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P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2009_2_eng.pdf M INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Soluc¸a˜o da 1 a Prova Unificada de Ca´lculo I Engenharia e Engenharia Qu´ımica 28/10/2009 1 a Questa˜o: (2.5 pontos) a)Determine, caso existam, os limites : i) limx→+∞(ex − x2). ii) lim x→0 x+ |x|(1 + x) x f(x) , sendo f(x) uma func¸a˜o cont´ınua em x=0 tal que f(0)=3. b)Seja uma func¸a˜o f : R→ R, deriva´vel para todo x ∈ R. Determine os valores de a e b para que lim x→10 f(x)− a− b(x− 10) x− 10 = 0. Soluc¸a˜o: a)Considere f(x) = (ex − x2) = x2(e x x2 − 1). Vamos analisar o lim x→+∞ ( ex x2 ). Como este limite e´ da forma ∞∞ , podemos usar L´Hospital e temos: lim x→+∞ ( ex x2 ) = lim x→+∞ ( ex 2x ). Usando L‘Hospital uma vez mais, lim x→+∞ ( ex x2 ) = lim x→+∞ ( ex 2 ) =∞. Assim, limx→∞ f(x) =∞. ii)Considere g(x) = x+ |x|(1 + x) x f(x) . Devemos considerar dois casos: •Para x ≥ 0, |x| = x e temos lim x→0+ x+ |x|(1 + x) x f(x) = lim x→0+ x+ x(1 + x) x f(x). Como f(x) e´ uma func¸a˜o cont´ınua em 0, limx→0+ g(x) = limx→0+(2 + x)f(x) = 6 •Para x ≤ 0, |x| = −x e lim x→0+ x+ |x|(1 + x) x f(x) = lim x→0+ x− x(1 + x) x f(x) limx→0+ g(x) = limx→0+(−x)f(x) = 0 Portanto limx→0+ g(x) 6= limx→0− g(x). Assim, na˜o existe o limx→0 g(x) na˜o existe. b)Se lim x→10 f(x) − a − b(x − 10) 6= 0 o limite lim x→10 f(x)− a− b(x− 10) x− 10 na˜o existira. Portanto, devemos ter lim x→10 f(x)− a− b(x− 10) = 0 ⇒ a = f(10) pois f(x) e´ cont´ınua. Como f e´ uma func¸a˜o diferencia´vel em x=10, lim x→10 f(x)− f(10) x− 10 − f ′(10) = 0 ⇒ b = f ′(10). 2 a Questa˜o: (2.5 pontos) a)Considere a func¸a˜o f : R→ R definida por f(x) = arctan√5 + x4. Calcule f ′(x). b)Determine o valor de y′(x) no ponto P=(1,1), sabendo que 3 ln x y + 5 y x = 5. c)Sejam A e B os pontos em que o gra´fico de f(x) = x2−αx com α ∈ R intercepta o eixo x. Determine α para que as retas tangentes ao gra´fico de f, em A e em B, sejam perpendiculares. Soluc¸a˜o: a)f((g(x)) = arctan √ 5 + x4 onde f(z) = arctan z e g(x) = √ 5 + x4. Assim, f ′(z) = 1 1 + z2 e g′(x) = 2x3√ 5 + x4 . Portanto, f ′(x) = 2x3 (6 + x4) √ 5 + x4 . b) ( 3 ln x y + 5 y x )′ = 0. 3 y x (y − xy′ y2 ) + 5 (y′x− y x2 ) = 0. Como y(1)=1 temos : 3(1-y’)+5(y’-1)=0 V 2y′ = 2 V y′(1) = 1. c)f(x) = x2 − αx ⇔ x(x− α) = 0 ⇔ x = 0 ou x = α. Assim, o gra´fico de f intercepta o eixo x nos pontos A=(0,0) e B=(α, 0). Como f’(x) = 2x− α, temos que f’(0)=−α e f ′(α) = α. Para que as retas tangentes ao gra´fico de f, em A e em B, sejam perpendiculares, devemos ter f’(0)f ′(α)= -1 , ou seja, (−α)α = −1 Portanto, (α)2 = 1 e α = ±1. 3 a Questa˜o: (2.0 pontos) Considere um triaˆngulo retaˆngulo ABC no plano xy de forma que seu aˆngulo reto esteja no ve´rtice B, tenha um ve´rtice fixo A no ponto (0,0), e o terceiro ve´rtice C sobre o arco de para´bola y = 1 + 7 36 x2, com x ≥ 0. O ponto B parte de (0,1) no instante t=0, movendo- se com velocidade constante e igual a 2cm/s ao longo do eixo y em seu sentido positivo. Determine com que rapidez a a´rea do triaˆngulo ABC aumenta quando t = 7 2 s. Soluc¸a˜o: A a´rea do triaˆngulo ABC e´ dada por S=1 2 xy , onde y = 1 + 7 36 x2. Derivando a a´rea S em relac¸a˜o a t (tempo), segue dS dt = 1 2 (dx dt y + x dy dt ) . Como dy dt = 2 temos 2 = 7 36 ( 2x dx dt ) ⇒ dx dt = 36 7x . Como y=1+2t, para t= 7 2 temos y=8. De 8=1+ 7 36 x2, segue que x=6, pois x ≥ 0. Substituindo os valores de x e y na expressa˜o de dS dt obtemos; dS dt = 1 2 (dx dt y + 2x ) = 1 2 (6 7 8 + 12 ) = 66 7 cm2/s. 4 a Questa˜o: (3.0 pontos) Considere a func¸a˜o f(x) = x2e( 2 x ). Determine a)O domı´nio e a imagem da func¸a˜o f(x). b)As ass´ıntotas horizontais e verticais, caso existam. c)Os intervalos onde a func¸a˜o f(x) cresce e onde decresce, e os pontos de ma´ximo e de mı´nimo relativos, caso existam. d)Os intervalos onde o gra´fico da func¸a˜o f(x) e´ coˆncavo para cima e onde e´ coˆncavo para baixo, e os pontos de inflexa˜o caso existam. e)Fac¸a um esboc¸o do gra´fico da func¸a˜o f(x). f) Determine o ma´ximo e mı´nimo absoluto, caso existam. Soluc¸a˜o: a)Domı´nio de f : R− {0}. Imagem de f : (0,+∞) . b)limx→0+ x2e( 2 x ) e´ da forma 0.