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AULA 7 Profª Fábio Simas BEM-VINDO À DISCIPLINA ANÁLISE TEXTUAL AULA 7 * ESTRUTURA DO PARÁGRAFO AULA 7 * O QUE É UM PARÁGRAFO? AULA 7 * AULA 7 * Primeira dica: “na escrita, a noção de parágrafo é, antes de tudo (mas não apenas!) uma noção visual.” Faraco, C. A. e Tezza, C. Prática de texto para estudantes universitários. Petrópolis: Vozes, 1992. AULA 7 * O parágrafo, assim sinalizado, auxilia a leitura, pois indica ao leitor que estamos trabalhando posições, ideias sobre o assunto. Dessa forma, mesmo que eu não leia o que está escrito no parágrafo, apenas a percepção da sua presença já pode me trazer uma série de interpretações e, em decorrência, um protocolo de leitura em relação ao texto. AULA 7 * O CONCEITO DE PARÁGRAFO AULA 7 * O parágrafo contém uma unidade, que é parte de um todo. AULA 7 * O parágrafo é uma unidade de texto composta por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. AULA 7 * PROBLEMAS EM RELAÇÃO AO PARÁGRAFO AULA 7 * Parágrafo único: o texto como um bloco maciço de linhas. AULA 7 * AULA 7 * Vários parágrafos curtos, sem que a separação se justifique por alguma divisão de assuntos. AULA 7 * AULA 7 * A ESTRUTURA DE UM PARÁGRAFO AULA 7 * O tópico frasal marca uma organização do assunto, e que, a partir dele, a ideia necessita ser desenvolvida. AULA 7 * Segundo Garcia (1997: 2010), o parágrafo-padrão é composto por: a) Introdução ou tópico frasal. Um ou dois períodos curtos iniciais, em que se expressa de maneira sucinta a idéia-núcleo. b) Desenvolvimento. Explanação da ideia-núcleo. c) Conclusão. Mais rara, principalmente em parágrafos curtos. AULA 7 * Ler é um ritual antropofágico. Sabia disso Murilo Mendes quando escreveu: “No tempo em que eu não era antropófago, isto é, no tempo em que eu não devorava livros - e os livros não são homens, não contém a substância, o próprio sangue do homem?” A antropofagia não se fazia por razões alimentares. Fazia-se por razões mágicas. Quem come a carne do sacrificado se apropria das virtudes que moravam no seu corpo. Como na eucaristia cristã, que é um ritual antropofágico: “Esse pão é a minha carne, esse vinho é o meu sangue...” Cada livro é um sacramento. Cada leitura é um ritual mágico. Quem lê um livro escrito com sangue corre o risco de ficar parecido com o escritor. Já aconteceu comigo... Ler pouco (Rubem Alves). Disponível em http://www.rubemalves.com.br/lerpouco.htm AULA 7 * Tópico frasal: Ler é um ritual antropofágico. AULA 7 * Desenvolvimento: Sabia disso Murilo Mendes quando escreveu: “No tempo em que eu não era antropófago, isto é, no tempo em que eu não devorava livros - e os livros não são homens, não contém a substância, o próprio sangue do homem?” A antropofagia não se fazia por razões alimentares. Fazia-se por razões mágicas. Quem come a carne do sacrificado se apropria das virtudes que moravam no seu corpo. Como na eucaristia cristã, que é um ritual antropofágico: “Esse pão é a minha carne, esse vinho é o meu sangue...” AULA 7 * Conclusão: Cada livro é um sacramento. Cada leitura é um ritual mágico. Quem lê um livro escrito com sangue corre o risco de ficar parecido com o escritor. Já aconteceu comigo... AULA 7 * A constituição de um parágrafo vai depender da intenção, do destinatário e do assunto do texto. AULA 7 * COMO INICIAR UM PARÁGRAFO? AULA 7 * Há uma variedade de possibilidades para começar um parágrafo. Tudo depende da intenção do texto e da estratégia utilizada pelo autor para conquistar o leitor. AULA 7 * Este homem pegou uma nação destruída. Recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 10 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar. Aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de marcos e reduziu uma hiperinflação