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ECO 1208 – Economia Internacional Professores: Eliane Gottlieb Roberto Iglesias Monitor: Victor Aguiar (vaguiar@superig.com.br; vaguiar1401@gmail.com) Gabarito da 2ª lista de exercícios - 2006.2 Questão 01 Diferenças: Modelo Ricardiano Fatores Específicos 1 fator 3 fatores, 2 móveis e 1 fixo trabalhadores se movem livremente K e T são fatores específicos, e trabalho (não há custo na realocação dos trabalhadores) movimenta-se com custos relativos ganhos comerciais são gerais, isto é, todos aponta para ganhos setoriais, de acordo ganham com o comércio com cada país ,sendo que o setor exportador é o que sempre ganha FPP é uma linha reta, porque o custo de FPP é uma curva porque reflete os oportunidade é constante reflete os rendimentos decrescentes da MDO (mão-de-obra) em cada setor Note que ambos os modelos tratam o curto prazo na economia. Quanto às FPPs dos modelos Ricardiano e de Fatores Específicos, temos que suas inclinações são dadas, respectivamente, por: aLQ QQ + aLV QV = L � QV = L/aLV – aLQ/ aLV QQ , onde aLQ/ aLV é a inclinação da FPP (ver gráfico do livro pág. 16 (?), ou na página 12 da 6ª ed. em português). e -PMg LA/ PMg LM Ao traçar a FPP considerando as hipóteses do Modelo de Fatores Específicos, deslocamos MDO do setor de alimentos para o setor de manufaturas. Se deslocarmos 1 hora de MDO da produção de alimentos para as manufaturas, essa quantidade extra aumentará a produção no setor de manufaturas em PMg LM. Para aumentar a produção de manufaturas em uma unidade, portanto, devemos aumentar a quant. de MDO em 1/ PMg LM horas. 1 hora = QM . PMg LM se QM = 1 � quant. de MDO aumenta em 1/ PMg LM horas Por sua vez, cada unidade de MDO deslocada da produção de alimentos diminuirá a produção deste setor em PMg LA . Então, para aumentar a produção de alimentos em 1 unidade, a economia deve reduzir a produção de manufaturas em PMg LA/ PMg LM unidades (ver gráfico do livro pág. 46). Questão 02 a) W Pm..Pmg Lm Pf.PmgLf Se ambos os preços sobem na mesma proporção, ambas as curvas se deslocam na mesma proporção para cima, de modo que não existem impactos reais sobre a economia uma vez que o salário real aumenta na mesma proporção do aumento dos preços relativos. b) A variação de Pm faz com que o preço relativo aumente. Logo, W Pm..Pmg Lm (2) Pf.PmgLf Pm..Pmg Lm (1) Repare que o crescimento no salário ocorreu em proporção menor ao crescimento em Pm. Em termos de FPP, sabemos que sua inclinação (TMS) é igual à -Pm/Pf ou -Pmg Lf / Pmg Lm. Logo, a inclinação da FPP aumenta. No gráfico, Qf E a distribuição de renda? Detentores de capital Proprietários de terra Pmg Lm Pmg Lm (W/Pm)1 (W/pf) (W/Pm)2 Com o aumento de Pm e conseguinte crescimento de w em proporção menor do que o crescimento de Pm, não será possível dizer se os trabalhadores estarão em melhor ou pior situação. O salário real em termos de preço de M, w/Pm, reduz-se com o aumento de Pm, enquanto que o salário em termos de F, w/Pf, segue em sentido oposto e aumenta. Dessa forma, o efeito líquido sobre o bem-estar dos trabalhadores dependerá da importância relativa das manufaturas e dos alimentos em seu consumo, ou seja, dependerá da função utilidade dos trabalhadores. Questão 03 a) Para que comércio, existe deve ser atrativo pelo menos para um dos países, o que implica em preços relativos de autarquia diferentes. b) K Implicações: - produtividade marginal do trabalho no setor capital intensivo aumenta - curva de demanda por trabalho vai para a direita Teremos um novo equilíbrio W Pf . PmgM Pm . PmgM (2) W(2) W(1) Pm . PmgM (1) Lm Lf Aumento de renda dos capitalistas Redução de renda dos proprietários de terra Qm Note que os trabalhadores se deslocam de F para M; a quantidade de M aumenta por duas razões: - mais trabalhadores do setor - mais capital para trabalho A quantidade de F diminui, devido à migração do trabalho, já discutida. Em termos mundiais, portanto, Pm/Pf RS RS(2) RD Qm/Qf c) Em linhas gerais, quantidade de F sobe, quantidade de M cai e, dados Pm e Pf, RS desloca- se para a esquerda, permitindo uma aumento do preço relativo. d) Os efeitos de um aumento de L não são claros; o salário deve cair, mas não sabemos ao certo como será feita a distribuição de mão de obra entre os setores. A redução salarial levará a um aumento no emprego e na produção de ambos os setores, porém o seu efeito sobre o produto relativo será ambíguo. Questão 04 a) Pm/Pf RSA RSM RSJ (Pm/Pf)A (Pm/Pf)M (Pm/Pf)J b) Note o seguinte. Em economias fechadas, Dm = Qm Df = Qf ; as demandas são iguais à oferta interna. Com comércio, Pm . Dm + Pf . Df = Pm . Qm + Pf . Qf Para cada país, Japão: (Pm/Pf) sobe (Dm/Df) cai e (Qm/Qf) sobe EUA: (Pm/Pf) cai (Dm/Df) sobe e (Qm/Qf) cai Logo, para Japão, Qm-Dm>0 Qf-Df<0 Para EUA, Qm-Dm<0 Japão exporta M e importa F Qf-Df>0 EUA exporta F e importa M c) Em cada país, é o setor exportador que terá ganhos com o comércio. A conclusão é de que as trocas comerciais beneficiam o fator que é específico do setor de exportação de cada país, mas prejudicam o fator específico dos setores concorrentes de importação, com efeitos ambíguos sobre o fator móvel. Ou seja, no Japão, o salário real em termo de manufaturas diminuirá, enquanto que o salário real em termos de alimentos aumentará. Nos EUA ocorrerá o oposto. Assim, o efeito líquido sobre os trabalhadores de cada país será ambíguo.