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Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
1 Luciano Fontes Cézar Filho
Anatomia do Membro Superior
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
2 Luciano Fontes Cézar Filho
Ossos do Membro Superior
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos:
Cintura Escapular - Clavícula e Escápula
Braço - Úmero
Antebraço - Rádio e Ulna
Mão - Ossos da Mão
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3 Luciano Fontes Cézar Filho
Clavícula
A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo curvado como um “S”
itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da primeira costela. Articula-se medialmente
com o manúbrio do esterno e lateralmente com o acrômio da escápula. Tem duas extremidades,
duas faces e duas bordas.
A espessura da clavícula varia, apresentando-se achatada no seu terço distal e tubular no terço
proximal. A junção entre essas porções no terço médio da clavícula torna esse ponto enfraquecido,
o que poderia explicar a maior freqüência de fraturas nesse local.
Diáfise
Borda Anterior
Borda Posterior
Face Superior - convexa
Face Inferior - plana e apresenta o sulco subclávio
Epífises
Epífise Medial - esternal e mais volumosa
Epífise Lateral - acromial e mais achatada
A clavícula articula-se com dois ossos: escápula e esterno.
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4 Luciano Fontes Cézar Filho
Ilustrações da Clavícula
Vista Superior
Vista Inferior
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5 Luciano Fontes Cézar Filho
Escápula
A escápula consiste num osso par, chato e fino, de forma triangular, podendo evidenciar-se em
certos pontos. Possui duas faces, três bordas e três ângulos. Forma a parte dorsal da cintura
escapular e é um dos dois ossos que compõem o ombro e que estabelecem uma ligação entre os
membros anteriores ao tronco. Situa-se na região dorsal do ombro, em altura entre a segunda e a
sétima costela e articula-se com dois ossos: úmero e clavícula. A escápula não irá articular-se
diretamente ao tronco, mas sim através da clavícula. Mesmo assim, a movimentação dos braços
está relacionada à musculatura que parte desse osso de grande importância funcional. Quando se
realizam movimentos como erguer os braços lateralmente ou para frente, não estamos apenas a
movimentar os úmeros, mas também as escápulas e até mesmo as clavículas.
Faces
Face Dorsal
Espinha da Escápula - Separa as fossas supra e infra-espinhal
Acrômio - Localiza-se na extremidade da espinha
Fossa Supra-Espinhosa - É côncava e lisa, localizada acima da espinha
Fossa Infra-Espinhosa - É côncava e localiza-se abaixo da espinha
Face Costal
Fossa Subescapular
Bordas
Borda Superior
Incisura Escapular - Incisura semicircular localizada na porção lateral e é formada pela base do
processo coracóide
Processo Coracóide - Processo curvo e espesso próximo ao colo da escápula
Borda Lateral
Borda Medial
Ângulos
Ângulo Inferior - Espesso e áspero
Ângulo Superior - Fino, liso e arredondado
Ângulo Lateral - É ampliado em um processo espesso. Entra na articulação do ombro
Cavidade Glenóide - É uma escavação da escápula que se articula com o úmero
Tubérculo Supra-Glenoidal - Localiza-se acima da cavidade glenóide
Tubérculo Infra-Glenoidal - Localiza-se abaixo da cavidade glenóide
A escápula articula-se com dois ossos: úmero e clavícula.
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Ilustrações da Escápula
Vista Anterior
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Vista Posterior
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Úmero
É o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do
ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta duas epífises e uma diafíse.
Epífise Proximal
Cabeça do Úmero - Articula-se com a cavidade glenóide da escápula
Tubérculo Maior - Situa-se lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor
Tubérculo Menor - Projeta-se medialmente logo abaixo do colo
Colo Anatômico - Forma um ângulo obtuso com o corpo
Colo Cirúrgico
Sulco Intertubercular - Sulco profundo que separa os dois tubérculos
Epífise Distal
Tróclea - Semelhante a um carretel. Articula-se com a ulna
Capítulo - Eminência lisa e arredondada. Articula-se com o rádio
Epicôndilo Medial - Localiza-se medialmente à tróclea.
Epicôndilo Lateral - Pequena eminência tuberculada. Localizado lateralmente ao capítulo
Fossa Coronóide - Pequena depressão que recebe processo coronóide da ulna na flexão do
antebraço
Fossa Radial - Pequena depressão
Fossa do Olécrano - Depressão triangular profunda que recebe o olécrano na extensão do
antebraço
Sulco do Nervo Ulnar - Depressão localizada inferiormente ao epicôndilo medial
Diáfise
Tuberosidade Deltoídea - Elevação triangular áspera para inserção do músculo deltóide
Sulco do Nervo Radial - Depressão oblíqua ampla e rasa
O úmero articula-se com três ossos: a escápula, o rádio e a ulna.