∞. Fazendo f(x)=g(x) h(x) onde g(x)=e( 2 x ) e h(x)= 1 x2 o limx→0+ g(x) h(x) e´ agora da forma ∞∞ , e podemos aplicar L´Hospital tantas vezes quanto for necessa´rio. Assim, limx→0+ g(x) h(x) = limx→0+ g”(x) h”(x) , isto e´: limx→0+ x2e( 2 x ) = limx→0+ 2e( 2 x ) = +∞. A reta x=0 e´ uma ass´ıntota horizontal e limx→0− x2e( 2 x ) = 0. c)f ′(x) = 2e( 2 x )(x− 1) , e f ′(x) = 0 ⇐⇒ x = 0. Para x ∈ (−∞, 0) ∪ (0, 1) temos que f’(x)= 0 , logo f e´ decrescente. Para x > 1 temos que f ′(x) > 0, logo f e´ crescente. Como f’(1)= 0 temos que x=1 e´ ponto de mı´nimo relativo para f(x) e f(1)=e2. d)Sendo f ′(x) = 2e( 2 x )(x− 1) , temos que f”(x) = e( 2x ) ( 2− 4 x + 4 x2 ) . Como ( 2 + 4 x2 − 4 x ) = 2x2 − 4x+ 4 x2 > 0 vemos que f”(x) > 0,∀x ∈ R− {0}. Portanto, como na˜o existem pontos de inflexa˜o, o gra´fico de f(x) e´ coˆncavo para cima. e) Gra´fico de f(x). f)A func¸a˜o f(x) na˜o possui extremos absolutos. P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2008_2_eng.pdf Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA Departamento de Me´todos Matema´ticos Gabarito da 1a Prova Unificada de Ca´lculo I Engenharia e Matema´tica 03/10/2008 1a Questa˜o: (2 pontos) Seja y = f(x) uma func¸a˜o deriva´vel definida implicitamente pela equac¸a˜o x2y + 16y4 − 2x+ 59 16 = √ x2 + 3 , pro´ximo do ponto ( 1, 1 4 ) . Determine o aˆngulo que a reta tangente ao gra´fico de y = f(x) no ponto ( 1, 1 4 ) , faz com o eixo x. Soluc¸a˜o Derivando em relac¸a˜o a x, temos: 2xy + x2 dy dx + 64 y3 dy dx − 2 = 2x 2 √ x2 + 3 . Substituindo (x, y) = (1, 1 4 ), temos: dy dx = 1. Portanto, o aˆngulo que a reta tangente faz com o eixo x e´ pi/4. 2a Questa˜o: (2 pontos) Determine os valores de a e de b para que a func¸a˜o f : IR → IR definida abaixo seja cont´ınua em IR. Justifique sua resposta. f(x) = (coshx+ ax) (b/x) se x > 0 ; e se x = 0 ; ax+ b se x < 0 .( lembramos que cosh x = ex + e−x 2 ) Soluc¸a˜o Para f(x) ser cont´ınua em x = 0, lim x→0+ f(x) = lim x→0− f(x) = f(0). Como e = f(0) = lim x→0− f(x) = lim x→0− (ax+ b) = b, temos b = e. Quando vamos calcular o limite lateral lim x→0+ f(x), encontramos uma indeterminac¸a˜o do tipo 1∞. Mas: lim x→0+ f(x) = lim x→0+ eg(x) = elimx→0+ g(x), onde g(x) = b ln (cosh x+ ax) x . Quando vamos calcular o limite lateral lim x→0+ g(x), encontramos uma indeterminac¸a˜o do tipo 0/0 e podemos aplicar L’Hospital: lim x→0+ g(x) = lim x→0+ b ln (cosh x+ ax) x = lim x→0+ b ( senh x+ a) coshx+ ax = ba. Portanto, lim x→0+ f(x) = eba = f(0) = e, o que implica ba = 1. Temos assim, a = 1 e . 3a Questa˜o: (3 pontos) Considere a func¸a˜o definida por f(x) = ln x x . Determine, caso existam: 1. O domı´nio e a imagem de f(x); 2. As ass´ıntotas verticais e horizontais; 3. Os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e onde e´ decrescente; 4. Os valores de ma´ximo e mı´nimo locais e/ou absolutos; 5. Os intervalos de concavidade e os pontos de inflexa˜o; Use as informac¸o˜es anteriores para fazer um esboc¸o do gra´fico de f . Soluc¸a˜o 1. A func¸a˜o esta´ definida para x > 0. 