 MM, VERMELHA, REF.: COMPACTOR 707 CANETA = nome básico ESFEROGRÁFICA = nome modificador VERMELHA, REF. COMPACTOR 707 = dados complementares CUIDADOS AO ESPECIFICAR UM MATERIAL Exemplos: INCORRETO CORRETO FERRAMENTA CHAVE FORMULÁRIO FICHA VEÍCULO AUTOMÓVEL PUBLICAÇÃO REVISTA Não empregue marcas de produtos, nomes de fabricantes ou palavras de origem estrangeira. Exemplos: INCORRETO CORRETO BRAHMA CERVEJA GILLETE LÂMINA PALLET ESTRADO Na designação genérica não se deve considerar embalagem ou forma de apresentação do material. Exemplos: INCORRETO CORRETO LATA DE TINTA TINTA GARRAFA DE CERVEJA CERVEJA RESMA DE PAPEL PAPEL Catalogação de Material A partir da identificação e posteriormente da Codificação de todos os itens de material, podemos iniciar a última parte da classificação de material, qual seja, a catalogação do material. Não basta apenas identificar e codificar os materiais pois se eles forem em grande número surgirá o problema de localizar no meio de centenas ou milhares de itens, um determinado código. A elaboração ou manutenção de um catálogo consiste em ordená-los de maneira lógica e racional, permitindo o manuseio da publicação de forma fácil e simples. Embora mantendo a especificação do material levantada na identificação e mantendo também a codificação implementada, a organização de catálogos esta sempre se modificando, para atender aos vários usuários. A catalogação do material se faz através de arquivos e da edição de catálogos. Após a identificação do material, montamos os arquivos que podem ser manuais, ou através de processamento eletrônico de dados. Arquivo Manual Compreende a adoção de fichas com os dados de identificação e codificação para cada item de material. o arquivo e feito em ordem alfabética por nome e material dentro de cada grupo e classe A ficha de identificação conterá: Código do material Nome do material Descrição Técnica Referência do fornecedor e origem Embalagem Permutabilidade Aplicação Código de Barras Em 1974, 12 países europeus, fabricantes e distribuidores de diversos produtos, reuniram-se com o objetivo de criar um sistema padronizado de numeração de produtos para a Europa. Dessa reunião surgiu o EAN - European Article Numbering (conhecido como código de barras) com sede em Bruxelas, na Bélgica. Nessa época já existia o UPC - Universal Product Code, ou código universal de produto, composto por 12 dígitos e válido para todo os EUA e Canadá. O Objetivo tanto do EAN, como do UPC era o de desenvolver um padrão global e multisetorial para a identificação de produtos, serviços e localizações. Com a adesão de outras organizações e de outros continentes, o EAN ganhou o nome de EAN Internacional em 1992. Atualmente o EAN conta com 156 organizações em 63 países. No Brasil o EAN é representado pela ABAC - Associação Brasileira de Automação Comercial, órgão responsável pelo controle do código de barras no país. O ponto principal dos padrões EAN é que cada item é identificado por um numero não-significativo e que pertence somente a ele. A singularidade do numero permite que os parceiros comerciais, ao longo de toda a cadeia de suprimentos, recorram ao mesmo numero de identificação e se comuniquem de maneira mais rápida, precisa e econômica. Esses números não são colocados na forma de dígitos sobre os itens, mas sim sob a forma de códigos de barras, o que permite a captura e o processamento automático dos dados. A simbologia usada foi desenvolvida na década de 60. os símbolos tem formato retangular e se compõem de uma série de barras paralelas, claras e escuras, perpendiculares a uma linha imaginária, com uma leve margem em toda a volta. a combinação das barras compõem uma determinada informação sendo legível por equipamentos óticos eletrônicos. é um instrumento de acesso a memória de um computador, onde, sob aquele número, encontram-se os demais elementos de descrição do produto codificado. As estruturas de numeração EAN mais comuns são conhecidas como: EAN 8 - Código nacional de produtos, composto por 8 dígitos. EAN 13 - Código nacional de produtos composto por 13 dígitos. EAN 14 - Numeração de unidades de distribuição, composto por 14 dígitos (EAN 13 +1). O código EAN 8 é uma versão reduzida do EAN 13.. Sua estrutura numérica é composta da seguinte forma: P P P / X X X X / D P = Prefixo do País X = Produto D = Dígito Verificador Sua utilização é apenas autorizada, quando a embalagem não possui área útil de impressão para o EAN 13. A empresa envia a ABAC carta justificando a necessidade de uso do mesmo e a ABAC, após análise, autorizará ou não o uso do código. A base de toda a estrutura do EAN é o código de 13 dígitos administrados por uma organização em cada país filiado a EAN Internacional. Cada país é identificado por 2 ou 3 dígitos e, dentro desse país existe uma organização que faz o controle e cessão dos dígitos que podem ser 4 ou 5 para identificar a empresa. por conseqüência, a empresa terá todo o controle de 4 ou 5 dígitos restantes para enumerar os produtos, locais e serviços dentro da empresa cadastrada no EAN. Estrutura geral do EAN – 13: P P P / E E E E / X X X X X D P = Prefixo EAN para cada país E = Empresa X = Identificação de produto, locais ou serviços D = Dígito verificador Atribuído um código numérico ao produto, e convertido em código de barras (que pode ser impresso na própria embalagem do produto), é necessário assegurar que ele seja lido corretamente. Para isso, existem no mercado scanners (leitores ópticos) de diversos tipos que .varrem. o código, convertendo eventos de reflexão total (espaço em branco) e de reflexão quase zero (barra escura) em sinais elétricos. Enviados a um decodificador, esses sinais são convertidos na seqüência de algarismos .embutida. no código de barras. Depois esses algarismos são enviados ao computador em que está arquivado o banco de dados do estoque. Este deverá estar programado para interpretar as seqüências de algarismos como uma indicação de que os registros correspondentes àqueles produtos deverão ter sua quantidade atualizada. O banco de dados poderá também ser programado para enviar dados de volta fornecendo, por exemplo, à caixa registradora do supermercado, dados como a descrição do produto e o seu preço, que serão impressos na nota de compra. Graças ao aperfeiçoamento constante dos scanners e dos decodificadores, a tendência é a proliferação cada vez mais evidente dos códigos de barras em nosso dia-a-dia. AQUISIÇÃO DE MATERIAL Fatores a serem considerados para seleção de fornecedores Lead time e Pontualidade de Fornecimento Qualidade e Garantia da Qualidade Flexibilidade Localização Preço Reputação Estabilidade Financeira . O fornecedor como parceiro versus o fornecedor como adversário Aspecto Como parceiro Como adversário Número de fornecedores Um ou poucos Muitos: lançar um contra o outro estimulando a concorrência Tempo de relacionamento De longo prazo Pode ser breve Preço baixo Moderadamente importante Importância fundamental Confiabilidade Elevada Pode não ser elevada Qualidade Assegurada na fonte; fornecedor certificado Inspeções feitas pelo comprador; qualidade pode não ser confiável Volume de negócios Elevado Pode ser baixo (muitos fornecedores) Localização Proximidade pode ser importante Bem dispersos Flexibilidade Relativamente elevada Relativamente baixa A eficiência de um departamento de compras está diretamente ligada ao grau de atendimento e ao relacionamento entre o comprador e o fornecedor. Na elaboração de um processo de avaliação de um fornecedor devem ser levados em conta os aspectos quantitativos e qualitativos e, ao empregarmos o modelo abaixo proposto, atribuímos pesos a cada quesito de acordo com grau de importância no cenário da empresa. A seguir apresentaremos dois modelos de classificação de fornecedores que poderão utilizados por uma organização: AVALIAÇÃO/ QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Exemplo de determinação dos quesitos e peso relativo QUESITOS PESO RELATIVO 4 3 2 1 PRODUTO Custo 10 Qualidade 14 Embalagem 7 Garantia 4 35 SERVIÇOS Pontualidade na entrega 10 Presteza no atendimento 5 Cortesia no relacionamento 2 Qualidade na expedição e transporte 3 Assistência técnica pós-venda 5 25 ENGENHARIA Pesquisa 2 Grau de inovação 9 Flexibilidade nas alterações 4 15 INSTALAÇÕES Equipamentos 9 Prediais 3 Adequação do layout 3 15 ADMINISTRAÇÃO/FINANÇAS Relações humanas – ambiente 5 Relacionamento comercial com clientes 3 Capacidade financeira 2 10 4- Excelente 3 Bom 2 Regular 1 Ruim AVALIAÇÃO/ QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES QUESITOS PESO RELATIVO 4 3 2 1 PRODUTO Custo 10 X Qualidade 14 X Embalagem 7 X Garantia 4 X 35 SERVIÇOS Pontualidade na entrega 10 X Presteza no atendimento 5 X Cortesia no relacionamento 2 X Qualidade