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Ilustrações do Úmero
Vista Anterior e Posterior
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Rádio
É o mais curto dos ossos do antebraço, localizando-se lateralmente com o braço em posição
anatômica. Seu nome advém da semelhança com o raio de uma roda (do latim: radius). A
extremidade proximal do rádio possui uma cabeça em forma de disco, colo cilíndrico e liso.
O corpo do rádio aumenta em tamanho de sua extremidade proximal para distal. A face medial do
corpo possui uma nítida borda interóssea, para a fixação da membrana interóssea. Sua borda
lateral é arredondada.
A extremidade distal do rádio possui uma incisura ulna mediana, na qual a cabeça da ulna se
encaixa, formando a articulação rádio-ulnar distal. A face inferior da extremidade distal do rádio, é
lisa e côncava onde se articula com o punho ou ossos do carpo.
Epífise Proximal
Cabeça - É cilíndrica e articula-se com o capítulo do úmero
Cavidade Glenóidea - Articula-se com o capítulo (úmero)
Colo do Rádio - Porção arredondada, lisa e estrangulada localizada abaixo da cabeça
Tuberosidade Radial - Eminência localizada medialmente, na qual o tendão do bíceps se insere
Epífise Distal
Incisura Ulnar - Face articular para a ulna
Incisura Cárpica - É côncava, lisa e articula-se com o osso escafóide e semilunar
Processo Estilóide - Projeção cônica
Diáfise
Apresenta três bordas e três faces.
Bordas
Borda Interóssea
Borda Anterior
Borda Dorsal
Faces
Face Anterior
Face Dorsal
Face Lateral
O rádio articula-se com quatro ossos: o úmero, a ulna, o escafóide e o semilunar.
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Ilustrações do Rádio
Vista Anterior, Posterior e Medial
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Ulna
A ulna é o osso mais longo do antebraço, articulando-se com o úmero no cotovelo,
com o rádio e
com os ossos do carpo no punho. Com o braço em posição anatômica, a ulna localiza-se
medialmente. O olécrano e o processo coronóide encaixam-se na tróclea do úmero, semelhante à
maneira como a chave inglesa envolve um tubo. A extremidade proximal da ulna é maior que a
extremidade distal, pequena e arredondada, denominada cabeça.
A face lateral do processo coronóide possui uma incisura radial, pequena e superficial, para a
cabeça do rádio, em forma de disco. O corpo da ulna é espesso em nível proximal. Sua borda lateral
proeminente, borda interóssea, é onde a membrana interóssea fica fixada.
Epífise Proximal
Olécrano - Eminência grande que forma a ponta do cotovelo
Incisura Troclear - Grande depressão formada pelo olécrano e o processo coronóide e serve para
articulação com a tróclea do úmero
Processo Coronóide - Projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da ulna
Incisura Radial - Articula-se com a cabeça do rádio
Tuberosidade Ulnar
Epífise Distal
Cabeça da Ulna - Eminência articular arredondada localizada lateralmente
Processo Estilóide - Localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular)
Diáfise
Apresenta três bordas e três faces.
Bordas
Borda Interóssea
Borda Anterior
Borda Dorsal
Faces
Face Anterior
Face Dorsal
Face Medial
A ulna articula-se com dois ossos: o úmero e o rádio.
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13 Luciano Fontes Cézar Filho
Ilustrações da Ulna
Vista Anterior, Posterior e Lateral
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Ossos da Mão
A fileira proximal de ossos do carpo consiste, em posição anatômica e de lateral para medial, nos
ossos escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme. Já a fileira distal consiste no trapézio, trapezóide,
capitato e hamato.
Os ossos do carpo, em conjunto, possuem uma concavidade anterior conhecida como sulco do
carpo. Este é convertido em túnel do carpo ósteofribroso pelo retináculo dos flexores, que está
fixado ao escafóide e ao trapézio, lateralmente, e ao pisiforme e hâmulo do osso hamato,
medialmente. A importância do túnel do carpo advém da passagem do nervo mediano em seu
interior.
Em seguida aos ossos do carpo, seguem os metacarpos, 5 longos ossos em miniatura, numerados
a partir da face lateral. A cabeça dos metacárpicos são suas extremidades distais, onde se articulam
com as falanges.
O polegar possui 2 falanges, proximal e distal. Já os outros dedos da mão possuem três falanges,
proximal, média e distal. As falanges do primeiro dedo (polegar) são mais curtas e largas que as
dos outros dedos. As falanges proximais são as mais longas, e as distais, as mais curtas.
Ossos do Carpo
São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal.
Fileira Proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme
Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato
Ossos do Metacarpo
É constituído por 5 ossos metacarpianos que são numerados no sentido látero-medial em I, II, III,
IV e V e correspondem aos dedos da mão. Considerados ossos longos, apresentam uma epífise
proximal que é a base, uma diáfise (corpo) e uma epífise distal que é a cabeça.
