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RELATORIO FINAL OPU GRUPO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
FACULDADE DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JACQUELINE WEIS BONFANTI 
JULIANA STRELOW 
LIANA PAULA ABREU DA SILVA 
PÂMELA SANTOS SILVA 
SUELEN CRISTINA DE FREITAS PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIOS I, II e III 
Disciplina: Operações Unitárias Farmacêuticas 
Turma: B 
Profª: Cynthia Isabel Ramos Vivas Ponte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE, 
JUNHO 2012 
 
Relatório I: Preparação do Líquido 
 
1) Indique as operações para obtenção de cada tipo de água, segundo 
a Farmacopeia Brasileira. 
 
Água Potável: É obtida por tratamento da água retirada de mananciais, 
por meio de processos adequados para atender às especificações da 
legislação brasileira. 
 
Água purificada: É obtida por uma combinação de sistemas de 
purificação, em uma sequência lógica, tais como múltipla destilação, 
troca iônica, osmose reversa, eletrodeionização, ultrafiltração, ou outro 
processo capaz de atender, com a eficiência desejada, aos limites 
especificados para diversos contaminantes. 
 
Água para injetáveis: O processo de purificação de primeira escolha é 
a destilação. Alternativamente a API, também pode ser obtida por 
processo equivalente ou superior à destilação para a remoção de 
contaminantes químicos e microorganismos. 
 
Água reagente: É produzida por um ou mais processos como destilação 
simples, deionização, filtração, descloração ou outro, adequados às 
características específicas de seu uso. 
 
Água Ultrapurificada: É preparada pela complementação de um 
conjunto de processos, como destilação, troca iônica, osmose reversa, 
dentre outros. 
 
 
 
2) Escolha e justifique o melhor equipamento para obtenção de cada 
tipo de água. 
 
Destilação: O destilador simples é o melhor equipamento, pois é o mais 
utilizado para purificar água em laboratórios, farmácias de manipulação 
e na indústria farmacêutica. Este equipamento separa um liquido de uma 
substancia não volátil, onde o produto final será água pura. 
 
Adsorção: O carvão ativado tem um papel muito importante na 
purificação da água, pois elimina cor, odor, mau gosto e remove 
substâncias orgânicas dissolvidas através do mecanismo de adsorção. 
Ele também remove compostos orgânicos, fenólicos e substâncias que 
diminuem a qualidade da água. 
 
Troca iônica: O deionizador de leito misto (possui misturadas resinas 
catiônicas e aniônicas em uma coluna) é o trocador de íons mais 
utilizado, com este equipamento não é preciso fazer a água passar 
sucessivamente sobre colunas de troca de cátions e de troca de anions, 
facilitando o processo de deionização. A regeneração é um pouco mais 
complexa, sendo necessário separar previamente as duas resinas, essa 
separação é feita por diferença de densidade. 
 
Filtração: Osmose reversa e ultrafiltração são os equipamentos 
utilizados, porém o de osmose reversa é o equipamento mais utilizado. 
O que diferencia os equipamentos são os tamanhos das partículas que 
são retidas pela membrana e as características da própria membrana. A 
osmose reversa é densa já a de ultrafiltração é microporosa. As 
membranas da ultrafiltração retêm partículas cujo diâmetro varia entre 
10 a 200 Å, as partículas retidas são macromoléculas que contribuem 
pouco para a pressão osmótica, pois não é tão elevada como na osmose 
reversa. 
 
Eletrodeionização: Os sistemas combinam resinas catiônicas e 
aniônicas com membranas semipermeáveis e a aplicação de um campo 
elétrico, promovendo assim a remoção de íons de forma contínua, isto é, 
sem necessidade de parada para regeneração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório II: Preparação do Sólido 
 
1) Monte um fluxograma com a sequência de todas as operações e 
equipamentos utilizados da matéria-prima ao produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Faça um quadro com os seguintes itens: 
 
 
Operações 
Unitárias 
Justificativa do 
seu emprego 
Parâmetros 
Importantes 
Equipamentos Critério de 
escolha 
 
 
 
Tamisação 
 
 
Separa as 
diferentes frações 
de um sólido. 
 