na expedição e transporte 3 X Assistência técnica pós-venda 5 X 25 ENGENHARIA Pesquisa 2 X Grau de inovação 9 X Flexibilidade nas alterações 4 X 15 INSTALAÇÕES Equipamentos 9 X Prediais 3 X Adequação do layout 3 X 15 ADMINISTRAÇÃO/FINANÇAS Relações humanas – ambiente 5 X Relacionamento comercial com clientes 3 X Capacidade financeira 2 X 10 AVALIAÇÃO/ QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Exemplo de limites de aceitação e classificação dos fornecedores (estabelecido pela empresa) PONTUAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DE FORNECEDOR MATERIAIS PARA FORNECIMENTO Maior ou igual a 360 pontos Nível III Classe A,B e C De 320 a 359 pontos Nível II Classe B e C De 280 a 319 pontos Nível I Classe C Abaixo de 280 pontos Não classificado Segundo Exemplo No modelo abaixo, atribuímos pesos a cada quesito de acordo com grau de importância no cenário da empresa. Selecionar os fatores que devem ser considerados na avaliação de fornecedores potenciais. Atribuir um peso a cada fator. Geralmente é utilizada uma escala de 1 a 10. Atribuir uma pontuação para os fornecedores quanto a cada um dos fatores Essa pontuação não é associada ao peso. Os fornecedores são classificados segundo sua habilidade de satisfazer às exigências para cada fator. Mais uma vez, geralmente, se utiliza uma escala de 1 a 10. Para classificar o fornecedor, multiplica-se o peso de cada fator pela pontuação atribuída e faz-se o somatório e o que obtiver o maior resultado será o classificado. Fator Peso Pontuação de fornecedores Classificação de fornecedores Fornecedores - A B C D A B C D Localização 8 7 8 6 9 56 64 48 72 Preço 9 7 6 8 7 63 54 72 63 Serviço de pós-venda 3 9 10 6 9 27 30 18 27 Prazo/entrega 5 8 6 8 10 40 30 40 50 Qualidade/produto 10 9 7 8 6 90 70 80 60 Total (classificação dos fornecedores) 276 248 258 272 ESTRATÉGIAS DE AQUISIÇAO Verticalização: Estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder. VANTAGENS: Manutenção dos segredos industriais Liberdade de mudar planos Independência de terceiros DESVANTAGENS Maior investimento em instalações e equipamentos Mobiliza mais recursos Horizontalização:Estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. VANTAGENS: Redução de custos Foco no negócio principal DESVANTAGENS Menor controle tecnológico Maior exposição Comprar X Fabricar A decisão entre adquirir de terceiros ou produzir internamente um componente ou realizar um serviço de qualquer natureza dentro de uma empresa, tem sido o dilema constante do administrador e, para tomar tal decisão deverão ser analisadas os fatores que influenciarão no custo total do produto. Vejamos o 1o exemplo: A veloz é uma empresa de médio porte localizada no Rio de Janeiro que fabrica bombas para a indústria de petróleo. Ela acabou desenvolver um modelo de bomba de alta pressão, com melhor desempenho. O gerente de produção quer decidir se a veloz deverá comprar ou fabricar o sistema de controle da nova bomba. Os dados relativos aos custos e quantidades estão disponíveis no quadro abaixo: Fabricar Processo A Processo B Volume(unid./ano) 10.000 10.000 10.000 Custo fixo($/ano) 100.000,00 300.000,00 - Custo variável($/un.) 75,00 70,00 80,00 Para solucionar esta questão aplica-se a equação do custo total: CT = CF + CV . Q Onde, CT= custo total CF= custo fixo CV= custo variável Q= quantidade envolvida CT comprar = 10.000 X 80,00 = 800.000,00 CT proc.A = 100.000,00 + 75,00 x 10.000 = 850.000,00 CT proc. B= 300.000,00 + 70,00 x 10.000 = 1.000.000,00 Portanto, a melhor opção será adquirir. Ainda, com relação ao caso da Veloz, a partir de que quantidade seria mais econômico para a empresa produzir internamente esses componentes através do processo A ao invés de comprar? Para resolver esta questão será necessário buscarmos um ponto de equilíbrio entre os custos totais que você queira comparar. Exemplo: CT comprar = CT proc.A Assim teríamos, 80 q = 100.000 + 75 q 80 q – 75 q = 100.000 q = 100.000 = 20.000 5 A resposta será: qualquer quantidade acima de 20.000 unidades. Se quiséssemos analisar a questão entre comprar ou fabricar pelo processo B, teríamos: CT comprar = CT proc. B 80 q = 300.000 + 70 q 80 q – 70 q = 300.000 q = 300.000 = 30.000 10 Resposta = acima de 30.000 unidades Exercícios 1- Uma grande empresa do setor siderúrgico precisa decidir se deverá comprar ou fabricar determinada peça utilizada no seu processo de produção. O quadro abaixo mostra o custo de comprar e os custos de produção interno. FABRICAR PROCESSO A PROCESSO B COMPRA/VOLUME(UNID./ANO) 4.000 4.000 4.000 CUSTO FIXO(R$/ANO) 68.000 58.000 - CUSTO VARIÁVEL(R$/unid) 60,00 65,00 70,00 Qual a melhor opção, comprar ou fabricar através de qualquer um dos processos ? Qual seria a melhor faixa de demanda para utilizar o processo B e deixar de comprar ? 2- O gerente administrativo da empresa CRIATIVA precisa tomar a decisão entre terceirizar ou produzir internamente as refeições para o seu quadro de funcionários. O custo fixo anual para manter a cozinha interna está na ordem de R$ 32.400,00 e o custo variável de cada refeição é de R$ 2,40. A empresa a ser contratada propõe um preço de R$ 2,80 por refeição. Considerando que a empresa funciona apenas 270 dias durante o ano, qual seria o número mínimo de refeições diárias em que a empresa produzindo internamente passe a ter um custo total menor ? 3- Uma indústria química precisa decidir entre comprar ou fabricar certo componente para seu produto final. O quadro abaixo mostra os custos de comprar e produzir através dos processos A e B. Formas de obtenção ► Produzir pelo processo A Produzir pelo processo B Comprar CF (R$/ANO) ► 4000,00 4500,00 100,00 CV(R$/UNID) ► 4,50 4,00 7,30 Estabeleça as faixas adequadas a cada uma das alternativas de modo que cada uma delas proporcione um custo total menor. 4- A empresa AÇONORTE está no dilema entre terceirizar ou produzir internamente as refeições para o seu quadro de funcionários. O custo fixo anual para manter a cozinha interna está na ordem de R$ 28.750,00, e o custo variável de cada refeição é de R$ 2,70. A empresa a ser contratada propõe um preço de R$ 3,20 por refeição. Considerando que a empresa funciona apenas 250 dias durante o ano, qual seria o número mínimo de refeições diárias que tornaria mais viável a empresa produzir internamente? 5- O chefe do setor de limpeza de uma cidade deseja saber se estende a coleta de lixo em um novo bairro com 300 casas ou se subcontrata o serviço com terceiros a um preço anual por casa de $ 150. Se decidir realizar o serviço com recursos próprios, incorrerá em custos fixos anuais de $ 10.000. Os custos variáveis da coleta são estimados em $ 80/casa.ano. Qual a melhor solução para o chefe da limpeza? À partir de que número de casas seria mais interessante fazer o serviço com recursos próprios? (Fonte: Adm. de Materiais e Recursos Patrimoniais – Autor : Martins – Ed. Saraiva) 6- Determinada empresa sediada no nordeste brasileiro, consome anualmente, uma grande quantidade de certa matéria-prima que somente é encontrada nas seguintes empresas: PAULISTA S/A ; MINEIRA S/A e NORDESTE S/A. Os custos para se adquirir esta matéria-prima estão disponíveis no quadro a seguir: FORNECEDORES CF CV PAULISTA 5.800,00 3,00 MINEIRA 3.800,00 3,80 NORDESTE 2.800,00 4,50 Determine as faixas de demanda que proporcionaria um menor custo total ao adquirir o produto em cada um dos fornecedores. 7- A Agrissul Produtos Agrícolas Ltda. está estudando os custos de distribuição de seus produtos. Existem três possibilidades para o transporte das maçãs produzidas desde a fazenda até o Centro de Distribuição da empresa localizada na cidade de Porto Alegre. A tabela a seguir mostra os custos dos diferentes tipos de transporte, o número de dias para a entrega por tipo de transporte e o custo de manutenção do estoque em trânsito por dia (principalmente refrigeração). (adaptado provão 2003) Tipo de Transporte Aéreo Marítimo Rodoviário Custo do frete por tonelada R$75,00 R$30,00 R$50,00 Tempo de entrega 3 dias 40 dias 20 dias Custo de Manutenção do estoque em trânsito, por tonelada, por dia R$10,00 R$2,50 R$3,00 Dentre as três opções, qual oferece um menor custo total? Demonstre. 8- Uma companhia produz um produto que precisa sofrer tratamento térmico. O Gerente de projetos está estudando se deve contratar terceiros para realizar o serviço ou montar um sistema de tratamento térmico interno à empresa por meio de um processo A ou B. As seguintes informações estão disponíveis: Tratamento Interno Pelo processo A Pelo processo B Tratamento com terceiros Volume (un/ano) 10.000 10.000 10.000 Custo Fixo ($/ano) 12.000,00 20.000,00 Custo variável ($/unidade) 8,00 7,00 9,50 Se a qualidade do produto e a confiabilidade nas entregas são basicamente as mesmas e objetivando minimizar os custos, a empresa deve: Contratar terceiros. Tratar internamente pelo processo A. Tratar internamente pelo processo B. Tanto faz contratar terceiros ou tratar internamente pelo processo A. Tanto faz contratar terceiros ou tratar internamente pelo processo B. Licitação Todas as compras de bens ou serviços realizadas pelos órgãos públicos deverão ser feitos em conformidade com a Lei 8.666/93 e, atualmente, também, com a Lei 10.520 de julho de 2002.