Ossos dos Dedos da Mão
Apresentam 14 falanges:
Do 2º ao 5º dedos:
1ª falange (Proximal)
2ª falange (Média)
3ª falange (Distal)
Polegar:
1ª falange (Proximal)
2ª falange (Distal)
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Ilustrações da Mão
Vista Anterior
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Vista Posterior
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Músculos do Membro Superior
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Músculos do Ombro
Deltóide
Inserção Proximal: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula
Inserção Distal: Tuberosidade deltóidea - úmero
Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6)
Ação: Abdução do braço auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial,
flexão e extensão horizontal do braço. Estabilização da articulação do ombro
Supra-Espinhal
Inserção Medial: Fossa supra-espinhal - escápula
Inserção Lateral: Faceta superior do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6)
Ação: Abdução do braço
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Infra-Espinhal
Inserção Medial: Fossa infra-espinhal da escápula
Inserção Lateral: Faceta média do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6)
Ação: Rotação lateral do braço
Redondo Menor
Inserção Medial: 2/3 superior da borda lateral da escápula
Inserção Lateral: Faceta inferior do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6)
Ação: Rotação lateral e adução do braço
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Redondo Maior
Inserção Medial: 1/3 inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula
Inserção Lateral: Crista do tubérculo menor do úmero
Inervação: Nervo Subescapular Inferior - Fascículo posterior do plexo braquial (C5 e C6)
Ação: Rotação medial, adução e extensão da articulação do ombro
Subescapular
Inserção Medial: Fossa subescapular
Inserção Lateral: Tubérculo menor
Inervação: Nervo Subescapular Superior e Inferior - Fascículo posterior (C5 e C6)
Ação: Rotação medial e adução do braço
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Músculos do Manguito Rotador
Na anatomia humana, o manguito rotador ou coifa dos rotadores é um grupo de músculos e
seus tendões que age para estabilizar o ombro.
É formado por quatro músculos: o supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular.
Estes músculos se comparados ao peitoral maior e ao deltóide não têm a mesma dimensão, mas
desempenham um papel fundamental nos movimentos do ombro e cintura escapular. Estes
músculos devem possuir não apenas força suficiente, mas também resistência muscular significativa
para funcionar apropriadamente.
O manguito funciona na verdade como uma convergência de tendões, semelhante a um capuz ao
redor da cabeça do úmero. Os tendões dos quatro músculos se unem a cápsula articular ao redor
da articulação glenoumeral e segundo Craig suas principais funções são:
• Potencializar as rotações da articulação glenoumeral, em decorrência da ação primária dos
músculos infra-espinhal, redondo menor e subescapular. A rotação lateral é imprescindível durante
a abdução da articulação glenoumeral, pois libera a tuberosidade maior do úmero do atrito com o
acrômio.
• Estabiliza a dinâmica da articulação glenoumeral. O músculo subescapular é o principal estabilizador
dinâmico anterior da cabeça do úmero, enquanto o músculo infra-espinhal é responsável pela
estabilização dinâmica posterior. No músculo supraespinhal parece proporcionar uma restrição
estática à migração superior da cabeça do úmero. Nos músculos infraespinhal, redondo menor e
subescapular exercem ação primária na depressão da cabeça do úmero, em razão de sentido
oblíquo de suas fibras em direção a esse osso, o que gera um vetor de força no
sentido caudal
sobre sua cabeça. Na realidade, os músculos do manguito rotador e o músculo deltóide formam um
mecanismo force couple sobre a cabeça do úmero, sendo que o vetor de força no sentido cranial
exercido pelo músculo deltóide durante a elevação do membro superior é equilibrado pela ação
centralizadora e depressora do manguito rotador sobre a cabeça do úmero, resultando em um
movimento de rotação harmônica e preciso.
• Proporciona um compartimento fechado importante para a nutrição das superfícies articulares da
cabeça do úmero e da cavidade glenoidal.