Velocidade de 
alimentação, inclinação 
do tamis, tamanho e 
umidade da partícula, 
estado do tamis, 
velocidade de 
alimentação. 
 
 
 
Tamis 
laboratorial 
Objetivo da 
operação; 
análise 
completa da 
granulometria 
da 
alimentação; 
fluxograma 
do processo. 
 
 
Desintegração 
Obtenção de 
partículas sólidas 
menores a partir 
de um todo. 
 
Dureza, tamanho, 
elasticidade, 
moabilidade, abrasão, 
umidade. 
 
Moinho de 
Bolas e 
Triturador de 
Martelos 
Padronização 
das partículas 
sólidas 
obtendo pó 
como produto 
final. 
 
 
Dissolução 
 
 
Separa o soluto 
de um solvente. 
 
Estado de divisão da 
matéria prima, agitação, 
temperatura, natureza do 
solvente. 
 
 
Soxhlet 
Dissolução à 
quente, 
sistema 
fechado e 
extração 
contínua. 
 
 
 
Adsorção 
 
 
Efeito 
descorante. 
Porosidade do 
adsorvente; 
Granulometria do 
adsorvente; 
Temperatura e 
Seletividade do 
adsorvente 
 
 
 
Tanque com 
carvão vegetal 
ativado 
 
 
Separa os 
pigmentos da 
solução. 
 
 
 
Filtração 
 
Separação do 
sólido de um 
fluido que o 
carreia. 
 
 
 
 
Área do filtro, espessura 
da torta, pressão, 
viscosidade, 
temperatura, tipo de 
meio filtrante. 
 
 
 
Tambor 
rotatório 
Quantidade 
do material 
que deve ser 
operado; grau 
de separação 
que se deseja 
efetuar. 
 
 
 
 
 
Cristalização 
 
 
 
 
Obtenção de 
cristais a partir de 
uma solução. 
 
 
 
Temperatura, 
evaporação do solvente, 
nucleação, mudança do 
solvente. 
 
 
 
 
Tanque com 
resfriamento 
Possuem 
serpentinas 
que passam 
agente de 
resfriamento. 
O tempo da 
cristalização 
é mais rápida 
obtendo 
assim cristais 
menores. 
 
 
Evaporação 
Concentrar a 
solução, 
vaporizando parte 
do solvente para 
operação 
seguinte de 
Propriedade do solvente, 
como 
viscosidade,sensibilidade 
e temperatura. 
 
 
Tubos verticais 
curtos 
Separa 
material não 
viscoso nem 
termolábil. 
secagem. 
 
 
 
Secagem 
 
 
 
Eliminar a água-
mãe. 
 
Características físicas do 
material seco e do 
material úmido; 
Teor inicial e final de 
umidade; 
Diferença de 
temperatura; 
Tempo de secagem 
 
 
 
Estufa 
ordinária de 
recirculação. 
 
 
 
Não 
superaquece 
o material. 
 
 
 
 
 
Recristalização 
 
Reaproveitamento 
da água-mãe, 
para obtenção de 
mais cristais 
puros. 
 
 
 
 
Temperatura 
Nucleação 
Evaporação do solvente 
 
 
Tanque 
agitado com 
resfriamento 
Por ser 
fechado, o 
equipamento 
evita a 
contaminação 
do sólido e o 
obtém de 
forma mais 
rápida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório III 
 
A. Cite as operações unitárias empregadas para atender a técnica e 
obter o produto. 
 
Preparação do Líquido: 
 
 Filtração 
 Adsorção 
 Microfiltração 
 Troca Iônica 
 Destilação 
 
Preparação do Sólido: 
 
 Tamisação 
 Trituração 
 Moagem 
 Dissolução 
 Adsorção 
 Filtração 
 Cristalização 
 Evaporação 
 Recristalização 
 Secagem 
 Moagem 
 
 
B. Indique o melhor equipamento para cada operação empregada na 
obtenção do produto justificando sua escolha. 
 
 
 