(Pregão) Modalidades de licitação Concorrência , tomada de preços , convite , leilão e concurso. Prazos para abertura das propostas Concorrência: 45 dias corridos, no mínimo, contados à partir da data da sua divulgação. Tomada de preços: 30 dias corridos, no mínimo, contados à partir da data da sua divulgação. Convite : 5 dias úteis, contados à partir da data da sua divulgação. Dispensa de licitação Em casos de : Calamidade pública ou guerra Comprometimento da segurança nacional Comprometimento de segurança física de pessoas. Compras com valores inferiores a R$16.000,00 Inexigibilidade Em casos de fornecedores únicos. Obrigatoriedade de divulgação Convite : Deverá ser afixado o edital em quadro de aviso em local de livre e fácil acesso aos interessados. Tomada de preços: jornais de grande circulação ou qualquer outro meio de divulgação oficial. Concorrência: Diário oficial e jornais de grande circulação a âmbito nacional. Pregão Tipo presencial Internet Tipo presencial: após a abertura dos preços os fornecedores poderão fazer propostas verbais reduzindo o preço. No final do processo, ou seja, quando for declarado o vencedor, o pregoeiro ainda poderá negociar com o fornecedor na tentativa de obter preços menores. Internet: ainda muito pouco usado. SICAF : SISTEMA UNIFICADO DE CADASTRO DE FORNECEDORES Inspeção de Material Os materiais ao ingressarem nas empresas são inspecionados através de duas formas: 100% amostragem 100% : é a inspeção feita analisando unidade por unidade. Esta forma é aplicada a número pequeno de unidades adquiridas e a itens que não se pode correr o risco de uma decisão errada ao aceitá-lo. EX.: medicamentos , equipamentos de segurança, etc. Amostragem: consiste em tomar uma amostra de um lote do produto e inspecioná-lo para fazer uma estimativa da qualidade do lote como um todo. Com base nos resultados obtidos aceitamos ou reprovamos o lote. Razões para Inspeções por amostragem testar o produto é destrutivo A doçura de uma maçã só pode ser decidida se o produto for destruído. Não existe tempo suficiente para fazer a inspeção a 100%. É muito caro testar todo o lote. Estima-se que o erro humano corresponda a 3% quando se faz um teste repetitivo a longo prazo. Portanto, há bons motivos para ter uma amostra representativa de um lote, em vez de arriscar tanto assim. 1o exemplo O hospital CPMF encomendou 20.000 seringas descartáveis. Ficou estabelecido no contrato de compra que a qualidade do produto seria inspecionada por amostragem a um padrão de 3%. Durante a inspeção foram coletadas, aleatoriamente, 50 seringas para inspeção e, duas delas apresentaram não-conformidade com as especificações do pedido de compra. Que atitude deverá ser tomada pelo inspetor. Justifique. 2o exemplo Determinada empresa adquiriu 8.000 unidades de um certo material. Foi estabelecido que a inspeção seria por amostragem com um índice de 2%. Foram coletadas 50 unidades para inspeção, dentre as quais, duas apresentaram não-conformidades às especificações. Nesse caso reprova-se ou aceita-se o material? Justifique. Alavancagem de Lucros Primeiro exemplo:Determinada empresa teve uma receita com vendas de R$ 100.000,00. Os custos desta empresa estão assim distribuídos: Custo de material direto: 60% das vendas Custo de mão-de-obra: 10% das vendas Custos indiretos:25% das vendas Questiona-se: Qual seria o lucro em valores monetários se o custo de material direto for reduzido para 55% das vendas? Que percentual de aumento no lucro esse valor representa? Segundo exemplo: Determinada empresa apresenta uma receita com vendas no valor de R$100.000,00 e para apurar o seu lucro bruto informa os custos abaixo: Custo de material direto: R$60.000,00 Custo de mão-de-obra: R$10.000,00 Custos indiretos: R$25.000,00 Qual seria o lucro em valores monetários se o custo de material direto fosse reduzido em 5% ? Que percentual de aumento no lucro esse valor representa ? EXERCÍCIOS 1- A fábrica de brinquedos “ Esperança Ltda Me.”, durante o mês de julho, apresentou um valor de vendas de R$ 8.000,00 , para um valor de compras de R$ 3.200,00 . Os custos referentes as operações de produção, armazenamento e distribuição atingem a ordem de R$2.800, 00. Analise todas as condições da empresa e responda: Qual o lucro bruto mensal. Que percentual de redução deve ser aplicado no custo de compras para se aumentar o lucro em 10% . Que percentual de aumento poderá ser alcançado no lucro se houver uma redução de 10% nos custos que compreendem produção, armazenamento e distribuição. 2- Analise a situação da empresa representada no sistema abaixo e responda: a)Que percentual de aumento será possível alcançar no lucro, antes da taxação, se reduzirmos o custo de compras para R$ 6.000,00? b) Se houver uma redução de 5% no custo de produção, qual será o índice de aumento no lucro? 3- O custo das mercadorias vendidas da Amalgamated Fendenter é de $ 10 milhões. A empresa investe $ 4 milhões em compra de material direto e $ 2 milhões em mão-de-obra direta; os custos indiretos são de $ 3,5 milhões e o lucro é de $ 500 mil. A empresa quer aumentar seus lucros para $ 1 milhão. Para atingir este objetivo, a) Qual deveria ser o percentual de aumento no custo das mercadorias vendidas? b) Qual deveria ser o percentual de redução no custo de materiais? c) Qual deveria ser o percentual de redução nos custos de mão-de-Obra? Fonte : adaptação – livro Administração de materiais – J.R.Tony Arnold – ed. Átlas Respostas 5% 12,5% 25% Métodos de Avaliação dos Estoques Nas empresas todos os estoques são avaliados ao final do exercício financeiro. São três os métodos utilizados, entretanto, em se tratando de economia inflacionária a legislação fiscal admite apenas o CUSTO MÉDIO e PEPS. Vejamos os três métodos: PEPS = primeiro a entrar primeiro a sair UEPS= último a entrar primeiro a sair Custo Médio = média encontrada a cada entrada de um material no estoque. Fazendo-se a relação entre o valor e o quantitativo do saldo existente. Seja o exemplo: Informe o valor do estoque final em 10/10 através dos métodos PEPS, UEPS e Custo Médio para um material que teve os movimentos abaixo: 02/01 = estoque inicial de 100 unidades a 10,00 04/03 = entrada de 150 unidades a 14,00 07/06 = saída de 50 unidades 08/09 = entrada de 100 unidades a 15,00 10/10 = saída de 150 unidades PEPS QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO UNITÁRIO ENTRADA SAIDA SALDO 02/01 100 10,00 1000,00 04/03 150 250 14,00 2100,00 3100,00 07/06 50 200 10,00 500,00 2600,00 08/09 100 300 15,00 1500,00 4100,00 10/10 50 250 10,00 500,00 3600,00 100 150 14,00 1400,00 2200,00 UEPS QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO UNITÁRIO ENTRADA SAIDA SALDO 02/01 100 10,00 1000,00 04/03 150 250 14,00 2100,00 3100,00 07/06 50 200 14,00 700,00 2400,00 08/09 100 300 15,00 1500,00 3900,00 10/10 100 200 15,00 1500,00 2400,00 50 150 14,00 700,00 1700,00 CUSTO MÉDIO QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO UNITÁRIO ENTRADA SAIDA SALDO 02/01 100 10,00 1000,00 04/03 150 250 14,00 2100,00 3100,00 07/06 50 200 12,40 620,00 2480,00 08/09 100 300 15,00 1500,00 3980,00 10/10 150 150 13,27 1990,50 1989,50 Exercício 1 Observe o histórico abaixo e faça a avaliação dos estoques aplicando os métodos UEPS, PEPS e CUSTO MÉDIO. Movimentação: 02/01: Estoque inicial de 20 unidades a $5,00. 10/01: entrada de 50 unidades a $8,00. 15/01: saída de 10 unidades. 