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Teoria Geral do Estado Objetivos: Desenvolver a compreensão de Estado e suas formas organizacionais. Ementa: Os fenômenos do Estado � Elementos do Estado � O poder político organizado � Formas de Estado � Formas regimes e sistemas de governo. Competências: - Ter umas visões pluralistas do direito, compreendendo-o como um fenômeno social e não com o um conjunto de normas que não podem ser postas em discussão. - Ter a capacidade de assumir uma postura crítica frente ao direito, para adequá-lo a realidade sócio-econômica emergente. - Desenvolver estratégias teóricas e metodológicas que permitam a superação de limites da versão dogmática da ciência e do direito, questionando e tendo uma visão crítica da realidade, pensando os códigos e compreendendo juridicamente os fatos sociais em constante mutação. - Adaptar, com sensibilidade e competência, o conhecimento jurídico à solução de problemas novos, para os quais nem sempre a legislação oferece respostas e suas normas. Programa: Unidade I –. Unidade II –. Unidade III –. Bibliografia: 1. AZAMBUJA, Darcy – Teoria geral do Estado, São Paulo, Globo. 2. DALLARI, Dalmo – Elementos de Teoria geral do Estado, São Paulo, Saraiva. 3. Aderson de Menezes - Teoria geral do Estado. 4. Acquaviva, Marcos Cláudio – Teoria geral do Estado, Saraiva. 5. Bonavides, Paulo - Teoria geral do Estado – saraiva 6. Maluf, Sahid - Teoria geral do Estado. 7. Soares, Paulo - Teoria do Estado - saraiva 8. 9. Avaliações: V1 – 10,0 V2 – 10,0 VT – 10,0 – Oral Estado – Constituição – Política Democracia Função Social da Propriedade É obrigatória no estado de direito. O direito de propriedade é o direito mais digno que existe. Propriedade rural � 80% para uso do proprietário e 20% obrigatórios de proteção ambiental. Três Concepções do Mundo República = State = Etat (Democracia) - Em geral, a organização jurídica coercitiva de uma determinada comunidade. O uso da palavra Estado deve-se a Maquiavel (O Príncipe, 1513). Podem-se distinguir três concepções fundamentais: 1) A Concepção Organicista, pela qual o Estado é independente dos indivíduos e anterior a eles. 2) A Concepção Atomista ou Contratualista, segundo a qual o Estado é uma criação dos indivíduos. 3) A Concepção Formalista, segundo a qual o Estado é uma formação jurídica. 1) A Concepção Organicista Fundamenta-se na analogia entre o Estado e um organismo vivo. O estado é um homem em ponto grande, as suas partes ou membros não podem ser separados da totalidade. A totalidade precede portanto as partes (indivíduos ou grupos de indivíduos). Essa concepção de Estado foi elaborada pelos gregos. Platão considera que no Estado estão “inscritos em ponto maior” e, portanto, mais visíveis, as partes e os caracteres que constituem o indivíduo; e portanto começa determinando quais são as partes e as funções do estado, para proceder depois a determinação das partes e das funções do indivíduo. Esta é um modo de exprimir a prioridade do estado. A estrutura do estado é a mesma estrutura do homem mas é mais evidente, busca o ideal. Aristóteles por sua vez afirmava: “O estado existe por natureza e é anterior ao indivíduo, porque, se o indivíduo de per si não é auto suficiente, estará, em relação ao todo, na mesma relação em que estão as outras partes. Por isso, quem não pode entrar e fazer parte de uma comunidade ou quem não tem necessidade de nada enquanto se basta a si mesmo, não é membro de um Estado, mas é, ou fora um deus” � A Política de Aristóteles. Estas considerações aristotélicas foram repetidas muitas vezes na história da filosofia (conforme por exemplo; São Tomaz, De Regimine Principium, I1; Dante, De Monarchia, I 3), mas no mundo moderno, assumiram nova força só por obra do romantismo que insistiu no caráter superior e divino do Estado. Já Fidite Dizia: “Na nossa idade, mais do que em qualquer outro tempo precedente, todo cidadão com todas as suas forças, é submetido à finalidade do estado está completamente penetrado por ele e tornou-se instrumento seu (1806)” Mas esta concepção foi formulada no modo mais simples e extremo por Hegel, que identificou o estado como deus. “O ingresso de deus no mundo é o Estado: O seu fundamento é a potência da razão que se realiza como vontade. Na idéia do estado não se devem ter em mente estados particulares, instituições particulares; pelo contrário, deve-se considerar a idéia, por si mesma, esta deus real”. Filosofia do Direito – Hegel. O Estado é um “deus no mundo”, isto é, um deus imanente: ele constitui a existência racional do homem. Só no Estado o homem tem existência racional. Toda educação tende a fazer que o indivíduo não permaneça como algo de subjetivo, mas se torne objetivo a si mesmo no estado... Tudo o que o homem é, deve-o ao Estado: só nele tem a sua essência. Todo valor, toda realidade espiritual, o homem as tem só por meio do estado(Larsson). É na realidade os caracteres que a concepção organicista sempre reconheceu no Estado a racionalidade perfeita, a auto-suficiência e a supremacia absoluta podem ser recapituladas na melhor forme justamente na tese de Hegel: O Estado é deus. Nem sempre porem, a tese organicista foi formulada de modo tão rigoroso e extremo: o primado reconhecido ao estado em relação aos indivíduos e a auto-suficiência do estado nem sempre persuadiram a considerar o estado como o próprio deus; mas sempre levaram a considerá-lo como algo de divino, que justificasse a sujeição dos indivíduos diante dele. O fim que toda concepção organicista sempre se propõe foi bem expresso por Gierke: “Somente do valor superior do todo em face do das partes pode fazer-se derivar a obrigação de viver e, se necessário, morrer pelo todo. Se o povo fosse apenas a soma de seus membros, e o estado apenas uma instituição para o bem-estar dos cidadãos nascidos e nascituros, então o indivíduo é verdade ser constrangido a dar a sua energia e a sua vida pelo estado, mas não teria nenhuma obrigação moral de fazê-lo”. (Wesen, 1902) 2) A Concepção Contratualista Para a concepção atomista ou contratualista (mecanicista contratualista) O Estado é obra humana: Não tem dignidade e não tem caráter que não lhe tenham sido conferidos pelos indivíduos que os produziram. Foi esta a concepção de estado própria dos estóicos que o consideravam des populi. De Cícero: “O Estado (res publica), é coisa do povo; e o povo não é qualquer aglomerado de homens reunidos de uma forma qualquer, mas uma reunião de pessoas associadas por acordo no observar a justiça e por comunidade de interesse” – De replublica, I, 25,39. Essa concepção se cruzou com a precedente, na história medieval e moderna. Desde o sáculo IX, ela foi o princípio teórico a que se recorreu freqüentemente nas lutas políticas. Contratualismo Em geral, essa concepção é oposta e simétrica da organicista: para ela, o Estado não tem dignidade ou poderes que os indivíduos não lhe tenham conferido ou reconhecido e a sua unidade não é substancial, ou orgânica, não precede e domina os seus membros ou as suas partes, mas é a unidade de um pacto ou de uma convenção e vale só nos limites de validade do pacto ou da convenção. Às vezes, porém, no próprio tronco do contratualismo, enxertam-se as exigências peculiares do organicismo: assim, acontece, por exemplo, em Russeau quando afirmava que “a vontade geral não podem errar”. Russeau, com efeito, distingue entre a vontade de todos, e a vontade geral: “aquela mira somente ao interesse comum; esta mira ao interesse privado e é a soma das vontades particulares; mas tirai a esta vontade o mais e o menos que se destroem entre si: resta, por soma das diferenças a vontade geral”. – Contrato Social. Embora justificada como simples soma algébrica das vontades particulares, a “vontade geral” de Russeau, com a sua infalibilidade se assemelha à racionalidade perfeita do estado orgânico. - Montesquieu, Locke e Hobbes. 3) A Concepção Formalista As duas concepções precedentes de Estado tem em comum o reconhecimento do que os juristas chamam, hoje, o aspecto sociológico do Estado, isto é, o reconhecimento da sua realidade social, considerado, em primeiro lugar, como uma comunidade, isto é, um grupo social residente em um determinado território. 