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Aula de Neurofisiologia transcrita por ORLI 		Data:10/01/2003
(1ª aula após o recesso, seqüência da aula antes do Natal; profª diz ser a aula comparativa, devendo ser feitas comparações e associações com aula anterior)
			SISTEMA VESTIBULAR
	...a cóclea se continua com o aparelho vestibular. A 1ª diferença: a cóclea serve para audição, detectando a mecânica da onda sonora (verificação de freqüência e amplitude) e no sist.vestibular detecta-se acelerações angular e linear
	Lembrar que o órgão mais responsável pelo equilíbrio é o cerebelo; qdo se fala em equilíbrio já se pressupõe resposta motora,pois para se ter equilíbrio é preciso contrair músculos.
	O labirinto participa do equilíbrio no sentido aferente , dando a posição da cabeça ou como esta se movimenta em relação ao espaço. Por isso diz-se que o labirinto detecta aceleração ( ex.:sist.vestibular detecta aceleração linear da cabeça qdo se está “parado”,mas descendo no elevador ,visto a cabeça estar se movendo em relação ao espaço; detecta tb a aceleração angular qdo se inclina a cabeça)
Aceleração Linear: é a aceleração onde o eixo não se modifica
Aceleração Angular: qdo o eixo faz ângulo c/outros eixos perpendiculares
Isso se torna relevante devido a importância que se tem ao saber a localização da cabeça. Dependendo da aceleração sofrida pela cabeça e percebida pelo sistema é possível promover o equilíbrio através de ajuste um ajuste postural.
A estabilização da imagem na retina tb vem a constituir função importante. O sist.visual depende dessa estabilização (ate porque imagens tremidas e pouco definidas nos dão sensação de náusea, enjôo...) Os olhos devem fazer movimento contrario ao da cabeça,senão a imagem seria mal formada, tremida. Isso justifica o porquê de não se ficar enjoado ao andar de cavalo,pois qdo a cabeça sobe, os olhos vão p/ baixo...busca-se sempre através desse mecanismo reflexo e inconsciente a fixação num ponto. “Se escolhe” um ponto, fixa-se nele, sendo o movimento ocular proporcionalmente contrario ao do corpo, para que não se altere o ponto fixo. Esse mecanismo é chamado de estabilização da imagem na retina e é uma das principais funções do labirinto.
	Logo, na labirintite tem-se como sintomas: tonteira( perda do equilíbrio devido a perda do ajuste postural; não é um problema motor!), nistagmo patológico ( doença promovendo movimentos oculares anormais, pois não ocorre estabilização da imagem na retina). O zumbido não é resultado do acometimento do labirinto e sim da cóclea ,por isso não foi citado.
	O labirinto está acoplado a cóclea e alojado na base do osso temporal.
	Toda estrutura coclear (vista na aula anterior) se continua c/o ap.vestibular As células ciliadas da cóclea estão apoiadas na membrana basilar ,que fica na escala media,onde está presente a endolinfa. Verifica-se no sistema vestibular:
3 canais semicirculares apresentando, cada um, uma dilatação (ampola);
órgãos otolíticos: sáculo e utrículo;
Há perilinfa circundando tudo; dentro dos canais semicirculares, utrículo e sáculo, há endolinfa. As células ciliadas encontra-se nas ampolas dos canais e em regiões especificas dos órgãos otolíticos chamadas máculas. Essa concentração das cels. ciliadas em pontos específicos é diferença do sist. Vestibular em relação ao coclear.
	São 3 os canais semicirculares: anterior,posterior e horizontal,que se apresentam em planos diferentes e perpendiculares entre si (“em espelho”) um em relação ao outro. Esses canais detectam a aceleração angular.
	Já os órgãos otolíticos detectam aceleração linear. Semelhantemente a cóclea, o sinal do sist.vestibular resulta da inclinação dos cílios das cels.ciliadas promovidas indiretamente pela aceleração.
	Os canais semicirculares funcionam como se fossem fechados por si mesmo,são anéis completos. Cada canal tem sua ampola,apresentando-se oco e tendo por fora perilinfa e dentro endolinfa. Exatamente como na cóclea, é a endolinfa que banha as cels.ciliadas.Ao se mexer a cabeça, de alguma forma os cílios nas ampolas devem ser entortados.
	Na ampola, verifica-se um tecido de sustentação – crista - ; acima da crista estão as cels.ciliadas cujos cílios estão presos a uma massa gelatinosa chamada cúpula ( e não presos a membrana tectorial como na cóclea). Assim esses cílios não ficam boiando na endolinfa,se isso ocorresse seriam bem mais sensíveis , visto que a movimentação do liquido um mecanismo significativo no processo.
