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UNIDADE VIII Toponímia - Reambulação UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO IGEO CCMN Departamento de Geografia Disciplina de Cartografia Básica – IGG-125 Professor Dr Paulo Márcio Leal de Menezes Universidade Federal do Rio de Janeiro IGEO – Dep de Geografia Laboratório de Cartografia (GeoCart) e-mail: pmenezes@ufrj.br Toponímia - Estudo lingüístico ou histórico dos topônimos de uma área geográfica. - Relação dos nomes de um lugar ou região. A toponímia de um mapa corresponde aos nomes que caracterizam os acidentes naturais ou não, correspondentes á área representada. Nominação de lugares acompanha a atividade humana. Nomeiam-se tanto os seres humanos, quanto os lugares, permitindo-se a individualização e a conseqüente identificação unívoca das pessoas e dos lugares. O que é um lugar? “O lugar é o quadro de uma referencia pragmática do mundo de onde vem o condicionante e a ordem, e onde se instala a espontaneidade e a criatividade, onde existe um cotidiano compartido entre as mais diversas pessoas, firmas e instituições (SANTOS,96)” TOPONÍMIA - GEONÍMIA Conceitos Características Componentes do Conceito de Lugar 1 - A idéia de locação, em especial, torna-se absolutamente fundamental. Pode ser descrita em termos das características internas e de interconexões ao e com outros lugares: os lugares possuem componentes espaciais internos e externos. 2 - Lugares têm a integração de elementos de natureza física e cultural; cada lugar possui um ordenamento próprio, singular, que sempre o distinguirá de outro lugar. Cada lugar torna-se uma entidade única, individualizada de forma inequívoca. 3 - Embora os lugares sejam únicos, interconectam-se por um sistema de interações e transferências espaciais; tornando-se parte de uma rede ou teia de circulação. 4 - Lugares são localizáveis. Sendo partes (ou não) de áreas extensas, tornam-se passíveis de serem localizados e posicionados num sistema de referência geográfica. 5 - Lugares surgem e transformam-se; com mudanças advindas da dinâmica histórica e cultural, novos elementos emergem e antigos desaparecem. Dessa forma possuem um componente histórico único associado. 6 - Os lugares possuem uma característica semântica, adquirem significados advindos das crenças humanas. Mapas e Topônimos Isto? Ou isto? Exemplos Japão Brasil ? ! Reambulação Processo de coleta de topônimos, dados e informações, relativos aos acidentes naturais e artificiais (orográficos, hidrográficos, fito-geológicos, demográficos, obras de engenharia em geral), além da materialização das linhas divisórias nacionais e internacionais e respectivos marcos de fronteira - Operação tipicamente de campo Processo de coleta de dados, em campo, de modo a se identificar os nomes e classificações dos elementos geográficos a serem cartografados. Com base no esquema do planejamento da reambulação, delimita-se a área útil da foto para levantamento no campo. 9. PIVÔ CENTRAL - PARA IRRIGAÇÃO DE LAVOURA 14. BOMBA DE ÁGUA 19. GALPÃO - PARA MÁQUINAS AGRÍCOLAS 20. CASAS DE COLONOS 32. VEREDA DA ARARAS - PERMANENTE 56. ESCRITÓRIO FAZENDA FAVORETO 57. FAZENDA FAVORETO - SEDE 58. SILOS - PARA ARMAZENAMENTO DE GRÃOS 59. PONTE RODOVIÁRIA - PONTE DE CONCRETO 60. PONTE RODOVIÁRIA - PONTE DE CONCRETO 61. RIO SÃO BENTO - PERMANENTE 64. ESTRADA R3 - RODOVIA ESTADUAL G0-301 Reambulação Fotografia aérea preenchida após o trabalho de campo Outros Objetivos Para a cartografia de base: - esclarecimento de imagens fotográficas não reconhecíveis pela fotointerpretação; - coleta de informações que não se possam obter através da interpretação por estereoscopia; - elucidação de nomes múltiplos de mesmos acidentes (Problema sério) Para a cartografia temática: - Dependendo do tema a reambulação pode ser definida através de documentos existentes, em escala apropriada. -Não se prescinde de trabalhos de campo para checagem e elucidação de dúvidas. -T 34-700 – Manual de Símbolos e Convenções Cartográficas - DSG Letras e Fontes Utilizadas no Processo Cartográfico O desenho e uso de letras são igualmente importantes no projeto e especificações do mapa Envolve duas operações: - especificação, que controla a aparência de cada nome; - seleção e disposição dos nomes nos mapas, parte do processo de compilação. Letra é uma parte estética do mapa. O conjunto desenho + letras deve ser esteticamente harmônico e balanceado. Letras deslocadas, mal escolhidas, mal posicionadas ou projetadas, seja por tamanho desproporcional ou forma, influem bastante no aspecto visual da carta. Características