17/08/2005 Existe as teorias contratualista e formalista (não confundir com concepções). Organicista Lógica – Verdade – Ideologia Contratualista Vontade geral – Pacto Formalista Hans Kelsen � A formalidade é imprescindível para a compreensão do estado. � Para Hans Kelsen tudo que está fora da lei não tem valor. ...Continuação. Esse reconhecimento foi assumido como fundamento daquela descrição do Estado que juristas e filósofos do século XIX formularam (qualquer que fosse o seu conceito filosófico de Estado) e que se exprime dizendo que o Estado tem três elementos ou propriedades características; - a soberania ou o poder preponderante ou supremo; - o seu povo – e o seu território. Estes três aspectos ou elementos eram ilustrados e descritos singular e independentemente um do outro, e independentemente do conceito filosófico de Estado a que se fazia, implícita ou explicitamente referência. A melhos definição a tal ponto de vista foi dado por Jellinek (criador da T.G.E) (1900), mas ele foi repetido e ilustrado inúmeras vezes. Kelsen O aspecto sociológico do Estado é, porém, negado por Kelsen; e essa negação é a característica básica de seu formalismo. O estado é para Kelsen simplesmente a ordenação jurídica no seu caráter normativo ou coercitivo. Há um só conceito jurídico do Estado, diz Kelsen: “O Estado como ordenação jurídica (centralizado)”. O conceito sociológico de um modelo efetivo de comportamento orientado para a ordenação jurídica não é um conceito de Estado, mas pressupõe o conceito do Estado que é conceito jurídico. 22/08/2005 � A concepção formalista modifica o mundo. � Tudo que é feito na vida está ligado a formalidade. � Kelsen era negativista, pois, nega a história, a sociologia, as ciências, etc. ......Continuação. Em outros termos, o Estado “é uma sociedade politicamente organizada porque é uma comunidade constituída por uma ordenação coercitiva, e essa ordenação coercitiva é o direito”. � O Estado é um ordenamento jurídico perfeito e formalista. Kelsen não nega naturalmente que existam fatos, ações ou comportamentos mais ou menos ligados a ordenação jurídica estatal, mas afirma que tais fatos ou comportamentos são manifestações do Estado só enquanto interpretadas “segundo uma ordenação normativa, cuja validade deve ser pressuposta”. Essa doutrina presta-se a definir de modo simples e elegante os elementos tradicionalmente reconhecidos como próprios do Estado. O território não é senão “da esfera territorial de validade da própria ordenação jurídica chamada Estado”. O povo não é senão “esfera pessoal de validade da própria ordenação”, isto é, os limites do grupo de indivíduos aos quais se estende a validade da ordenação jurídica. Quando à soberania, Kelsen afirma que o reconhecimento desta ao Estado depende da escolhe que se faz sobre a hipótese do primado do direito estatal ou do direito internacional. Se se aceita esta, o Estado é soberano só no sentido relativo pelo qual nenhuma outra ordenação, fora da internacional, é superior a sua ordenação jurídica. Por outro lado, porém, ela estabelece a equivalência de todas as ordenações jurídicas enquanto tais, isto é, de todas as formas de Estado. O formalismo de Kelsen não permite, com efeito, estabelecer uma diferença qualquer entre Estado absolutista e Estado liberal, entre Estado democrático e Estado totalitário, entre Estado coletivo e Estado liberalista, etc. A própria expressão Estado de direito, pela qual se designa o estado que respeita ou garante os chamados “direitos invioláveis” do indivíduo torna-se, do ponto de vista de Kelsen, desprovida de sentido já que, para ele, Estado e direito coincidem. � Estado � Ordenamento Jurídico Coercitivo. Estado – Visão Sociológica a) Por Estado entende-se um agrupamento de pessoas que vivem num território definido, organizado de tal modo que apenas algumas delas são designadas para controlar, direta ou indiretamente, uma série mais ou menos restrita de atitudes desse mesmo grupo, com base em valores reais ou socialmente reconhecidos e, se necessário, na força (FGV). 29/08/2005 Trabalho Para 1ª semana após a V1. Estado � Introdução 1. Nacionalismo – Citações 2. Cosmopolitismo – Citações 3. Auto-determinação � art 4, art18 4. Organização estatal – (constituição federal até organização do Estado) 5. Sistema de Governo 6. Forma de Estado 7. Forma de Governo Conclusão Bibliografia Desenvolvimento � Direito e fato. ...continuação b) Definição de Estado – no uso sociológico – que cada vez mais acompanha o da ciência política, ao encarar o Estado como uma associação que proporciona liderança política – a definição do vocábulo seguindo critério de Max Weber, é fixada “somente em termos dos meios especificamente estatais ... como o uso da força física”. – Universidade de Londres. De igual repercussão foi a conceituação de R. M. MacIver e C. H. Page. O Estado distingue de todas as outras associações por seu exclusivo poder final de coerção. – Columbia – New York. A variedade de formas e origens do Estado é acentuada por M. Grimsberg: “No mínimo podemos afirmar que o Estado existe em todas as comunidades e que a proteção dos membros e o estabelecimento de normas comuns são funções de um sistema de órgãos diferenciados. As comunidades nas quais as normas não são impostas pela ação coletiva, confiando-se à proteção dos indivíduos às famílias, a outros grupos, ou talvez, mesmo a líderes que não possuem autoridade definida, não são Estado”. – Oxford A categoria do Estado representa um elemento central para a formação jurídica, em todos os seus níveis, desde a graduação e a pós-graduação em nosso país. Tradicionalmente, o estudo do Estado tem merecido um tratamento pela teoria geral do Estado de origem alemã do século XIX. A crise do Estado e o fenômeno da globalização são indicativos suficientes para repensar a análise do Estado nos cursos de direito. A teoria do Estado procura atender a essa demanda de um novo perfil para o exame do Estado. O que é Estado? No campo jurídico, de modo geral, o direito não tem condições de definir o que é Estado apesar deste ser a fonte principal da ordem jurídica moderna configurada na Europa ocidental a partir do século XVI. O direito estuda o Estado de uma forma fragmentada. Esse modo de compreendê-lo realiza- se a partir de estratégias como a divisão em disciplinas e por meio de categorias ou institutos jurídicos. As disciplinas como direito administrativo, direito constitucional, direito penal, direito civil, direito agrário, direito ambiental, antropologia jurídica, etc. Cada uma se refere a uma parte do Estado naturalmente, tal procedimento não nos dá um conceito completo do que significa o Estado. Na verdade, o Estado é um núcleo de conflitos, ele é um elemento que compatibiliza interesses contraditórios dentro da sociedade. Já para o direito, a visão do seu discurso ideológico é que a ordem jurídica é neutra, contudo, o Estado não pode apresentar este perfil avalorativo. A percepção jurídica terá, fatalmente, que reconhecer que o Estado será sempre um processo de interesse. O direito torna-se um fenômeno incompatível para a compreensão exata do direito. 31/08/2005 ...comentários � Dentro do Estado deve existir o contraditório e isto é comum dentro do direito. � A concepção é universal, a lógica é universal. � As teorias estão ligadas ao teatro. Pode variar de um local para outro. Existe a diferença na compreensão. ...continuação. O Estudo do Estado 1.) Conceito Científico GROPALLI: “Ciência geral que, enquanto resume e integra, em uma síntese superior, os princípios fundamentais de várias ciências sociais. Jurídicas e políticas, as quais tem por objeto o Estado considerando em relação a determinados momentos históricos, estuda o Estado de um ponto de vista unitário na sua evolução, na sua organização, nas suas funções, e nas suas formas mais típicas, com o escopo de determinar-lhe as leis de formação, os fundamentos e os fins”. MIGUEL REALE: “Se pode afirmar que diria ser a TGE uma ciência superior que, integrando os resultados de estudos particulares, aprecia a realidade estatal na complexidade e na conexão de todos os seus elementos”. Teoria do Direito e do Estado – pág 107. DARCY AZAMBUJA: A TGE é uma ciência, pois “estuda como aparece o Estado, os diversos tipos que apresenta através da história a sua estrutura, a sua forma, os seus objetivos”. Teoria Geral do Estado. Em obre recente, PINTO FERREIRA conceitua assim: “A TGE é uma ciência positiva que se preocupa com o estudo do Estado em si, aprendendo-o em seu conteúdo histórico e nas suas tendências a fim de conseguir uma compreensão do próprio Estado”. 2.) O Objeto da Disciplina JOÃO JOSÉ DE QUEIROZ diz que: “É claro que o objeto da TGE é o Estado e não um Estado. O termo “geral”, incluído na designação oficial da disciplina, afasta qualquer dúvida a respeito. Trata-se, pois, de um conceito abstrato, e em toda abstração, tanto perde o objeto em existência concreta quanto sonha em extensão e pureza”. Teoria Geral do Estado – Pág. 115. DARCY AZAMBUJA é conciso ao asseverar que “o estudo do Estado em geral, da sua origem, da sua forma, de sua estrutura e do funcionamento de seus órgãos, é o objeto da TGE”. ...Trabalho Dissertação .: O que eu tenho feito em relação ao meio ambiente – art 225 e art 231 da CF. ...continuação ADERSON DE MENEZES ���� A TGE é uma ciência nova a estudar assuntos velhos, visando ao conhecimento completo da realidade estatal. Ela versa tema cogitado desde a antiguidade clássica, muito embota faça suas pesquisas valendo-se de processos que lhe são inerentes e que lhe concedem plena legitimidade. 3.) Vocábulo O vocábulo Teoria advém do grego e significa “visão de um espetáculo”. Já “doutrina” significa o conjunto de idéias sujeitas as regras da lógica. 4.) Finalidade do Estudo da TGE ���� Tem por finalidade uma preparação de caráter abrangente do operador do direito (profissional que atua nessa área, como o juiz, o promotor, o procurador e o advogado) para que não se ,limite aos aspectos formais e imediatista do técnico jurídico. 5.) T.G.E ���� Designada • Teoria do estado • Doutrina do Estado, ou • Direito Constitucional I. Esta última denominação é dada quando se pretende ofereça-la aos alunos como espécia de “parte geral” do direito constitucional. 6.) Características a) Disciplina especulativa; b) Disciplina síntese � Porque sistematiza não apenas conhecimentos jurídicos mas também outras disciplinas, tais como filosofia jurídica, sociologia jurídica, ciência política, psicologia, antropologia jurídica e a história jurídica. 7.) Origem Surgiu no século XIX. • Platão – 429 – 437 a. C. – Grécia • Aristóteles – 384 – 322 a. C. – Grécia • Cícero – 106 – 43 a. C. - Roma 8.) Estado • Século XVII d. C. – Maquiavel – 1513 9.) Desenvolvimento • Hobbes – 1588 – 1689 – Leviatã • Locke – 1632 – 1704 – Governo Civil � Revolução americana • Montesquieu – 1689 – 1755 – O Espírito das Leis • Rousseau – 1712 – 1778 – Contrato Social 10.) Teológico • Santo Agostinho – 354 – 430 d. C. • São Tomáz de Aquino – 1225 – 1274 d. C. 11.) Criador da TGE * Georg Jellinek – 1851 – 1911 - Alamão 12.) Método • Dedutivo – Enquadra teoria e fatos sociais • Indutivo – Analisa fatos isolados e concretos • Analítico (analógico) – Compara 13.) Brasil A nossa formação jurídica é sem dúvida nenhuma, de base européia ocidental. Tal trajetória revela-se desde a fundação de nossos cursos de bacharelado e direito, no ano de 1827, nas cidades de São Paulo e Recife. No final de década de 30, promulgou-se a carta de 1937 que institucionalizou a ditadura de Getúlio Dorneles Vargas (Estado Novo) � 1937 – 1945 Nesse momento é que foi introduzido no Brasil a disciplina de TGE de origem alemã. Portaria MEC nº 1886/94 (traduziu reclames sociais) implanta o novo currículo jurídico par o país. A TGE, esta disciplina terá de ser lecionada separadamente ou vinculada a ciência política a ao constitucional. Não podemos esquecer o fato de que o Brasil nunca teve propriamente um regime de Estado de bem estar social. Tivemos a partir da década de 30, políticas sociais para garantir certos direitos trabalhistas. A constituição federal de 1988 formalmente estabelece o estado social ao longo dos dispositivos do artigo 194 do caput do art 7 da Constituição Federal. 12/09/2005 O que é poder Político 1) “Poder” (Categoria) � Significa a materialidade do próprio estado. O Estado é uma entidade abstrata que só existe corporeamente através do poder político. 2) Poder Político � É o primeiro passo concreto para podermos construir o conceito jurídico-político de Estado. Sua definição prense-se ao fato que a realidade social existe para nós através de duas formas: - Generalidade - Instrumentalidade - Senso comum - Ciência, conhecimento científico, contrário ao senso comum 3) Aspectos a saber Não é fácil definir o poder político. Então, dividiremos o poder em dois aspectos: � Poder Quantum � âmbito – Espaço social Micro Institucional Macro � Hierárquico Coativo - Geral O poder que existe em todos os níveis de relações sociais é de caráter micro: É o caso do poder que, Poe exemplo, o qual um gerente exerce para um determinado grupo ou que um professor possui em uma sala de aula través de instrumentos disciplinares. 4) O Poder com o sentido propriamente político é de aspecto macro, por três características, a saber: a) Traduz um poder institucional de enorme expressão social que o difere dos outros de nível micro. b) É hierárquico. Materializa uma superioridade em relação a própria sociedade; c) Revela uma capacidade de coação que os demais não tem. Exemplo: o aparelho repressivo e judiciário do Estado. 5) O poder micro permite a negociação, o macro não. O poder macro em seu discurso jurídico ideológico fundamenta-se a favor do bem geral. 6) Além dos aspectos micro e macro o poder pode ser caracterizado pelas áreas de conhecimento. 6.1) Ciência Política: É a área tradicional do seu conhecimento. É o lugar privilegiado para estudar a questão do poder. O objeto da ciência política é o poder e é nele que encontraremos, surpreendentemente, as maiores dificuldades para estuda-lo. A ciência política apresenta várias teorias para explicar o poder. Exemplo: O poder político seria domínio (Max Weber). O Poder seria influência (Robert Dahl). 6.2) Antropologia social. Foi o campo de conhecimento que trouxe as maiores contribuições teórico-empíricas e os avanços mais recentes sobre o estudo do poder. � Mostrando que a idéia do poder político existe em qualquer sociedade. � Estudando todas as outras formas de poder que existem no social sem ser, especificamente, o poder político. Isso foi importante para fazer a distinção entre os níveis de relações sociais micro e macro. 7) Aspecto Simbólico. Demonstrando que o poder político não existe somente pelo aspecto da coação (exemplo art 3 da CF). Existem os rituais e outros procedimentos para a sua presença sem troca coativa. 8) Sociologia – A contribuição recente no processo democrático. Estuda as movimentações sociais e os impactos do poder político. Demonstra que o poder político está diluído � E que está muito mais presente na sociedade do que institucionalizado. 9) O direito diferencia-se no estudo do poder político das demais áreas de conhecimento porque o seu objetivo não é o seu estudo e a sua causa. O fenômeno jurídico constata apenas a existência do poder. O direito só estuda as formas institucionais do poder, isto é, o processo de sua normatização. 10) O que é o poder político e sua delimitação O Poder político caracteriza-se pelo seu aspecto macro-social e que deve ser estudado de um modo integrado por todas as áreas do conhecimento, revelando uma dimensão interdisciplinar (portaria MEC nº 186/94). 14/09/2005 Legalidade e Legitimidade 1) Essa distinção entre legalidade e legitimidade é importantíssima e fundamental para o direito, porque vamos usá-la tanto para enquadrar o poder político quanto visualizar a eficácia sócio-jurídica da própria norma jurídica. Norma jurídica x legitimidade equivale a efetividade. O constitucionalista alemão Konrad Hess � estará atento para o fenômeno da força normativa. (A força normativa da constituição de 1941) 2) A legitimidade, é, portanto, um aspecto anterior a legalidade. Isto é, aquela categoria que traduz um sentido valorativo (de fundamentação). A legalidade não está alicerçada num valor, num princípio, e sim num aspecto de força ou de caráter institucional. A legalidade é um aspecto meramente formal. 