a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava seguir a carreira artística. É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com a informação e o jornal que você recebe. Folha de São Paulo: o jornal que mais se compra e nunca se vende. AULA 7 * TIPOS MAIS COMUNS DE INTRODUÇÃO AULA 7 * O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa com o objetivo de chamar a atenção do leitor. AULA 7 * Exemplo: Os estudos de um cientista brasileiro abrem novas possibilidades de controle da malária e, no futuro, da dengue. Gustavo Rezende, do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou a formação da casca impermeável dos ovos de mosquitos. Pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores (IOC), o biomédico identificou um conjunto de genes associados à impermeabilização dos ovos do mosquito Anopheles gambiae, principal transmissor de malária na África. Disponível em http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/09/estudo-desvenda-formacao-da-casca-impermeavel-dos-ovos-de-mosquitos.html AULA 7 * O autor, para começar seu parágrafo, apresenta uma definição do assunto a ser explorado. AULA 7 * Exemplo: Os índices de preços, ou de inflação, são, portanto, indicadores que procuram mensurar a evolução do nível de preços. É um número que está associado à média ponderada dos preços de um conjunto de produtos, denominado cesta, em um determinado período. Assim, se de um mês para o outro determinado índice de preços sofre uma elevação de 0,6%, por exemplo, significa que os preços que fazem parte da cesta correspondente a esse índice aumentaram, em média, 0,6%. (Disponível em http://www.gazetadeitauna.com.br/conceito_inflacao.htm) AULA 7 * O autor, ao iniciar o seu parágrafo, divide o assunto, o que sinaliza para o leitor como tema será tratado. AULA 7 * Exemplo: Quando assumi o cargo de Editor de Qualidade no JB, em 1º de outubro de 1995 (deixei-o em 15 de outubro de 1996, para tornar-me, com grande alegria para mim, um auxiliar do velho amigo Orivaldo Perin no trabalho de dar forma final à 1ª página), tinha três preocupações básicas: 1. o empobrecimento da linguagem de jornal; 2. a vulgarização da linguagem de jornal; 3. a correção dessa mesma linguagem. (Marcos de Castro Revista de Comunicação, maio, 97) (Disponível em http://www.pucrs.br/gpt/textos.php) AULA 7 * O autor inicia o seu parágrafo com uma pergunta. AULA 7 * Exemplo: Onde estão os melhores programas da TV a cabo? Que programas merecem que se reserve um bom tempo para a televisão? Quais as diferenças entre canais que oferecem programação do mesmo gênero? Onde encontrar bons documentários, filmes inéditos, notícias ao vivo, transmissões esportivas? A equipe da revista da TV sentou-se na frente da televisão, de controle remoto em punho, e apresenta este número especial, concebido como um guia da TV que os gaúchos assinam. (Zero Hora, 27 de junho de 1999) (Disponível em http://www.pucrs.br/gpt/textos.php) AULA 7 * O autor pode fazer referência a um fato histórico ou às palavras de uma outra pessoa. AULA 7 * Exemplo: Um exame de sangue simples pode ser capaz de diagnosticar o mal de Alzheimer, disseram pesquisadores dos Estados Unidos na segunda-feira (13), numa descoberta que pode ampliar a detecção da doença. (Disponível em http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/09/exame-de-sangue-pode-detectar-alzheimer-afirma-estudo.html) AULA 7 * Explanação da declaração inicial Enumeração de detalhes Comparação Causa e consequência AULA 7 * Importante! “A noção de parágrafo depende, de certo modo, da percepção mais ou menos intuitiva que nós temos de uma hierarquia de ideias e de fatos, de uma organização do mundo que não se reduz a um macete ou a uma regra fixa.” (Faraco & Tezza, 1992:168) AULA 7 * Criatividade Fluidez Organização do pensamento * *