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Ilustrações dos Músculos do Ombro
Vista Posterior
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Vista Superior
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Músculos do Braço
Região Anterior
Bíceps Braquial
Inserção Proximal:
Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal
Porção Curta: Processo coracóide
Inserção Distal: Tuberosidade radial
Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6)
Ação: Flexão de cotovelo / ombro e supinação do antebraço
Braquial Anterior
Inserção Proximal: Face anterior da metade distal do úmero
Inserção Distal: Processo coronóide e tuberosidade da ulna
Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6)
Ação: Flexão de cotovelo
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Coracobraquial
Inserção Proximal: Processo coracóide - escápula
Inserção Distal: 1/3 médio da face medial do corpo do úmero
Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6)
Ação: Flexão e adução do braço
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Músculos do Braço
Região Posterior
Tríceps Braquial
Inserção Proximal:
Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal
Porção Medial: ½ distal da face posterior do úmero (abaixo do sulco radial)
Porção Lateral: ½ proximal da face posterior do úmero (acima do sulco radial)
Inserção Distal: Olécrano
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)
Ação: Extensão do cotovelo
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Ilustrações dos Músculos do Braço
Vista Anterior ( Camada Superficial )
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28 Luciano Fontes Cézar Filho
Vista Anterior ( Camada Profunda )
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29 Luciano Fontes Cézar Filho
Vista Posterior
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Músculos do Antebraço
Região Anterior (1ª Camada)
Pronador Redondo
Inserção Proximal: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna
Inserção Distal: Face lateral do 1/3 médio da diáfise do rádio
Inervação: Nervo Mediano (C6 - C7)
Ação: Pronação do antebraço e auxiliar na flexão do cotovelo
Flexor Radial do Carpo
Inserção Proximal: Epicôndilo medial (epitróclea)
Inserção Distal: Face anterior do 2º metacarpal
Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7)
Ação: Flexão do punho e abdução da mão (desvio radial)
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Palmar Longo
Inserção Proximal: Epicôndilo medial
Inserção Distal: Aponeurose palmar e retináculo dos flexores
Inervação: Nervo Mediano (C6 - C8)
Ação: Flexão do punho, tensão da aponeurose palmar e retináculo dos flexores
Flexor Ulnar do Carpo
Inserção Proximal: Epicôndilo medial e olécrano
Inserção Distal: Osso pisiforme, hamato e 5º metacarpal
Inervação: Nervo Ulnar (C7 - T1)
Ação: Flexão de punho e adução da mão (desvio ulnar)
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Flexor Superficial dos Dedos
Inserção Proximal: Epicôndilo medial, processo coronóide da ulna e ligamento colateral ulnar
Inserção Distal: Face anterior da falange intermédia do 2º ao 5º dedos
Inervação: Nervo Mediano (C7 e T1)
Ação: Flexão de punho e da IFP - 2º ao 5º dedos
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Músculos do Antebraço
Região Anterior (2ª Camada)
Flexor Profundo dos Dedos
Inserção Proximal: Face anterior dos ¾ proximais da ulna e do rádio e membrana interóssea
Inserção Distal: Face anterior da falange distal do 2º ao 5º dedos
Inervação: Nervo Mediano (C8 - T1): 2º e 3º dedos. Nervo Ulnar (C8 - T1): 4º e 5º dedos
Ação: Flexão de punho, IFP e IFD do 2º,3°,4° e 5º dedos
Flexor Longo do Polegar
Inserção Proximal: Face anterior do rádio, membrana interóssea, processo coronóide da ulna e
epicôndilo medial do úmero
Inserção Distal: Falange distal do polegar
Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1)
Ação: Flexão da IF do polegar
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Músculos do Antebraço
Região Anterior (3ª Camada)
Pronador Quadrado
Inserção Proximal: ¼ da face anterior da ulna
Inserção Distal: ¼ da face anterior do rádio
Inervação: Nervo Mediano (C8)
Ação: Pronação
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35 Luciano Fontes Cézar Filho
Músculos do Antebraço
Região Posterior (Camada Superficial)
Extensor dos Dedos
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção Distal: Falanges médias e distais do 2º ao 5º dedos
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)
Ação: Extensão de punho, MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos
Extensor do 5º Dedo
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção Distal: Tendão do extensor comum para o 5º dedo
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)
Ação: Extensão do 5º dedo
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Extensor Ulnar do Carpo
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção Distal: Base do 5º metacarpal
Inervação: Nervo Radial (C6 - C8)
Ação: Extensão do punho e adução da mão (desvio ulnar)
Ancôneo
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção Distal: Olécrano da ulna e ¼ proximal da face posterior da diáfise da ulna
Inervação: Nervo Radial (C7 e C8)
Ação: Extensão do cotovelo
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Músculos do Antebraço
Região Posterior (Camada Profunda)
Abdutor Longo do Polegar
Inserção Proximal: Face posterior do rádio e da ulna e membrana interóssea
Inserção Distal: 1ª metacarpal
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)
Ação: Abdução da mão e do polegar
Extensor Curto do Polegar
Inserção Proximal: Face posterior do rádio e membrana interóssea
Inserção Distal: Face dorsal da falange proximal do polegar
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)
Ação: Extensão do polegar
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38 Luciano Fontes Cézar Filho
Extensor Longo do Polegar
Inserção Proximal: Face posterior do 1/3 médio da ulna e membrana interóssea
Inserção Distal: Falange distal do polegar
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)
Ação: Extensão do polegar
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39 Luciano Fontes Cézar Filho
Músculos do Antebraço
Região Lateral
Braquirradial