3) O normal é que a legalidade tem que estar lastreada na legitimidade. A norma ao ser legal deveria, por exemplo, ser legítima. O poder político está, dessa forma, também articulado a alguma forma de legitimidade. � Mas pode ter uma legalidade que funcione sem legitimidade. Nos processos de regimes autoritários. Coube a ciência política estabelecer os critérios de legitimidade e mapeá-los 4) O autor que trouxe uma sistematização ao problema da legitimidade foi Max Weber. Esse pensador alemão formulou três tipos ideais de legitimidade, sendo que nenhuma dessas formas existe na forma pura e isolada. Exemplo: A Inglaterra ao mesmo tempo traduz uma legitimidade tradicional e burocrática. O Brasil durante o governo F.H.C. (1995-1999 e 1999-até hoje) ao mesmo tempo recional legal e carismático. “Plano Real” Assim, caracterizado os tipos ideais Weberianos: • Tradicional – Através da fundamentação do poder por um costume. Exemplo: o sistema monárquico. • Carismático – Através de mobilização social. Exemplo: Plano real. A liderança como ocorreu no período facista na Itália, etc. • Burocrático – Racional ou Racional Legal: Três conseqüências, a saber: - Previsibilidade legal - Tem caráter genérico (atinge a todos) e isso traz-nos uma segurança jurídica. A razão origina-se da lei. - Exemplo: Século XVI, essa forma de legitimidade (Hobbes) abriu caminho ao positivismo jurídico. - O que vem ocorrendo nos últimos 20 anos do século XX para século XXI é que, hoje estamos assistindo uma colonização de aspecto democrático e ético. � Outros aspectos qualificativos: tolerância, percebe-se que a sociedade tem diversidade. É o direito a diferença sexual, cultural e étnico. 5) Legitimidade é, hoje, racional-legal (Weber) e democrática é ética, caminha-se aceleradamente, para acrescer outro aspecto: o da tolerância. - Nesse sentido a “justiça” significa legalidade: é “justo” que uma regra geral seja aplicada em todos os casos em que, de acordo com o seu conteúdo, esta regra deve ser aplicada. - É “injusto” que ela em um caso, mas não em outro caso similar. E isso parece “injusto” se levar em conta o valor da regra geral em si, sendo a aplicação desta o ponto em questão aqui. A justiça no sentido de legalidade é umas qualidade que se relaciona não com o conteúdo de uma ordem jurídica, mas com sua aplicação. A declaração de uma conduta específica é legal ou ilegal independentemente das vontades ou dos sentimentos do sujeito que julga. Ela pode ser verificada de modo objetivo. Apenas com o sentido de legalidade é que a justiça pode fazer parte de uma ciência do direito (Hans Kelsen). � Verificar do artigo 127 até o 130 C.F. 21/09/2005 Sociedade Nação Tribo Comunidade Povo Sociedade População Estado Constituição Antropologia Jurídica Direito A sociedade, algo interposto entre o indivíduo e o Estado, é a realidade intermediária mais longa e externa, superior ao estado, porém inferior ainda ao indivíduo, enquanto medida de valor. - Comunidade - Tem os mesmos interesses e pensamentos. A comunidade tem histórico, tradição, língua e são formados de uma mesma ideologia. A comunidade é mais específica do que povo. - Tribo – Possui tudo que uma comunidade possui e ainda deve possuir símbolos. - Nação – Muito mais evoluída que a tribo. 1) Para Paulo Bonavides a sociedade vem primeiro, o Estado depois. A sociedade aparece como círculo mais amplo e o Estado como círculo mais restrito. Segundo Paulo Bonavides, de todos os filósofos, consoante assinala Jellinek, foi Rousseau o que distinguiu com mais acuidade a sociedade do Estado. Por sociedade, entendeu ele o conjunto daquelas “sociedades parciais”, onde, do conflito de interesses reinantes só se pode recolher a vontade de todos, ao passo que o Estado vale como algo que se exprime pela vontade geral. Sociedade-Estado O vocábulo sociedade tem sido empregado conforme assinala um sociólogo americano, como palavra mais genérica que existe para se referir “todo o complexo de relações do homem com seu semelhante”. (Parson) Sociedade a) Não há, até agora, uma definição de sociedade que seja única, de modo geral pois cada um dos três usos mais comuns do termo refere-se a aspectos significativos da vida social. a.1) Em sentido mais lato, refere-se a totalidade das relações sociais entre as criaturas humanas. a.2) Cada agregado de seres humanos de ambos os sexos e de todas as idades, unidos em um grupo que se auto-perpetua e possui suas próprias instituições e cultura distintos em maior e menor grau podem ser uma sociedade. É de notar que, na prática, os limites das sociedades específicas baseiam-se nessa sentido, frequentemente, em fronteiras políticas, procedimento que gera problemas fundamentais quanto as relações entre Estado e sociedade (FGV). a.3) Sociedade também tem sido definida como as instituições e a cultura de um grupo de pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, , grupo esse inclusivo, mais ou menos distinto e que se auto-perpetua (FGV). Existem convicções óbvias entre a segunda e a terceira definição pois ambas se referem a duas premissas fundamentais e inter-relacionadas da pesquisa sociológica, de que os homens, onde quer que estejam, vivem em grupos, e que seu comportamento é substancialmente afetado pelas normas e valores de que compartilham. b) Na teoria social e política da idade média não havia diferença entre sociedade, como tal, e comunidade política. O homem pertencia a comunidade política e a igreja. Todos os grupos e associações – exceto a igreja, cujo o papel político estava sujeito a controvérsia, e a família que era considerada uma unidade natural – eram tidos como subordinados ao Estado ou como parte do mesmo. A distinção entre Estado e sociedade surgiu gradualmente durante as convulsões religiosas e políticas dos séculos XVI e XVII; durante o século XVIII, muitos autores influentes, franceses e ingleses, já não consideravam mais equivalentes. O Estado era apenas um segmento, embora importante, da realidade maior, a sociedade. Daí, diz Kelsen, “O Estado é a comunidade criada por uma ordem jurídica nacional em contraposição a uma ordem jurídica internacional”. 26/09/2005 Sociedade É o conjunto relativamente complexo de indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades, permanentemente associados e equipados de padrões culturais comuns próprios para garantir a continuidade do todo e a realização de seus ideais (Cretella). O Estado designa uma forma complexa, organizada de sociedade civil, a sociedade política. O Homem e a Sociedade A sociedade “latu senso”, é o mundo da cultura a nível da realidade onde ocorrem os fenômenos políticos, sociais e econômicos e, como tal, distingui-se da natureza a nível de realidade onde ocorrem os fenômenos físicos, químicos e biológicos. Na sociedade, os seres humanos relacionam-se intersubjetivamente , de modo individual ou coletivo, modelando formas de convivência, e submetem a natureza, a satisfação de suas necessidades e objetivos, segundo suas próprias regras. A origem da sociedade humana é contemporânea da espécie, como decorrência da natureza gregária do ser humano (Antônio Sebastião de Lima). Os Direitos do Homem em Face da Sociedade Estatal O homem (conforma Cloves de Sotto Goulart) mercê de sua natureza gregária, é movido inteligentemente pelo sentimento de defesa e sobrevivência, desde as mais remotas eras, passou a viver em sociedade. Essa sociedade, tornou-se organizada, perene e irreversível � mas o homem é também um “animal político”; sustenta os tratadistas da ciência do Estado, concorde com o pensamento aristotélico. A vocação natural do homem para viver dentro da sociedade política decorre do fato do mesmo de ser ele, naturalmente, social. Conseqüências 1) Como a sociedade humana, a sociedade política é natural. 