20/01: saída de 20 unidades. UEPS QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO PREÇO ENTRADA SAIDA SALDO PEPS QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO PREÇO ENTRADA SAIDA SALDO CUSTO MÉDIO QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO PREÇO ENTRADA SAIDA SALDO Exercício 2 A movimentação dos estoques das Organizações Hipotética Ltda no ano de 2008 estão registradas abaixo. Utilizando os métodos PEPS , UEPS e Custo Médio, respectivamente, apresente o valor do estoque final, em reais, até 10/07 . Considere o estoque inicial igual a (0) zero. 21/01 – entrada de 500 unidades a R$5,00 03/03 – saída de 200 unidades 05/04 - entrada de 400 unidades a R$8,00 08/06 – saída de 400 unidades 10/07 – entrada de 500 unidades a R$10,00 Exercício 3 O modelo de ficha abaixo apresenta um controle de entradas e saídas do estoque de uma fábrica que deseja fazer uma avaliação do custo de seus estoques. Utilize os métodos PEPS, UEPS e CUSTO MÉDIO e preencha os campos de acordo com os movimentos de entrada e saída até chegar ao estoque final em 30/06. PEPS QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO PREÇO ENTRADA SAIDA SALDO 02/06 50 30,00 08/06 60 50,00 17/06 (80) 30/06 80 52,00 UEPS QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO PREÇO ENTRADA SAIDA SALDO 02/06 50 30,00 08/06 60 50,00 17/06 (80) 30/06 80 52,00 CUSTO MÉDIO QUANTIDADE VALOR DATA ENTRADA SAIDA SALDO PREÇO ENTRADA SAIDA SALDO 02/06 50 30,00 08/06 60 50,00 17/06 (80) 30/06 80 52,00 Exercício 4 O quadro abaixo apresenta um controle de entradas e saídas do estoque de uma fábrica de móveis que deseja fazer uma avaliação do custo de seus estoques. ENTRADAS NO ESTOQUE SAÍDAS DO ESTOQUE DATA QUANTIDADE PREÇO UNITÁRIO QUANTIDADE PREÇO UNITÁRIO 01/ 02 5 120,00 08 / 02 20 140,00 28 / 02 15 Utilizando os métodos de custo médio, PEPS(primeiro a entrar primeiro a sair) e UEPS(último a entrar primeiro a sair), qual será o valor do estoque final da movimentação em reais, respectivamente? Exercício 5 Através dos métodos UEPS e Custo Médio, informe o valor do estoque final até 20/03, de um item que teve os seguintes movimentos: 02/01 : saldo de 100 unidades a R$2,00 03/02 : entrada de 400 unidades a R$3,00 20/02 : saída de 450 unidades Giro de estoque O giro de estoque mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou. GIRO DE ESTOQUE = VALOR CONSUMIDO NO PERÍODO VALOR DO ESTOQUE MÉDIO NO PERÍODO ESTOQUE MÉDIO = EI + EF 2 Cobertura de estoque Cobertura indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média. COBERTURA DO ESTOQUE = NO DE DIAS DO PERÍODO EM ESTUDO GIRO MC = EI + MA – EF MC = MATERIAL CONSUMIDO (ou custo de material vendido) (saídas) EI = ESTOQUE INICIAL( ou custo de estoque inicial) EF = ESTOQUE FINAL (custo do estoque final) MA = MATERIAL ADQUIRIDO( ou custo de material adquirido) (entradas) O grande mérito do índice de rotatividade é que ele representa um parâmetro fácil para a comparação de estoques entre empresas do mesmo ramo de atividade e entre classes de material do estoque.. Portanto, devemos determinar a taxa de rotatividade adequada à empresa e então compara-la com a taxa real. É bastante recomendável que ao determinar o padrão de rotatividade se estabeleça um índice para cada grupo de materiais que corresponda a uma mesma faixa de preço ou consumo. O critério de avaliação será determinado pela política de estoques da empresa, não esquecendo de considerar que: A disponibilidade de capital para investir em estoque é que vai determinar a taxa de rotatividade padrão; Não se devem utilizar taxas de rotatividade iguais para materiais de preços bastante diferenciados. Nesse caso use sempre uma classificação ABC; Estabeleça uma periodicidade para comparação entre a rotatividade-padrão e a rotatividade real. Exemplo: Calcule a cobertura de estoque de um item que apresenta a movimentação no quando abaixo: MÊS ESTOQUE INICIAL ENTRADAS ( MATERIAL ADQUIRIDO) SAIDAS (MATERIAL CONSUMIDO) ESTOQUE FINAL JAN 857 1300 1280 877 FEV 877 1585 1610 852 MAR 852 1650 1595 907 ABR 907 1295 1320 882 MAI 882 1430 1392 920 JUN 920 1270 1290 900 TOTAL 5.295 8.487 5.338 Resolução: E. médio = 5.295 + 5.338 = 5.316,6 2 Portanto, O estoque médio no período de 6 meses será 886,88 , ou seja, 5.316,6 dividido por 6 , pelo fato de estarmos trabalhando com 6 peíodos. GIRO = 8.487 = 9,57 886,88 COBERTURA = 180 = 18,88 dias 9,57 Exercício 1- No período de janeiro a junho, o estoque da empresa Stok Rápido apresentou a seguinte movimentação: Mês Estoque inicial (EI) Entradas (MA) Saídas (MC) Estoque final (EF) Janeiro 280 1560 1620 Fevereiro 1760 1680 Março 2200 2210 Abril 2450 2380 Total Calcule o Giro e a cobertura de estoque dentro desse período. 2- Um item de material que apresenta as movimentações contidas no quadro abaixo: MÊS EI MA MC EF Jan 280 2740 2690 Fev 2500 2480 Mar 2600 2630 Abr 2850 2600 Qual o giro de estoque dentro quadrimestre? Qual o estoque médio a ser mantido para que seja alcançado um giro = 35. Previsão de Demanda Prever qual a quantidade de produto que os clientes deverão comprar é assunto vital para todo o planejamento empresarial. Por isso, grande esforço tem sido dedicado ao desenvolvimento de métodos de previsão. Vamos considerar apenas alguns daqueles que são úteis no controle de estoques. Dentre os vários métodos existentes destacaremos os seguintes: Método do Último Período É o mais simples e empírico. baseia-se na estimativa do consumo futuro com base no consumo do período anterior. exemplo CONSUMO DO ÚLTIMO ANO CONSUMO DO PRÓXIMO ANO 2008 - - - - - - - - - 100 UNID. 2009- - - - - - - - - 100 UNID. Método da Média Simples Exemplo: Seja um item que nos últimos 6 meses teve o seguinte consumo: Jan = 100 unidades Fev = 120 Mar = 90 Abr = 140 Mar = 130 Jun = 110 A previsão para julho será 115 unidades Método da Média Móvel Simples É melhor que o anterior no aspecto de considerar médias de consumos de períodos anteriores. Se a tendência for de consumo crescente, a média futura será menor. Se a tendência for de consumo decrescente, a média futura será maior. O Método da Média Móvel é usado para prever demanda de produtos com demanda estável pois flutuações positivas em um período podem ser compensadas por flutuações negativas em períodos próximos. São úteis para filtrar flutuações aleatórias. Utilizando os valores do exemplo anterior, aplicando N=3 teremos: Previsão para julho = 140 + 130 + 110 = 126,66 ≈ 127 3 Suponha agora que a demanda de julho acabou sendo 123, em vez de 127, a previsão para agosto seria calculada desta forma: Previsão para agosto = 130 + 110 + 123 = 121 3 Método da Média Móvel Ponderada É uma variação do método anterior. É mais significativo porque os valores dos períodos mais recentes recebem peso maior do que os valores dos períodos mais antigos. Exemplo: para aplicação com N=4 Seja um item que nos últimos 5 meses teve o seguinte consumo: Jan = 120 unidades Fev = 140 Mar = 130 Abr = 170 Mai = 150 Neste caso, a previsão para junho será (140 x 1 ) + ( 130 x 2) + (170 x 3 ) + ( 150 x 4 ) = 151 10 Método da Média Móvel Ponderada usando-se percentuais De uma forma geral é mais significativo porque os valores dos períodos mais recentes recebem peso maior do que os valores dos períodos mais antigos. A determinação dos pesos deve ser de tal ordem que a soma seja 100%. exemplo PERÍODO CONSUMO PESO Peso ou fator de importância em % CONSUMO PONDERADO 2004 - - - - - 100 - - - - 7% - - - 7% de 100 - - - - - - - - - - - - - - - - - 7 2005 - - - - - 200. - - - 13% - - - - 13% de 200 - - - - - - - - - - - - - - - - - 26 2006 - - - - - 300- - - - 20% - - - - 20% de 300 - - - - - - - - - - - - - - - - - 60 2007 - - - - - 400 - - - 27% - - - - 27% de 400 - - - - - - - - - - - - - - - - 108 2008 - - - - - 500 - - - 33% - - - - 33% de 500 - - - - - - - - - - - - - - - - 165 ACUMULADO 100% consumo previsto p/ 2009= 366 unidades Método dos mínimos quadrados Este método, também conhecido como método dos mínimos quadrados, é utilizado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos os dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza diferenças entre a linha reta e cada ponto de consumo levantado. ∑ (Y .Yp)2 = mínimo onde Y = Valor real e Yp = Valor dos mínimos quadrados Uma linha reta está definida pela equação Y = a + bx. Nas séries temporais, Y é o valor previsto em um tempo x medido em incrementos, tais como anos, a partir do ano-base. O objetivo é determinar o valor de a (coeficiente linear) e de b (coeficiente angular). Usam-se duas equações para determinar a e b. Obtemos a primeira multiplicando-se a equação da reta pelo coeficiente a e somando-se os termos. Sendo o coeficiente a = 1 e sabendo-se que N é o número de pontos, a equação se modifica para : ∑Y = N a + b ∑X A segunda equação é desenvolvida de maneira semelhante. O coeficiente de b é X. Ao multiplicarmos os termos por X e somá-los, teremos : ∑XY = a∑X + b∑X² Estas duas equações são denominadas de equações normais. As quatro somas necessárias à resolução das equações ∑Y, ∑X, ∑XY, e ∑X² são obtidas de forma tabular, tendo em vista que X representa o número de períodos a partir do ano-base. Depois da obtenção das quatro somas, estas são substituídas nas equações normais, onde os valores de a e b são calculados e substituídos na equação da linha reta para obtenção da fórmula de previsão : yp = a + bx Exemplo : Determinada empresa quer calcular qual seria a previsão de vendas de seu produto W para o ano de 2006 A vendas dos 5 anos anteriores foram : 2001=108 , 2002 = 119 ; 2003 = 110 ; 2004= 122 ; 2005 = 130 unidades. Fazendo a tabulação : dispor os