Inserção Proximal: 2/3 proximais da crista supracondiliana lateral do úmero
Inserção Distal: Processo estilóide do rádio
Inervação: Nervo Radial (C5 e C6)
Ação: Flexão do cotovelo, pronação de antebraço e supinação até o ponto neutro
Extensor Radial Longo do Carpo
Inserção Proximal: Face lateral do 1/3 distal da crista supra condilar do úmero
Inserção Distal: Face posterior do 2º metacarpal
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Extensão do punho e abdução da mão (desvio radial)
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40 Luciano Fontes Cézar Filho
Extensor Radial Curto do Carpo
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção Distal: Face posterior do 3º metacarpal
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)
Ação: Extensão do punho
Supinador
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero e ligamento colateral radial
Inserção Distal: Face lateral e 1/3 proximal da diáfise do rádio
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Supinação do antebraço
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Ilustrações dos Músculos do Antebraço
Vista Anterior
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42 Luciano Fontes Cézar Filho
Vista Posterior (Camada Superficial)
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43 Luciano Fontes Cézar Filho
Vista Posterior (Camada Profunda)
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44 Luciano Fontes Cézar Filho
Vista Anterior – Rotadores
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45 Luciano Fontes Cézar Filho
Músculos da Mão
Região Tênar
Abdutor Curto do Polegar
Inserção Proximal: Escafóide, trapézio e retináculo dos flexores
Inserção Distal: Falange proximal do polegar
Inervação: Nervo Mediano (C8 – T1)
Ação: Abdução e flexão do polegar
Flexor Curto do Polegar
Inserção Proximal: Trapézio, trapezóide, capitato e retináculo dos flexores
Inserção Distal: Falange proximal do polegar
Inervação: Nervo Mediano e Nervo radial
Ação: Flexão da MF do polegar
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46 Luciano Fontes Cézar Filho
Oponente do Polegar
Inserção Proximal: Trapézio e retináculo dos flexores
Inserção Distal: 1º metacarpal
Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1)
Ação: Oposição (flexão + adução + pronação)
Adutor do Polegar
Inserção Medial: 2º e 3º metacarpal e capitato
Inserção Lateral: Falange proximal do polegar
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1)
Ação: Adução do polegar
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Músculos da Mão
Região Hipotênar
Palmar Curto
Inserção Proximal: Aponeurose palmar
Inserção Distal: Camada profunda da derme da eminência hipotênar
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1)
Ação: Pregas transversais na região hipotênar
Abdutor do Dedo Mínimo
Inserção Proximal: Pisiforme e tendão do músculo flexor ulnar do carpo
Inserção Distal: Falange proximal do dedo mínimo
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1)
Ação: Abdutor do dedo mínimo
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Flexor do Dedo Mínimo
Inserção Proximal: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores
Inserção Distal: Falange proximal do dedo mínimo
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1)
Ação: Flexão da MF do dedo mínimo
Oponente do Mínimo
Inserção Proximal: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores
Inserção Distal: 5º metacarpal
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1)
Ação: Oposição do mínimo
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Músculos da Mão
Região Palmar Média
Lumbricais
Inserção Proximal: Tendão do músculo flexor profundo dos dedos
Inserção Distal: Tendão do músculo extensor dos dedos
Inervação: Nervo Mediano (1º e 2º) e Nervo Ulnar (3º e 4º) (C8 e T1)
Ação: Flexão da MF e extensão da IFP e IFD do 2º ao 5º dedos
Interósseos Palmares
Atuam nos 2, 4º e 5º dedos
Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1)
Ação: Adução dos dedos (aproxima os dedos)
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
50 Luciano Fontes Cézar Filho
Interósseos Dorsais
Atuam do 2º ao 5º dedos
Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1)
Ação: Abdução dos dedos (afasta os dedos)
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
51 Luciano Fontes Cézar Filho
Ilustrações dos Músculos da Mão
Vista Anterior (Camada Superficial)
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
52 Luciano Fontes Cézar Filho
Vista Anterior (Camada Profunda)
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
53 Luciano Fontes Cézar Filho
Plexo Braquial
O plexo braquial caracteriza-se por uma estrutura nervosa complexa anatomicamente, localizada
entre o pescoço e o braço. Origina-se das raízes nervosas que deixam a medula espinhal e a coluna
vertebral, para se fundirem e gerarem os nervos que formam o plexo braquial. Na verdade, o termo
plexo define um local anatômico em que há mistura de estruturas, e é exatamente isso que
acontece no caso do plexo braquial: neste ponto ocorre um cruzamento de fibras nervosas de
diferentes segmentos medulares, que acabam por gerar todos os nervos do membro superior.
O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por
ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro
torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos
escaleno anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo.
O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral
maior.
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
54 Luciano Fontes Cézar Filho
Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o ramo
anterior do sétimo nervo cervical (C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo
cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior.
Os três troncos, localizados na fossa supra clavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um
posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos
troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma
o
fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda
inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do
plexo braquial.
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
55 Luciano Fontes Cézar Filho
Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-claviculares.