	O canal semi-circular acompanha o movimento da cabeça por estar acoplado ao osso temporal; porem o liquido que o preenche não tem a mesma aceleração da cabeça. Logo esse liquido anda junto com o canal, mas não ao mesmo tempo. Qdo se faz o movimento com a cabeça o cana semicircular acompanha, a endolinfa tb acompanha , porem com aceleração diferente. Essa inércia produz uma força/pressão na ampola no sentido contrario ao do movimento. Esse entortamento da ampla faz com que os cílios tb se entortem , gerando alteração da polarização.
	As cels. Ciliares do sist.Vestibular são bem semelhantes as cocleares. Porém no sist. Vest chamamos o maior cílio de quinocilio. Qdo os cílios (estereocilios) se entortam p/o lado do quinocilio, a cel. despolariza; qdo se entortam p/ o lado oposto ao quinocilio ocorre hiperpolarizaçao.
	O objetivo é saber para que lado mexe a cabeça. Se estão em “espelho” os canais vão sofrer, todos, com a movimentação da endolinfa. Mas se ação sofrida pelos canais for igual não se conseguirá detectar para que lado se dirige movimentos da cabeça. Todas as cels. ciliadas tem o quinocilio medial// e o menor cílio lateral//. Logo, se a força do liquido tivera a mesma direção nos 2 canais , qdo um lado despolarizar, o outro vai hiperpolarizar.
	Então a disposição em espelho permite configuração tal que mesmo liquido se movimente na mesma direção nos canais, as cels. responderão diferentemente, de acordo com o lado que os cílios se entortam.
	EX: Cabeça roda p/ lado esquerdo->PA na cel. lado esquerdo e cel. lado direito hiperpolariza. *Lado que roda é o mesmo em que há despolarização.
Esse esquema acontece nos 3 canais que estão em 3 planos diferentes,o que nos dá múltiplas possibilidades de percepção da aceleração.
	Utrículo e sáculo não são canais, por isso não funcionam igual aos canais semicirculares. Servem p/ detectar aceleração linear qdo a cabeça não se mexe.
	Nota-se que inconscientemente desenvolve-se postura diferenciada para resistir a aceleração ( ex.:reação das pessoas nos brinquedos de parque de diversão ou esteira) para tal e necessário cerebelo e sist. Vestibular íntegros.
	Nos órgão otoliticos, em substituição a cúpula tem-se a membrana otolitica. Esta é semelhante a uma gelatina (mais linear que a cúpula) e apresenta flocos chamados otocônias ( cristais de CaCO3) Essas pedrinhas se movimentam e aumentam a densidade nos pontos onde param , entortanto e não achatando os cílios relativos àquela porção. Isso ocorre devido a inércia e maior densidade das otoconias.
	Com a cabeça parada, cels do utrículo se encontram na horizontal, enquanto as do sáculo estão na vertical. Em cima dos cílios das cels ciliadas tem-se a massa gelatinosa com as otocônias .
	As cels funcionam como as dos canais semicirculares: estão presas as estruturas que se movimentam junto com o osso temporal. A membrana otolitica não esta presa em lugar nenhum ( meio que “flutuante”).Qdo se sobe no elevador o movimento da membrana otolitica é descendente em relação as cels do utrículo que tendem a subir junto com a cabeça. E qdo a membrana otolitica desce tende a entortar os cílios. Já no sáculo esse mesmo movimento do elevador vai arrastar os cílios p/baixo ( visto as cels estarem na vertical) Nova mente é importante saber a inclinação desses cílios nos órgãos otoliticos , os cílios se inclinam em direção ao meio,onde tem marca na membrana otolitica,chamada estríola (inserção oposta a estria) Dependendo de como os cilios se dobrarem ocorrerá despolarização ou hiperpolarizaçao.
O maior cílio esta em direção à stríola; o que acontece é que há conjunto de cels dos 2 lados da stríola, resultando sempre em hiperpolarizaçao e polarização a cada movimento das otoconias na membrana otolitica . Logo,o sistema tem que saber posicionamento especifico de cada cel para detectar aceleração , diferentemente dos canais semicirculares ( na verdade o horizontal) onde a despolarização ocorre em todas cels do lado que se movimenta.
	No sist Vestibular deve-se pensar no aumento do liquido ou membrana otolitica em relação ao cílios.
	A stríola só determina direção dos cílios ; é um reparo anatômico
	Numa situação real todos os parâmetros já citados são atuantes sendo as acelerações determinadas pelo cruzamento de informações dos diferentes planos.
