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GENÉTICA DO SISTEMA IMUNE Profa. Dra. Acácia Fernandes Lacerda de Carvalho Fig. SNUSTAD: Fagócito captando uma bactéria IMUNOGENÉTICA ESTUDO DA GENÉTICA DO SISTEMA IMUNE SISTEMA DE PROTEÇÃO GENES – codificam antígenos de superfície celular que marcam as células do corpo como sendo “próprias” FOCO DA RESPOSTA IMUNE - ANTÍGENO MOLÉCULA QUE PROVOCA REAÇÃO IMUNE BACTÉRIAS VÍRUS FUNGOS PARASITAS IMUNOGENÉTICA ASPECTOS PRINCIPAIS •RECONHECER O PRÓPRIO DO NÃO PRÓPRIO E MONTAR UMA RESPOSTA IMUNE •PRODUZIR UM NÚMERO INFINITO DE DIFERENTES ANTICORPOS ESPECÍFICOS ETAPAS DO SISTEMA IMUNE • Reconhecimento da substância exógena • Comunicação desse reconhecimento às células que respondem • Eliminação do agente invasor SISTEMA IMUNE INATO -INESPECÍFICO Primeira linha de defesa Fig. SNUSTAD: Fagócito captando uma bactéria Barreiras Físicas: Pele íntegra; Membranas mucosas e suas secreções (cera de ouvido; ácido gástrico) Substâncias de combatem a infecção nas lágrimas, saliva Efeito do fluxo: urina; diarreia SISTEMA IMUNE INATO - INESPECÍFICO Segunda linha de defesa Fig. SNUSTAD: Fagócito captando uma bactéria Resposta Inflamatória: Fagocitose: neutrófilos; macrófagos Acúmulo de plasma: diluindo as toxinas e trazendo Proteínas antimicrobianas: Sistema de complemento Colectinas Citocinas - interferons e interleucinas (causam febre) Febre – diminui o crescimento bacteriano e aumenta a capacidade fagocitária SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO Terceira linha de defesa • Proteínas e Células específicas capazes de se adaptar às características dos agentes exógenos CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO SISTEMA HUMORAL SISTEMA CELULAR Fig. SNUSTAD: PROTEÍNAS DO SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO PROTEÍNAS ESPECIALIZADAS: especificidade Imunológica Anticorpos (SISTEMA IMUNE HUMORAL ) Receptores de células T (SISTEMA IMUNE CELULAR) ANTICORPOS – IMUNOGLOBULINAS (Ig) Fig. Pierce cadeias leves – κ e λ (kappa e lambda) cadeias pesadas – α , δ , ε , γ, μ (alfa, delta, épsilon, gama, mi) CLASSES DE IMUNOGLOBULINAS (Ig) Região constante cadeia pesada – classe imunoglobulina Regiões variáveis da cadeia leve e pesada – especificidade α , δ , ε , γ, μ (alfa, delta, épsilon, gama, mi) RECEPTORES DE CÉLULAS T Fig 23.5 Snustad ESPECIFICIDADE DO ANTÍGENO Células T helper Células T killer ANTÍGENOS PRINCIPAIS DE HISTOCOMPATIBILIDADE Conjunto de Moléculas de superfície celular capazes de distinguir o “próprio” do “não próprio” COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC) Em humanos chamados HLA (human-leukocyte-associated) COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC) Associados a TRANSPLANTES DE TECIDOS Função principal: dar proteção contra microorganismos patogênicos apresentam antígenos na superfície de linfócitos T altamente antigênicas para outros mamíferos e indivíduos não idênticos da mesma espécie LOCUS DO COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC) HUMANO Transplante: o doador e o receptor devem ser compatíveis para os alelos dos lócus HLA-A, HLA-B, HLA-DR Fig. Horton et al, 2004 Descoberta em 1940 Experimentos: enxertos de tecido de camundongo. Quando os alelos de tecidos de camundongos eram diferentes ocorria a rejeição – por isso foram denominados: “complexo principal de histocompatibilidade”. Existem sob a forma de glicoproteínas ancoradas como proteínas integrais da membrana Presentes em quase todas as células nucleadas do organismo Fornecem às células T killer um mecanismo para distinguir o “exógeno” do “próprio” MOLÉCULAS DO SISTEMA HLA CLASSE I MOLÉCULAS DO SISTEMA HLA CLASSE II Os genes codificam polipeptídeos que estão situados nas superfícies de células B e macrófagos que interagem com células T helper. Os genes codificam proteínas de complemento – interagem com complexos antígeno/anticorpo e ajudam a destruí-los por proteólise. Elas também destroem células infectadas perturbando a integridade de suas membranas celulares MOLÉCULAS DO SISTEMA HLA CLASSE III SISTEMA IMUNE HUMORAL E CELULAR Fig. Jorde SISTEMA IMUNE HUMORAL Os macrófagos degradam parcialmente vírus, bactérias, e outras entidades exógenas invasoras e apresentam os antígenos resultantes em suas superfícies, onde são reconhecidas por Linfócitos T helper, que secretam citocinas que estimulam linfócitos B a se diferenciar em plasmócitos produtores de anticorpos SISTEMA IMUNE CELULAR Os macrófagos degradam parcialmente vírus, bactérias, e outras entidades exógenas invasoras e apresentam os antígenos resultantes em suas superfícies, onde são reconhecidas por células T helper, que por sua vez, estimulam Linfócitos T a se diferenciar em