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Prof. Ronilson Rocha
1
Controle de Sistemas Multivariáveis
Realimentação de Estados
• Seja um sistema multivariável com l entradas e n saídas expresso
pelo seguinte modelo de estados:
)()()(
)()()(
ttt
ttt
nxlnxm
mxlmxm
uDxCy
uBxAx
+=
+=•
• Supondo que todos os m estados sejam acessíveis, a entrada do
sistema pode ser tomada como uma função dos estados do sistema
(lei de controle):
)]([)( tft xu =
• Em geral, a lei de controle é especificada como uma função linear
dos estados )()( tt Kxru −= , onde K é uma matriz lxm de ganhos
constantes, ou seja, o sinal de realimentação é a soma ponderada de
todos os estados do sistema:
)()()()(
)()()()(
)()()()(
2211
222212122
121211111
txKtxKtxKrtu
txKtxKtxKrtu
txKtxKtxKrtu
mlmllll
mm
mm
−−−−=
−−−−=
−−−−=
K
M
K
K
• Sistema em malha fechada
[ ] BrxABrxBKAKxrBAxx +=+−=−+=• )()()]([)()( ttttt f
onde Af=A-BK e a equação característica do sistema de malha
fechada é dada por:
0=+−=− BKAIAI ss f
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2
• Controlabilidade:
o Um estado x de um sistema dinâmico é dito ser controlável se,
para qualquer estado inicial x(0) =x0, existe uma entrada u(t) que
produza um estado final x(t1)=x1 em um tempo finito t1.
o O conceito de controlabilidade descreve como as entradas do
sistema influenciam os estados de um sistema dinâmico. Uma
variável de estado é incontrolável se for independente da entrada
u(t), de forma que não é possível afetá-la por meio dos esforços
de controle. Como exemplo:
+
−
−=
•
•
2
1
2
1
2
1
00
11
20
01
u
u
x
x
x
x
onde percebe-se que é impossível afetar x2 a partir da entrada u.
o Um sistema é dito ser controlável se todos os seus estados são
controláveis. Um sistema é controlável se e somente se a sua
matriz de controlabilidade, definida como:
[ ]BABAABBBA, 12)( −= mKS
tem posto (“rank”) completo.
o Se o par [A,B] é completamente controlável, existe uma matriz
K através da qual é possível estabelecer arbitrariamente a
posição dos autovalores da matriz do sistema de malha fechada
BKAA −=f .
Se um ou mais estados são incontroláveis, os autovalores
associados a estes estados também são incontroláveis e não
podem ser alocados arbitrariamente.
Se for possível estabilizar sistema através da realimentação
de estados, este sistema é dito estabilizável.
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3
• Projeto por alocação de pólos
o O procedimento de projeto por alocação de pólos resulta em
uma matriz de ganhos K tal que os seus elementos podem ser
calculados a partir da seguinte equação:
( )( ) ( )mssss λλλ +++=+− K21BKAI
onde -λ1, -λ2,... e -λm correspondem as posições das raízes da
equação característica (autovalores do sistema) requeridas pelas
especificações de projeto.
o A realimentação de estados conduz a compensadores com banda
passante infinita, quando se sabe que componentes reais e
compensadores sempre apresentam uma banda passante finita.
A principio, as magnitudes das partes reais dos autovalores
podem ser feitas arbitrariamente grandes, tornando a
resposta do sistema realimentado arbitrariamente rápida.
Entretanto, isto implica em maiores ganhos e,
conseqüentemente, em sinais de maiores magnitudes, o que
pode levar o sistema real para uma região de operação não
linear.
o A lei de controle designada para o procedimento de alocação de
pólos requer que todos os estados da planta sejam medidos e
realimentados. Entretanto, muitas vezes não é possível (ou
pratico) medir todos os estados da planta, uma vez que na
realidade somente alguns estados (ou combinação destes) são
acessíveis como saídas, o que inviabiliza a realimentação de
estados nestes casos.
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Reconstrução de Estados (Observadores)
• Considerando que o vetor de estados não está totalmente disponível
para medida (mas somente a saída y), e que qualquer compensador
prático deve depender somente das entradas e saídas do sistema, a
solução do problema para a realimentação de estados consiste em
estimar ou reconstruir os estados a partir das informações do modelo,
da entrada u e da saída y.
• Considerando que as matrizes A e B do modelo de estados sejam
conhecidas, uma estimativa xˆ dos estados x pode ser obtida, a
principio, através da equação:
BuxAx +=• ˆˆ
o Sensibilidade à variação de parâmetros, distúrbios, ruído, etc.
o Desconhecimento a priori do valor inicial do vetor de estados
x(t) no instante to.
Visando melhorar a qualidade da estimativa do vetor de estados,
acelerar a convergência e reduzir a sensibilidade paramétrica, o termo
de correção y-Cx-Du pode ser adicionado à estrutura (observador):
( )DuxCyLBuxAx −−++=• ˆˆˆ
onde a matriz Lnxp estabelece a dinâmica de convergência da
estimativa do vetor de estados.