2. Como lim x→0+ lnx = −∞ e lim x→0+ 1 x =∞, lim x→0+ lnx x = −∞ e y = 0 e´ uma ass´ıntota vertical. Como lim x→∞ ln x =∞ e lim x→∞ 1 x =∞, por L’hospital, lim x→∞ ln x x = lim x→∞ 1 x 1 = 0 e x = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal. 3. Como f ′(x) = 1− lnx x2 , f ′(x) = 0 quando x = e, f ′(x) > 0 quando 0 < x < e e f ′(x) < 0 quando x > e. A func¸a˜o f(x) e´ crescente quando 0 < x < e e e´ decrescente quando x > e. 4. Portanto, o ponto (e, f(e)) = (e, 1 e ) e´ um ponto de ma´ximo local. A func¸a˜o na˜o possui mı´nimo local nem mı´nimo absoluto. O ponto (e, f(e)) = (e, 1 e ) e´ um ponto de ma´ximo absoluto. 1. A imagem de f(x) e´ (−∞, 1 e ). 5. Como f ′′(x) = x[−3 + 2 ln x] x4 , f ′′(x) = 0 quando x = e3/2, f ′′(x) > 0 quando x > e3/2 e f ′′(x) < 0 quando 0 < x < e3/2. A concavidade esta´ voltada para cima quando x > e3/2 e a concavidade esta´ voltada para baixo quando 0 < x < e3/2. Portanto o ponto (e3/2, 3 2 e−3/2) e´ um ponto de inflexa˜o. Um esboc¸o do gra´fico pode ser visto com seu professor. 4a Questa˜o: (2 pontos) Um cilindro circular reto esta´ inscrito em uma esfera. Se o raio da esfera cresce a uma taxa de 2 cm/s e a altura do cilindro decresce a uma taxa de 1 cm/s, com que raza˜o esta´ variando a a´rea lateral do cilindro no momento em que o raio da esfera e´ 10 cm e a altura do cilindro 16 cm? A a´rea lateral do cilindro esta´ aumentando ou diminuindo? Soluc¸a˜o Sejam r e h o raio e a altura do cilindro circular reto. Seja R o raio da esfera. Sabemos que: dR dt = 2 e dh dt = −1. A a´rea lateral do cilindro e´ dada pela fo´rmula A = 2pirh. Logo: dA dt = 2pi dr dt h+ 2pir dh dt = 32pi dr dt − 2pir. Basta calcularmos r e dr dt no instante do problema. 2 Por Pita´goras, r2 + ( h 2 )2 = R2. Logo, r = 6. Derivando com relac¸a˜o a t: 2R dR dt = 2r dr dt + 2h 4 dh dt , o que nos da´ que dr dt = 4. Logo dA dt = 116pi. A a´rea do cilindro esta´ aumentando a` raza˜o de 116pi cm2/s. 5a Questa˜o: (1 ponto) Seja f(x) = 2x+ arcsen x− pi 2 . 1. Mostre, usando o Teorema do Valor Intermedia´rio, que existe um nu´mero c tal que f(c) = 0. 2. Mostre que existe no ma´ximo um nu´mero c tal que f(c) = 0. Soluc¸a˜o 1. Como f(0) = −pi 2 < 0, f(1) = 2 > 0 e a func¸a˜o f(x) e´ cont´ınua em seu domı´nio [−1, 1], segue pelo teorema do valor intermedia´rio que existe c ∈ (0, 1) tal que f(c) = 0. 2. Como f ′(x) = 2 + 1√ 1− x2 > 0, a func¸a˜o e´ estritamente crescente em (−1, 1) e so´ pode ter um zero. 3 P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2010_1_eng.pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE MATEMA´TICA PRIMEIRA PROVA UNIFICADA – CA´LCULO I. 2010-I. GABARITO Questa˜o 1.(2,0 pontos) (a) Considere a func¸a˜o 푔 : IR→ IR definida por: 푔(푥) = ⎧⎨ ⎩ cos [ (푥 − 1)2 sin ( 1 푥3 − 1 )] , se 푥 ∕= 1 0 , se 푥 = 1. Determine o valor de lim 푥→1 푔(푥). (b) Considere as func¸o˜es 푓, 푔 : IR→ IR definidas por : 푓(푥) = 푥3 − 푥+ 1 e 푔(푥) = 푥3(1 + sin푥). Mostre que os gra´ficos de 푓(푥) e 푔(푥) se interceptam pelo menos em um ponto. Soluc¸a˜o. (a) Primeiro temos que lim 푥→1 (푥− 1)2 sin ( 1 푥3 − 1 ) = 0. (1) De fato, −(푥− 1)2 ≤ (푥− 1)2 sin ( 1 푥3 − 1 ) ≤ (푥− 1)2. Logo, como lim 푥→1 −(푥− 1)2 = lim 푥→1 (푥− 1)2 = 0, podemos usar o teorema do confronto para mostrar (1). Ale´m disso, sendo a func¸a˜o cos(푥) cont´ınua em IR, temos : lim 푥→1 푔(푥) = 1. (b) Seja ℎ(푥) = 푓(푥)− 푔(푥). Sendo ℎ(푥) a diferenc¸a de duas func¸o˜es cont´ınuas, ℎ(푥) e´ cont´ınua. Ale´m disso temos que ℎ(0) = 1 > 0 e ℎ(1) = 1− (1 + sin 1) < 0. Logo, usando o Teorema do Valor Intermedia´rio, existe 푐 ∈ (0, 1) onde ℎ(푐) = 0, isto e´ 푓(푐) = 푔(푐). Questa˜o 2.