2) A sociedade política representa o casamento da sociedade humana, em termos de organização e desenvolvimento. Não podemos esquecer, contudo, que o homem, alem de ser social da célula de uma comunidade, é, preponderantemente individual, é entidade inteligente, racional e livre. Nem sempre, se harmonizam as estruturas sócio-políticas com os interesses e aspirações individuais. Sem rebelar-se contra a sociedade, o homem, entretanto, busca, incessantemente, transforma-la de modo a compatibilizá-las a ordem social com seus direitos e anseios mais legítimos, dirigidos no sentido da realização individual. Aprimorar a sociedade sob o aspecto de organização política consiste em criar instituições, eleger formas de governo e adotar uma filosofia de vida capaz de conduzir o corpo social a um estilo de conduta vivencial e que a ação dos órgãos dirigentes encontre perfeita correspondência na vontade a nas aspirações da maioria dos cidadãos. Este é o grande ideal que só poderá ser alcançado nas sociedades políticas onde o próprio povo seja, a um só tempo, governado e governante, o que vale dizer, onde um povo se auto- governe. � Esta é a grande tese da democracia, a milênio utilizada e que teve sua versão primeira aplicada nos antigos Estados Gregos. Nos tempos modernos, mais real, mais abrangente, a democracia teve seu berço na Inglaterra e sua consagração na França com os revolucionário de 1789. Comunidade É um grupo social de existência mais ou menos permanente formados por afinidades psicológicas ou espirituais entre seus membros. Paulo Bonavides ao falar sobre comunidade cita Bobbio que escreve com clareza que a comunidade é um grupo oriundo da própria natureza. Elementos da Sociedade � Um conjunto de pessoas, mesmo que unidas por determinados ideais, será considerado como sociedade se reunir determinados elementos comuns a toda a sociedade. a) Ter uma finalidade social comum; b) Manifestar-se ordenadamente em conjunto; c) Existir um poder social Organicista Aristóteles, grego, século IV a. C. – “O homem é naturalmente um animal social, político, ou seja, deve viver de forma gregária”. Cícero, Romano, Contratualista, século I a. C. – Para quem o homem tem um instinto inato de sociabilidade. São Tomáz de Aquino, organicista, século XII d. C. - � “O ser humano somente poderia viver isoladamente se fosse excepcionalmente virtuoso (excellencia naturae) se fosse portador de uma anormalidade mental (corrupto naturae)”. Ronelletti, contratualista – O homem tem necessidade natural de associar-se a outros seres humanos. 29/09/2005 O Estado Como Instituição O Estado � como instituição natural que é, representa a organização racional do princípio da autoridade é o meio necessário à sobrevivência da liberdade. Heller � O Estado que é o “optimum político”. Dabin � “O agrupamento político por excelência”. Aderson de Menezes � “É a nação politicamente organizada”. Nação, que é um aglomerado humano de feição especial (psicológica, espiritual e cultural). Blantschili, século XIX – “O Estado é um conjunto de homens compondo uma pessoa oegânica e moral, sobre um território dado, na forma de governantes e governados. Aderson de Menezes – “O Estado é a pessoa politicamente organizada da nação em um país determinado”. Esmein � O Estado como “a personificação jurídica de uma nação é o sujeito e o suporte da autoridade pública”. Elementos que se Integram para Constituição 1) Uma sociedade humana; 2) A base territorial; 3) Governo próprio, e não imposto, nem mesmo delegado; Estado (latin status), Kelsen, “O Estado é uma comunidade criada por uma ordem jurídica nacional”. Conceituação de Estado com Base a) em uma nação de força; b) em uma nação de ordem jurídica. Ordem Jurídica � É um conjunto estruturado e harmônico de normas, válidas em determinado estado, coercitivamente. Georg Jellinek � O Estado é uma corporação territorial dotada de um poder de mundo originário, ou seja, o estado é uma pessoa jurídica. Conceito de Estado com Base em uma Força Leon Duguit e Georges Buredeau entendem o Estado como uma entidade institucionalizadora do poder do estado de força irresistível, embora delimitada pelo direito. Origem e Formação do Estado Teorias a) Naturalista (corrente) � nasceu espontânea. b) Contratualista � criou-se o estado. Contratualistas � Hobbes, Locke, Rousseau, Montesquieu e Maquiavel. Teorias Anarquistas � Quando pretendem suprimir o Estado e, por conseguinte a autoridade, tropeçam em sua aplicação, com uma dificuldade insolúvel: A presença da autoridade é uma necessidade inarredável, sem ela não haverá Estado, nem sociedade e nem grupo organizado. A função da autoridade que poderá consubstanciar-se na pessoa de um homem ou de um grupo. Na história dos séculos é que sempre3 todo grupo teve um condutor. Jacques Maritain � “A autoridade entre os homens tem fundamento original na própria origem da natureza e na primitiva inteligibilidade do cosmo, idéia a que na tradição cristã tem por forma clássica o princípio paulinista de que toda autoridade decorre de Deus, como sua fonte primeira”. Direito e Justiça � O Estado existe para realizar a justiça, condição primeira do bem estar do indivíduo e da sociedade. A declaração dos direitos do homem e do cidadão levada as últimas conseqüências na organização social e política da França e de outros Estados que se constitucionalizaram após a revolução de 1789. Ao invés de propiciar aos homens a liberdade, deixamos no isolacionismo, e no desamparo, desarmado � fraco – por irônico que pareça – a liberdade ilimitada de uma minoria economicamente forte. O governo indiferente aos homens, contemplativo, desinteressado em sancionar normas jurídicas de disciplina social e econômica de governo ausente. Liberdade Política � É o direito que o homem em de fazer o que as leis permitem ou não vedam, no campo da política. Autoridade � É a forma de controle atribuída a determinadas posições e cargos, isto é, uma forma de liderança institucionalizadora. Anarquismo � É a corrente filosófica que nega a necessidade do poder social e de toda e qualquer autoridade (Karl Marx). Evolução dos Estados a) Estado antigo b) Estado Grego c) Estado Romano d) Estado Medieval e) Estado Moderno f) Estado Contemporâneo Elementos Essenciais de Estado a) População b) Território c) Governo independente (soberania) d) Finalidade � bem comum Povo � É o conjunto de indivíduos de origem comum. Ex. Povo Brasileiro. População � É o conceito numérico demográfico ou econômico, enquanto povo é um conceito jurídico, político. Nação � É uma sociedade natural de homens, na qual a unidade de território, de origem, de costumes, de língua de comunhão de vida � Criaram consciência social. 03/10/2005 Princípio de Nacionalidade. O princípio de nacionalidade estabelece que cada nação deveria constituir um estado. Território � é o espaço físico ou ideal sobre o qual o Estado exerce a soberania com exclusividade, isto é, o âmbito de validade da norma jurídica no espaço. Nacionalidade � É o conjunto de vínculos políticos e jurídicos entre alguém e determinado Estado em razão do local de nascimento. Soberania do Estado � Deriva do latin medieval superanus. Na idade média, os barões feudais eram soberanos de seus feudos, e o rei somente era soberano em terras de sua propriedade. Então, soberano passou a ser o monarca e soberania a autoridade da coisa. O conceito de soberania é relativamente recente, datando do século XVI. A soberania do Estado consiste na característica de não se sujeitar a nenhum outro ordenamento jurídico que não seja o seu próprio. Estado Soberano � Significa que esta pode editar seu próprio direito, no mais alto grau, ou seja, editar sua própria constituição. Nenhum outro estado pode interferir em sua ordem jurídica. Conceito Teleológico (Concepção) 1) Significado � Da palavra teleologia, vem do grego Telos = fim (objetivo, alvo); logos = idéia (estudo, pensamento). 2) Significa teoria sobre as causas finais; especulação sobre a finalidade dos atos humanos; aplicada ao direito, significa estudo dos fins das normas jurídicas; aplicada a política, significa especulação sobre os objetivos do Estado. 