• Estrutura do observador de estados:
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5
• Observabilidade:
o Um estado x é dito ser observável se, para qualquer tempo finito
t1 > 0, um estado inicial x(0) = x0 pode determinado a partir do
histórico de u(t) e y(t) no intervalo [0, t1] . Um sistema é dito ser
observável se todos seus estados são observáveis.
o O conceito de observabilidade descreve como os estados de um
sistema dinâmico são detectados pela saída do sistema. Uma
variável de estado é dita se não observável se a saída y(t) do
sistema não é influenciada de algum modo por esta variável, de
forma que não é possível estimá-la a partir das informações
obtidas na entrada u(t) e na saída y(t) do sistema.
o Um sistema é dito ser observável se todos os seus estados são
observáveis. O sistema é observável se e somente se a matriz de
observabilidade, definida como:
=
−1
2),(
mCA
CA
CA
C
CA
M
O
tem posto (“rank”) completo.
o Se uma representação em espaço de estados é simultaneamente
controlável e observável, ela é dita ser a realização mínima do
sistema, não existindo outra representação com um vetor de
estados de dimensão menor de que realiza a mesma relação
entrada e saída.
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• Erro de estimação
o Uma vez que o propósito do observador é obter um vetor de
estados estimado o mais próximo possível ao vetor de estados
verdadeiro, pode-se definir o erro estimado como:
xxe ˆ−=
o Assim, a dinâmica do erro de estimação será dada por:
eA
LC)e(A)xLC(x)xA(x
)xCL(yBuxABuAxxxe
obs=
=−=−−−=
=−−−−+=−=
ˆˆ
ˆˆ&ˆ&&
Considerando que a equação característica do erro é dada
por:
0=+−=− LCAIAI ss obs
o erro de estimação do observador irá convergir para zero
em um tempo finito se a matriz Aobs=A-LC for estável
(autovalores com parte real negativa).
• Projeto por alocação de pólos
o O projeto da matriz de ganhos L do observador pode ser
realizado de forma similar ao procedimento de alocação de
pólos, visando garantir a convergência dos estados observados e
minimizar a sensibilidade às variações paramétricas.
o Em geral, a matriz L é projetada de forma que a dinâmica do
observador seja mais rápida que a do sistema realimentado (2 ou
4 vezes mais rápida).
Características do sistema em malha fechada
• Uma vez que geralmente nem todos os estados se encontram
disponíveis, torna-se necessário empregar um observador de estados
para realizar a realimentação de estados. Neste contexto, o projeto é
dividido em dois passos:
o Projeto da matriz de ganho de realimentação K através da
alocação de pólos para estabelecer a dinâmica do sistema em
malha fechada;
o Projeto
do observador para estimar as variáveis de estado.
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• Uma vez que o observador é inserido na malha fechada, é necessário
considerar os efeitos de sua inclusão.
o Uma vez que a planta e o observador possuem ordem m, o
sistema resultante em malha fechada será de ordem 2m.
o Sistema controlador-observador:
( ) [ ] LBKLCAIKG
xKu
LyxBKLCAx 1)(
ˆ
ˆˆ −++−=⇒
−=
+−−=
ssec
&
o Modelo de estados do sistema em malha fechada:
Variáveis de estado:
• Vetor de estado do sistema original x;
• Vetor erro de estimação e. ( ) BKeBK)x(AexBKAxxBKAxBuAxx +−=−−=−=+= ˆ&
−
−=
e
x
LCA0
BKBKA
e
x
&
&
Equação característica do sistema em malha fechada:
0=+−+− LCAIBKAI ss
o A adição do observador não desloca os autovalores
estabelecidos no projeto do controlador.
o O sistema resultante possui 2m raízes:
m raízes alocadas no projeto do controlador;
m raízes estabelecidas no projeto do observador.
o Uma vez que a dinâmica do observador é
normalmente projetada para ser mais rápida, os pólos
determinados pelo controlador tendem a ser
dominantes no sistema de malha fechada.
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Observador de ordem reduzida
• Considerando que usualmente as saídas medidas do sistema
consistem nas próprias variáveis de estado, não é lógico estimar tais
estados uma vez que a expectativa é que a medida direta sempre seja
mais precisa que qualquer estimativa, excerto quando a medida é
muito ruidosa (neste caso, o observador pode funcionar como um
filtro para o ruído).
• Para obter um observador de ordem reduzida, o sistema é
particionado de forma a separar os estados medidos y dos estados a
serem estimados x, obtendo-se:
u
B
B
x
y
AA
AA
x
y
+
=
2
1
2221
1211
&
&
[ ]uByAxAx 22122 ++=& (estados estimados)
xAuByAy 12111 =−−& (estados medidos)
• Por analogia, se admitir a equação dos estados estimados como o
novo modelo de estados e que a equação dos estados medidos como a
nova saída, o observador de ordem reduzida será dado por:
[ ] [ ]
[ ] [ ] [ ] yLLBBuyLAAxLAA
xAuByAyLuByAxAx
&
&&
+−+−+−=
−−−+++=
1211211222
1211122122
ˆ
ˆˆˆ
• A eliminação da derivada do vetor y na equação do observador de
ordem reduzida é muito interessante, uma vez que a derivada atua
como um amplificador de ruídos de alta freqüência presentes na
medição. Esta eliminação pode ser executada através de uma
mudança de variável:
yLxxLyxx &&& +=⇒+= ee ˆˆˆˆ
resultando no observador de ordem reduzida:
[ ] [ ] [ ]
Lyxx
uLBByLAALLALAxLAAx
e +=
−+−+−+−=
ˆˆ
ˆˆ 12112112221222 ee&
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Sistemas de controle ótimo baseados na realimentação de estados
• Propriedades da realimentação
( ) ( ) ( ) ( ) SdηrTdGKIηrGKIGKy 11 +−=++−+= −−
( ) ( ) ( ) ( ) TηdrSηGKIGKdrGKIyrε 11 +−=++−+=−= −−
( )[ ] olcl HKGIH 1 ∆∆++=∆ − (sensibilidade às incertezas)
• Controle ótimo: projeto de um compensador K de forma a satisfazer
os seguintes requisitos básicos:
o Estabilidade: O sistema nominal realimentado deve ser estável
na presença de distúrbios;
o Desempenho: Ajuste da referencia, insensibilidade a variações
paramétricas, rejeição de ruídos e distúrbios;
o Robustez: Os critérios de estabilidade e desempenho devem ser
assegurados na presença de incertezas ∆ no modelo.