(2,0 pontos) (a) Determine 푓 ′(푥); onde 푓(푥) = ln(sin2(푥)). (b) Determine as equac¸o˜es das retas tangentes ao gra´fico de 푓(푥) = 푥2 − 3푥 que passam pelo ponto (3,−4). (c) Ache a equac¸a˜o da reta tangente ao gra´fico da func¸a˜o impl´ıcita definida por 푥3 + 푦3 = 6푥푦, no ponto (3, 3). Soluc¸a˜o. (a) Sendo 푔(푥) = ln(푥), ℎ(푥) = 푥2 e 푢(푥) = sin(푥), temos que 푓(푥) = 푔 ∘ ℎ ∘ 푢(푥). Pela Regra da Cadeia, 푓 ′(푥) = 푔′((ℎ ∘ 푢)(푥)).ℎ′(푢(푥)).푢′(푥). Logo 푓 ′(푥) = 1 sin2(푥) .2 sin(푥). cos(푥) = 2 cot(푥). (b) O ponto dado na˜o pertence ao gra´fico de 푓 . Por outro lado a equac¸a˜o da reta tangente ao gra´fico de 푓 no ponto (푥0, 푓(푥0)) e´ 푦(푥) = 푓(푥0) + 푓 ′(푥0)(푥 − 푥0), onde 푓 ′(푥0) = 2푥0−3 e 푓(푥0) = 푥20−3푥0. O ponto (3,−4) pertence a` reta tangente, logo, obtemos: −4 = 푦(3) = 푥20 − 3푥0 + (2푥0 − 3)(3− 푥0) = −푥20 + 6푥0 − 9. Resolvendo a equac¸a˜o, obtemos: 푥0 = 1 ou 푥0 = 5. Enta˜o, as equac¸o˜es obtidas sa˜o 푦 + 푥+ 1 = 0 e 푦 − 7푥+ 25 = 0. (c) Derivando a equac¸a˜o implicitamente: 푑푦 푑푥 = 2푦 − 푥2 푦2 − 2푥. No ponto (3, 3) temos que 푑푦 푑푥 = −1, e a equac¸a˜o da reta tangente e´ 푥+ 푦 = 6. Questa˜o 3.(3,0 pontos) Considere a func¸a˜o definida por 푓(푥) = 푥1/3 + 2푥4/3. Determine, caso existam: (a) O domı´nio e a imagem de 푓(푥). (b) As ass´ıntotas verticais e horizontais. (c) Os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e onde e´ decrescente. (d) Os valores de ma´ximo e mı´nimo locais e/ou absolutos. (e) Os intervalos de concavidade e os pontos de inflexa˜o. (f) Use as informac¸o˜es anteriores para fazer um esboc¸o do gra´fico de 푓 . Soluc¸a˜o. (a) A func¸a˜o esta´ definida para 푥 ∈ IR. Logo veremos que a imagem de 푓(푥) e´ [−3/8,∞) (ver ı´tem (d)). (b) Como o domı´nio de 푓(푥) e´ IR, na˜o existem ass´ıntotas verticais. Ale´m disso, como lim 푥→∞ 푓(푥) = lim 푥→∞ 푥4/3 ( 1 푥 + 2 ) = ∞ e lim 푥→−∞ 푓(푥) = lim 푥→−∞ 푥4/3 ( 1 푥 + 2 ) = ∞, na˜o existem ass´ıntotas horizontais. (c) Como 푓 ′(푥) = 1 + 8푥 3푥2/3 , Os pontos cr´ıticos correspondem aos valores 푥 = −1/8 (pois 푓 ′(−1/8) = 0) e 푥 = 0 ( pois 푓 ′(0) na˜o existe). Estudando o sinal da derivada, note que 푥2/3 > 0 para qualquer 푥 ∕= 0. Logo ∙ 푓 ′(푥) > 0 quando 푥 > −1/8 e ∙ 푓 ′(푥) < 0 quando 푥 < −1/8. Assim, a func¸a˜o 푓(푥) e´ crescente quando em (−∞,−1 8 ) e e´ decrescente em (−1 8 ,∞). (d) Pelo estudo de sinal da derivada primeira, o ponto ( −1 8 ,−3 8 ) e´ um ponto de mı´nimo local e o ponto (0, 0) na˜o e´ ponto nem de ma´ximo nem de mı´nimo local. Logo o ponto ( −1 8 ,−3 8 ) e´ um ponto de mı´nimo absoluto. Podemos concluir tambe´m que a imagem de 푓 e´ o intervalo [−3/8,∞). (e) Como 푓 ′′(푥) = 2 9 ( 4푥− 1 푥5/3 ) , enta˜o 푓 ′′(푥) = 0 quando 푥 = 1/4 e na˜o existe 푓 ′′(0). Logo, os candidatos a pontos de inflexa˜o sa˜o: ( 1 4 , 3 2 3 √ 4 ) e (0, 0). Pelo estudo de sinal da derivada segunda: ∙ 푓 ′′(푥) > 0 quando 푥 < 0 ou 푥 > 1/4 ∙ 푓 ′′(푥) < 0 quando 0 < 푥 < 1/4. Portanto, a concavidade esta´ voltada para cima em (−∞, 0) e (1 4 ,∞) e a concavidade esta´ voltada para baixo em (0, 1 4 ). Assim, os pontos (0, 0) e ( 1 4 , 3 2 3 √ 4 ) sa˜o pontos de inflexa˜o. (f) Um esboc¸o do gra´fico: 푥 푦 − 1 8 − 3 8 1/4 3/(2 3√ 4) Questa˜o 4.(1,0 pontos) Um triaˆngulo iso´sceles ABC tem o ve´rtice A em (0,0). A base deste triaˆngulo que esta´ situada acima deste ve´rtice e´ paralela ao eixo x, e tem os ve´rtices B e C localizados sobre a para´bola 푦 = 9− 푥2. Sabendo que o lado BC aumenta a` raza˜o de 2cm/s, determine a taxa de variac¸a˜o da a´rea do triaˆngulo, no instante em que o lado BC mede 4 cm. Soluc¸a˜o. Denotando-se 퐴퐷 = ℎ(푡) e 퐵퐶 = 2푥(푡) , a a´rea do triaˆngulo ABC e´ escrita como : 푆(푡) = 2ℎ(푡)푥(푡) 2 = ℎ(푡)푥(푡). 푥 푦 ℎ(푡) −푥(푡) 푥(푡)−푥(푡) S(t) 퐴 퐵 퐶 Assim, 푆(푡) = ℎ(푡)푥(푡) = (9− 푥2)푥(푡) ⇒ 푆(푡) = 9푥− 푥3. Logo 푑푆 푑 푡 = 9푥 ′ − 3푥2푥′ . Como (2푥(푡)) ′ = 2푥 ′ = 2푐푚/푠, enta˜o 푥 ′ (푡) = 1푐푚/푠. Sendo 퐵퐶 = 4 = 2푥(푡)⇒ 푥(푡) = 2푐푚. Logo, 푑푆 푑 푡 = 9− 12 = −3 푐푚2/푠. Assim, como 푑푆 푑 푡 < 0, a a´rea decresce. Questa˜o 5.