Ramos Supra-claviculares:
Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos ramos ventrais dos
nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais.
Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associa-se com um
ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical.
Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e
o músculo rombóide.
Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil
anterior.
Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto
nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo
subclávio.
Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra-
espinhoso e infra-espinhoso.
Ramos Infra-claviculares:
Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os
nervos espinhais.
Do fascículo lateral saem os seguintes nervos:
Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7).
Inerva a face profunda do músculo peitoral maior;
Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6
e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial;
Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais
(C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como
a pele do lado lateral da mão.
Do fascículo medial saem os seguintes nervos:
Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico
(C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor;
Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e
primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em
direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso;
Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e
primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço;
Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8
e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor
do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região
hipotênar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos;
Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro
nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar,
assim como a pele do lado lateral da mão.
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56 Luciano Fontes Cézar Filho
Do fascículo posterior saem os seguintes nervos:
Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva
o músculo subescapular;
Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8).
Inerva o músculo latíssimo do dorso;
Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6).
Inerva os músculos subescapular e redondo maior;
Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os
músculos deltóide e redondo menor;
Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico
(C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e
curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço.
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57 Luciano Fontes Cézar Filho
Nervo Musculocutâneo
Ramo mais lateral do fascículo lateral do plexo braquial, logo após sua emergência costuma
atravessar o músculo coracobraquial, vindo a colocar-se profundamente ao bíceps braquial, à frente
do músculo braquial, inervando esses três músculos. Dirige-se então distal e obliquamente,
emergindo lateralmente ao tendão do bíceps braquial na superfície da fossa cubital, onde é
acompanhado da veia cefálica, passando a denominar-se cutâneo lateral do antebraço. Seus ramos
terminais – anterior e posterior distribuem-se pelos contornos anterolateral e posterolateral do
antebraço, respectivamente.
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58 Luciano Fontes Cézar Filho
Nervo Mediano
Formado na axila à frente da artéria axilar por duas raízes oriundas dos fascículos medial e lateral,
respectivamente, desce ao braço lateralmente à artéria, no contorno medial do bíceps braquial.
Cruza gradualmente a artéria para colocar-se medialmente a esta no interior da fossa cubital. Não
participa da inervação motora ou sensitiva do braço.
Lesões que Afetam o Nervo Mediano:
O nervo mediano pode ser danificado em qualquer parte do seu curso, mas as lesões mais comuns
são na região do punho. As lacerações nessa áreas, que causam uma lesão no nervo,
freqüentemente são combinadas com uma lesão do nervo ulnar e danos nos tendões flexores. O
outro tipo de lesão é uma compressão do nervo mediano no túnel cárpico.
A síndrome do túnel cárpico resulta de compressão do nervo mediano na face volar do punho,
entre os tendões longitudinais dos músculos do antebraço que flexionam as mãos e o ligamento
cárpico superficial transverso. Essa compressão produz parestesia na face radial-palmar da mão,
mais dor no punho, na palma, ou algumas vezes proximal à compressão no antebraço e ombro. A
dor pode ser mais intensa à noite. A deficiência sensorial na face palmar dos 3 primeiros dígitos
e/ou fraqueza e atrofia nos múltiplos controladores da abdução do polegar seguido de aposição. A
síndrome é relativamente comum, pode ser uni- ou bilateral e ocorre mais freqüentemente em
mulheres. Está particularmente associada com ocupações que requerem a flexão forçada e repetida
do punho.
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59 Luciano Fontes Cézar Filho
Nervo Ulnar
Ramo do fascículo medial o plexo braquial, desce ao braço medialmente a artéria braquial. Na parte
media do braço, perfura o septo intermuscular medial, aproximando-se da porção medial do tríceps
e contorna posteriormente o epicôndilo medial do úmero no interior de um sulco próprio. Alcança o
antebraço atravessando a origem do flexor ulnar do carpo.
Lesões que Afetam o Nervo Ulnar:
Paralisia de nervo ulnar freqüentemente é causada por trauma para o nervo no sulco ulnar do
cotovelo, devido a apoio repetido no cotovelo ou por crescimento ósseo assimétrico após uma
fratura na infância ("paralisia ulnar tardia"). A compressão do nervo ulnar também pode ocorrer no
túnel cubital. Há parestesia e deficiências sensoriais no 5º e na metade lateral do 4º dedo, mais
fraqueza e atrofia do adutor do polegar abdutor do 5º dedo e músculos interósseos. A paralisia
ulnar crônica, grave produz uma deformidade do tipo "mãos em garra". Estudos precisos de
condução nervosa identificam o local da lesão. Deve ser aplicado o tratamento conservativo porque
o reparo cirúrgico
nunca é bem-sucedido.
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60 Luciano Fontes Cézar Filho
Nervo Radial
Maior ramo do plexo braquial origina-se do fascículo posterior atrás da artéria axilar. Dirige-se
lateralmente e inferiormente para o braço, passando a acompanhar a artéria braquial profunda.