dados(eventos) na tabela do período mais antigo para o mais recente. ano Y X X2 X.Y 2001 108 0 0 0 2002 119 1 1 119 2003 110 2 4 220 2004 122 3 9 366 2005 130 4 16 520 ( 589 10 30 1225 De onde resultam as equações normais : 589 = 5 a + 10 b e 1225 = 10 a + 30 b Resolvendo as duas equações simultaneamente, obteremos : a = 108.4 e b = 4.7 Portanto aplicando Yp = a + b x , teremos : Yp = 108,4 + 4,7 x 5 A previsão para 2006 será 131,9 unidades EXERCÍCIO 1- Uma loja tem a seguinte tabulação de vendas : 2004 = 171, 2005 =189, 2006 = 153, 2007 = 180 e 2008=207 . Estabeleça uma previsão para 2009 utilizando os seguintes métodos: a)Média móvel ponderada com n=4; b)Média móvel ponderada com pesos percentuais com N=5 c) Equação da reta. 2- Considerando a série histórica de consumo de um item demonstrado abaixo, calcule a previsão de demanda aplicando os seguintes métodos: Último período. Média móvel simples com N=4 Média móvel ponderada com N=4 Média móvel ponderada usando-se percentuais com N=5 Jan = 780 unidades Fev = 900 unidades Mar = 790 unidades Abr = 890 unidades Mai = 730 unidades Jun = 690 unidades CONTROLE DE ESTOQUE Modelo de Reposição Contínua PARÂMETROS DE CONTROLE DE ESTOQUE A gerência de estoque considera vários parâmetros necessários ao dimensionamento dos estoques. Entre eles os mais importantes são: Demanda ou Consumo - ( D) - Elemento gerador da administração de material. É o consumo de material na unidade de tempo analisada. Quantidade de Ressuprimento - (Q) - É a quantidade de material necessária para recompletar um nível de estoque estabelecido. Intervalo de Ressuprimento - (IR) - É o tempo decorrido entre duas datas consecutivas de suprimento. É predeterminado pela gerência de estoque. Ponto de Ressuprimento - (PR) - É a quantidade de material em estoque, que ao ser atingida provoca a emissão de um pedido de ressuprimento. Tempo de Ressuprimento - (TR) - É o tempo decorrido entre a data de uma solicitação de compra e a data em que esse material esta disponível no almoxarifado. Estoque Médio (EM) - É a média aritmética dos valores assumidos pelo estoque durante um determinado período. Entretanto, o estoque médio dado apenas em relação ao estoque máximo seria: EM = QR/2 + ES Estoque Máximo ou Nível Operacional(E.Máx. ou NO) – É a quantidade normalmente disponível para atender à demanda, atingindo seu ponto máximo à cada ressuprimento. Nível de Ressuprimento (NR) - É o estoque potencial, isto é, corresponde a soma do material existente com aquele a ser recebido. O NR atinge o seu valor máximo no ponto de ressuprimento, decrescendo a partir daí até novo PR. Estoque de Segurança - (ES) - É a quantidade predeterminada de material destinada a evitar ou minimizar os efeitos pelas variações da demanda ou do tempo de ressuprimento. Este parâmetro é de grande importância, pois na prática, tanto D como TR não se comportam como o esperado, havendo em muitas situações, incremento não previsto de demanda e atrasos no fornecimento. A ruptura de estoque é a situação em que material existente chega a zero, após consumido todo o estoque de segurança, a partir deste ponto de ruptura, a ação continuada da demanda irá provocar a falta de material e seu conseqüente custo. GRÁFICO DENTE DE SERRA Exercícios A seção de controle de estoque de certa empresa, ao analisar o comportamento de um item de material, teve as seguintes informações: Demanda média mensal: 240 unidades Tempo de ressuprimento: 15 dias Estoque de segurança: 80 unidades Intervalo de ressuprimento: 1 mês Com essas informações calcule: A quantidade de ressuprimento O nível de ressuprimento A quantidade que deveria ser adquirida, caso o nível do estoque chegasse a 120 unidades. O ponto de ressuprimento Ao analisar a ficha de estoque do material “X”” obtivemos as seguintes informações: Demanda média mensal: 3.300 unidades Tempo de ressuprimento: 15 dias Estoque de segurança = 1.100 unidades Intervalo de ressuprimento = 1 mês Diante desses dados, calcule: A quantidade de ressuprimento O Nível de Ressuprimento Uma nova quantidade a ser adquirida, se o pedido fosse na ocasião em que o nível do estoque estivesse em 1.900 unidades. Determinado material é consumido em base mensal de 5.400 unidades. O nível de ressuprimento é de 20.700 unidades e a gerência de estoques realiza 6 ressuprimentos por ano. Para evitar o risco de faltas, é mantido, a título de estoque de segurança, uma quantidade para atender 10 dias de consumo. Calcule o tempo de ressuprimento desse item. O consumo mensal de determinado item de material é 1.500 unidades. O intervalo médio entre 2 chegadas sucessivas de material é de 60 dias, sendo mantido um estoque de segurança para 15 dias. O ponto de ressuprimento é de 3.000 unidades. No entanto, em consequência de uma requisição extraordinária, o saldo em estoque passou de 3.200 para 2.300 unidades, sendo nesta ocasião emitido um pedido de material. Determine a quantidade que deveria constar neste pedido. 5 - Calcule e marque as respostas certas: O consumo médio mensal de um item de material é 10.800 unidades. São feitos 4 ressuprimentos por ano. O estoque de segurança deverá garantir 10 dias de consumo. O nível de ressuprimento para esse item é de 52.200 unidades. Podemos afirmar que: O TR para esse item é: 1,5 mês 2 meses 1 mês 3 meses 0,5 mês O PR: 23.400 36.000 19.800 48.600 16.210 O estoque médio é: 36.000 19.800 9.000 5.410 16.210 6- Certo item de material é consumido em base mensal de 750 Kg. O nível de ressuprimento é 4.125 Kg. Considerando-se que a gerência de estoque deseja fazer 4 ressuprimentos por ano e manter 750 Kg como estoque de segurança. Com essas informações, calcule qual o tempo de ressuprimento deste item. 7- marque a resposta certa Analisando a ficha de estoque de certo item de material, obtivemos os seguintes dados: Demanda média mensal: 800 unidade Estoque de segurança: quantidade para atender 15 dias de consumo Intervalo de ressuprimento: 4 meses Tempo de ressuprimento: 2 meses No ponto de ressuprimento, não foi emitido o pedido de material, só ocorrendo quando o estoque físico chegou a 1.700 unidades. Com essas informações podemos afirmar que: A quantidade de ressuprimento é: 1.600 3.200 2.000 800 3.600 A quantidade a ser pedida na situação atual de forma a alcançar o NR é: 2.000 4.300 3.200 5.200 3.500 Considerando-se os ressuprimentos feitos, normalmente o estoque médio é: 1.200 2.000 2.550 2.150 850 8- Uma empresa utiliza a metodologia ilustrada no diagrama abaixo para determinar a quantidade a ser periodicamente a adquirida de um componente que utiliza em sua linha de produção. Sendo 1.200 unidades por mês o consumo desse componente, calcule o seu Ponto de Reposição Fonte : provão do MEC ano 99 2.000 CONSIDERE AS INFORMAÇÕES ABAIXO PARA RESPONDER AS QUESTÕES 9 e 10. O diagrama a seguir ilustra esquematicamente um modelo de gestão de estoques denominado “Máximos Mínimos, que é usado para dimensionamento do lote econômico. A lógica deste modelo é a seguinte: a empresa especifica, para cada item de material, peça ou componente, três parâmetros: (1) o menor estoque que deseja manter; (2) o ponto de nova encomenda; (3) a quantidade da nova encomenda ( ou tamanho do lote) fonte: provão do MEC ano 98 Para resolver as questões 10 e 11 considere que foram fixados os seguintes parâmetros em função da política de estoques de uma empresa que utiliza este modelo: (1) estoque Mínimo: 100(cem) unidades; (2) Ponto de Encomenda: é função do Tempo de Espera, que, atualmente, é de 1 (um) mês, do consumo mensal e do estoque mínimo; (3) Quantidade de nova encomenda: equivalente a 2,5 (dois e meio) meses de consumo. Considere, ainda, que o consumo mensal é de 200 unidades. QUESTÃO 9 Nas condições acima, no Ponto de nova encomenda, o nível de estoque, em unidades, será: a) 100 b) 200 c) 300 d) 400 e) 500 QUESTÃO 10 Se o fornecedor antecipar em 15 (quinze) dias a entrega do lote encomendado, quantas unidades haverá no Estoque nesse dia? (a) 500 (b) 600 (c) 700 (d) 800 (e) 900 11- O Gráfico abaixo representa o controle de estoque de um item que tem um estoque de segurança de 200 unidades e um estoque máximo de 1.400 unidades. Analise-o e informe: 12- Uma empresa trabalha ininterruptamente (360 dias/ano) e um de seus itens tem um consumo médio mensal de 2.100 unidades. A reposição de estoques é feita de forma contínua obedecendo ao lote que é de 2.100 unidades e cada remessa leva 5 dias, após o pedido, para estar disponível na empresa. Utilizando o gráfico abaixo e as fórmulas de parâmetros de controle de estoque, determine: O estoque de segurança O estoque médio O ponto de reposição Quantidade 30 60 dias LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS É uma determinada quantidade de material que ao ser encomendada