 Filtração: módulo com filtro de 5µm 
 Adsorção: módulo com carvão ativo
Justificativa: o carvão ativo possui uma alta capacidade de 
adsorção e remove o cloro da água. 
 Microfiltração:módulo com filtro de 1 µm 
Justificativa:como o produto é de uso externo, a porosidade desse 
filtro é suficiente para retirar as impurezas. 
 Troca iônica: deionizador de leito misto 
Justificativa: é a melhor coluna, pois adsorve íons catiônicos e 
aniônicos. 
 Destilação: destilador de água de vidro 
Justificativa: o vidro é o material mais inerte. 
 Tamisação: tamis de barras inclinadas 
Justificativa: separa as partículas pelo seu tamanho para um melhor 
aproveitamento da matéria-prima. 
 Trituração: triturador de martelos 
Justificativa: é o equipamento mais adequado ao tamanho da 
matéria-prima com um tamanho maior e por apresentar a força mais 
adequada. 
 Moagem:moinho de bolas 
Justificativa: é o equipamento mais adequado devido à abrasividade 
da matéria-prima. 
 Dissolução:agitador de pás curtas 
Justificativa: o equipamento foi escolhido porque faz a dissolução e 
a mistura de dois componentes e permite a dissolução a quente. 
 Adsorção: tanque com carvão ativo 
Justificativa: o equipamento foi escolhido porque o carvão ativo irá 
retirar a cor da matéria-prima. 
 Filtração: filtro tambor rotatório 
Justificativa: o equipamento foi escolhido porque a solução tinha 
muito sólido em suspensão. 
 Cristalização: tanque com resfriamento 
Justificativa: o equipamento foi escolhido por trabalhar fechado, 
diminuindo o risco de contaminação. 
 Evaporação: evaporador de tubos longos verticais de circulação 
forçada 
Justificativa: o equipamento foi escolhido, pois possui uma bomba 
que faz a matéria-prima passar mais rápido, evitando incrustações. 
 Recristalização: Classificador por resfriamento 
Justificativa: o equipamento foi escolhido, visto que faz a 
classificação dos cristais pelo tamanho. 
 Secagem: estufa ordinária de recirculação 
Justificativa: o equipamento foi escolhido, pois permite o controle de 
temperatura e o reaproveitamento do ar, diminuindo o gasto de 
energia. 
 Moagem: moinho de bolas 
Justificativa: o equipamento foi escolhido devido a abrasividade da 
matéria-prima. 
 
C. Existem diferenças nesta forma farmacêutica obtida a partir das 
operações unitárias utilizadas? Se houver, explique quais e porquê. 
 
Existem diferenças como, por exemplo, no soro fisiológico, usa-se a 
osmose reversa, pois necessita de uma maior pureza, visto que será 
para uso injetável. 
 
 
 
D- Existem legislações e normas que devemos seguir para garantir a 
qualidade na obtenção do produto? Discuta itens pertinentes ao 
conhecimento de operações unitárias. 
 
Os tópicos considerados mais importantes seguidos de comentários são os 
seguintes (obtidos da RDC 67/2007) 
 
 
 
7.5.1. Água Potável: A farmácia deve ser abastecida com água potável e, 
quando possuir caixa d'água própria, ela deve estar devidamente protegida 
para evitar a entrada de animais de qualquer porte ou quaisquer outros 
contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para a limpeza e 
manter os registros que comprovem sua realização. 
7.5.1.1. Caso se trate de caixa d’água de uso coletivo, a farmácia deve ter 
acesso aos documentos referentes à limpeza dos reservatórios, mantendo 
cópia dos mesmos. 
7.5.1.2. A farmácia deve possuir procedimentos escritos para realizar 
amostragem da água e periodicidade das análises. 
 
 
 
 O cuidado com a água e, principalmente com os equipamentos que 
a armazenam é de fundamental importância, pois dá a garantia de 
boa qualidade ao produto que chegará aos pacientes. 
 