Posiciona-se então junto com esta no sulco correspondente da face posterior do úmero entre as
origens da porção lateral e medial do tríceps braquial. Logo abaixo da inserção do músculo deltóide
perfura o septo intermuscular do braço, colocando-se no sulco entre as faces adjacentes dos
músculos braquiorradial e braquial, no aspecto lateral da fossa cubital. No interior deste sulco
divide-se em seus ramos terminais, superficial e profundo. O ramo superficial segue distalmente no
antebraço, encoberto pelo braquiorradial, alcançando o dorso da mão. O ramo profundo volta-se
dorsalmente, passando entre a porção superficial e profunda do músculo supinador para inervar os
músculos posteriores do antebraço. Alem dos ramos musculares, o radial produz o nervo cutâneo
posterior do braço ainda na axila, que inerva sensitivamente uma área posterolateral da pele do
braço
Nervo Radial – Braço
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Nervo Radial – Antebraço
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62 Luciano Fontes Cézar Filho
Ilustrações dos Nervos Periféricos
Nervo Musculocutâneo
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63 Luciano Fontes Cézar Filho
Nervo Radial
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
64 Luciano Fontes Cézar Filho
Nervo Mediano
Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2
65 Luciano Fontes Cézar Filho
Nervo Ulnar
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66 Luciano Fontes Cézar Filho
Plexo Braquial – Ramos
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67 Luciano Fontes Cézar Filho
Fossa Cubital
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68 Luciano Fontes Cézar Filho
Ramos palmares – Nervo Mediano e Ulnar
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69 Luciano Fontes Cézar Filho
Plexo Braquial
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70 Luciano Fontes Cézar Filho
Plexo Braquial
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71 Luciano Fontes Cézar Filho
Vascularização do Membro Superior
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72 Luciano Fontes Cézar Filho
Artérias do Membro Superior
O tronco arterial que se dirige ao membro superior é único, desde a origem até c. 1 cm distal da
articulação do cotovelo, sendo que tem nomes diferentes dependendo das diferentes regiões que
atravessa.
De modo genérico,
Artéria Subclávia – desde a origem até ao bordo externo da 1ª costela.
Artéria Axilar – desde o bordo externo da 1ª costela até ao bordo inferior do tendão do m.
Redondo maior.
Artéria Braquial – do bordo inferior do tendão do m. Redondo maior até c. 1 cm distal à
articulação do cotovelo, ao nível do colo do rádio; neste último ponto dá dois ramos terminais:
artéria radial e cubital.
Quanto à origem das artérias subclávias direita e esquerda, atente-se nos seguintes trajetos:
Aorta ascendente (tem origem a partir da base do ventrículo esquerdo)� arco da aorta (que se
vai continuar com a aorta descendente)�3 ramos (com origem no arco): tronco braquiocefálico,
artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda (Netter, p.206).
Ramos da Artéria Braquial (Netter, p.434)
Artéria Braquial Profunda: ramo da face postero-medial da braquial. Tem origem imediatamente
distal ao bordo inferior do m. Redondo maior; vai dirigir-se posteriormente, entre as cabeças longa
e medial do tríceps; vai depois localizar-se ao longo do sulco para o nervo radial , acompanhando o
nervo radial. Profundamente à cabeça lateral do tríceps vai dividir-se nos seus dois ramos
terminais:
- Artéria Colateral Radial, que continua a acompanhar o nervo radial e que, perfurando o septo
intermuscular lateral, vai dirigir-se para a face anterior do epicôndilo lateral do úmero, participando
numa anastomose arterial em torno da articulação do cotovelo.
- Artéria Colateral Média, que se dirige distalmente na cabeça medial do tricípite e para a face
posterior do epicôndilo lateral do úmero, participando na anastomose supracitada.
Artéria Radial: Dirige-se ao longo do lado radial do antebraço, vai depois curvar-se, superior e
lateralmente, em torno do carpo e dirigir-se para o dorso, profundamente aos tendões do longo
abdutor do polegar, curto extensor e longo extensor do polegar, cruzando aí a tabaqueira
anatômica, de que estes tendões constituem os limites lateral e medial, respectivamente.
Artéria Ulnar: Dirige-se distal e medialmente para o lado medial do antebraço; vai depois passar
entre a parte principal e superficial do retináculo dos flexores. Distalmente ao pisiforme possui um
ramo profundo e continua depois, através da palma da mão, como arco palmar superficial.Tem
como ramos:
- Artéria Ulnar Recorrente Anterior, que se anastomosa com a artéria colateral ulnar inferior,
anteriormente ao epicôndilo medial.
- Artéria Ulnar Recorrente Posterior, que se anastomosa com a artéria colateral ulnar superior,
posteriormente ao epicôndilo medial.
