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SEMANA 3 Operações típicas em empresas comerciais. Tributos incidentes sobre compras e vendas. Apuração do resultado com mercadorias. Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços - I.C.M.S. Livros fiscais: entradas de mercadorias, saídas de mercadorias, apuração do imposto, registro de inventário. Decreto 18.955/97 de 22/12/1.997. Regulamento do ICMS - RICM/97, e sucessivas alterações. Art. 48 - DO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA Art. 48. É devido ao Distrito Federal o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas operações e prestações provenientes de outra unidade federada, destinadas a contribuinte do imposto definido neste Regulamento, na condição de consumidor ou usuário final, exclusivamente, estabelecido no Distrito Federal (Lei nº 1.254, de 8 de novembro de 1996, art. 20). § 1º O disposto neste artigo aplica-se inclusive nas aquisições interestaduais sem tributação do imposto, desde que o bem ou serviço sejam tributados pelo Distrito Federal nas operações ou prestações internas. § 2º O imposto a que se refere este artigo será escriturado no período de apuração em que ocorrer a entrada do bem ou o recebimento do serviço, observado o disposto no § 2º do art. 49. Art. 50 - DA NÃO-CUMULATIVIDADE Art. 50. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, com o montante cobrado nas anteriores, pelo Distrito Federal ou por outra unidade federada (Lei nº 1.254, de 8 de novembro de 1996, art. 31). ICMS é imposto por dentro, significa que está incluído no preço da mercadoria. Há diversas alíquotas, depende do produto, e/ou operação. Em nossas atividades, se não informada alíquota usaremos 17% para operações estaduais, e 13% para as interestaduais. ICMS's: - "normal" - pré-pago (antecipado) => substituição tributária - postecipado - isento "normal": nas compras sem IPI Estoques 83,00 ICMS a Recuperar 17,00 a Fornecedores 100,00 nas vendas Caixa/Contas a Receber/Duplicatas a Receber a Receita de Vendas 200,00 Despesa com ICMS a ICMS a Recolher 34,00 encontro de contas no final do mês ICMS a Recolher a ICMS a Recuperar 17,00 recolhendo o ICMS no vencimento ICMS a Recolher a Caixa/Banco 17,00 nas compras com IPI, empresa não contribuinte do IPI IPI é imposto por fora, sempre tendo-se que informar a alíquota. preço da mercadoria $ 100,00 alíquota do IPI 10% valor da nota fiscal $ 110,00 nas compras com IPI Estoques 93,00 ICMS a Recuperar 17,00 a Fornecedores 110,00 nas vendas Caixa/Contas a Receber/Duplicatas a Receber a Receita de Vendas 220,00 Despesa com ICMS a ICMS a Recolher 37,40 encontro de contas no final do mês ICMS a Recolher a ICMS a Recuperar 17,00 recolhendo o ICMS no vencimento ICMS a Recolher a Caixa/Banco 20,40 Tributos podem ser CUMULATIVOS e/ou NÃO CUMULATIVOS Depende do tipo da instituição e da modalidade de tributação. Para os federais - PIS, Cofins - podendo a empresa escolher, se IRPJ-Lucro Real, ou IRPJ-Lucro Presumido. Portanto essa escolha (quando possivel), é que determida se CUMULATIVO ou NÃO CUMULATIVO. Não podem optar pelo IRPJ-Lucro Presumido as empresas S/A's, Corretoras de Valores, Corretoras de Seguros, Bancos (até porque são S/A's) empresas com faturamentos superiores a $ 48 MM anuais, etc. Então pode-se (talvez) aferir que o Ministério da Fazenda, via SRF, não se interessa por averiguar (vulgo auditoria fiscal) empresas optante pelo IRPJ-LP, que obviamente são em maior número (quantidade) do que as que estejam e/ou optaram pelo IRPJ-Lucro Real. Porém nada a impede de fazê-la (a auditoria fiscal). Pormenores e pormaiores O Código Tributário Nacional (CTN) define, determina, normatiza matéria tributária. Aqui nos interessa, neste momento, entender que tributo se refere a imposto, contribuição e taxa. Imposto é definido em Lei, e seu uso, pelo governo, é dado para o que bem lhe prouver, isto é, faz uso (ou desuso) da maneira que lhe apraz. O Governo quer comprar avião? Que o faça usando arrecadação de impostos. Contribuição também definido em Lei, porém seu uso é tão somente permitido pelo(s) motivo(s) de sua criação. A Cofins, por ser contribuição, só pode ser usada para aquilo a que foi motivo de sua criação. Cofins significa Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. Então sua arrecadação somente pode ser usada para a previdência social. Taxa, também definida em Lei, é a contraprestação (vulgo pagamento) pelo serviço prestado. Aí vão a taxas do lixo, taxa de iluminação pública, taxa de repartição pública, taxa disso, taxa daquilo, e assim Caminha a Humanidade... Nosso país é tributarista. Isso significa que nós da sociedade nos adequamos ao modelo tributário para gerirmos nossas empresas (e provavelmente nossas vidas financeiras pessoais). O Regulamento do Imposto de Renda (RIR) reza que as empresas que não Sociedades Anônimas, que não sociedades financeiras (bancos, corretoras de valores, etc.) e outras que tais, com faturamento anual igual ou inferior a R$ 48 milhões podem optar pelo Regime do Imposto de Renda Lucro Real, OU