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www.occastellani.com graviton71@bol.com.br padawancastellani@uol.com.br FENTRAN CONCEITOS FUNDAMENTAIS Texto: Introdução à Mecânica dos Fluidos – Robert Fox, Alan McDonald e Philip Pritchard. Editora LTC Todos nós estamos familiarizados com os fluidos - sendo os mais comuns a água e o ar - e os tratamos como sendo "lisos e suaves", isto é, como sendo um meio contínuo. Não podemos estar seguros da natureza molecular dos fluidos, a menos que utilizemos equipamentos especializados para identificá-la. Essa estrutura molecular é tal que a massa não está distribuída de forma contínua no espaço, mas está concentrada em moléculas que, por sua vez, estão separadas por regiões relativamente grandes de espaço vazio. Iremos discutir sob quais circunstâncias um fluido pode ser tratado como um contínuo, para o qual, por definição, as propriedades variam muito pouco de ponto a ponto. O conceito de um contínuo é a base da mecânica dos fluidos clássica. A hipótese do contínuo é válida no tratamento do comportamento dos fluidos sob condições normais. Ela falha, no entanto, quando a trajetória média livre das moléculas torna-se da mesma ordem de grandeza da menor dimensão característica significativa do problema. Isto ocorre em casos específicos como no escoamento de um gás rarefeito (como encontrado, por exemplo, em vôos nas camadas superiores da atmosfera). Nestes problemas especiais (não tratados neste texto), devemos abandonar o conceito de contínuo em favor dos pontos de vista microscópico e estatístico. Como conseqüência da hipótese do contínuo, cada propriedade do fluido é considerada como tendo um valor definido em cada ponto no espaço. Dessa forma, as propriedades dos fluidos, como massa específica, temperatura, velocidade etc., são consideradas funções contínuas da posição e do tempo. Para ilustrar o conceito de propriedade em um ponto, considere a maneira pela qual determinamos a massa específica num ponto. Estamos interessados em determinar a massa específica num ponto C, cujas coordenadas são xo, Yo e Zo' A massa específica é definida como a massa por unidade de volume. Deste modo, a massa específica média dentro do volume V será dada por ρ = m/V. Em geral, isso não será igual ao valor da massa específica no ponto C. Para determinar a massa específica em C, devemos selecionar um pequeno volume, δV, ao redor do ponto C e determinar a razão δm/δV. A questão é: quão pequeno deve ser o volume δV? A massa específica média tende a se aproximar de um valor assintótico, à medida que o volume é reduzido, de modo a encerrar apenas fluido homogêneo na vizinhança imediata do ponto C. A massa específica em um "ponto" é, então, definida como ρ ≡ lim (δm/ δV) = dm/dV δV → 0 Uma vez que o ponto C foi arbitrário, a massa específica em qualquer www.occastellani.com graviton71@bol.com.br padawancastellani@uol.com.br ponto do fluido poderia ser determinada de modo semelhante. Se determinações de massa específica fossem feitas simultaneamente em um número infinito de pontos no fluido, obteríamos uma expressão para a distribuição da massa específica como uma função das coordenadas espaciais, ρ = ρ(x, y, z), no instante de tempo dado. A massa específica em qualquer ponto pode também variar com o tempo (como resultado do trabalho realizado sobre o fluido, ou por ele, ou de transferência de calor). Portanto, a representação completa da massa específica (a representação do campo) é dada por ρ=ρ(x, y, z, t) Como a massa específica é uma quantidade escalar, requerendo, para uma descrição completa, apenas a especificação de uma magnitude, o campo representado pela equação acima é um campo escalar. A massa específica de um líquido ou de um sólido pode também ser expressa numa forma adimensional como a gravidade específica ou densidade relativa", SG, definida como sendo a razão entre a massa específica do material e a massa específica máxima da água que é 1000 kg/m3 a 4 oC . Por exemplo, a SG do mercúrio é tipicamente 13,6 - o mercúrio é 13,6 vezes tão denso quanto a água. CAMPO DE VELOCIDADE Vimos que a hipótese do contínuo levou diretamente à noção do campo de massa específica. Outras propriedades dos fluidos também podem ser descritas por campos. Ao lidarmocom fluidos em movimento, estaremos naturalmente interessados na descrição de um campo de velocidade. Num dado instante, o campo de velocidade, V, é uma função das coordenadas espaciais x, y, z. A velocidade em qualquer ponto do campo de escoamento pode variar de um instante a outro. Então, a representação completa da velocidade (o campo de velocidade) é dada por ),,,( tzyxvv rr = Velocidade é uma quantidade vetorial, exigindo uma magnitude e uma direção para uma completa descrição, por conseguinte o campo de velocidade acima é um campo vetorial. O vetor velocidade, V, pode também ser escrito em termos dos seus três componentes escalares. Denotando os componentes nas direções x, y, z por u, v, w, escreve-se: kwjviuv ˆˆˆ ++=r Em geral, cada componente, u, v e w, será uma função de x, y, z e t. Se as propriedades em cada ponto de um campo de escoamento não mudam com o tempo, o escoanento é denominado permanente ou estacionário. Matematicamente, a definição de escoamento permanente é dη/dt = 0 onde η representa qualquer propriedade do fluido. Para o escoamento www.occastellani.com graviton71@bol.com.br padawancastellani@uol.com.br permanente, dρ/dt = 0 ou ρ = ρ (x,y,z) e 0=dtvdr ou ( )zyxvv ,,rr = No escoamento permanente, qualquer propriedade pode variar de ponto a ponto no campo, mas todas as propriedades permanecerão constantes com o tempo em cada ponto.