(2,0 pontos) Calcule os seguintes limites. (a) lim 푥→0 cos(sin(푥)) − cos(푥) 푥2 (b) lim 푥→1 ( 1 ln푥 − 푥 (푥− 1)2 ) . Soluc¸a˜o. (a) Temos a indeterminac¸a˜o 0/0. Aplicando a regra de L’Hoˆspital temos: lim 푥→0 cos(sin(푥)) − cos(푥) 푥2 = lim 푥→0 [− sin(sin(푥)) cos(푥) + sin(푥) 2푥 ] = lim 푥→0 − sin(sin(푥)) cos(푥) 2푥 + lim 푥→0 sin(푥) 2푥 . Usando o fato que lim 푥→0 sin(푥) 푥 = 1, teremos que lim 푥→0 − sin(sin(푥)) cos(푥) 2푥 = −1 2 lim 푥→0 [ sin(sin(푥)) sin(푥) . sin(푥) 푥 . cos(푥) ] = −1 2 . Logo lim 푥→0 cos(sin(푥)) − cos(푥) 푥2 = −1 2 + 1 2 = 0. (b) Este limite e´ da forma ∞−∞. Escrevendo [ 1 ln푥 − 푥 (푥− 1)2 ] = (푥− 1)2 − 푥 ln푥 (푥 − 1)2 ln푥 = 0 0 , podemos usar L´Hospital. Assim lim 푥→1 [ 1 ln푥 − 푥 (푥 − 1)2 ] = lim 푥→1 2(푥− 1)− 1− ln푥 (푥− 1)2 + 2(푥− 1) ln푥 = −∞. P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2008_1_eng.pdf INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Gabarito da 1a Prova Unificada de Ca´lculo I Engenharia, Matema´tica Aplicada e Cieˆncia da Computac¸a˜o 10/05/2008 1a Questa˜o: (2.0 pts) (a) Calcule o seguinte limite. Justifique sua resposta. lim x→+∞ √ x + 5√ x + 5 (b) Determine o valor de b para que a func¸a˜o f : R → R definida abaixo seja cont´ınua. Justifique sua resposta. f(x) = { (1 + sen 2x)3/x se x > 0; b se x ≤ 0. Soluc¸a˜o: Primeiramente, resolvendo a parte (a): lim x→+∞ √ x + 5√ x + 5 = lim x→+∞ √ x √ 1 + 5/x√ x(1 + 5/ √ x) = lim x→+∞ √ 1 + 5/x 1 + 5/ √ x = 1. (b) f e´ cont´ınua se, e somente se, b = lim x→o+ (1 + sen 2x)3/x. Para x > 0, ln f(x) = ln(1 + sen 2x)3/x = 3 ln(1 + sen 2x) x . Aplicando L’Hospital, obtemos lim x→0+ ln f(x) = lim x→0+ 6 cos 2x 1 + sen 2x = 6. Como a func¸a˜o logaritmo e´ cont´ınua em (0,+∞), temos 6 = lim x→0+ ln f(x) = ln( lim x→0+ f(x)) ⇒ lim x→0+ f(x) = e6 Portanto, f e´ cont´ınua se, e somente se, b = e6. 2a Questa˜o: (1.5 pts) Determine a equac¸a˜o de uma reta paralela a x+ y = 1 e tangente a` curva y3 + xy + x3 = 0 em um ponto (x0, y0), com x0 < 0 e y0 < 0. Soluc¸a˜o: A reta x+ y = 1 possui inclinac¸a˜o igual a −1. Se a func¸a˜o y = f(x) esta´ impl´ıcita na equac¸a˜o y3 + xy + x3 = 0, tem-se, derivando implicitamente em relac¸a˜o a x, 3y2y′ + y + xy′ + 3x2 = 0 ⇒ y′ = −y + 3x 2 x + 3y2 . 1 Portanto, y′ = −1 ⇔ x + 3y2 = 3x2 + y ⇔ x− y = 3(x− y)(x + y). Temos duas possibilidades: ou x = y ou x+y = 1/3. No primeiro caso, substituindo na equac¸a˜o, obtemos 2x3 + x2 = 0 ⇒ x = 0 ou x = −1/2. No segundo caso, substituindo na equac¸a˜o, temos x3 + x ( 1 3 − x ) + ( 1 3 − x )3 = 0 ⇒ imposs´ıvel Portanto, a reta paralela e´ obtida para os pontos x0 = −1/2 e y0 = −1/2, isto e´, y + 1 2 = − ( x + 1 2 ) ⇒ x + y + 1 = 0. 3a Questa˜o: (3.0 pts) Seja f : R \ {−1} → R a func¸a˜o definida por f(x) = e(x−1)/(x+1). (a) Encontre as ass´ıntotas verticais e horizontais; (b) Encontre os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e onde e´ decrescente; (c) Encontre os valores de ma´ximo e mı´nimo locais; (d) Encontre os intervalos de concavidade e os pontos de inflexa˜o; (e) Use as informac¸o˜es acima para fazer um esboc¸o do gra´fico de f . Soluc¸a˜o: Observe que o domı´nio de f e´ o conjunto (−∞,−1) ∪ (−1,∞). Vamos escrever f(x) = eg(x), onde g(x) = (x− 1)/(x+ 1). (a) Primeiramente observamos que lim x→±∞ g(x) = 1 ⇒ lim x→±∞ f(x) = e. Logo, a reta y = e e´ ass´ıntota horizontal. Por outro lado, lim x→−1+ g(x) = −∞⇒ lim x→−1+ f(x) = 0 lim x→−1− g(x) = +∞⇒ lim x→±∞ f(x) = +∞ Portanto, a reta x + 1 = 0 e´ uma ass´ıntota vertical. (b) Analisando o crescimento de f . Temos g(x) = x− 1 x + 1 ⇒ g′(x) = 2 (x + 1)2 > 0, ∀x 6= −1. Logo, f(x) = eg(x) ⇒ f ′(x) = eg(x)g′(x) = f(x) 2 (x + 1)2 > 0, ∀x 6= 1. e f(x) e´ crescente nos intervalos (−∞,−1) e (−1,∞), ja´ que f(x) > 0 para todo x 6= −1. (c) Como f e´ crescente em cada componente de seu domı´nio, f na˜o possui mı´nimos nem ma´ximos locais. (d) Analisando a concavidade de f . Temos f ′′(x) = eg(x)(g′(x))2 + eg(x)g′′(x) = f(x) ( 4 (x + 1)4 − 4 (x + 1)3 ) = −f(x) 4x (x + 1)4 . Logo, x < 0 ⇒ f ′′(x) > 0 ⇒ f e´ convexa; x > 0 ⇒ f ′′(x) < 0 ⇒ f e´ coˆncava. 2 Portanto, f e´ convexa (concavidade para cima) nos intervalos (−∞,−1) e (−1, 0) e coˆncava (concavidade para baixo) no intervalo (0,+∞) e o u´nico ponto de inflexa˜o e´ P = (0, 1/e). (e) O gra´fico de f e´: y e x−1 4a Questa˜o: (2.0 pts) Considere o triaˆngulo iso´sceles ABC inscrito em uma cir- cunfereˆncia (veja figura ao lado). Suponha que o raio da circunfereˆncia cresce a uma taxa de 3 cm/s e a altura AD do triaˆngulo cresce a uma taxa de 5 cm/s. Determine a taxa de crescimento da a´rea do triaˆngulo no instante em que o raio mede 10cm e a altura AD mede 16cm. A B CD Soluc¸a˜o: Sejam r(t) e h(t), respectivamente, o raio da circunfereˆncia e a altura do triaˆngulo. Enta˜o, temos dr dt = 3 cm/s, dh dt = 5 cm/s. Se denotarmos por b(t) e x(t), respectivamente, o comprimento dos segmentos BD e OD, sendo O o centro da circunfereˆncia, enta˜o x2 + b2 = r2 e h = r + x. Assim, x = h − r e, substituindo na equac¸a˜o anterior, temos r2 = (h− r)2 + b2 ⇒ b = √ 2hr − h2. Portanto, a a´rea A(t) do triaˆngulo e´ dada por A(t) = h √ 2hr − h2 e, consequentemente, dA dt = h′ √ 2hr − h2 + h ( hr′ + h′r − hh′√ 2hr − h2 ) . (∗) No dado instante t0, temos r(t0) = 10, h(t0) = 16, r ′(t0) = 3, h ′(t0) = 5. Portanto, substituindo em (∗), obtemos: A′(t0) = 76 cm 2/s. 5a Questa˜o: (1.5 pts) Seja f : R → R uma func¸a˜o satisfazendo |f(x)− 3 | ≤ 2|x− x0 |2, para todo x. (a) Calcule limx→x0 f(x). (b) Suponha f cont´ınua no ponto x0. Mostre que, enta˜o, f e´ deriva´vel no ponto x0 e calcule f ′(x0). Justifique suas respostas. Soluc¸a˜o: (a) Primeiramente observe que |f(x) − 3 | ≤ 2|x− x0 |2 ⇐⇒ 3− 2|x− x0 |2 ≤ f(x) ≤ 3 + 2|x− x0 |2. (∗) 3 Como limx→x0 |x− x0|2 = 0, segue do Teorema do Confronto (sanduiche), lim x→x0 f(x) = 3. (b) Como estamos supondo f cont´ınua, tem-se necessariamente f(x0) = 3, ou f(x) − 3 = f(x) − f(x0). Logo, dividindo ambos os membros da desigualdade (∗) por x− x0, obtemos −2|x− x0 | ≤ f(x)− f(x0) x− x0 ≤ 2|x− x0 | e, novamente pelo Teorema do Confronto, segue que f ′(x0) = lim x→x0 f(x) − f(x0) x− x0 = 0. 4 P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2011_1_eng.pdf Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA Departamento de Me´todos Matema´ticos Gabarito da 1a Prova Unificada de Ca´lculo I - Polite´cnica e Engenharia Qu´ımica 10/05/2011 1a Questa˜o: (3,0 pontos) Nesta questa˜o, na˜o use a regra de L’Hospital. 1. Calcule os limites: (a) lim x→−∞ 2x5 − 3x3 + 2x2 − 1 3x5 − 4x+ 1 (b) lim h→0 arctg [(1 + h)2 + 1]− arctg 2 h (dica: voceˆ reconhece alguma derivada?) 2. Deˆ o valor de A para que a func¸a˜o f abaixo seja cont´ınua em x = 0: f(x) = e [(senx x − 1 )2 cos ( 1 x )] , x 6= 0 A , x = 0. Soluc¸a˜o. 1. (a) lim x→−∞ 2x5 − 3x3 + 2x2 − 1 3x5 − 4x+ 1 = limx→−∞ x5 ( 2− 3 x2 + 2 x3 − 1 x5 ) x5 ( 3− 4 x4 + 1 x5 ) = lim x→−∞ ( 2− 3 x2 + 2 x3 − 1 x5 )( 3− 4 x4 + 1 x5 ) = 2 3 . (b) Seja g(x) = arctg (x2 + 1). Temos que g′(1) = lim h→0 arctg [(1 + h)2 + 1]− arctg [12 + 1] h = lim h→0 arctg [(1 + h)2 + 1]− arctg 2 h . Portanto, o limite procurado e´ igual a g′(1). Derivamos g usando a regra da cadeia, obtendo g′(x) = 2x 1 + (x2 + 1)2 . Logo, lim h→0 arctg [(1 + h)2 + 1]− arctg 2 h = g′(1) = 2 1 + (12 + 1)2 = 2 5 . 