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PUC - Departamento de Economia P2 de Economia Internacional – 2006.1 Professores - Eliane Gottlieb e Roberto Iglesias Questão 1 (2 pontos) - Grande parte do protecionismo nos países avançados está concentrada em apenas dois setores: agricultura e roupas. Analise se há racionalidade econômica para este comportamento considerando: a. Os “argumentos sofisticados” a favor da intervenção destes governos no comércio internacional, descritos por Krugman e Obstfeld no Capítulo 11. No capítulo 11 os autores apontam que a política comercial estratégica deve compensar alguma falha de mercado preexistente, quais sejam: a) problemas de apropriação dos benefícios (ou seja, benefício social da produção é maior do que o benefício privado); b) lucros de monopólio em indústrias altamente concentradas. Nenhum destes casos tem a ver com a proteção à agricultura e roupas, que ocorre, em regra, por causa de pressões políticas eficientes dos produtores sob as autoridades governamentais. b. A lógica da Ação Coletiva (desenvolvida por Olson) apresentada no Capítulo 9. Lógica do rent-seeking. Para um indivíduo isolado, que é prejudicado com a proteção no mercado de roupas e agricultura, o prejuízo individual que tem pela proteção é menor do que o custo de se organizar e mostrar ao governo seu descontentamento. Embora seja interesse do grupo como um todo pressionar por políticas favoráveis, não interessa a um indivíduo isoladamente fazê-lo. Com isso, os grupos de interesse, que são mais organizados, conseguem fazer lobby no governo para aprovarem suas políticas protecionistas. Página 172 do livro, 6ª ed. em português. Questão 2 (2 pontos) - Tendo em vista o Modelo de Substituição de Importações, apresentado no Capítulo 10, responda: a. Quais são os principais custos / problemas associados à industrialização por substituição de importações? Defesa do interesse de industriais incompetentes - Falta de desenvolvimento das exertenalidades - Falta de desenvolvimento do conhecimento - Taxa de câmbio muito apreciada, o que não permitia a exposição do parque industrial nacional à competição internacional - Falta de estímulo às exportações. b. Por que esta industrialização tinha capacidade de ser mais bem sucedida em países grandes como o Brasil do que em países pequenos? Por causa do mercado consumidor grande e abundante oferta de recursos. Com isso, a substituição de importações, que depende do fortalecimento do mercado interno para consumir os produtos nacionais, poderia funcionar aqui teoricamente. Questão 3 (1 ponto) - Suponha que o banco central de um país pequeno, com regime de taxa de cambio fixa, assista ao aumento da taxa de juros mundial, R*. Qual é o efeito sobre suas reservas estrangeiras? Sobre sua oferta de moeda? Ele pode compensar um desses efeitos por meio de operações de mercado aberto domésticas? (Capítulo 18). 1 Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio Reservas estrangeiras e oferta de moeda caem. Poderia compensar o efeito de queda da oferta de moeda parcialmente através de operações de mercado aberto, comprando títulos e aumentando a oferta de moeda em conseqüência. Questão 4 (2 pontos) - Usando o Modelo DD-AA qual seria o sistema de taxa de câmbio preferível a ser adotada pelos países europeus para estabilizar a renda e o emprego da economia nos casos abaixo: (Capítulo 19) a. Crise Econômica Mundial dos anos 1929 -1931. Fixo b. Política Fiscal expansionista Alemã do período pós-unificação. Flutuante c. Para o Brasil, que regime teria provocado maior estabilidade no período pré-eleitoral da eleição do Presidente Lula, no ano 2002? Flutuante A idéia é pensar que o câmbio fixo aumenta os efeitos da política fiscal. Quer dizer, se a política fiscal da letra (a) é expansionista, a política monetária a ser feita para manter o câmbio fixo faria com que os efeitos expansivos no produto fossem ainda maiores, contribuindo para sair da crise. Já na letra (b) e (c) pode-se pensar na inflação, no sentido de que o câmbio flutuante permite apreciação/depreciação cambial sem que haja um impacto exacerbado na inflação, como ocorre com o câmbio fixo. Na (c) deve-se pensar, também, na fuga de capitais ocorrida durante a crise. OBS: Apresente os gráficos com as mudanças nas curvas DD e AA em cada um dos três casos pedidos. Questão 5 (2 pontos) a) Suponha que a República Tcheca entre na União Monetária Européia (UME) e que, em seguida, ocorra um deslocamento favorável da demanda mundial pelas exportações da UME-não tchecas. (Cap 20) O que acontece com a taxa de câmbio da moeda tcheca em relação às moedas que não o Euro? Bom, considerando que a moeda tcheca é o próprio euro (já que ela entrou na União Monetária), há uma valorização cambial. Como a produção da economia tcheca é afetada? República Tcheca se ferra, já que seu câmbio valoriza puxado pela maior demanda por produtos de outros países da zona do euro, porém a demanda por seus produtos não aumentou. Em que medida o tamanho deste efeito está relacionado ao volume de comércio entre a Rep. Tcheca e os demais países da UME? b) Considerando os Custos e Benefícios da entrada de um país em uma Área Monetária Ótima, por que a entrada da República Tcheca na Zona do Euro (uma moeda única) pode ter mais chance de sucesso do que a experiência Argentina, que tornou a sua moeda 1 Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio totalmente conversível em dólares a uma taxa fixa (em 1991)? (Capítulo 20) Os efeitos serão menores quanto mais estiver a economia da RT relacionada com a da UME. Se a interdependência for grande, a mão de obra desempregada da RT, por exemplo, poderia migrar para as outras regiões do euro. Ademais, se a maior parte do comércio da RT é com a região, o fato do câmbio haver apreciado em relação às outras moedas não é algo ruim, vez que as relações comerciais far-se-iam em Euros mesmo (República Tcheca não temeria demasiadamente, por exemplo, maior dificuldade para exportar pros EUA). Escolha uma entre as questões 6 e 7: Questão 6 (1 ponto)- Apresente as duas assimetrias do Sistema de Bretton Woods e sua relação com o fim deste Sistema. (Capítulo 18) Países não tinham autonomia na política monetária - Eua tinha a iniciativa das políticas monetárias e outros países só acompanhavam, sofrendo impactos na sua reserva. Os detalhes da crise estão no livro e nas aulas de Brasileira I, mas pense que quando os países europeus começaram a duvidar da conversibilidade do dólar em ouro, começaram a exigir dos EUA a troca de suas moedas por ouro. Com isso, o sistema mostrou toda a sua fragilidade e entrou em colapso. Ver página 411 do livro. Questão 7 (1 ponto)- Verifique se as alternativas a seguir são falsas ou verdadeiras explicando detalhadamente a sua resposta: a. As euromoedas impedem o controle dos bancos centrais sobre suas bases monetárias domésticas. b. A criação de um depósito em euromoeda é explicada quando esta moeda deixa seu país. Com o crescimento dos eurodólares aumenta o temor de que um dia eles “inundem” os EUA. (Capítulo 21) 1 Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio