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16/03/2013 1 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (art. 148, CF) Conceito: consiste na tomada compulsória, pela União, de uma determinada quantia em dinheiro de quem é contribuinte a título de empréstimo. O valor desse empréstimo é resgatado pelo contribuinte em um prazo determinado e estabelecido pela lei. Só pode ser instituído pela União e através de Lei Complementar. Serve para atender situações excepcionais: • Calamidade pública e guerra externa ou sua iminência; • Investimento público de carácter urgente e de relevante interesse nacional. Especificidade: não se confunde com as demais espécies tributárias, pois é o único tributo restituível ao contribuinte e deve ser restituído na mesma espécie em que foi recolhido. (STF RE 175.385) É vinculado à despesa que fundamentou sua criação. Os empréstimos compulsórios e os princípios da anterioridade e da noventa: conforme dispõe o art. 150, III, “b” e “c”, da CF: Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) III – cobras tributos: (...) b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea “b”. 16/03/2013 2 A UNIÃO poderá instituí-los Mediante LEI COMPLEMENTAR por motivo de A aplicação dos Recursos vinculada ao Motivo da sua aplicação Despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua eminência. Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Não obedece aos princípios da anterioridade e da noventena. Obedece aos princípios da anterioridade e da noventena. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS OU PARAFISCAIS OU ESPECIAIS Conceito: são tributos destinados a coleta de recursos para certas áreas de interesse do poder público. Não visa precipuamente à obtenção de receitas, mas objetiva regular ou modificar a distribuição da riqueza nacional, equilibrar os níveis de preços de utilidades ou de salários, bem como outras finalidades econômicas ou sociais semelhantes. CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS OU ESPECIAIS DE COMPE- TÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO (art. 149 CF) DE COMPE- TÊNCIA DOS MUNICÍPIOS E DO DF SOCIAIS Contribuições sociais gerais (FGTS, Salário-educação) e para A seguridade social (para o INSS, PIS, PASEP, e outras) DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO Contribuições para controle de produção, comercialização, e prestação de serviços. Ex: CIDE* DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS Contribuições Sindicais, Contribuições para CREA, OAB, CRM, CRO, CRC e outras DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Contribuição criada pela EC nº. 39/2002 Os E, DF e M instituirão contribuições sociais em benefício dos seus servidores para custeio do regime previdenciário. * Incide sobre a Importação e a Comercialização de Petróleo e seus Derivados, Gás Natural e seus Derivados e Álcool Etílico Combustível 16/03/2013 3 CAPÍTULO 2 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 2. Competência Tributária 2.1. Definição Competência Tributária é a atribuição dada pela Constituição Federal à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituir, alterar e extinguir tributos através de LEI. - Compreende a competência legislativa plena para criar, alterar e extinguir tributos (art. 6º do CTN) 2.2. Disposições Constitucionais - A CF não institui tributos, apenas fixa as competências, de modo que, a instituição de qualquer tributo deve obedecer aos preceitos nela dispostos. - É a Constituição Federal que define qual ente é competente para instituir um tributo, qual a limitação do poder de tributar, quais são os tributos e algumas normas gerais de incidência do tributo. - É a LEI MAIOR. 16/03/2013 4 2.3. ATRIBUTOS A competência tributária possui 06 (seis) atributos: a)INDELEGABILIDADE – art. 7º CTN - consiste na vedação a que seja transferida a competência para instituir e exigir tributos, de um ente público indicado pela CF para fazê-lo, para outro ente tributante Pode atribuir a função de arrecadar ou fiscalizar tributos. b) EXCLUSIVIDADE OU PRIVATIVIDADE – a competência para instituir tributos é privativa de cada ente, não podendo um invadir a competência de outro. c)INCADUCIDADE – a competência não tem prazo para ser exercida. O seu não uso não acarreta a extinção. d) IRRENUNCIABILIDADE – o ente não pode abrir mão de sua competência. e) FACULTATIVIDADE – os entes federados não são obrigados a criar os seus tributos 2.4. CLASSIFICAÇÃO a)PRIVATIVA – quando pertence a um só ente federado – art. 153, 155 e 156, CF. b)COMUM ou CONCORRENTE – quando pertence a todos os entes federados – art. 145, inciso II e III, CF. Todos os entes políticos podem criar taxas e contribuições de melhoria, em relação a suas fiscalizações, seus serviços e suas obras 16/03/2013 5 c) RESIDUAL – é a faculdade dada à União de criar outros impostos, por lei complementar, além dos previstos no art. 153, da CF, desde que não cumulativos e com fato gerador diverso dos impostos existentes – art. 154, I, CF. A CF lista taxativamente todos os impostos Estaduais e Municipais, porém, quanto aos federais não é taxativa, porque a União, e somente ela, pode criar outros impostos além dos listados na CF. d) EXTRAORDINÁRIA – referente aos impostos que podem ser criados pela União no caso de guerra (art. 154, II), mesmo que tenham fato gerador ou base de cálculo idênticos aos dos impostos já discriminados na CF. Cessada a causa de sua criação (celebração da paz), deve ser suprimido gradativamente, no prazo de 05 anos – art. 76, do CTN. (vide quadro) 2.5. Capacidade tributária Sujeição Ativa - Sujeito ativo é o credor da obrigação tributária. - Em regra, é o próprio ente competente (União, Estado, DF ou Município), os quais detém a competência tributária, podendo legislar sobre tributos e exigi-los, dentro de suas respectivas esferas. - Mas sujeitos passivos são também pessoas públicas que, embora não possam legislar sobre tributos, têm, contudo, capacidade tributária, que lhes permite fiscalizar e arrecadar tributos por delegação. 16/03/2013 6 SUJEITOS ATIVOS Com competência tributária Só a União, Estados, DF e Municípios. Podem criar, fiscalizar e arrecadar tributos Sem competência, mas com capacidade tributária Não podem criar tributos Mas podem fiscalizar e arrecadar