2. Para que f seja cont´ınua em x = 0 devemos ter lim x→0 f(x) = f(0) = A. Vamos primeiramente calcular lim x→0 [( senx x − 1 )2 cos ( 1 x )] . Temos que −1 ≤ cos ( 1 x ) ≤ 1, para qualquer x 6= 0. Multiplicando a desigualdade por (senx x − 1 )2 ≥ 0, obtemos − ( senx x − 1 )2 ≤ ( senx x − 1 )2 cos ( 1 x ) ≤ ( senx x − 1 )2 , para todo x 6= 0. Como lim x→0 ( senx x − 1 )2 = (1− 1)2 = 0, segue do Teorema do sandu´ıche que lim x→0 [( senx x − 1 )2 cos ( 1 x )] = 0. Usando a continuidade da func¸a˜o exponencial, temos que lim x→0 e [( senx x − 1 )2 cos ( 1 x )] = e0 = 1. Portanto, devemos ter A = 1. 2a Questa˜o: (2,5 pontos) 1. Encontre uma equac¸a˜o da reta tangente a` curva y = ln x que passe pelo ponto (0, 0). 2. Encontre a e b de modo que as retas tangentes aos gra´ficos de y = x2 + ax+ b x+ 1 e y = √ 2x+ 1 no ponto P = (0, 1) sejam perpendiculares. Soluc¸a˜o. 1. Em primeiro lugar observe que o ponto (0, 0) na˜o pertence a` curva y = ln x. Seja enta˜o (a, ln a) o ponto de tangeˆncia, conforme indicado na figura abaixo. O coeficiente angular da reta tangente e´ o valor da derivada de y = ln x em x = a, ou seja, 1/a. Por outro lado, como a tangente passa pelos pontos (0, 0) e (a, ln a) seu coeficiente angular e´ tambe´m dado por ln a− 0 a− 0 = ln a a . Logo, ln a a = 1 a e, portanto, a = e. Sendo assim, a reta tangente tem coeficiente angular 1/e e equac¸a˜o y = x/e. 2 2. Para que o ponto P = (0, 1) esteja no gra´fico y = x2 + ax+ b x+ 1 , e´ necessa´rio que b = 1 (substitua x = 0 na expressa˜o!). Para achar as inclinac¸o˜es das retas tangentes, vamos derivar as duas func¸o˜es. Primeiro, usando a regra do quociente, temos d dx ( x2 + ax+ 1 x+ 1 ) = (2x+ a)(x+ 1)− (x2 + ax+ 1) (x+ 1)2 = x2 + 2x+ (a− 1) (x+ 1)2 . Logo, a inclinac¸a˜o da reta tangente ao gra´fico y = x2 + ax+ 1 x+ 1 no ponto (0, 1) e´ igual a` a− 1. Agora, usando a regra da cadeia, temos d dx √ 2x+ 1 = 2 2 √ 2x+ 1 = 1√ 2x+ 1 . Logo, a inclinac¸a˜o da reta tangente a` curva y = √ 2x+ 1 no ponto (0, 1) e´ igual a 1. Portanto, para que as retas tangentes sejam perpendiculares, e´ necessa´rio que a− 1 = −1⇔ a = 0. 3a Questa˜o: (3 pontos) Considere a func¸a˜o definida por f(x) = |x|(x3 − 2x), que possui derivada f ′(x) = |x|(4x2 − 4). Determine, caso existam: 1. O domı´nio e os zeros de f(x); 2. As ass´ıntotas verticais e horizontais; 3. Os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e onde e´ decrescente; 4. Os valores de ma´ximo e mı´nimo locais e/ou absolutos; 5. Os intervalos onde f(x) seja coˆncava para baixo e coˆncava para cima e os pontos de inflexa˜o; Use as informac¸o˜es anteriores para fazer um esboc¸o do gra´fico de f . Soluc¸a˜o 1. O domı´nio de f(x) e´ o conjunto dos nu´meros reais. Como f(x) = |x|x(x2 − 2), temos f(x) = 0 quando x = 0 ou quando x2 − 2 = 0. Logo os zeros de f(x) sa˜o x = 0, x = √ 2 e x = −√2. 2. Como a func¸a˜o f(x) e´ cont´ınua em IR, na˜o existem ass´ıntotas verticais no gra´fico de f(x). Como lim x→∞ f(x) = lim x→∞ |x|x(x2 − 2) =∞ e lim x→−∞ f(x) = lim x→−∞ |x|x(x2 − 2) = −∞, na˜o existem ass´ıntotas horizontais no gra´fico de f(x). 3 3. A func¸a˜o f(x) e´ crescente onde f ′(x) > 0. Como f ′(x) = |x|(4x2 − 4) = 4|x|(x2 − 1) e |x| > 0 para x 6= 0, fazendo o estudo de sinal de x2 − 1, f(x) e´ crescente em (−∞,−1)∪ (1,∞). A func¸a˜o f(x) e´ decrescente onde f ′(x) < 0, isto e´, em (−1, 0)∪ (0, 1). 