3) O Estado tem alguma finalidade, pois é esta uma das características essenciais do comportamento humano: a de se propor fins. Antônio Sebastião de Lima Esta finalidade é um elemento constitutivo do Estado, inerente a sua natureza político- cultural. Descobrir qual seja essa finalidade é tarefa da ciência e da filosofia jurídica. 4) Interpretação teleológica da atividade estatal segundo a doutrina francesa. De acordo com a doutrina francesa contemporânea, afigura-se-nos que o estado, pessoa coletiva, cuja ação decorre da vontade humana, possui necessariamente fim ou fins. Onde houver direito haverá Teleologia. 5) Concepção teleológica dos fins do Estado perante a doutrina organicista social- biológica. Esta concepção nos apresenta o estado como algo originário, primário, espontâneo, atributo e na produto da natureza humana. Segundo Seidler. Elucida o mesmo autor que essa doutrina faz inadmissível a idéia de um Estado “criação consciente do homem para a realização de determinados fins”. 6) Concepção Teleológica Propriamente Dita Na concepção teleológica propriamente dita, segundo aquele jurista, o fim do estado daria o critério com que aferir da utilidade da ordem estatal. E o estado só se legitimaria se os fins a que então visasse, e em virtude das quais, como produto humano, se criara, fossem reconhecidos por justos. Demais, afirma o mesmo Seidler, em face do exposto, que essa concepção é baseada nos postulados do jusnaturalismo. 10/10/2005 Governo e Estado 1. Goulart � Define o governo como sendo o conjunto de instituições e de órgãos oficiais que, no exercício de suas competências constitucionais, diligencia a promoção do bem estar social. 2. Distinção Estado � É uma sociedade de homens, fixada em território próprio e submetida a um governo que lhe é originário. Aderson de Menezes Segundo Darcy Azambuja “Estado é uma sociedade permanente de homens que habitam um território fixo e determinado e tem um governo independente”. � Tem a sociedade caráter “permanente”, afasta da conceituação de Estado, as sociedades eventuais. Governo � São, essencialmente três os sentidos em que é tomada a noção de governo. a) Seria o conjunto de instituições políticas, implicando uma quase equivalência entre Estado e Governo. b) O Governo é identificado como a reunião dos três poderes do estado, ou seja, dos três ramos em que se desenvolve o poder político, na sua dinâmica para realizar os fins do governo. c) É o governo como sendo considerado o poder executivo e, assim, identificado com a administração, colocando-se os verbos governar e administrar em sinonímia perfeita. Esta sinonímia segundo Pinto Ferreira, explica-se por ser dos três poderes do estado, o que sentir a sua ação, na influência e a sua autoridade. 3. Nascimento do Estado Segundo Norberto Bobbio, o estado, entendido como ordenamento político de uma comunidade, nasce da dissolução da comunidade primitiva fundada sobre os laços de parentesco e de formação de comunidades mais amplas derivadas da união de vários grupos familiares por razões de sobrevivência interna (o sustento) e externa (a defesa). Para alguns historiadores jurídicos contemporâneos, o nascimento do Estado assinala o início da era moderna. O nascimento do estado representa o ponto da passagem da era primitiva gradativamente diferenciada em selvagem e bárbara, a idade civil onde “civil” está ao mesmo tempo para “cidadão e civilizado”. 4. Elementos Constitutivos do Estado O Estado tem sido definido através de três elementos constitutivos: • O povo • O Território • Soberania � O conceito jurídico por excelência é o direito público Conceito Autorizado O Estado “é um ordenamento jurídico destinado a exercer o poder soberano sobre um dado território, no qual estão necessariamente subordinados os sujeitos a eles pertencentes”. Bobbio 5. Qual o Melhor: O governo das leis ou o governo dos homens? 17/10/2005 Platão, distinguido o bom governo do mau governo, diz “Onde a lei é súdita dos governantes e privada de autoridades vejo pronta a ruína da cidade (do estado), e onde, ao contrário, a lei é senhora dos governantes e os governantes seus escravos, vejo a salvação da cidade e acumulação nele de todos os bens que os deuses costumam da às cidades”. Aristóteles, iniciando o discurso indaga se é “mais conveniente ser governado pelo melhor dos homens ou pelas leis melhores”. A favor da segunda extremidade ele diz que “a lei não tem paixões, que ao contrário se encontram necessariamente em toda alma humana”. 6) Tipologias Clássicas das Formas de Governo As tipologias clássicas das formas de governo são três: a de Aristóteles, a de Maquiavel e a de Montesquieu. Aristóteles (A Política) � A extraordinária fortuna da classificação das constituições, com base no número de governantes em monarquia ou governo de um, aristocracia ou governo de poucos e democracia ou governo de muitos, com a anexa duplicação das formas corruptas, pelos quais a monarquia degenera em tirania, a aristocracia em oligarquia, a política (que é o nome que Aristóteles dá a forma boa de governo de muitos) em democracia. Maquiavel (O Príncipe) �As reduz a duas, monarquia e república, compreendendo no gênero das repúblicas tanto as aristocráticas quanto as democráticas � diferença essencial passa entre o governo de um só e o governo de uma assembléia de um corpo coletivo. � A vontade de um só é lei, devem adotar algumas regras, como o princípio da maioria para alcançar a formação da vontade coletiva. Montesquieu � retorna a uma tricotomia, diversa porém da aristotélica: a) Monarquia � a honra. b) República � a Virtú. c) Despotismo � o Medo. Despotismo � Governo de um só, mas “sem lei nem freio”. 7) A Base do Conceito de Estado Democrático � A base do conceito de Estado democrático é, sem dúvida, a nação de governo do povo, revelada pela própria etmologia do termo democracia (preferência pelo governo popular) e instituições do estado gerado pela afirmação deste governo. 8) Três Grandes Movimentos Políticos Sociais � Princípios que iriam conduzir ao estado democrático. • Revolução inglesa – Locke – “Bite of Rights” de 1689 • Revolução americana � declaração de independência das treze colônias americanas – 1776. • Revolução francesa – Rouseau � universalidade de seus princípios � declaração do homem e do cidadão – 1789. 9) Princípios que Passam a Nortear os Estados – Dalmo de Abreu Dallari � A supremacia da vontade popular. � A preservação das liberdades. � A igualdade de direitos. 19/10/2005 Democracia 1) Trajetória Democrática Participação: São todas as formas de se estar integrado (sentido genérico) no processo político. Representação: Seria um a participação delegada. O Futuro da Democracia – Norberto Bobbio. 2) De é, assim, sinônimo de participação. 3) Tipos de democracia • Democracia grega (século V a.C.) – Cidadania. • Democracia representativa (Século XVII a 1970). • Crise democrática representativa (1970 – anos 70). 4) Democracia representativa É o resultado de três revoluções burguesas: a) Revolução inglesa ou gloriosa – ocorrida entre 1688/89. Guerra civil inglesa � morte do Rei Carlos I. Essa idéia de poder passa a ser submetida à sociedade. Revolução gloriosa é o Bill Of Rights, aprovado pelo parlamento inglês. b) Revolução americana � 1776/1787 A importância dessa revolução para a construção da democracia moderna foi no seu aspecto institucional. A constituição americana de 1687, elaborada na convenção da philadelfia, por exemplo, uma delimitação para o funcionamento dos órgãos constitucionais, havendo uma desconcentração através deste princípio do poder. Outro elemento relevante foi o papel do poder judiciário, notadamente a corte suprema (judicial Review). c) Revolução Francesa (1789) � Traz uma contribuição do nível de noção da cidadania (aspectos formais). c.1) Noção de igualdade c.2) Noção de liberdade de expressão c.3) Noção de fraternidade (solidariedade social) 5) Mecanismos da Democracia 1. Democracia Direta � Não tem propriamente mecanismos institucionalizados. Ex. Mundo grego e hoje em dia o que ocorre em alguns cantões da suíça, da Itália e da Alemanha � É a participação em praça pública. 