de clareza, legibilidade e clareza Times New Roman e Arial Classificação das Letras Pela forma: - maiúsculas - minúsculas Maiúsculas são empregadas em títulos e nomes principais. Minúsculas, com a exceção da primeira letra, empregadas em nomes secundários. Nomes que ocupam grandes áreas, linhas ou regiões, que tem de ser bem espaçados, usa-se sempre letras maiúsculas, qualquer que seja o acidente ou fenômeno. A prática mostra que as letras minúsculas são mais perceptíveis que as maiúsculas, por se aproximarem da escrita manuscrita. Melhor união e fornece um conjunto visual agradável à vista A PRÁTICA MOSTRA QUE AS LETRAS MINÚSCULAS SÃO MAIS PERCEPTÍVEIS QUE AS MAIÚSCULAS, POR SE APROXIMAREM DA ESCRITA MANUSCRITA. MELHOR UNIÃO E FORNECE UM CONJUNTO VISUAL AGRADÁVEL À VISTA O GPS (Global Positioning System) é um sistema de radionavegação desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América – DoD (Department of Defense), criado para ser o principal sistema de navegação das forças armadas americanas. Em virtude da alta precisão que o sistema proporciona, do grande desenvolvimento da tecnologia envolvida na tecnologia dos receptores GPS e, em conseqüência, das inúmeras aplicações que foram e ainda estão sendo trabalhadas, surgiu uma grande comunidade de usuários nos mais variados segmentos civis, podendo-se citar a navegação terrestre, marítima e aérea, posicionamento geodésico, agricultura, controle de frotas, cadastro rural e urbano, etc. (Monico, 2000). O sistema, no modo autônomo, apresentou uma capacidade na qualidade do posicionamento maior do que a esperada pelo próprio DoD, fazendo com que o gestor do sistema, a partir do lançamento dos satélites do Bloco II, degradasse propositalmente os sinais transmitidos pelos satélites, introduzindo um erro controlado no sistema, denominado de SA (Selective Availability – Disponibilidade Seletiva). A SA foi implementada a partir de 25 de março de 1990. No dia 01/05/2000, o governo norte-americano emitiu um comunicado, informando que a SA seria desligada exatamente à meia-noite do dia primeiro para o dia dois de maio. Em função dessa medida, abriu-se um novo cenário para a tecnologia GPS. O GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM) É UM SISTEMA DE RADIONAVEGAÇÃO DESENVOLVIDO PELO DEPARTAMENTO DE DEFESA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – DOD (DEPARTMENT OF DEFENSE), CRIADO PARA SER O PRINCIPAL SISTEMA DE NAVEGAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS AMERICANAS. EM VIRTUDE DA ALTA PRECISÃO QUE O SISTEMA PROPORCIONA, DO GRANDE DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA ENVOLVIDA NA TECNOLOGIA DOS RECEPTORES GPS E, EM CONSEQÜÊNCIA, DAS INÚMERAS APLICAÇÕES QUE FORAM E AINDA ESTÃO SENDO TRABALHADAS, SURGIU UMA GRANDE COMUNIDADE DE USUÁRIOS NOS MAIS VARIADOS SEGMENTOS CIVIS, PODENDO-SE CITAR A NAVEGAÇÃO TERRESTRE, MARÍTIMA E AÉREA, POSICIONAMENTO GEODÉSICO, AGRICULTURA, CONTROLE DE FROTAS, CADASTRO RURAL E URBANO, ETC. (MONICO, 2000). O SISTEMA, NO MODO AUTÔNOMO, APRESENTOU UMA CAPACIDADE NA QUALIDADE DO POSICIONAMENTO MAIOR DO QUE A ESPERADA PELO PRÓPRIO DOD, FAZENDO COM QUE O GESTOR DO SISTEMA, A PARTIR DO LANÇAMENTO DOS SATÉLITES DO BLOCO II, DEGRADASSE PROPOSITALMENTE OS SINAIS TRANSMITIDOS PELOS SATÉLITES, INTRODUZINDO UM ERRO CONTROLADO NO SISTEMA, DENOMINADO DE SA (SELECTIVE AVAILABILITY – DISPONIBILIDADE SELETIVA). A SA FOI IMPLEMENTADA A PARTIR DE 25 DE MARÇO DE 1990. NO DIA 01/05/2000, O GOVERNO NORTE- AMERICANO EMITIU UM COMUNICADO, INFORMANDO QUE A SA SERIA DESLIGADA EXATAMENTE À MEIA-NOITE DO DIA PRIMEIRO PARA O DIA DOIS DE MAIO. EM FUNÇÃO DESSA MEDIDA, ABRIU-SE UM NOVO CENÁRIO PARA A TECNOLOGIA GPS. Pelo tipo: - Bloco - Romano Os caracteres em bloco são cheios, sem apoio ou serifa M Os caracteres romanos apresentam serifa ou apoio: A d Pela espessura: -finas -normais -grossas As simples são finas, enquanto as cheias, do mesmo tipo são dupla ou triplamente encorpadas G G G Pela orientação: -verticais B -oblíquas (itálicas ou cursiva) B Verticais utilizadas para qualquer fenômeno não hidrográfico. Itálicas empregadas em acidentes e fenômenos ligados à hidrografia em azul Pelas dimensões: Observar largura e altura Largura classifica em 4 grupos: - Largas - M e W - C O S D G Q - Meio Largas - A B E F H K L N P R T U V X Y Z - Meio Estreitas - I J - Estreitas Altura, não existe variação para as letras maiúsculas Minúsculas, problema da linha de base, para cima e baixo, Grupos: - curtas - a e o i m n r s c u v x - com perna - g p q y z - com braço - b d h f l -intermediária - t Tipograficamente: Classificadas pelo número de pontos de sua caixa, equivalente a 1/72 da polegada: 1 ponto = 0,353 mm US = 0,351 mm GB Refere-se ao tamanho da base tipográfica e não ao tamanho da letra, haverá sempre uma diferença para o tamanho real da letra Pela largura: Não existe padronização Três tipos que variam bastante devido a não padronização: - Condensada Desenho - Normal Desenho - Largas Desenho Pela definição de cores: É um problema por não se ter muito o que escolher. A cor deve ser escolhida de modo a provocar contraste entre o fundo e a nomenclatura. Como o fundo muitas vezes não é branco, não pode-se usar qualquer cor. Exemplos: - vermelho sobre a curva de nível - o azul é reservado para a hidrografia. - usa-se o preto para todo o resto, exceto curvas de nível (mesma cor da curva - sépia). A escolha de fontes deve ser marcada pela simplicidade, para evitar problemas de clareza e legibilidade do mapa Não devem ser usadas fontes estilizadas, do tipo “gótico” ou outras Morro Santa Marta Morro Santa Marta Morro Santa Marta MORRO SANTA MARTA Fontes “Times New Roman” e “Arial” simples existem em todos os softwares e não ocorrerão problemas de inexistência da fonte em caso de transferência de máquinas Exemplo Computador A Computador B Lago Negro Lago Negro Disposição da Toponímia em um Mapa ou Carta A forma como os nomes estão dispostos no documento cartográfico, garante não só a estética, mas também a qualidade do mapa A toponímia tem também uma função de localização A disposição da toponímia obedece regras diferenciadas para a representação de fenômenos pontuais, lineares ou zonais Mapa Rodoviário Rio de Janeiro - DNIT Nomes de Posição (Elementos Pontuais) A noção de pontualidade está ligada diretamente a escala da carta Em escalas grandes, representa-se uma cidade por seu contorno; em escalas pequenas, pode ser por um símbolo pontual As regras são específicas para fenômenos pontuais Sempre que possível devem ser seguidas as seguintes regras: - Os nomes devem ser colocados paralelamente aos limites do mapa, diretamente à visão normal, horizontalmente e paralelos ao limite inferior do mapa Limite Inferior Os nomes devem estar o mais próximo possível do local de ocorrência do fenômeno. Existindo limites próximo, o nome não deve cortar o limite X Ordem de prioridades para o posicionamento dos nomes 1- um pouco acima e direita 2- um pouco abaixo e direta 3- um pouco abaixo e esquerda 4- um pouco acima e esquerda 5- no meio em cima 6- no meio embaixo 5 14 23 6 Existindo vários nomes próximos é permitido colocar-se o nome em curva, melhor que uma troca de lugar Deve ser sempre a direita do nome Nomes compostos, podem ser escritos em duas linhas se não puderem ser escritos em uma só linha Havendo preposição, colocar a preposição na segunda linha Rio Serra de Janeiro do Mar Se um rio for representado por uma linha simples, o nome do local pode ser colocado na margem oposta. O nome não pode cortar um rio representado em margem dupla Minas do Sul Minas Em uma linha de costa, aproximadamente paralela aos limites do mapa, uma boa opção é colocar os nomes em curva, nunca perpendicular ou altamente inclinada em relação à linha de visualização Nomes de Feições Lineares Representam rios, linhas notáveis, canais, limites, estradas, etc. O nome deve acompanhar a direção do eixo da linha e não deve ser separado do fenômeno que ele representa, por um outro tipo de linha Rio Sob radi nho A disposição geral das palavras deve permitir a leitura do mapa sem movimentá-lo ou rotacioná-lo. Não se deve mudar muito a orientação Os nomes devem ser dispostos ao longo de uma linha de base, afastada entre 1 e 2mm da linha do fenômeno Se o nome for composto ou espaçado entre outros, o espaçamento entre as partes deve ser constante Rio Sobradi nho Se o nome estiver contido pelo fenômeno, a altura não deve exceder 2 terços do espaçamento existente Rio Um nome não deve ser repetido em uma folha de mapa, porém se for cortado por algum outro elemento linear, a repetição é necessária Nomes de Feições Planares (Feições de Área ou Zonais) O nome deve aparecer apenas uma vez e não deve ser repetido no mesmo mapa ou folha Deve ser lançado na horizontal ou em duas linhas se possíve Não podendo ser disposto horizontalmente, pode ser inclinado ou colocado em curva única, acompanhando toda área, ou o eixo maior da área Serra da Can astr a Processos de Desenho de Nomes - Mão livre -Normógrafo - Colada - Decadry - Letraset - Zip-a-tone - Letraform Processos em desuso, devido aos softwares cartográficos que incorporam as fontes do sistema e proprietárias