• Essência do projeto de realimentação:
o Minimizar S na banda de freqüências onde os distúrbios e/ou a
referencia forem elevados (estabilidade e desempenho);
o Minimizar T na banda de freqüências onde as incertezas são
elevadas (robustez).
• Problema da sensibilidade mista: Uma vez que S+T=I, o projeto
consiste basicamente de um “jogo de interesse”, onde, em cada faixa
de freqüências, uma função de transferência é privilegiada em
detrimento da outra de acordo com a importância distúrbio/comando
ou incertezas.
• Evidentemente, o problema da sensibilidade mista pode ser
formulado como um problema de otimização envolvendo as normas
H2 e H∞.
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• Regulador Linear Quadrático (LQR)
o Definição do problema LQR:
Considerando que a realização da planta G(s) seja:
uDwDxCy
uDwDxCz
uBwBAxx
21
12111
21
222 ++=
++=
++=&
onde x = vetor de estados; u = sinal de controle; w = vetor
de ruídos; y = saídas medidas; z consiste em uma
combinação linear entre x, y e u que define os objetivos de
controle.
Admitindo que uma matriz seja pequena se o traço for
pequeno e que a lei de controle seja dada por:
Kxu −=
encontrar para a planta G(s) uma matriz de realimentação
de estados K(s) que minimize a função custo:
[ ] [ ]( ) [ ]( )∫∫ ∞∞ =+= 00 ωω dTrdTrTrJ HHH SWTTTSSWW
onde W é uma função de pesos.
No domínio do tempo, este problema de otimização pode
ser convertido para encontrar uma matriz K(s) que
minimize a função custo:
( )
+= ∫∞→ T dtTEJ TTT 01lim RuuQzz
onde Q e R são as matrizes de peso, normalmente
escolhidas como semidefinidas positivas:
0e0 ≥=≥= TT RRQQ
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11
o Solução do problema LQR (pelo 2o método de Lyapunov)
• Considerando:
FFRKxu T=−= e
e admitindo que D11 e D12 são nulas, o índice J será dado
por
( ) ( )∫∫ ∞∞ +=+= 00 1111 dtdtJ TTTTTTTTT xFKFKQCCxFKxFKxxQCCx
utilizando o 2º método de Lyapunov:
( ) ( ) ( ) ( )[ ]xBKAPPBKAxxPxxFKFKQCCx −+−−=−=+ ccTTcTTTTT dtd11
isto implica que
( ) ( )[ ]
( ) ( )
( ) 0111
11
11
=+−
−
−
−++=
=−+−++
−
−−
QCCPBFFBP
PBFFKPBFFKAPPA
BKAPPBKAFKFKQCC
T
c
TT
c
c
TT
T
c
TT
cc
T
cc
TTTT
e a minimização de J com relação a K requer que:
( ) ( ) ( )
c
T
c
T
c
TT
T
c
TT
PBRK
PBFFKPBFFKPBFFK
2
1
2
1
2
1
2
1
00
−
−−−
=
=′−⇒=
−
−
onde Pc=PcT≥0 deve ser a única solução positiva
semidefinida que satisfaz a equação matricial (conhecida
como equação de Riccati):
0112
1
2 =+−+ − QCCPBRBPAPPA TcTcccT
Embora a solução da equação de Riccati não seja trivial,
ela pode ser obtida através de diversos algoritmos.
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12
o Introdução de termos cruzados no projeto LQR
Eventualmente, o problema do regulador LQR pode
ser estendido para o caso onde termos com produtos
cruzados são introduzidos na medida de desempenho
quadrática, de forma que a função custo torna-se:
= ∫∞→ T dtEJ TTT 0lim uxRN NQux
o que equivale a admitir os objetivos de controle são
dados por:
uDxCz 121 +=
Neste caso, a matriz de realimentação K que minimiza
esta nova função custo é dada por:
( )TcT NPBRK += − 21
onde Pc=PcT≥0 deve ser a única solução positiva
semidefinida que satisfaz a seguinte equação de
Riccati:
( ) ( ) 011212 =+++−+ − QCCNBPRNBPAPPA TTccccT
Este problema pode surgir quando:
• É necessário ponderar a potencia em um sistema;
• Plantas não lineares;
• Índices não são quadráticos.
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13
o Aproximação LQR de Custo Garantido
Para um sistema perturbado:
)u∆(B)x∆(Ax BA +++= 2&
o projeto do controlador LQR pode assegurar um nível
de desempenho linear quadrático considerando todos
os distúrbios admissíveis na planta, garantindo uma
estabilidade robusta para o sistema de malha fechada
(aproximação de custo garantido).
• Idéia básica: encontrar um sinal de controle tal
que o limite superior de um distúrbio
independente
seja minimizado na medida de
desempenho dada por:
( )
+= ∫∞0 dtEJ TT RuuQzz
• Solução:
xPBRKxu c
T
2
1−−=−=
onde Pc satisfaz a equação de otimização de custo
garantido:
0)(112
1
2 =++−+ − cPUQCCPBRBPAPPA TcTcccT
A equação de otimização de custo garantido se adapta
a diferentes situações, dependendo em particular da
seleção da função U(Pc), que por sua vez, depende da
natureza do distúrbio ∆A.