2. Democracia Semi-direta � art. 14 da Constituição federal – Brasil – Soberania • Plebiscito � Visa aprovar um princípio ou uma tese. É o caso da convocação de uma constituinte. • Referendo � Direciona-se para a aprovação de uma lei, de um dispositivo constitucional, de um ato normativo. • Recall � (Revogação) � É um instituto saxônico, adotado principalmente nos Estados Unidos da América, visando a revogação de um mandato popular. • Revogação Judicial � que é a revogação do mandato conferido na eleição de um juiz nos EUA. 6) Características da Democracia Representativa Democracia representativa � É uma ficção jurídica (criação) ou seja, cria mecanismos para dar a vontade da sociedade. - Democracia representativa * Representante * Representado Sufrágio Universal � Sufrágio é um direito público subjetivo Sistemas Eleitorais Sistemas Eleitorais Mandato Representativo Representante Representado Sufrágio Universal Partido Político No direito público encontramos dois direitos subjetivos protegidos, a saber: nacionalidade e direito ao sufrágio. - Quanto a classificação do sufrágio, ele pode ser: • Sufrágio restrito � Há uma pré-condição intransponível para o seu exercício. Ex. Questões religiosas, carta brasileira de 1824 • Sufrágio Universal � Preenchidas as condições básicas, a todos, é assegurado o direito ao sufrágio. Ex. Revolução francesa de 1789, constituição francesa de 1793. � Timidamente assegura o sufrágio universal. Brasil � No Brasil em 1891 (cidadania) � Não surge com luta política, mas sim de uma concessão. De 1932 a 1990 ocorreram conquistas progressivas para assegurar o sufrágio. Código eleitoral de 1932 estendido à mulher o direito de sufragar. Nos anos 80, efetivou o voto do analfabeto, através da constituição de 1969. A C. federal de 1988 consagrou o alistamento eleitoral facultativo aos maiores de 16 anos. Partidos Políticos - Política e Jurídica Política � é o agrupamento ideológico. Ex. programa Político. Jurídico � Conhece-se a natureza jurídica do partido. Ex. direito público da C. F. de 1988, art. 17 §2. Estrutura dos Partidos Políticos � Sistema Majoritário � Foi o primeiro formato. Exclui qualquer possibilidade de representação política de segmentos minoritários. � Sistema Proporcional � É instituído com uma correção ao sistema majoritário, objetivando o da vez, presença, indistintamente, a todos o segmentos da sociedade. � Sistema Distrital � Objetiva que por meio de cada distrito (região) deve haver uma representação. � Sistema Misto � (Alemão) É um sistema altamente complexo. A Tentativa de reforma eleitoral no Brasil e, em parte, adotar o sistema adotado na República Federal da Alemanha. � Mandato Representativo � Caracteriza-se por uma autonomia entre representante e representado. Art. 53, caput da constituição de 1988. A imunidade do presidente da República focalizado no dispositivo do art. 85 da C. F. O mandato representativo é portanto, a efetivação de interesses políticos concretos. Separação dos Poderes Platão � funções � república � democracia � organicista Aristóteles � atividades � política � politéia (constituição) � organicista Cícero � Atividades � res pública � contratualista Sto Agostinho � princípios / igualdade � organicista Sto Tomaz Aquino � governo / tirania / igualdade � organicista Maquiavel � monarquia – república � O Príncipa � Contratualista Hobbes � I – II – III – IV Rei � Leviatã � Contratualista Locke � I – II – Governo civil � Contratualista � Constituição escrita Rousseau � I – II – III – IV � Revolução Francesa Montesquieu � I – II – III – IV �Divide os poderes � O espírito das leis � Contratualista Brasil � I – II – III � M. Público I � Executivo II � Legislativo III � Judiciário IV � Rei / M. Público / Ação Civil Pública / Poder Formas Organizacionais de Estado Forma de Estado � Estado Unitário e Estado federado O Estado Unitário é onde o poder é centralizado e não existe estado membro. O Estado federado é onde a união mantém a soberania e divide o poder com os estados menbros que gozam de autonomia. O Brasil é um exemplo de estados federados. Constituição (termo) – Aristóteles, na Política, jé se refere a este termo. Ele dá a sua medida de uma maneira que chega a surpreender pelo realismo e pela atualidade. O filósofo grego cuidou da constituição como de organização de Estado e como supremacia sobre as leis ordinárias; dois pressupostos que até hoje estão incluídos na definição do que seja constituição e do que sejam as leis constitucionais. A palavra foi tirada da biologia. O que é constituição? É o conjunto de princípios e normas gerais, escritos ou cosntumeiros, que rege a organização política do Estado, limitando o poder do governo, dando-lha as regras de realização, definindo os direitos, deveres e garantias dos cidadãos. 16/11/2005 Uma constituição é um instrumento básico da estrutura dos poderes do Estado e dos direitos e deveres dos cidadãos. Nesse sentido, existe constituição em todo e qualquer Estado que apresentar forma definida e possuir governo estabelecido como nos Estados Unidos, no Canadá e na Gran-Bretanha, como também na Alemanha nazista, na Espanha de Franco, ou na Russia de Stalin. . Afirmar que certo Estado tem uma constituição não implica, por si só, atribuir-lhe caráter democrático ou Ditatorial. Constitucionalismo, porém, é termo que possui conotações definidas; vincula-se a noção de império da lei e abrange a idéia de que não há de se permitir a um governo agir conforme arbítrio de sua autoridade, devendo, ao contrário, conduzir-se de acordo com as normas eqüitativas e estabelecidas mediante acordo. O propósito dessa restrição a liberdade de movimento do governo consiste, sem dúvida, em salvaguardar uma esfera fundamental de liberdade para seus cidadãos. Objeto da constituição � é estabelecer a estrutura do Estado a organização de seus órgãos, o modo de aquisição de poder, a forma de seu exercício e os limites de sua atuação, asseguram os direitos e garantias dos indivíduos fixarem o regime político e disciplinarem os fins sócio-econômicos do Estado bem como os fundamentos dos direitos econômicos, sociais e culturais. Estrutura da constituição � A constituição tem uma forma: um complexo de normas (escritas ou costumeiras); tem um conteúdo: a conduta humana motivada pelas relações sociais, econômicas, políticas e religiosas, etc; tem um fim: há realizações de valores que apontam para o existir da comunidade, como causa criadora e recriadora. Elementos Limitativos � Direitos democráticos, direitos fundamentnais e garantias constitucionais. Forma de Governo 1. Para compreendermos as formas de governo, devemos fazer duas observações. Uma no sentido de explicar o que entendemos por forma de governo, ou seja, são mecanismos institucionais para o exercício do poder (materialidade do poder). A outra é a necessidade de estabelecermos uma fronteira, uma distinção que tem caráter temporal. Clássico Grego � Até o século XVI – Era vinculado aos fins éticos. Segundo período (medieval Européia) termina com o século XVI � o qual a forma de Estado perde relevância. A reflexão fica mais no aspecto jurídico daí em diante. 2. Trajetória do Debate 2.1 Antiguidade Clássica O Pensamento Grego � É uma contribuição relevante para estabelecer os critérios principais sobre as formas de governo. Os pensamentos mais importantes foram de Platão e Aristóteles. A obra de Platão apresenta uma visão utópica das formas de governo e indicava uma perspectiva de um governo ideal de caráter elitista. 02/11/2005 A Obra de Aristóteles A obra de Aristóteles influencia toda a política e classifica dois conjuntos, cada um com três formasd de governo. Também está presenta o fato desta compreensão de que há uma organicidade entre governo e indivíduo. Isto é, um bom governo conduz ao aperfiçoamento do indivíduo (aí está o exemplo de noção de finalidade). A sua outra configurada de Aristóteles está no sentido de que a sua noção de governo é realista – isto é, estudou 159 “constutuições” (Politéia). No mundo romano, encontramos no século III a. C. um historiador de origem não romana, mas que trará uma grande contribuição para a discusão dad formas de governo. Trata-se de Políbio que porporiconará os seguintes avanços: A) Idéia de governo misto � reunir no mesmo governo todas as formas boas de governo. B) A outra contribuição é de que compreende o processo social através de uma perspectiva cíclica da história. 