células T (citotóxicas) killer SISTEMA IMUNE CELULAR As células T (citotóxicas) killer secretam proteínas chamadas PERFORINAS que se inserem nas membranas das células alvos produzindo poros. O citoplasma das células alvos extravasam por esses poros causando a morte celular Fig 23.9 Snustad Lise de uma células alvo apresentando um antígeno exógeno por uma célula T - killer Complexo anticorpo/antígeno São eliminados por duas grandes vias Fig. Snustad A PRODUÇÃO DE UM ANTICORPO ESPECÍFICO SE DÁ SELEÇÃO CLONAL Figura 21.15 Pierce •Plasmócito maduro - pode sintetizar e secretar 2.000 a 20.000 anticorpos por segundo •Uma vez o antígeno exógeno excretado do organismo células T supressoras enviam um sinal para as células desligarem a produção de anticorpos RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA Figura Pierce Células B ou T são ativadas RESPOSTA IMUNE SECUNDÁRIA COMPONENTES DO SISTEMA IMUNE BASE GENÉTICA DA DIVERSIDADE DO SISTEMA IMUNE POLIMORFISMOS GENÉTICOS DIVERSIDADE DE ANTICORPOS DIVERSIDADE DE RECEPTORES DE CÉLULAS T DIVERSIDADE DE PROTEÍNAS DO COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE DIVERSIDADE DE ANTICORPOS Sistema imune É capaz de produzir cerca de 10 bilhões de anticorpos estruturalmente distintos Houve uma época em que acreditava-se que cada anticorpo era codificado por um gene Genoma Humano - existem apenas cerca de 25.000 genes Existem mecanismos que geram a DIVERSIDADE DE ANTICORPOS 1 - OS GENES QUE CODIFICAM ANTICORPOS ESTÃO ORGANIZADOS EM SEGMENTOS Fig 21.16 Pierce Existe uma variabilidade de segmentos gênicos que codificam cada região das cadeias leve e pesadas de Ig Inicialmente na linhagem germinativa um linfócito herda todos os segmentos gênicos e durante sua maturação ocorre RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA e posterior transcrição e tradução Fig 21.17 Pierce RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA regiões gênicas V – variável J - junção C - constante cadeias leves: Podem ser do tipo kappa e lambda cadeias leve kappa – cromossomo 2 RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA regiões gênicas V - variável D - diversidade J - junção C - constante cadeias pesada – cromossomo 14 Fig 21.18 Pierce Fig 21.19 Pierce RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA Localização cromossômica e Função dos principais genes da resposta imune Jorde 9.1 pg 231 DIVERSIDADE DE ANTICORPOS •Muitas combinações possíveis dos segmentos V, J e D •Combinações diferentes de cadeias leves e pesadas •Pela adição e deleção aleatória de nucleotídeos nas junções dos segmentos •Altas taxas de mutações nos genes imunológicos DIVERSIDADE DE RECEPTORES DE CÉLULAS T •Cada gene é feito de segmentos que sofrem recombinação somática O gene - cadeia alfa consiste: 44 a 46 segmentos gênicos V 50 segmentos J, e um segmento de C A cadeia beta é similar exceto que contém um segmento D •Ocorre combinação aleatória de cadeias alfa e beta DIVERSIDADE DE PROTEÍNAS DO SISTEMA MHC HLA-A,HLA B -amplamente polimórficos 511 alelos DR, DP, DQ – amplamente polimórficos (classe II) OMS 2001 -323 alelos DRβ Assim a probabilidade de que dois indivíduos tenham os mesmos alelos de todos os genes do sistema HLA é muito baixa. Cromossomo 6 Fig. Horton et al, 2004 ASSOCIAÇÃO ENTRE ALELOS ESPECÍFICOS DO MHC E DOENÇAS ASSOCIAÇÃO ENTRE ALELOS ESPECÍFICOS DO MHC E DOENÇAS IMUNOPATOLOGIAS IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS Um ou mais componentes do sistema imune estão faltando ou não funcionam normalmente Origem genética Freqüência – 1:10.000 indivíduos Mais de 100 síndromes descritas IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS IMUNODEFICIÊNCIAS SECUNDÁRIAS Componentes do sistema imune são alterados ou destruídos por outros fatores: Radiação Drogas Infecção AIDS – síndrome da imunodeficiência adquirida vírus ataca os macrófagos, Células T helper e outros componentes centrais do sistema imune DOENÇAS AUTO-IMUNES O organismo desenvolve reações imunes contra seus próprios antígenos Modificações nos antígenos pode ocorrer por fatores: Físicos Químicos Biológicos SISTEMA ABO O lócus ABO codifica os antígenos das células vermelhas Que podem causar reação à transfusão se doadores e receptores não são devidamente compatíveis VACINAS Uma vacina é uma forma INATIVA ou parcial de um PATÓGENO que o sistema imune responde alertando células B para produzir anticorpos Ao encontrar o PATÓGENO mais tarde de forma natural ocorre uma resposta imune secundária O organismo humano a cada dia se confronta com uma gama formidável de invasores.... O sistema imune deve ser capaz de lidar com eles. A complexidade do sistema imune está fundamentada em aspectos genéticos IMUNOGENÉTICA