Na prática, a tarefa de encontrar a função U(Pc) é
muito complicada.
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14
[ ]xKBAx 2−=&
o Propriedades do regulador LQR
O regulador LQR sempre é assintoticamente estável, uma
vez que os autovalores da matriz [A-B2K] sempre estão
alocados no semiplano aberto esquerdo.
Variações de fase de até 60o podem ser toleradas
simultaneamente em cada entrada (margem de fase de pelo
menos 60o).
O ganho pode ser aumentado indefinidamente sem perda
de estabilidade (margem de ganho infinita).
O regulador LQR apresenta robustez contra qualquer
incerteza multiplicativa não estruturada ∆ tal que:
( )( )
2
1≤∆ ωσ j
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15
• Filtro de Kalman
o Considerando que nem todos estados da planta G(s) estejam
disponíveis, o sinal de medição seja corrompido por ruídos e
que A e C2 formam um par completamente observável, a
estrutura de um observador de estados é dada por:
uDxCy
y)yL(uBAxx
2
2
22ˆ
ˆˆ
+=
−++=&
onde o erro de estimação é dado por:
[ ] x)x(Ax)x(LCA
x)x(LCxxAy)yL(xxAxx
2
2
−=−−=
=−+−=−+−=−
ˆˆ
ˆ)ˆ(ˆ)ˆ()ˆ(
obs
dt
d
o Se Aobs é uma matriz estável, o erro de estimação tende
assintoticamente a zero, mesmo que )0()0(ˆ xx ≠ . O projeto do
observador pode ser feito visando obter uma estimativa ótima
dos estados no sentido que { }x)x(x)x( −− ˆˆ TE seja minimizada.
Neste caso, a solução é dada por
1
2
−= VCPL Tf
sendo que Pf = PfT≥0 é a única solução semidefinida positiva que
satisfaz a seguinte equação de Riccati:
0112
1
2 =+−+ − TfTffTf WBBPCVCPAPAP
onde V e W são matrizes de peso, geralmente escolhidas como
as matrizes de covariância do ruído de medição e do ruído de
estados, respectivamente.
o Este observador ótimo é denominado filtro de Kalman, e a sua
solução é dual a solução do LQR (basta trocar na equação de
Riccati A→AT, B2→C2T, R→V e C1TQ C1 → B1WB1T). Desta
forma, o mesmo algoritmo para obtenção do compensador K
pode ser utilizado para a obtenção do ganho do observador L.
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16
• Regulador Linear Gaussiano (LQG)
o O Regulador Linear Gaussiano (LQG) consiste na combinação
do regulador LQR com o filtro de Kalman. Neste contexto, o
resultado ótimo é obtido utilizando a estimativa ótima xˆ do
filtro de Kalman como a medida exata dos estados x para o
regulador ótimo LQR, reduzindo o problema LQG em dois
problemas distintos:
Subproblema do regulador (LQR)
Subproblema da estimativa de estados (filtro de Kalman).
o Os autovalores da planta compensada consistem na união dos
autovalores alocados pelo regulador LQR e dos autovalores do
filtro de Kalman, resultando em um esquema total internamente
estável sob todas as condições declaradas.
o Estrutura do compensador LQG
o Embora tanto o regulador LQR quanto o filtro de Kalman
apresentem boas propriedades de robustez e desempenho, o
compensador LQG resultante pode exibir uma margem de
estabilidade relativamente pobre, uma vez que seria desejável
que a razão de retorno do LQR não fosse alterada com a
inclusão do filtro de Kalman:
Razão de retorno ideal (ponto 2): [ ] 21 BΦKGK −=
onde [ ] 1−−= AsIΦ
Razão de retorno real (ponto 1):
[ ] 2BΦ2C1LΨ2CILΨK1GK −+−=
onde [ ] 1−+−= KBAsIΨ 2
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17
• Recuperação das propriedades de malha (LTR)
o Felizmente, é possível forçar a razão de retorno no ponto 1 a ser
aproximadamente igual a razão de retorno no ponto 2 através do
projeto do filtro de Kalman. Fazendo B1=B2, Σ=I e
W=Wo+qΣ, é possível provar que :
[ ] [ ]2GKGK =∞→ 1limq
o Procedimento LTR
1. Escolher as matrizes de peso Q e R e encontrar o ganho K
do LQR;
2. Especificar a matriz de peso W do filtro de Kalman como
uma estimativa da covariância do ruído;
3. Selecionar um parâmetro q pequeno e calcular W;
4. Sintetizar o ganho do filtro de Kalman L;
5. Verificar, através dos valores singulares, se houve a
recuperação da função de transferência do LQR;
6. Se a recuperação não foi verificada, aumentar o parâmetro
q e repetir todo procedimento a partir do passo 4.
o Se o parâmetro q for maior que o necessário, existe a tendência
que os ganhos altas freqüências caiam a somente 20 dB/dec.
o O procedimento LTR simplifica o projeto do compensador
LQG, uma vez que reduz o número de matrizes a ser
especificado de forma independente:
Os requisitos de desempenho podem ser concentrados na
manipulação de Q e R do LQR e a recuperação das
propriedades de malha é obtida através da sintonia do filtro
de Kalman.
Também é possível projetar o filtro de Kalman
manipulando as matrizes de covariância W e V para obter
os requisitos de desempenho, sintonizando o regulador
LQR para a recuperação das propriedades de malha.