pelo Regime do Imposto de Renda Lucro Presumido (IRPJ-LP). (Decreto 3000/1999, arts.516 a 528). Seria um pormenor se não fosse um pormaior. O RIR reza que optantes pelo IRPJ-LP não precisam para a Receita Federal (atual Super Receita) do Diário, mas tão somente livro Caixa, etc. Era tudo o que queríamos (sociedade em geral) para tentar justificar que Contabilidade é pormenor. Transcrevo o que reza o sitio (em 09/11/2012) da Secretaria da Receita Federal sobre Perguntas e Respostas, do RIR: As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido estão obrigadas à escrituração contábil ou à manutenção de livros fiscais? A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido deverá: a) manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para efeitos fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a movimentação financeira, inclusive bancária; b) manter o Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término do ano calendário abrangido pela tributação simplificada; c) manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem assim os documentos e demais papéis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal (Decreto?Lei nº 486, de 1969, art.º );(grifo meu) Se não fosse por menos, não se faz Contabilidade para Auditores da Receita Federal, mas para gerenciar a empresa. De qualquer maneira outros Auditores Fiscais (que não da Receita Federal), a Lei de Recuperação de Empresas- Lei 11.101/2005, bancos, fornecedores, etc. pedem a Contabilidade. Mas o estrago está feito. Pode não justificar, mas ajuda entender porque nós, brasileiros, temos contabilidade palafita (m/opinião). A Lei Complementar 123/2006, e o Novo Código Civil, Lei 10.406/2002, isentam a Contabilidade para o pequeno empresário: Art. 1.179 – O empresário e a sociedade empresaria são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. § 2° É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970. Art.970 A lei assegurara tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. Então, às exceções das Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte, desde que enquadradas na legislação como pequeno empresário, há que ter Contabilidade seguindo tanto as legislações pertinentes como os ditames do Conselho Federal de Contabilidade. Porém semestralmente todas as empresas devem fazer uma das obrigações acessórias, preparo e entrega da DCTF: débitos e créditos dos tributos federais, onde constam os valores dos tributos, se recolhidos ou não. Quer dizer, o governo transferiu para a sociedade (empresas) a fiscalização dos recolhimentos, onde somos ativos, passivos e reflexivos: calculamos, recolhemos e ainda nos acusamos dos recolhimentos, ou não, dos tributos federais. Obviamente dessa prática também se valem os Estados e os Municípios. Assuntos a serem desenvolvidos no decorrer do curso, bem como a Contribuição Social e o IRPJ, tanto pelo Lucro Real, ou Lucro Presumido. ICMS - Substituição Tributária- ST Legislação: Constituição Federal - artigo 150 § 7° Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: § 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. Lei Complementar n° 97/96 modalidade de ICMS antecipado, onde há dois elementos: substituto - fornecedor substituído - comprador Em resumo, é uma modalidade onde o substituto calcula, e RECOLHE o ICMS pelo substituído, sendo por este ressarcido. Não há pelo substituído, lançamento à conta ICMS a Recuperar na compra. Tão pouco nas vendas: Despesas com ICMS (débito), e ICMS a Recolher (crédito). São as unidades da federação quem determinam quais produtos são por esta modalidade. Porém por convênios os produtos o são por ST: fumo; tintas e venizes; motocicletas; automóveis; pneumáticos; cervejas/refrigerantes/chope/água/gelo; cimento; combustíveis e lubrificantes; material elétrico; etc. ICMS-ST em certos Estados, mas não em outros: discos e fitas virgens e gravadas; bateria; pilhas; lâminas de barbear; cosméticos; material de construção; etc. Cálculos Valor da mercadoria $ 100,00 ICMS 17% valor de $ 17,00 IPI 15% valor de $ 15,00 % agregado - definido pelo Estado - 30%, valor de $ 34,50 (30% X $ 115,00) ICMS da operação própria – $ 100,00 x 17% = R$ 17,00 Base cálculo da ST : $ 100,00 + $ 15,00 (IPI) + 30% (margem de valor agregado) = $ 149,50 $ 149,50 X 17% = $ 25,41 Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto substituição será a diferença entre o calculado de acordo com o estabelecido “Base de cálculo” e o devido pela operação normal do estabelecimento que efetuar a substituição tributária, teremos : $ 25,41 – $ 17,00 = $ 8,41 O ICMS-Substituição (ICMS-ST), também denominado imposto retido, ao contrário do ICMS normal, que se encontra embutido no preço, será cobrável “por fora” do destinatário, como permitem os Convênios e Protocolos específicos. Valor total da NF: $ 100,00 + $ 15,00 + $ 8,41 = $ 123,41 LANÇAMENTOS: nas compras Estoques 123,41 ICMS a Recuperar 0,00 a Fornecedores 123,41 nas vendas Caixa/Contas a Receber/Duplicatas a Receber a Receita de Vendas 220,00 Despesa com ICMS a ICMS a Recolher 0,00