2.2. Período Medieval Europeu No período medieval europeu, tem a grande influência dos pensadores da igreja, a saber: Santo Agostinho e São Tomaz de Aquino. A contribuição de Santo Agostinho foi a de distinguir a cidade de Deus da cidade dos homens. As contribuições de São Tomaz de Aquino foram: a crítica ao governo tirânico (noção de direito a resist~encia de nos opor-mos a um tipo de governo tirânico. Porém, a ordem jurídica não permite o direito à resistência, pois seria sua própria limitação – com exceção de constituição alemã de 1949 e da constituição espanhola de 1978). 2.3. A Modernidade e as Formas de Governo. No pensamento político moderno, a partir do século XVI não é mais importante discutir formas de governo. O exemplo é o próprio pensamento de Maquiavel no qual as formas de governo não são mais exeminadas. Trabalha esse pensador italiano o que é a política e o seu papel para manter o poder. Estabelece, por consequência, duas categorias importantes para sua compreensão: a virtude e a fortuna. No século XVII, encontramos um outro pensador que, definitivamente, termina o interesse pelas formas de governo. Hobbes, em sua obra Leviatã, está preocupado na forma do governo mais conveniente e que menos divide a soberania. 3. Classificação das Formas de Governo � Monarquia: É a forma de governo (legalidade e legitimidade) que se constitui a se exercer pela tradição (Weber). � República: A categoria república até o século XVIII não apresentava precisão. Isto é, quando se referia a república, estava, na verdsade, delimitando o próprio Estado. Somente a partir do final do século XVIII é que se consolida a idéia da república como forma de governo. Assim, no pensamento norte-americano, foi sinônimo de democracia representativa. Ou seja, o poder constitui-se e exerce-se a partir de uma periodicidade atravez de procedimentos eleitorais. Entretanto, devemos reconhecer que temos duas noções de república. A noção norte-americana – O poder se constitui por uma rotatividade dos cargos eletivos pelo princípio democrático. A noção francesa – de caráter revolucionário, incorporando um discurso igualitário, solidário e libertário. Não podemos deixar de registrar que a noção de república entre nós nuna teve uma identidade. (Historiador jurídico José Murilo de Carvalho). 23/11/2005 Sistema de Governo Devemos conceituar a concepção de sistema de governo como um conjunto de princípios e mecanismos regulando a articulação dos órgãos constitucionais (poder executivo, legislativo e judiciário). O sistema parlamentar surge, dessa forma, em decorrência de uma prática política. Tal fenômeno histórico-político foi bastante visível na Inglaterra do século XVIII com o fortalecimento do parlamento. Desse momento, e até a metade do século XIX, o parlamentarismo no processo político inglês, será de base dualista. Isto é, tanto o soberano quanto o parlamento são responsáveis pela condução do sistema parlamentar. Nesse raciocínio, a parte restante do século passado será marcada pela experiência monista. O maior exemplo é o parlamento da segunda república francesa na qual a assembléia é hegemônica na conclusão do governo do Estado. Entretanto, com a importante constituição de 1919 (de Weimar), a Alemanha instituiu um parlamentarismo racionalizado. Nesse parlamentarismo, restabelece-se uma outra experiência dualista na qual tanto o chefe de Estado (o presidente da república) é quanto o parlamento tem atribuições constitucionais. No tocante aos modelos do sistema parlamentar, encontramos: Modelo Inglês – Monista � O chefe de Estado apresenta funções simbólicas. O chefe de governo (1º ministro) traduz uma importante liderança política, em razão da sua formação e trajetória num partido político; 28/11/2005 Modelo de Governo de Assembléia – Monista � O chefe de governo (1º ministro) tem pouca autonomia devido a força do parlamento. Ex. O exemplo marcante são as experiências da terceira república francesa e do sistema italiano apóa a sua constituição de 1947. Modelo do Monismo Racionalizado – Monista � O chefa de Estado tem apenas funções simbólicas. O chefe do governo (Chanceler) goza de uma enorme estabilidade institucional por força da constituição (Lei fundamental de 1949 – República Federal da Alemanha). Modelo do Dualismo Racionalizado ou Semi-Parlamentarismo – Dualista � O chefe de Estado (Presidente da república) tem importantes atribuições constitucionais. O parlamento e o chefe de governo possuem competências constitucionais relevantes. Ex. França, após sua constituição de 1958 e Portugal. Não podemos esquecer os instrumentos do sistema parlamentar como os mecanismos da dissolução do parlamento e o voto de confiança. O outro sistema de governo é o presidencialista que, ao contrário do parlamentarismo, é uma criação institucional da constituição norte-americana de 1787. Nesse sistema, há uma distinção nítida ente as funções do poder executivo e o poder legislativo. Além disso, a chefia de Estado e a chefia do governo são exercidas pela mesma pessoa (presidente da república). Entretanto, cabe destacar que há um controle do executivo pelo Senado (na aprovação dos secretários de governo) e pelo poder judiciário. O presidencialismo latino-americano (Brasil) não apresenta estes mecanismos institucionais de controle como ocorre nos Estados Unidos. Forma de Estado 1. Notas Iniciais � Da distribuição do poder, seus mecanismos institucionais. Isto é, se o poder está concentrado ou não em ente, temos então que trabalhar com as seguintes dicotomias: centralizado e descentralizados; centralização e descentralização. Na centralização, existe um único núcleo de poder. Quanto à descentralização, encontramos vários entes estatais interagindo. A compreensão dessa dicotomia não pode ser completada através da distinção entre soberania e autonomia. Na soberania, percebemos que o poder político caracteriza-se pela unicidade. Em conseqüência, a categoria autonomia revela-se sua ficção jurídica. Na ordem jurídica interna, o poder político através de mecanismos de descentralização pode constituir-se em diversos, cada um com sua respectiva autonomia dotada de parcelas de soberania. Parcelas essas que são asseguradas no caso do federalismo, pelo princípio de repartição de competência. É através desse complexo de centralização x descentralização e soberania, autonomia que estudaremos a classificação das formas de Estado. 30/11/2005 2. Classificação das Formas de Estado 2.1. Estado Unitário � Não podemos esquecer que toda a consolidação histórica do Estado como conhecemos a partir do século XVI, é possível com base no princípio absoluto de centralização do poder. Nesse sentido, o Estado unitário foi o modelo de constituição do poder político moderno. O exemplo mais marcante de Estado unitário foi a França, principalmente do período revolucionário de 1789 até a reforma de descentralização do governo Mitterrand (1982). 2.2. Confederação � A confederação constitui-se como uma forma de Estado na qual os entes integrantes mantém-se por determinado princípio como defesa, sistema alfandegário, etc. O mundo Grego clássico deu-nos um primeiro exemplo de confederação quando as cidades-estado uniram-se diante da possibilidade de um ataque da Pérsia. O outro exemplo marcante foi a confederação americana que reuniu as antigas 13 colônias britânicas durante o período de 1776 a 1787. A Alemanha durante o século XIX deu vários exemplos de processos confederativos. 2.3. Federação � Há uma típica ficção jurídica de forma de Estado na qual estes, dotados de autonomia, através de um pacto federativo, subordinam-se a uma entidade formada juridicamente (União federal). A federação é um modelo constituído pela sabedoria da convenção de Philadelfia, responsável pela elaboração da constituição norte-americana de 1787. Dessa forma, a federação norte-americana tornou-se um tipo ideal pelas suas características excepcionais de partir da formação deliberada de entes soberanos para estruturar um novo Estado.