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18
• Introdução de integradores no projeto LQG
o Um dos requisitos mais comuns em um sistema de controle é
que o erro estacionário em regime permanente seja nulo para
entradas em degrau, o que é garantido sempre com a introdução
de uma ação integral ao controlador. A ação de controle integral
é garantida sempre que houver um pólo na origem para cada
elemento da matriz G(s)K(s).
o Quando isso não ocorrer, tal efeito é obtido introduzindo
integradores no sistema aumentando o modelo original da
planta.
Considerando o sistema:
Cxy
BuAxx
=
+=&
onde y é o vetor das variáveis que se deseja controlar
Novos estados ε, definidos como: ( ) ( )∫ −=∫ −= dtdt rCxryε
podem ser introduzidos na planta da seguinte forma:
−+
∆=
r
u
I0
0B
ε
x
C
0A
ε
x
&
&
, onde a matriz ∆→0.
Em regime permanente, ε=εs e x=xs. Então:
( )suu0Bsεε s
xx
∆C
0A
ε
x
su0
B
sε
sx
∆C
0A
r
I
0 −
+
−
−
=
⇒
+
=
&
&
Admitindo a lei de controle como:
sε2Kε2Ksx1Kx1Ksεε
sxx
2K1Ksuu +−+−=−
−−=−
Os termos em regime permanente serão cancelados
mutuamente (us=-K1us-K2εs), e uma ação integral é
inserida no controlador:
( )∫ −−−= dtry2Kx1Ku
o Para obter o controlador LQG, a matriz ∆ não pode ser nula
(ideal), uma vez que neste caso os novos estados não seriam
controláveis. Um artifício utilizado para obter a ação integral, é
adotar uma matriz ∆ tão pequena quanto possível.
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19
• Uso de pesos variáveis
o O uso de pesos fixos restringe o projeto LQG somente a
obtenção das propriedades de desempenho e robustez. O
emprego de pesos variáveis aumenta a flexibilidade do projeto,
habilitando-o para a realização de estruturas mais apropriadas às
especificações de desempenho e estabilidade.
o O uso de pesos variáveis implica na inclusão de variáveis
fictícias de estado ao modelo nominal com o propósito de
adicionar dinâmicas extras no sistema original (similar à
inclusão de integradores). Como exemplo, considere o projeto
de um regulador LQG para o seguinte sistema:
[ ] ( ) 1e1
4,01
0
20
11
00
2
2
1
2
1
2
1
=+=
=
+
−=
R
s
Q
x
x
z
u
x
x
x
x
&
&
definindo uma variável de estado auxiliar x3 como:
31313 21
2 xxxx
s
x −=⇒+= &
o problema é convertido para a forma padrão da seguinte
maneira:
[ ] 11~,100~
0
0
20
102
011
000
3
2
1
3
2
1
3
2
1
==
=
+
−
−=
ReQ
x
x
x
z
u
x
x
x
x
x
x
&
&
&
o Uma vez que a ordem do modelo aumenta com a inclusão de
dinâmicas extras, o uso de pesos variáveis implica no aumento da
complexidade do controlador. Considerando que os novos estados
são fictícios, evidentemente não estarão disponíveis para medição
direta, sendo necessário o uso do filtro de Kalman.
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20
• Formalização dos requisitos de controle
o Uma grande parte dos esforços no projeto da matriz K tem como
objetivo configurar o ganho de malha GK para para satisfazer os
requisitos de estabilidade, desempenho e robustez, fazendo que as
funções sensibilidade S=(I+GK)-1, sensibilidade complementar
T=GK(I+GK)-1 e Gwu=-KS (que representa a função de
transferência entre as entradas exógenas w e u) sejam pequenas.
o Uma vez que é impossível minimizar simultaneamente todas as
referidas funções, o “jogo de interesses” no qual uma função de
transferência é privilegiada em detrimento das outras para uma
determinada faixa pode ser formalizado pela extensão do modelo
nominal G:
o Este sistema aumentado depende somente do modelo nominal G e
das três matrizes de peso WS, WT e Wu, e apresenta dois tipos de
saídas:
Sinais de medição disponíveis: y=Gu+w
Requisitos de controle:
+
=
=
)(3
2
1
wGuW
GuW
uW
z
S
T
u
z
z
z
o Se o sinal de u corresponde à realimentação de y (u=-Ky) então a
função de transferência de w para z será:
w
SW
TW
GW
z
−
−
=
S
T
wuu
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21
o Controlador ótimo H2
o O modelo nominal G aumentado com os requisitos de controle
pode ser escrito como:
++=
++=
++=
⇔=
u2Dw1DxCy
u12Dw11Dx1Cz
u2Bw1BAxx
u
w
22G21G
12G11G
y
z
ee
ee
222
&
o O problema declarado pela teoria de controle ótimo H2 é encontrar
um controlador K(s) próprio e real racional que estabilize
internamente o sistema G(s), minimizando o critério:
∫∞ ++=
0
2
2)()(
2
2)()(
2
2)()(2
1 ωωωωωωωπ djwujujjTjjSJ GWTWSW
que corresponde a minimizar a norma H2 da matriz de
transferência de w para z do modelo estendido Ge, dada por:
21G
1
K22GIK12G11GzwG eeee
−−+=
o Assumindo que G e WS são funções estritamente próprias (no
modelo de estados, D=0), a solução do problema H2 é dada por:
−=
−++=
=
xP2Bu
x2Cy2CPBuxAxK
ˆ
)ˆ(ˆˆ
)(
c
T
T
fs
&
onde Pf e Pc correspondem a solução das seguintes equações de
Riccati:
01122 =+−+ TfTffTf BBPCCPAPAP
01122 =+−+ CCPBBPAPPA TcTcccT
o O problema do controlador LQG pode ser colocado na forma
padrão do problema do controle ótimo H2, consistindo em um caso
especial muito importante do controlador ótimo H2.