- Artéria Interóssea Comum, que se dirige posteriormente para o bordo proximal da membrana
interóssea, dividindo-se aí em:
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73 Luciano Fontes Cézar Filho
- Artéria interóssea anterior, que vai dirigir-se distalmente na parte anterior da membrana
interóssea, entre os bordos contíguos do flexor profundo dos dedos e do longo flexor do polegar;
junto do bordo proximal do m. Pronador quadrado vai atravessar a membrana interóssea.
Ao longo do seu trajeto dá ainda um conjunto de ramos que atravessam a membrana interóssea,
irrigando os m. do compartimento extensor do antebraço; dá também uma artéria mediana que vai
acompanhar e irrigar o nervo mediano.
- Artéria interóssea posterior, que vai passar para o dorso entre o bordo proximal da membrana
interóssea e corda oblíqua; passa depois, entre o m. Supinador e o m. abdutor longo do polegar;
vai dirigir-se distalmente, profundamente aos m. superficiais do compartimento extensor, que
irriga. Anastomosa-se com a artéria interóssea anterior.
Arco Palmar Superficial: recoberto pela aponeurose palmar e pelo m. Palmar curto. É superficial ao
m. Flexor do dedo mínimo, aos tendões dos flexores longos, aos m. Lumbricais e aos ramos do
nervo mediano. O seu limite distal é uma linha que passa pela base do polegar em extensão. Tem
como ramos:
- Ramo digital palmar para o lado cubital do 5º dedo;
- Artérias digitais palmares comuns, que se vão dirigir distalmente sobre o 2º, 3º e 4º m.
Lumbricais, cada unida a uma artéria metacarpiana palmar correspondente proveniente do arco
palmar profundo e que se divide em duas artérias digitais palmares próprias, para os lados
adjacentes do 2º, 3º, 4º e 5º dedos. Estas últimas vão dirigir-se distalmente, localizando-se
dorsalmente em relação ao nervo digital e anastomosando-se, depois, no tecido subcutâneo da
extremidade dos dedos próximo das articulações interfalângicas.
Cada uma das digitais palmares
próprias dá dois ramos dorsais, um que se anastomosa com as artérias digitais dorsais e outro que
vai fazer a irrigação dos tecidos moles que se localizam no dorso da falange média e distal.
Arco palmar profundo: localiza-se c. de 1 cm proximal em relação ao arco palmar superficial. Pela
sua localização muito profunda encontra-se protegido de possíveis agressões, não tendo a
importância clínica do arco palmar superficial, pela sua localização mais superficial.
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Veias do Membro Superior
Veias superficiais:
- Veias digitais dorsais, que se unem formando 3 veias metacarpianas dorsais, que se juntam
formando, ao nível do metacarpo, numa rede venosa dorsal. A partir da extremidade medial desta
rede venosa dorsal vai ter origem a veia basílica. A partir da extremidade radial vai ter origem a
veia cefálica.
- Veia Cefálica: curva-se em torno do bordo radial do antebraço e dirige-se para a face anterior;
depois, vai distalmente em relação ao cotovelo, tendo uma comunicação com a veia basílica – veia
cubital mediana, separada da artéria braquial pela aponeurose bicipital. A veia cefálica vai continuar
lateralmente ao m. Bicípite braquial, depois no sulco entre o m. Deltóide e o m. Peitoral maior, ali
estabelecendo relação com o ramo deltóide da artéria Acromio-torácica. De seguida, perfura a
fáscia clavipeitoral, cruzando a artéria axilar e vai lançar-se na veia axilar, próximo da sua
terminação.
- Veia Basílica: ascende superior e medialmente, curvando-se para a parte anterior do antebraço,
um pouco distal em relação à articulação do cotovelo. Insere-se na veia cubital mediana e vai,
depois, localizar-se medialmente ao bicípite. Perfura a fáscia profunda do braço, localizando-se, em
seguida, medialmente à artéria braquial e, depois, ao nível do bordo inferior do tendão do m.
Redondo maior, continua como veia axilar.
Veias profundas:
- Veias Profundas da Mão: Os arcos arteriais palmares superficial e profundo são acompanhados
pelos arcos venosos palmares superficial e profundo, recebendo as raízes correspondentes.
- Veias Radiais e Ulnares (Veias profundas do antebraço): recebem as veias que acompanham as
artérias interósseas anterior e posterior, estabelecendo nesta localização uma relação com a veia
cubital mediana.
- Veias Braquiais: terminam na veia axilar; por vezes, a mais medial pode lançar-se na veia
basílica, antes de se continuar com a veia axilar.
- Veia Axilar: localiza-se anterior e medialmente à artéria axilar; ao nível do bordo externo da 1ª
costela vai continuar-se como veia subclávia.
- Veia subclávia: junto do bordo medial do m. Escaleno anterior vai unir-se à veia jugular interna,
formando a veia braquiocefálica.
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Esquema das Veias do Membro Superior