propiciará o menor custo operacional anual de se adquirir e manter estoques. Este custo operacional(COP), por alguns autores, também denominado CUSTO TOTAL, equivale ao somatório do custo anual de estocagem + o custo anual de aquisição. Portanto, COP = CE + CA ONDE: CE= custo anual de estocagem CA= custo anual de aquisição COP= custo operacional anual CUSTO ANUAL DE ESTOCAGEM (CE) O custo anual de estocagem é determinado pelas despesas com seguros, impostos e taxas, prejuízos com avarias, aluguéis e depreciação, rateio de equipamentos, preservação dos materiais, pessoal, obsolescência, e outros. Para casos em que não se adota estoque de segurança, aplica-se: CE = Q . i . c 2 Para casos em que se adota estoque de segurança, aplica-se : CE = ( Q + ES ) i . c 2 ONDE: Q = quantidade ou lote i = taxa anual de estocagem c = custo unitário do item CUSTO ANUAL DE AQUISIÇÃO (CA) É o somatório dos custos necessários à aquisição dos materiais, exceto o custo do material propriamente dito. Exemplo: Pessoal Telefone, fax Cartas, editais Diligenciamento de compras Enfim, todas as despesas que se tem para formalizar um processo de aquisição. Portanto, CA = D. a Q Onde: D = demanda ou consumo a = custo de aquisição Q = quantidade ou lote Para se calcular o Lote econômico de compras aplicamos a fórmula LEC= 2 . D . a i . c FUNDAMENTAÇÃO DA FÓRMULA Uma das maneiras de determinar Q mínimo é substituir na equação vários valores de Q até achar o COP mínimo. Outro método é derivar a equação em relação a Q e igualar a derivada a (0) zero. Mas , vejamos, o objetivo é tornar custo operacional o menor possível, o termo(c.D) é uma constante, ele não irá variar em função do valor de Q; logo: Sem estoque de segurança ( COP = Q . i . c + D . a 2 Q Com estoque de segurança ( COP = ( Q + ES ) i . c + D . a 2 Q A matemática diz-nos que “ o mínimo da soma de duas variáveis, cujo produto é , constante, ocorre para valores de variáveis”. Então: Portanto, LEC= 2 . D . a i . c TAXA ANUAL DE ESTOCAGEM (i) Como é encontrada ? Apura-se todas as despesas que se tem para manter um item em estoque ao longo do ano e depois divide-se pelo custo do material. Portanto, i = quanto você gasta(paga) por ano para manter um item em estoque custo do produto Exemplo: Foi constatado que para manter um determinado item em estoque, cujo valor está na ordem R$850,00 a unidade, a empresa vinha assumindo os seguintes custos: Mão-de –obra : R$ 1,30 Rateio de equipamentos : R$ 0,85 Depreciação/avarias : R$ 1,20 Espaço/energia : R$ 1,40 Custo de capital : 11,5% a.a. Qual será a taxa anual de estocagem desse item? Exercícios 1- Determinada empresa consome em média, 15.000 unidades de certo material por ano, a um custo unitário de R$ 143,36. Cada processo de aquisição custa a empresa R$ 4.200,00, sendo a taxa anual de estocagem calculada em 25%. Com esses dados, calcule: O LEC o COP Qual seria a quantidade ideal para se adquirir, caso o fornecedor somente forneça o material em embalagens fechadas com 200 unidades? 2- Uma indústria mecânica consome por ano, em média, 1.800 unidades de um tipo de retentor, e o gerente de material está preocupado em adquirir Lotes Econômicos de forma a proporcionar um menor Custo Operacional Anual para a empresa. Para solucionar a questão foram levantados os seguintes dados: Custo unitário do item = R$ 8,90 Custo de aquisição = R$ 40,00 Taxa anual de estocagem = 8% Tempo de ressuprimento = 20 dias Estoque de segurança = não há De posse dessas informações, calcule: O Lote Econômico de compras O número de aquisições por ano O custo operacional anual mínimo O ponto de ressuprimento 3- O gerente de material de uma empresa de transporte resolveu calcular com critério os lotes de compras de “PNEUS”, que anteriormente, de forma aleatória, vinha sendo adquirido em lotes de 200 unidades, para atender a um consumo médio anual de 2.400 unidades. Foram levantadas as seguintes informações sobre o item: Custo unitário = R$ 240,00 Custo de aquisição = R$ 50,00 Taxa anual de estocagem = 10% Estoque de segurança = não há Tempo de ressuprimento = 6 dias Diante desses dados, calcule: O Lote Econômico de compras O custo operacional que as aquisições aleatórias proporcionam O custo operacional anual proporcionado pelo lote econômico de compras O Nível de Ressuprimento 4- Uma empresa do ramo frigorífico, consome anualmente 240 toneladas de um determinado produto, e vem adquirindo, de forma aleatória, lotes de 8 toneladas, o que proporciona um alto custo operacional anual. Para analisar a questão a Gerência de Estoque levantou os seguintes dados: Custo do item/tonelada = R$ 2.000,00 Custo de aquisição = R$ 30,00 Taxa anual de estocagem = 20% Tempo de ressuprimento = 3 dias Estoque de segurança : 5 toneladas De acordo com essas informações, calcule: O Lote Econômico de compras O custo operacional anual mínimo O custo operacional anual, adquirindo lotes de 8 toneladas O Ponto de Ressuprimento Determinada empresa consome, anualmente, 1.260 unidades de um item de material a um custo unitário de 232,85. O custo de cada processo de aquisição fica em 308,00, sendo taxa anual de estocagem calculada em 21%. Calcule: O lote econômico de compras O custo operacional anual adquirindo-se lotes de 600 unidades. O custo anual de estocagem adquirindo-se toda a quantidade de uma só vez. O número ideal de aquisições por ano. 6- Um atacadista de materiais de construção obtém seu cimento de um fornecedor único para atender a uma demanda anual de 18.000 sacos. A ficha de controle de estoque desse item apresenta as seguintes informações: Taxa anual de estocagem : 18% Custo por saco : R$ 11,00 Custo de aquisição : R$ 495,00 Tempo de reposição : 5 dias Estoque de segurança : 100 sacos Utilize essas informações e calcule: o custo operacional anual mínimo o ponto de reposição 7- As Organizações CRA utiliza um material que tem uma demanda média anual de 4.800 unidades. Os custos para obter e manter este material, bem como as condições de fornecimento proposta pelo fornecedor estão disponíveis a seguir: Taxa anual de estocagem = 15% Custo unitário do item = R$ 25,00 Custo de aquisição = R$ 80,00 Condições de fornecimento: embalagens fechadas com 200 unidades. Diante das condições acima, qual será o lote ideal de compras? CASO A direção da empresa de Transporte Sudeste Ltda designou um profissional de logística interna para analisar e apresentar soluções para a determinação dos níveis dos estoques a serem mantidos de um dos seus itens mais críticos no desempenho de suas atividades “ PNEU REFORÇADO 295/80R – LISO” No primeiro momento foi constatado que para manter cada unidade deste item armazenado durante o ano, a empresa vinha assumindo os seguintes custos: Mão-de –obra : R$ 1,30 Rateio de equipamentos : R$ 0,85 Depreciação/avarias : R$ 1,20 Espaço/energia : R$ 1,40 Custo de capital : 11,5% a.a. Verificando todos os custos para a realização de um processo de aquisição , independentemente da quantidade a ser adquirida, foi contabilizado um valor de R$780,00. Na seção de controle de estoque constam os seguintes registros: Custo unitário : R$ 950,00 Demanda média mensal : 1500 unidades Tempo de ressuprimento : 5 dias Não se adota estoque de segurança Observamos que, para facilitar as operações de carregamento,, transporte e descarga, o fornecedor somente entrega este produto em paletes fechados com 20 unidades. Na qualidade de gestor de estoque desta empresa, apresente as seguintes soluções: O lote econômico de compras considerando a condição imposta pelo fornecedor. O custo operacional anual mínimo, considerando a condição imposta pelo fornecedor, ou seja, paletes com 20 unidades. O Ponto de ressuprimento deste item? A que nível o estoque atingirá se o fornecedor antecipar a entrega do material em 2 dias? SISTEMA ABC DE CONTROLE DE ESTOQUES O sistema de classificação ABC de estoques é utilizado para identificar o grau de importância de cada item dentro da empresa. Geralmente, essa classificação é feita baseada em valores de consumo anual, ou seja, multiplicando-se o custo unitário do item pela quantidade consumida durante o ano, mas outros critérios também podem ser utilizados. Na maioria das organizações, os estoques apresentam, em média, a seguinte distribuição, em termos de quantidade e valor; CLASSE % DE ITENS % DE VALORES A 10 75 B 25 20 C 65 5 Para classificar os materiais dentro desse método, devemos, também, considerar os seguintes fatores: Tempo de fornecimento Volume do material Perecibilidade Lote econômico Riscos de obsolescência Importância da Aplicação Vejamos o exemplo: Uma empresa apresentava um consumo anual de 9.000 itens de materiais diferentes. Devido a grande dificuldade de administrar todo o universo de itens, a direção da empresa decidiu