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22
• Controladores H∞
o Embora o projeto H2 apresente boas propriedades de robustez,
essa condição pode ser melhorada com o projeto H∞.
o Admitindo a presença de incertezas aditivas ∆ não estruturadas
no sistema cuja única informação disponível é o limite superior
de ganho r(s), dado por: ( )[ ] )(max ωωσ jrj <∆ para cada ω,
O teorema dos pequenos ganhos assegura que a
estabilidade do sistema é mantida na presença de todos
distúrbios possíveis da planta se:
( ) 11 <+= ∞−∞ GKI∆GK∆T
Neste contexto, um objetivo plausível para o projeto de
controle é encontrar um compensador K(s) que estabilize
internamente o sistema e minimize ||GK(I-GK)-1||∞.
o Problema proposto pela teoria de controle ótimo H∞: encontrar
um compensador K(s) que estabilize internamente a planta G(s)
e minimize ||Tzw||∞ do modelo expandido, onde Tzw representa a
função de transferência entre z e w.
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23
o Caracterização do controlador H∞
Uma vez que a caracterização do controlador ótimo H∞ é
mais difícil do que para o problema sub-ótimo,
normalmente procura-se encontrar todos Ksub(s)
admissíveis tais que ||Tzw||∞<γ.
Considerando o sistema expandido dado por:
++=
++=
++=
⇔
=
u2Dw1DxCy
u12Dw11Dx1Cz
u2Bw1BAxx
u
w
22G21G
12G11G
y
z
ee
ee
222
&
onde é admitido que D11=0 e D22=0 para simplificação das
fórmulas, o controlador sub-ótimo H∞ é dado por: ( )
−=
−++==
∞
∞∞∞
xFu
xCyLZuBxAx
K 2
ˆ
ˆˆˆ
)( 2
&
ssub
onde:
( ) 12
2
2
−
∞∞
−
∞
∞∞∞∞
∞
−
∞
−=
==
+=
XYIZ
CYLXBF
XBBAA
2
11
γ
γ
TT
T
e as matrizes X∞ e Y∞ são as soluções das seguintes
equações de Riccati:
0BBYCCYAYYA
0CCXBBXAXXA
T
11
TT
1
T
1
TT
=+++
=+++
∞∞∞∞∞∞
∞∞∞∞∞∞
onde:
TTT
TTT
CCCCCC
BBBBBB
2211
2
2211
2
−=
−=
−
∞∞
−
∞∞
γ
γ
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24
o Condições para existência da solução para o problema sub-
ótimo H∞:
X∞≥0,
Y∞≥0,
ρmax( X∞Y∞)<γ2.
o Solução do problema do controlador ótimo H∞:
Procedimento iterativo para encontrar o menor valor de γ
que permita satisfazer de forma consistente as condições de
existência da solução.
o A aproximação para o problema H∞ tem paralelo com a teoria
H2. Embora o controlador H∞ apresente certas similaridades com
o controlador H2, existem algumas diferenças que refletem o
fato do critério H∞ corresponder ao projeto para os piores sinais
exógenos:
O controlador H∞ é mais conservativo que o controlador
H2.
Uma diferença fundamental é que o controlador H∞
depende do distúrbio através de B1 enquanto que no
análogo H2 o problema de estimação do sinal ótimo de
controle é equivalente à estimativa dos estados.
• O controlador H∞ pode ser escrito como: ( )
xFu
yxCLZuBwBxAx 221
ˆ
ˆˆˆˆ
∞
∞∞
−=
−+++= pior&
onde:
xXBw ˆˆ 1
2
∞
−= Tpior γ
é a estimativa do pior caso de distúrbio no sentido de
maximizar 22
22
2 wz γ− e Z∞L∞ corresponde à matriz
de ganho ótimo para a estimação do sinal ótimo de
controle na presença do distúrbio wpior.
• A solução H∞ se aproxima da H2 quando γ→∞, ou
seja, o distúrbio wpior=0 para no análogo H2.
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25
o Outras propriedades dos controladores H∞:
Representando o sistema G na forma fatorada:
INNMM
NMG
=−+−
= −
)()()()(
)()()( 1
ssss
sss
TT
um controlador H∞ estabilizará todos os sistemas descritos
como:
( ) ( )NM ∆N∆MG ++= −1
desde que:
[ ] γ
1<∞MN ∆∆
o que significa que 1/γ pode ser utilizado como uma medida
da robustez do projeto (quanto menor γ, maior a robustez
do sistema realimentado).
A função de custo do controle ótimo H∞ permite passar
todas as freqüências (filtro passa-tudo), isto é σmax(Tzw)=1
para todo ω∈ℜ;
A ordem de um controlador sub-ótimo H∞ é igual à ordem
da planta (n estados). Um controlador H∞ ótimo pode ser
calculado tendo pelo menos (n-1) estados;
Em qualquer problema formulado como sensibilidade
mista, o controlador H∞ cancela pólos estáveis
da planta
com seus zeros de transmissão e desloca qualquer pólo
instável para a posição de sua imagem no eixo jω.
O projeto de controle H∞ pode facilmente combinar várias
especificações, tais como:
• Atenuação de distúrbios;
• Rastreamento;
• Limitação da banda passante;
• Estabilidade robusta;
• Compromisso entre desempenho e esforços de
controle,
• Capacidade de estabilização frente a distúrbios não
estruturados.