 
 
7.3.10. As matérias-primas devem ser analisadas, no seu recebimento, 
efetuando-se no mínimo os testes abaixo, respeitando-se as suas 
características físicas e mantendo os resultados por escrito: 
a) caracteres organolépticos; 
b) solubilidade; 
c) pH; 
d) peso; 
e) volume; 
f) ponto de fusão; 
g) densidade; 
h) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor. 
 
7.5.1.3. Devem ser feitos testes físico-químicos e microbiológicos, no 
mínimo a cada seis meses, para monitorar a qualidade da água de 
abastecimento, mantendo-se os respectivos registros. As especificações 
para água potável devem ser estabelecidas com base na legislação vigente. 
7.5.1.4. Devem ser realizadas, no mínimo, as seguintes análises: 
a) pH 
b) cor aparente 
c) turbidez 
d) cloro residual livre 
e) sólidos totais dissolvidos 
f) contagem total de bactérias 
g) coliformes totais 
h) presença de E. coli. 
i) coliformes termorresistentes 
7.5.2.1. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e manutenção 
do sistema de purificação da água com os devidos registros. 
7.5.2.2. Devem ser feitos testes físico-químicos e microbiológicos da água 
purificada, no mínimo mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo 
de obtenção de água, podendo a farmácia terceirizá-los. 
7.5.2.3. A farmácia deve possuir procedimento escrito para a coleta e 
amostragem da água. Um dos pontos de amostragem deve ser o local 
usado para armazenamento. 
7.5.2.4. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a efetividade das 
medidas adotadas, por meio de uma nova análise, em caso de resultado de 
análise insatisfatório da água purificada. 
 
 
 A realização destes testes garante a qualidade do produto final. Além 
dos testes, são efetuados processos de sanitização, que tem como 
função principal a limpeza dos equipamentos, deixando-os livres de 
contaminantes. 
 
 
7.5.1. Água Potável: A farmácia deve ser abastecida com água potável e, 
quando possuir caixa d'água própria, ela deve estar devidamente protegida 
para evitar a entrada de animais de qualquer porte ou quaisquer outros 
contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para a limpeza e 
manter os registros que comprovem sua realização. 
7.5.1.3. Devem ser feitos testes físico-químicos e microbiológicos, no 
mínimo a cada seis meses, para monitorar a qualidade da água de 
abastecimento, mantendo-se os respectivos registros. As especificações 
para água potável devem ser estabelecidas com base na legislação vigente. 
7.5.2. Água Purificada: A água utilizada na manipulação deve ser obtida a 
partir da água potável, tratada em um sistema que assegure a obtenção da 
água com especificações farmacopéicas para água purificada, ou de outros 
compêndios internacionais reconhecidos pela ANVISA, conforme legislação 
vigente. 
7.5.2.2. Devem ser feitos testes físico-químicos e microbiológicos da água 
purificada, no mínimo mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo 
de obtenção de água, podendo a farmácia terceirizá-los. 
 
 
 
 A realização do controle de qualidade, tanto da água potável quanto 
da água purificada, é essencial para a garantia da qualidade dos 
produtos fabricados pela farmácia. 
 
 
 
 
 
7.5.2.5. A água purificada deve ser armazenada por um período inferior a 
24 horas e em condições que garantam a manutenção da qualidade da 
mesma, incluindo a sanitização dos recipientes a cada troca de água. 
 
 
 A estocagem inadequada da água pode fazer com que haja 
diminuição da qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Brasil. Farmacopeia Brasileira; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Brasília: Anvisa, 2010.1v/Il. 
 
Filtros. Disponível em: http://www.aquafil.com.br/filtros.htm Acesso em 10 
jun. 2012 
MENDES, Maria Elizabete et al. A importância da qualidade da água 
reagente no laboratório clínico. J. Bras. Patol. Med. Lab. 2011, vol.47, n.3, 
pp. 217-223. 
 
PONTE, Cynthia Isabel Ramos Vivas. Apostila da disciplina de 
Operações Unitárias Farmacêuticas 2012/1. Editora da UFRGS, 2011. 
 
Regulamento
Técnico que institui as Boas Práticas de Manipulação em 
Farmácias (BPMF). Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2007/rdc/67_rdc_anexo.pdf Acesso em: 
10 jun. 2012

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