aplicar uma classificação ABC, determinando que 70% dos valores consumidos deveriam ser enquadrados como A e 20% dos valores consumidos como B. Na conclusão deste trabalho apenas 720 itens, aproximadamente, foram enquadrados como classe A e 1.800 itens enquadrados como B, proporcionando maior facilidade em exercer um controle mais eficaz aos itens mais significativos em termos de valores monetários. Nesse caso, podemos observar que apenas 8% dos itens foram enquadrados como classe A e 20% dos itens foram enquadrados como classe B, obviamente, os demais itens, ou seja, 72% do total foram enquadrados como C. Nesse exemplo, vimos que ficou concentrado nas mãos da direção da empresa, apenas um pequeno número de itens, mas com uma grande parcela do valor a ser administrado. A classificação ABC é adotada para estabelecer As prioridades nas compras Nível das autoridades que determinam as compras Rotinas de inventários Tamanho dos lotes a serem adquiridos EXERCÍCIOS 1- As demandas anuais dos itens de estoque de uma empresa e seus respectivos preços médios estão disponibilizados na tabela abaixo: N0 de itens Código do item Demanda anual Preços médio unitário Valor da demanda 01 2581 80 4,00 320,00 02 2690 30 8,60 258,00 03 2574 21 80,00 1680,00 04 3225 04 40,00 160,00 05 1489 02 56,00 112,00 06 2560 30 44,00 1320,00 07 2589 80 0,80 64,00 08 3324 26 2,00 52,00 09 2121 20 0,40 8,00 10 2698 15 0,80 12,00 11 2597 03 16,00 48,00 12 2540 07 4,00 28,00 13 2566 04 6,00 24,00 14 2548 10 1,50 15,00 15 9878 35 2,00 70,00 16 9958 10 2,00 20,00 17 5456 10 4,40 44,00 18 5596 17 2,00 34,00 19 9654 03 6,00 18,00 20 6654 07 2,00 14,00 Implemente uma classificação ABC quanto ao valor de consumo, considerando A= 10 % e B=20% dos itens e trace uma curva ABC. itens valores no % % acum codigo demanda % % acum classe 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 2- O diretor de logística da empresa LCJ Ltda, deseja exercer um controle mais rígido sobre 20% do total dos seus itens movimentados, que tenham maior valor de consumo, estes serão denominados classe “A” e, desta forma, somente a direção da empresa poderá autorizar as suas compras e, posteriormente, 30% dos itens, ou seja, os que possuam valor de consumo intermediário, terão suas compras autorizadas pelo próprio gerente de estoque , estes itens serão denominados classe “B”. Os demais serão classificados como “C”. Na tabela abaixo estão registradas as demandas anuais dos itens e seus respectivos preços médios unitários. Faça essa classificação e demonstre uma curva ABC. itens Consumo anual Preço unitário Valor de consumo C10 150 12,00 1800,00 C11 100 2,50 250,00 C12 50 4,00 200,00 C13 320 20,00 6400,00 C14 90 3,00 270,00 C15 70 3,50 245,00 C16 20 38,00 760,00 C17 120 2,50 300,00 C18 240 30,00 7200,00 C19 30 40,00 1200,00 18.625,00 3- O quadro abaixo mostra as movimentações dos itens de estoque de uma empresa. Utilize o critério de ordenação quanto ao valor de consumo e calcule o percentual acumulado de valores dos itens A e B, considerando A=20%, B=20% e C=60% dos itens. ITENS DO ESTOQUE PREÇO UNITÁRIO CONSUMO ANUAL 01 80,00 99 02 12,00 150 03 20,00 100 04 15,00 300 05 70,00 50 06 10,00 114 07 8,00 150 08 5,00 200 09 30,00 198 10 60,00 150 Nível de serviço Nível de serviço ou nível de atendimento é o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários. Assim, quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações solicitadas, tanto maior será o nível de atendimento. Portanto, NÍVEL DE ATENDIMENTO é o indicador que mostra a eficácia do estoque em atender o usuário. Exemplo: No almoxarifado da empresa Vitória Capri, durante um período de 6 meses, foram apresentadas 3.100 requisições de materiais, com um número médio de 1,45 item por requisição. Foram entregues 4.400 itens, exatamente como solicitado. Qual foi o nível de atendimento do almoxarifado? Solução: Nível de serviço = 4.400 = 97,88% 4.495 Inventário Físico São as operações da contagem física dos itens de estoque. O inventário físico é geralmente efetuado de dois modos: Periódico e Rotativo. Periódicos quando em determinados períodos – normalmente no encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por ano – faz-se a contagem física de todos os itens do estoque. Rotativo quando permanentemente se contam os itens em estoque. Nesse caso faz-se um programa de trabalho de tal forma que todos os itens sejam contados pelo menos uma vez dentro do período fiscal(normalmente de um ano). Um critério usual é contar a cada três meses 100% dos itens da classe A(33,3% ao mês, aproximadamente), 50% dos itens da classe B(16,6% ao mês) e 5% dos itens da classe C(1,6% ao mês) Acurácia dos Controles Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles, que mede a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor, ou seja: ou Exemplo A empresa “CPMI Ltda” dispõe de 50.000 itens em estoque, sendo 6.000 itens da classe A , 14.000 da classe B e 30.000 itens da classe C. Para exercer um maior controle adota-se o inventário do tipo rotativo em que a cada três meses ela conta 100% dos itens classe A, 50% dos itens classe B e apenas 10% dos itens classe C. No último trimestre foi detectado as seguintes divergências em cada classe: Classe A 180 Classe B 430 Classe C 52 Analise o caso e apresente a acurácia de controle Desenvolvimento: Classe Número de itens contados Números de itens contados em % Número de itens com divergências Acurácia A 6.000 6.000 = 0,375 % 16.000 180 (6.000 –180) = 0,97 % 6.000 B 7.000 7.000 = 0,4375 % 16.000 430 (7.000 – 430) = 0,9385 % 7.000 C 3.000 3.000 = 0,1875% 16.000 52 (3.000 – 52) = 0,9826 % 3.000 Total 16.000 Solução: (0,375 X 0,97) + (0,4375 X 0,9385) + (0,1875 X 0,9826) = 0,9577 Portanto, acurácia = 95,77% ARMAZENAMENTO DE MATERIAL Utilização cúbica e acessibilidade Os produtos não são apenas estocados no chão, mas no espaço cúbico do depósito. Embora o tamanho de um depósito possa ser descrito em um determinado número de metros quadrados, a capacidade do depósito depende da altura em que as mercadorias podem ser estocadas. UTILIZAÇÃO CÚBICA Também é exigido espaço para corredores, balcões de recebimento e entrega, escritórios e áreas para a escolha e montagem dos pedidos. Para o cálculo do espaço necessário para armazenamento, precisa-se de uma estimativa para o estoque máximo. Suponha-se que um máximo de 90.000 caixas devam ser estocadas, sendo que 30 caixas cabem em cada palete. É necessário um espaço para 3.000 paletes. Se os paletes forem empilhados em número de três, serão necessárias 1.000 posições de paletes. Um palete é uma plataforma que, geralmente, tem aproximadamente as seguintes dimensões: 1,22 m X 1,02 m X 0,1 m. Posições de Paletes. Suponha-se uma seção de depósito como a ilustrada na figura 33 Como a área de armazenamento tem 1,22 m de profundidade, as laterais dos paletes que medem 1,02 m são colocadas junto à parede. Entretanto, os paletes não devem ser colocados muito rentes uns aos outros; recomenda-se deixar um espaço de 5 cm entre eles, para que possam ser movimentados. Portanto, resta espaço para, aproximadamente, 36,58 m : 1,07 m = 34,2 ou 34 posições de paletes ao longo de cada lado do corredor. Como os paletes são empilhados no número de 3, há espaço para 34 X 3 X 2 = 204 paletes. Localização do Estoque (endereçamento) A localização do estoque, ou arranjo físico do depósito, relaciona-se com a localização de itens individuais no depósito. Não existe um único sistema universal de localização de estoque que seja adequado para todas as ocasiões, ou para qualquer tipo de organização, mas há vários sistemas básicos que podem ser utilizados. Qualquer que seja o sistema utilizado a administração de vê oferecer o nível exigido pelos clientes, ou seja, manter um controle eficaz dos itens de modo que possam ser encontrados facilmente e reduzir o esforço total necessário para receber, armazenar e retirar os produtos para remessa. Um dos sistemas mais empregado é o de coordenadas alfanuméricas, cuja composição alterna número e letras, iniciando o código de localização com um número que identifica a instalação(almoxarifado, depósito, pátio), e terminando com um número ou letra indicativo da menor unidade de estocagem para aquela instalação(escaninho, gaveta, coluna etc) Exemplo: Almoxarifado 2 2 B 6 D 5 Uma vez conhecendo este sistema, torna-se mais fácil entender ou implantar ou um outro sistema que seja composto apenas de números, para isto, basta apenas que seja convencionado o que cada número ou conjunto de números irá representar dentro do arranjo físico. LOGÍSTICA EMPRESARIAL Vencer o tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficaz e eficiente é a tarefa do profissional de Logística. Dentre várias definições de Logística