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26
• Seleção das Funções de Peso
o O projeto de um controlador consiste basicamente na escolha do
modelo nominal da planta e na seleção funções de peso
(consideradas os parâmetros livres do projeto).
o Considerando que, em diversas circunstâncias, as restrições
podem ser formuladas naturalmente como problemas de
minimização da norma H2 ou H∞, a manipulação de forma
inteligente dos objetivos através das funções de peso é de suma
importância para a obtenção de um projeto satisfatório para o
controlador.
o No caso do projeto de um controlador ótimo, a seleção dos
pesos tem como objetivos estabelecer uma adequada limitação
das faixas de freqüências do sistema, bem como proporcionar o
escalamento das entradas e saídas do sistema.
o A seleção das funções de peso do controlador deve refletir o que
é razoável, evitando requisitos impossíveis e/ou contraditórios.
o Devido à natureza específica do problema, a seleção das
matrizes de peso é uma tarefa relativamente complexa, uma vez
que não existem regras gerais para construí-las ou modificá-las.
Embora não existam regras gerais para a seleção das funções de
peso, algumas recomendações podem ser adotadas:
Restringir a escolha dos pesos às funções racionais estáveis
e de fase mínima;
Uma vez que a ordem do controlador resultante é igual à
ordem da planta nominal aumentada com os pesos, é
desejável adotar funções de ordem pequena;
Visando assegurar bom ajuste e boa rejeição de distúrbios,
uma função passa-baixa deve ser utilizada para ponderar a
função sensibilidade S(s);
Uma função passa-alta deve ser usada para ponderar a
função sensibilidade complementar T(s) visando limitar a
largura de faixa da malha fechada;
Utilizar peso nas entradas de todos atuadores do sistema a
fim de evitar a saturação dos mesmos.
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27
• “Loop Shaping”
o Abordagem de projeto “Loop Shaping”: Uma vez que o
comportamento de malha fechada pode ser determinado
manipulando os ganhos de malha aberta, os objetivos de malha
fechada do sistema compensado podem ser especificados de
acordo com os requerimentos dos valores singulares de malha
aberta.
o A princípio, a execução de um projeto “Loop Shaping” pode ser
complicada devido à necessidade de assegurar também a
estabilidade do sistema de malha fechada resultante. Entretanto, as
metodologias H2/LQG ou H∞ oferecem uma possibilidade de
simplificar este processo, uma vez que asseguram
automaticamente os requerimentos de estabilidade e robustez do
sistema em malha fechada. Assim, os esforços podem ser
concentrados apenas na manipulação das funções de peso para se
obter a adequada configuração dos valores singulares.
A teoria H∞ fornece um procedimento confiável e direto para
sintetizar um controlador que satisfaz de maneira ótima as
especificações de “Loop Shaping” dos valores singulares.
A síntese H2/LQG lida de forma menos direta, utilizando um
procedimento iterativo.
o Uma das dificuldades com o projeto “Loop Shaping” é que a
seleção apropriada dos objetivos de malha fechada e pesos não é
direta, e tende a ser específica para cada caso particular. Por outro
lado, é possível especificar as funções de malha fechada sem
considerar as propriedades da planta nominal, o que pode ser
freqüentemente indesejável por resultar em controladores cujos
zeros cancelam pólos estáveis da planta, o que é inaceitável
quando existem modos levemente amortecidos.
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28
• Procedimento de projeto Loop Shaping:
o Normalizar as entradas e saídas da planta com o propósito de
melhorar o condicionamento numérico do projeto e simplificar a
seleção de pesos. Procurar tornar G o mais diagonal possível;
o Selecionar um pré-compensador W1 e/ou um pós-compensador
W2 com o propósito de obter as propriedades desejadas de
malha aberta especificadas no projeto:
O pré-compensador W1 é selecionado para obter a forma
básica do ganho de malha GW1 (confinamento dos valores
singulares, inserção de integradores, inclinação na
freqüência crítica de –20dB/dec, maiores inclinações para
altas freqüências, etc).
O pós-compensador W2 é selecionado visando ajustar a
faixa de passagem e obter um melhor desacoplamento entre
canais (diagonal dominância).
o A planta nominal G e as funções de peso W1 e W2 são
combinadas conforme a figura, formando a planta P= W2GW1.
Assume-se que W1 e W2 são selecionados de maneira que P não
contenha modos escondidos;
o Sintetizar o controlador estabilizante Kc para a planta P. Se γ>4,
a robustez do projeto não é tão expressiva, de forma que o pré-
compensador W1 deve ser modificado.
o O controlador final é construído combinando o controlador Kc
com as funções de peso W1 e W2, tal que K= W1KcW2.
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29
• Considerações Finais
o Tanto a metodologia H2/LQG como a H∞ tem comprovado a sua
utilidade em diversas aplicações devido ao fato que uma soma
ponderada de termos é minimizada. As filosofias de projeto
H2/LQG e H∞ constituem excelentes alternativas para o projeto
de controladores para sistemas onde são importantes requisitos
referentes à rejeição de distúrbios e à supressão de ruídos.