	O sist Vestibular é exclusivamente sensorial e depende de conexões p/ que se tenham adaptações posturais.
		Via Vestibular
	Corpo do neurônio I no gânglio vestibular – prolongamento com sinapse com cels ciliadas e axônio entra no SNC fazendo sinapse com o neurônio II nos núcleos vestibulares. A partir daí: córtex, núcleos do VIII, medula e cerebelo.
	O VIII par (Vestíbulo-Coclear) carreia fibras vias audição e vestibular, tem origens distintas ,apesar de ser exclusivamente sensorial.
Para tornar consciente a informação posicionamento da cabeça é preciso que essa chegue ao córtex (neocortex, área pouco estudada, perto do giro pos-central)
Estabilização imagem na retina, deve chegar, via fascículo longitudinal medial aos núcleos do VIII ( que controla movimentos da musculatura extra-ocular, isso é um reflexo)
Mudança postural,em decorrência da sensação do aparelho vestibular num controle musculatura esquelética.
Dos corpos de neurônios que estão nos núcleo vestibulares do TE,saem axônios que vão para a medula: tracto vestíbulo-espinhal via descendente, extrapiramidal e de controle involuntários.
A labirintite é a principal patologia que acomete somente o sist.vestibular ( preservando a cóclea ), não tem etiologia conhecida talvez origem viral. É recorrente, sendo o tratamento sintomático. É ate engraçado pois é a mesma endolinfa do sist vestibular e coclear e só o primeiro é afetado na labirintite. Sintomas:
Vertigem- “ilusao do movimento”, individuo parado porem o sist vestibular indica que sua cabeça esta em movimento ,a partir daí assume postura reflexa para movimento que não existe.
Náusea – costuma acompanhar a vertigem,pois no TE próximo aos centros vestibulares e núcleos do VIII tem-se o centro do Vomito, que pode ser excitado por grande estimulação dos núcleos citados.
Quando se toma Dramin B6/Vertin alem de se evitar o vomito dorme-se bastante pois são medicações depressoras do SNC. Logo todo o sistema tende a ser deprimido.
Outra patologia é a Síndrome de Meniere. È muito rara e mais coerente pois afeta os sistemas vestibular e coclear. Ocorre hiperproduçao de endolinfa ( que esta dentro dos canais semi-circulares, sáculo, utrículo e escala media) de forma que todas as cels em contato com ela estarao “estimuladas de forma errada”. Logo tem-se uma labirintite e um zumbido (tinitus) podendo ate ter uma perda auditiva transitória e recorrente.
		Reflexo Vestíbulo-Coclear
O Sistema Vestibular é o sistema sensorial que tem mais conexões com o sistema motor, controlando fixação e postura.
Esse reflexo é utilizado para manter a fixação visual. Ele preconiza que os olhos se movimentem até o máximo de sua órbita e retornem rapidamente ao centro da mesma fazendo uma “sacada”. Os olhos vão lentamente até o maximo de sua amplitude e retornam rapidamente ao centro, para estabelecer nova fixação.
O nistagmo acontece sem o controle do labirinto e fica difícil identificar os componentes rápido e lento, ficando o olho tremendo,sem manter estabilização visual. Indivíduos c/ nistagmo ou tem problemas no labirinto ou no cerebelo.
Aula Pratica: Coloca-se o Rafael Almeida,vulgo Almeidinha, numa cadeira giratória e os homens fortes e sarados da sala fazem movimentos a fim de rodar a cadeira. Em virtude disso ficara rodando na cadeira ,todo torto, em direção centrifuga, quem? O Almeidinha.... Ele vai ficar tonto,seus olhos devem ser mantidos abertos, enquanto a tendencia seria fecha-los. Enquanto Almeidinha girava pôde se observar que ele fez “sacadas” na própria direção do movimento. Quando a cadeira parar , manda-se o “voluntário compulsório” abrir o olho e teremos o exemplo de um nistagmo fisiológico. A pergunta sera referente ao porquê do movimento ocular mesmo qdo a cadeira pára de rodar e a direção desse movimento.
	A prof não explicou, pois liberaria a turma para estudar pato! (
	Enquanto se está rodando a sacada é para o lado do movimento, ela disse que vai perguntar para onde e porque é movimento qdo a cadeira pára.
	Na hora,a nossa amiga Natalia, muito aplicada, respondeu a pergunta corretamente,.... mas quem gravava não era.... Por isso, procurem a Natalia para confirmar a resposta!!!!! (

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