Empresarial a que, para mim, traduz maior simplicidade e clareza é: Origem e importância Antes da estabilidade econômica as empresas estavam acostumadas a trabalharem com estoque altos, com o advento do Plano Real, quando passamos a ter uma estabilidade econômica, os verdadeiros custos apareceram e os mais significativos eram os custos logísticos. Desde então, as empresa passaram a dar mais importância às competências logísticas para ter como sobreviver. DIVISÃO DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL Divide-se em 4 partes: Logística de Suprimentos : trata da recepção dos produtos, desde a sua origem até a entrada na empresa. Nela está incluída a compra. Logística Interna : responsável pela armazenagem e movimentação interna dos produtos, ou seja, tudo que com eles ocorrem dentro das 4 paredes, tais como manuseio, abastecimento da produção, etc. Logística de Distribuição : Responsável pela movimentação dos produtos da porta da empresa para fora até o contato com o consumidor. Dentro dessa logística está a atividade de transporte. Logística Reversa : responsável por todo o fluxo de informações ou de produtos que voltam do consumidor. Termos e expressões empregadas nas atividades logísticas Supply Chain Termo em inglês que significa “cadeia de abastecimento ou cadeia de suprimento”. Chain = corrente No Brasil chamamos de cadeia. É um conjunto de entidades de todos os segmentos possíveis e imagináveis que estão entre uma determinada empresa e o consumidor. Exemplo: bancos, transportadores, supermercados. Enfim, toda e qualquer entidade envolvida nesta atividade. Centros de Distribuição Instalações físicas por onde transitam os estoques de uma ou várias empresas localizadas entre os locais onde foram produzidos e os mercados consumidores, além de poderem estocar os produtos em trânsito por períodos curtos. Item de demanda dependente Itens ou componentes cuja demanda depende da demanda de outros produtos. Item de demanda independente Produtos acabados cuja demanda depende do consumidor externo. Just-in-time Método de produção que tem como objetivo disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas quando necessários. Modal de transporte Meio de transporte usado para a movimentação física dos produtos, por exemplo, marítimos(navios oceânicos ou de cabotagem), fluviais (navios de pequeno porte ou barcaças), rodoviários(caminhões e carretas), ferroviários (trem de carga), aeroviários(aviões de carga) e dutoviários(por meio de dutos). Produção puxada Consiste em produzir à medida em que os clientes pedem. Produção empurrada Consiste em produzir independentemente do pedido do cliente, ou seja, com base em dados estatísticos de demanda. Código de barras É uma representação gráfica de dados que podem ser numéricos ou alfanuméricos, dependendo do tipo de barras empregado. Vendor Managed Inventory (VMI) É estoque gerenciado pelo fornecedor. SKU (Stock – Keeping – Unit) ou unidade de manutenção de estoque Significa cada tipo de material existente em estoque. ECR – Efficient Consumer Response ( resposta eficiente ao consumidor) É uma estratégia na qual o varejista, o distribuidor e o fornecedor trabalham muito próximos para eliminar custos excedentes da cadeia de suprimentos e melhor servir ao consumidor Cross Docking São sistemas de distribuição nos quais os produtos recebidos no centro de distribuição não são armazenados, mas sim preparados para serem enviados aos pontos de vendas ou de destino. Endereçamento de materiais Técnica utilizada para identificar os locais em que se encontram os materiais armazenados Atividades Logísticas São classificadas em duas atividades-chave: atividades primárias e atividades de apoio. Atividades Primárias Compreendem : Transporte Manutenção de estoques Processamento de pedidos Essas atividades são consideradas primárias porque ou elas contribuem com a maior parcela do custo total da logística ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística. Transporte Para a maioria das organizações , o transporte é a atividade logística mais importante simplesmente porque ela absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. Manutenção dos estoques Geralmente, não é viável providenciar produção instantânea de certos componentes, portanto, para se atingir um grau razoável de disponibilidade de produto, é necessário manter estoques, que agem como “amortecedores” entre a oferta e a demanda. São responsáveis por um a dois terços dos custos logísticos. Processamento de pedidos Os custos de processamento de pedidos tendem a ser pequenos quando comparados aos custos de transportes ou de manutenção de estoques, contudo, processamento de pedidos é uma atividade logística primária. Desta forma, estas três atividades logísticas podem ser colocadas em perspectiva notando-se sua importância naquilo que pode ser chamado de “ciclo crítico de atividades logísticas”. Por isso, elas são chamadas atividades primárias. Atividades de Apoio Apesar de transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos serem os principais ingredientes que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há uma série de atividades adicionais que apóia estas atividades primárias. Elas são: Armazenagem Manuseio de materiais Embalagem de proteção Obtenção Programação de produtos Manutenção da informação Armazenagem Refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques. Envolve problemas como localização, dimensionamento da área, arranjo físico, recuperação do estoque, projeto de docas ou baias de atracação e configuração do armazém. Manuseio de materiais Está associada com a armazenagem e também apóia a manutenção de estoques. É uma atividade que diz respeito à movimentação do produto no local de estocagem. Embalagem de proteção Um dos objetivos da logística é movimentar bens sem danifica-los além do economicamente razoável. Bom projeto de embalagem do produto auxilia a garantir movimentação sem quebras. Obtenção É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual o produto é comprado. Programação do produto Enquanto a obtenção trata do suprimento(fluxo de entrada) de firmas der manufatura, a programação de produto lida com a distribuição(fluxo de saída). Manutenção de informação Nenhuma função logística dentro de uma firma poderia operar eficientemente sem as necessárias informações de custo de desempenho. Tais informações são essenciais para o correto planejamento e controle logístico. Manter uma base de dados com informações importantes, como por exemplo, localização dos clientes, volume de vendas, padrões de entregas e níveis dos estoques. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARNOLD, J.R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo – Atlas – 1999. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. 5a edição – São Paulo – Atlas – 2005. SILVA, Renaud B. da. Administração de Material: teoria e prática. . 2a edição - Rio de Janeiro – ABAM –1981. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e o Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São Paulo – Saraiva – 2003. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. São Paulo – Atlas – 1993. MARTINS, Petrônio G. & Alt, Paulo Renato C. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 2a edição - São Paulo – Saraiva – 2006. NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Rio de Janeiro – Campus – 2001. SITES: www.ibralog.org.br www.guiadelogistica.com.br www.aslog.org.brn www.cvlog.net Q2 = 2 . D . a i . c 2 a . D = i. c . Q 2 Custo de Armazenagem R$600,00 a . D + i . c . Q Q 2 J F M A ES E.MAX PONTO DE REPOSIÇÃO: X UNIDADES T R 45 DIAS T/MÊS PR Vendas R$13.000,00 Custo de Distribuição R$500,00 J F M A M J J A TEMPO / MÊS Q NR NO PR ES Custo de Compras R$7.000,00 QUANTIDADE ENCOMENDADA TEMPO DE AQUISIÇÃO (espera) QUANTIDADE MÍNIMA PONTO DE NOVA ENCOMENDA T Q Est. Segurança E. Médio E. max. QUANTIDADE MÁXIMA 2350 Est. de Segurança P/ 20 dias de consumo Custo de Produção R$2.500,00 a) o ponto de ressuprimento b) o nível de ressuprimento c) o tempo de ressuprimento d) estoque médio e) a quantidade de ressuprimento Q “ A Logística empresarial trata de todas atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a custo razoável.” BALLOU COMPRAR NR Escaninho 5 (quinto, da Circulação Principal para a parede lateral Prateleira D (quarta, de baixo para cima da estante. Estante 6 (terceira à direita no sentido frente/fundo) Comprar Zona de estoque B (primeira à direita, no sentido frente/fundo) Nível de serviço = Número de requisições atendidas Número de requisições efetuadas aproximadamente 1, 22 m aproximadamente 1,22 m CORREDOR Acurácia = Número de itens corretos Número total de itens Acurácia = Valor de itens corretos Valor total de itens �PAGE � �PAGE �49