Através de uma apropriada estratégia de projeto, estas
metodologias de projeto também oferecem um bom grau de
robustez para variações paramétricas e dinâmicas não
modeladas inerentes ao sistema.
o Dependendo da complexidade da planta ou da lei de controle, os
projetos H2/LQG e H∞ podem resultar em controladores de
ordem consideravelmente maior do que a necessária. Isto se
deve a geração de variáveis de estados fictícias não observáveis
ou não controláveis pelos algoritmos empregados para encontrar
o controlador H2/LQG ou H∞. Entretanto, à luz das
especificações nominais de projeto, é possível a simplificação
do sistema de controle final com pouca alteração no
desempenho do sistema através da aplicação de algoritmos
confiáveis para a redução de modelos visando eliminar estados
supérfluos, reduzindo significantemente a complexidade do
controlador.
o Em muitos casos práticos, utilizando a norma H∞ como
referência, o controlador H2 pode apresentar um desempenho
semelhante (ou melhor) ao de um controlador H∞, considerando
funções peso fixas. Neste contexto, surgiu o projeto H2/H∞
misto, algumas vezes referido como projeto H∞/LQG
combinado, baseado no fato que a solução da equação de Riccati
pode ser usada para garantir um limite da norma H∞ e um limite
da norma H2 simultaneamente. O primeiro limite pode ser usado
para assegurar a estabilidade robusta a distúrbios não
estruturados, e o segundo limite pode ser usado para minimizar
o custo garantido para um problema LQG nominal.
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30
• Redução de modelos
o Controladores projetados utilizando a abordagem H2 e/ou H∞
terão uma dimensão igual ou maior que a ordem da planta
devido à geração de variáveis de estados fictícias para acomodar
funções de peso variáveis com a freqüência.
o Neste contexto, uma questão importante visando simplificar
tanto a análise como a implementação de sistemas de controle é
a possibilidade de eliminar estados supérfluos, reduzindo a
ordem do sistema com pouca alteração no desempenho final.
o Um sistema na forma de modelo de estados
pode ser
representado por outro de menor ordem quando existem modos
(combinação de variáveis de estado) que são incontroláveis e/ou
não observáveis, os quais podem ser eliminados sem influenciar
a relação entrada-saída. Desta forma, um bom ponto de partida
para a redução de modelos consiste em encontrar modos que são
quase incontroláveis ou quase não observáveis.
o Representações em modelo de estados de um sistema
Considerando que um sistema controlável e observável na
forma de espaço de estados
DuCxy
BuAxx
+=
+=&
pode ser representado em muitas bases diferentes a partir da
mudança de variáveis. Definindo um novo vetor de estados
como
Txξ =
e o mesmo sistema será representado por:
DuξCTy
TBuξTATξ
+=
+=
−
−
1
1&
A transformação de um sistema a partir da matriz T
permite obter uma representação mais conveniente, na qual
determinadas características podem ser mais bem
ressaltadas.
Mariana
Highlight
pólos dominantes - null
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
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31
Gramiano de controlabilidade: Matriz que descreve a
influência das entradas sobre cada estado do vetor x.
∫=
∞
0
dtee tTtx
TAA BBS
• Expressando o gramiano de controlabilidade em
termos da variável ξ:
T
xTTSS =ξ
• Se T é escolhida de tal forma que Sξ seja diagonal, os
elementos da diagonal representam uma medida da
controlabilidade relativa de cada variável de estado ξk,
ou seja, o quanto ξk é influenciada pela entrada.
Gramiano de observabilidade: Matriz que descreve a
influência de estado do vetor x sobre a saída:
∫=
∞
0
dtee tTt
T
x
AA CCO
• Expressando em termos da variável ξ:
1−−= TOTO xTξ
• Se T é escolhida de tal forma que Oξ seja diagonal, os
elementos da diagonal representam uma medida da
observabilidade relativa da variável de estado ξk, ou
seja, o quanto ξk influencia a saída.
Representação balanceada dos estados do sistema
• Selecionando uma matriz de transformação T tal que
===
nσ
σ
σ
ξξ
000
00
00
2
1
MOMM
L
L
ΣOS
obtêm-se uma representação dita balanceada que
permite visualizar a importância das variáveis de
estado na relação entrada-saída. Quanto menor o valor
de σk, menor será a influência da correspondente
variável ξk na relação entrada-saída do sistema.
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
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32
Eliminação de Estados
o Um valor pequeno de σk significa que a dinâmica da
correspondente variável de estado ξk não é tão
importante para as propriedades entrada-saída do
sistema.
o Tais estados podem ser removidos sem afetar
apreciavelmente a dinâmica original, reduzindo a
ordem do sistema. Neste contexto, é interessante
utilizar a representação balanceada de estados para a
redução da ordem do sistema. A partição da
equação de estado resulta em:
[ ] Du
ξ
ξ
CCy
u
B
B
ξ
ξ
AA
AA
ξ
ξ
2
1
21
2
1
2
1
2221
1211
2
1
+
=
+
=
&
&
Considerando que o vetor ξ2 seja os estados a
serem eliminados, a dinâmica de ξ2 deve ser
substituída por sua correspondente relação
estática para assegurar as propriedades
estacionárias originais:
( )uBξAAξξ 212112222 +−=⇒= −0&
O modelo de ordem reduzida é obtido
substituindo a relação estática de ξ2 na equação
dinâmica de ξ1 ( ) ( )
( ) ( )uBACDξAACCy
uBAABξAAAAξ
2
1
222121
1
2221
2
1
22121121
1
2212111
−−
−−
−+−=
−+−=&
o qual consiste em uma boa aproximação para
o sistema original
Validação: Comparações entre o modelo
original e o modelo de ordem reduzida
utilizando resposta ao degrau e/ou diagramas
de Bode.
Mariana
Highlight
Mariana
Highlight
E2 nao esta variandanullsua derivada é igual a zero