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Estrutura da Psique Inconsciente Coletivo Eduardo Balbino A psique pode ser comparada a um vasto oceano que representa o inconsciente com uma ilha no meio que representa o consciente O ego segundo Yung é um complexo de elementos numerosos bastante coeso para transmitir impressão de continuidade e de identidade consigo mesma "Metamorphosis of Narcissus" de Salvador Dali • Inconsciente : dividi-se em pessoal e coletivo • Inconsciente pessoal: são as camadas superficiais do inconsciente, cujas fronteiras com o consciente são bastante imprecisas, incluídas ai grupos de percepções e impressões subliminares e grupos de representações carregados de forte potencial afetivo, incompatíveis com a atitude consciente(complexos), e que podem causar distúrbios tanto de natureza psíquica como de natureza somática. • Inconsciente coletivo: corresponde as camadas mais profundas do inconsciente, aos fundamentos estruturais da psique comuns a todos os homens. Assim esse inconsciente coletivo é simplesmente a expressão psíquica da identidade da estrutura cerebral independente de todas as diferenças raciais. Salvador Dali Jung descobriu um centro ordenador a que chamou o Self(o si mesmo), inesgotável fonte de energia origem de leis internas inatas e inerentes ao ser Que não estão vinculadas a pressão da moral coletiva. • Os sintomas da loucura encerram significações tanto quanto os atos falhados, os sonhos e as manifestações neuróticas. • Os sonhos são auto descrição da vida psíquica. Cada indivíduo trás consigo um lastro psíquico onde estão gravados vestígios da história da humanidade. O inconsciente coletivo funciona como denominador comum que reúne e explica numerosos fatos impossíveis de entender, no momento atual da ciência, sem sua postulação. Enquanto o inconsciente pessoal é composto de conteúdos cuja existência decorre de experiências individuais, os conteúdos que constituem o inconsciente coletivo são impessoais, comuns a todos os homens e transmitem-se por hereditariedade. • Resultariam de impressões depositadas, na psique, a partir de vivências fundamentais experiênciadas repetidamente pela humanidade, como por exemplo, emoções advindas por fenômenos da natureza e transposição de espaços montanhosos ou aquáticos. • Arquétipos são possibilidades herdadas para representar imagens similares, são formas instintivas de imaginar. São matrizes arcaicas onde configurações análogas ou semelhantes tomam forma. • Os mitos e os contos de fada são expressões de arquétipos. Nas várias, e diversas, culturas, de todo o mundo, há a presença de padrões arquetípicos, comuns a todos os povos. Estes padrões influenciam o modo como nos comportamos e como reagimos aos outros. GRÉCIA ROMA QUALIDADE PADRÃO Afrodite Vênus Beleza e Amor Ártemis Diana Deusa da lua, caça e ninfas Hera Juno Rainha das deusas Demeter Ceres Deusa da agricultura Atena Minerva Deusa da sabedoria e guerra defensiva ) • Artemis Artemis Vênus Atena • Desde que a atividade consciente repousa sobre o lastro básico dos instintos e dos arquétipos, será utilíssimo para a saúde psíquica estabelecermos dialogo entre consciente e inconsciente afim de nos apropriarmos do influxo energético que emana do dinamismo das estruturas de fundamentos da vida psíquica. • Quando se abrem fendas demasiado largas entre consciente e inconsciente surge a neurose, a doença da nossa época. • As imagens arquetípicas correspondem a um modo de vida arcaico. Teremos que elaborar e atingi-las e modificá- las no sentido de adaptação as necessidades de nosso tempo. • Freud sustenta que todas as ocorrências da vida psíquica pessoal ficam indelevelmente gravadas no inconsciente • Para Yung os conteúdos do inconsciente não se mantinham necessariamente iguais para sempre, eram suscetíveis de metamorfoses. é possível acompanhá-las através dos sonhos, nos casos individuais, e na vida social através dos símbolos religiosos. O inconsciente portanto sofre mudanças e produz mudanças influencia o ego e pode ser influenciado por ele. Travessia do Rubicão por Cézar • Os arquétipos são como um lastro psíquico onde estão registrados os vestígios da história da humanidade; funciona como um nódulo de concentração de energia psíquica. • Quando esta energia psíquica toma forma, isto é, atualiza-se, acontece o misterioso fenômeno da formação de imagens interiores. Estas por sua vez, não consistem nos arquétipos, visto que estes são apenas virtualidades. • Os mitos e os contos de fada são expressões de arquétipos. Nas várias, e diversas, culturas, de todo o mundo, há a presença de padrões arquetípicos, comuns a todos os povos. Estes padrões influenciam o modo como nos comportamos e como reagimos aos outros. • Exemplos da afirmação acima podem ser conferidos na correspondência existente entre as mitologias de diferentes culturas. Por exemplo, as semelhanças entre os arquétipos das deusas gregas e romanas: Na GRÉCIA a deusa “Afrodite” possui as qualidades da beleza e do amor, sendo este padrão em Roma, “encarnado” por Vênus Por sua vez a deusa grega “Atena” possui similaridades com “Minerva”, Romana, cujas qualidades estão na sabedoria e guerra defensiva; de modo semelhante Ártemis é a deusa grega da caça e da lua, encontrando ressonâncias no modelo da romana “Diana”. • Também as narrativas dos próprios mitos possuem freqüentemente simbologias análogas em diferentes contextos. • Como ilustração, citamos o mito egípcio de Isis e Osíris. Por um ato de intensa criação da força feminina, “encarnada”, neste mito, pela mulher e irmã de Osíris, Isis, faz nascer, da morte, um homem novo, nascido do velho, capaz de gerar para o céu em vez de gerar para a terra; Também Jesus, o cristo, representa o deus (...) da recriação (...) e permanece como ‘aquele que renasceu da morte’, criando a possibilidade para que outros, homens e mulheres, fizessem o mesmo (PENNA, 1993, p.118-119) • O continuo processo de elaboração dos conteúdos do inconsciente devem ser observados pois são estes que dão passagem para o paciente resolver seus conflitos. • Sonho de São Nicolau e a pintura de um rapaz pernambucano que trás Maria com os pés mergulhados no interior da cabeça de um gato preto. • Nestes exemplos não se verifica mera emergência de símbolos pagãos, mas a tendência desses símbolos a fundirem-se com os símbolos cristãos, permitindo admitir-se que esta em curso, no inconsciente, uma reorganização de seus conteúdos. • Uma vez obtida a diferenciação dos opostos necessária ao afinamento da sensibilidade do homem ocidental,muito lentamente se esta preparando, nas profundezas da psique, uma nova reaproximação entre opostos. BIBLIOGRAFIA: • SILVEIRA, Nise da. Yung Vida e Obra.RJ: Jose Álvaro Editor, 1971. • PENNA, Lucy. Dance e Recrie o Mundo. 3ª edição. São Paulo: Summus, 1993.