4. Os pontos cr´ıticos sa˜o os pontos onde na˜o existe f ′(x) e onde f ′(x) = 0. Teremos somente pontos cr´ıticos onde a derivada se anula. Como f ′(x) = 4|x|(x2 − 1), os zeros de f ′ sa˜o quando x = 0, x = 1 e x = −1. Como f(x) e´ crescente em (−∞,−1) e decrescente em (−1, 0), o ponto (−1, 1) e´ um ponto de ma´ximo local. Como f(x) e´ decrescente em (0, 1) e crescente em (1,∞), o ponto (1,−1) e´ um ponto de mı´nimo local. Como f(x) e´ decrescente em (−1, 0) ∪ (0, 1), o ponto (0, 0) na˜o e´ ponto nem de ma´ximo nem de mı´nimo local. Como lim x→∞ f(x) =∞ e lim x→−∞ f(x) = −∞, na˜o existem nem ma´ximo absoluto nem mı´nimo absoluto. 5. Para x > 0 , f ′(x) = 4x(x2 − 1) = 4x3 − 4x e f ′′(x) = 12x2 − 4. Para x < 0 , f ′(x) = −4x(x2 − 1) = −4x3 + 4x e f ′′(x) = −12x2 + 4. Temos f ′′+(0) = lim x→0+ f ′(x)− f ′(0) x− 0 = limx→0+ 4x3 − 4x x = −4 e f ′′−(0) = lim x→0− f ′(x)− f ′(0) x− 0 = limx→0− −4x3 + 4x x = 4, logo na˜o existe f ′′(0). A func¸a˜o sera´ coˆncava para cima onde f ′′(x) > 0, isto e´, em ( − √ 1 3 , 0 ) ∪ (√ 1 3 ,∞ ) e sera´ coˆncava para baixo onde f ′′(x) < 0, isto e´, em ( −∞,− √ 1 3 ) ∪ ( 0, √ 1 3 ) . Os pontos de inflexa˜o sa˜o pontos onde muda a concavidade, isto e´, (0, 0), (1/ √ 3,−5/9) e (−1/√3, 5/9). O gra´fico de f sera´: 4 4a Questa˜o: (1,5 ponto) Sejam a func¸a˜o f(x) = (x− a)(x− b)g(x), I um intervalo aberto contendo [a, b], onde g(x), x ∈ I, e´ cont´ınua em [a, b] e g(x) > 0, para todo x ∈ [a, b]. Suponha que g′(x) e´ cont´ınua em [a, b] e que existe g′′(x) em (a, b). 1. Mostrar que f(x) na˜o se anula em (a, b) e que f(x) tem um ponto cr´ıtico em (a, b); 2. Mostrar que existe c ∈ (a, b) tal que f ′′(c) = g(a) + g(b). Soluc¸a˜o. 1. f(x) = 0 se e somente se x = a, x = b ou g(x) = 0. Logo, na˜o existe x ∈ (a, b) que fac¸a f(x) = 0. Como g(x) e´ cont´ınua em [a, b] e g(x) e´ deriva´vel em (a, b) tambe´m teremos f(x) cont´ınua em [a, b] e f(x) deriva´vel em (a, b). Assim, podemos aplicar o Teorema do Valor Me´dio a f no intervalo [a, b] e existe c ∈ (a, b) tal que f ′(c) = f(b)− f(a) b− a = 0, o que mostra que f(x) tem um ponto cr´ıtico em (a, b). 2. Como g′(x) e´ cont´ınua em [a, b] e g′(x) e´ deriva´vel em (a, b), tambe´m teremos f ′(x) cont´ınua em [a, b] e f ′(x) deriva´vel em (a, b). Assim, podemos aplicar o Teorema do Valor Me´dio a f ′ no intervalo [a, b] e existe c ∈ (a, b) tal que f ′′(c) = f ′(b)− f ′(a) b− a = (b− a)g(b)− (a− b)g(a) b− a = (b− a)[g(b) + g(a)] b− a = g(b) + g(a), como quer´ıamos mostrar. 5 P1 Calculo1/prova_p1_calc1_2011_1_eng.pdf Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA Departamento de Me´todos Matema´ticos 1a Prova Unificada de Ca´lculo I - Polite´cnica e Engenharia Qu´ımica 10/05/2011 1a Questa˜o: (3,0 pontos) Nesta questa˜o, na˜o use a regra de L’Hospital. 1. Calcule os limites: (a) lim x→−∞ 2x5 − 3x3 + 2x2 − 1 3x5 − 4x+ 1 (b) lim h→0 arctg [(1 + h)2 + 1]− arctg 2 h (dica: voceˆ reconhece alguma derivada?) 2. Deˆ o valor de A para que a func¸a˜o f abaixo seja cont´ınua em x = 0: f(x) = e [(senx x − 1 )2 cos ( 1 x )] , x 6= 0 A , x = 0. 2a Questa˜o: (2,5 pontos) 1. Encontre uma equac¸a˜o da reta tangente a` curva y = ln x que passe pelo ponto (0, 0). 2. Encontre a e b de modo que as retas tangentes aos gra´ficos de y = x2 + ax+ b x+ 1 e y = √ 2x+ 1 no ponto P = (0, 1) sejam perpendiculares. 3a Questa˜o: (3 pontos) Considere a func¸a˜o definida por f(x) = |x|(x3 − 2x), que possui derivada f ′(x) = |x|(4x2 − 4). Determine, caso existam: 1. O domı´nio e os zeros de f(x); 2. As ass´ıntotas verticais e horizontais; 3. Os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e onde e´ decrescente; 4. Os valores de ma´ximo e mı´nimo locais e/ou absolutos; 5. Os intervalos onde f(x) seja coˆncava para baixo e coˆncava para cima e os pontos de inflexa˜o; Use as informac¸o˜es anteriores para fazer um esboc¸o do gra´fico de f . 4a Questa˜o: (1,5 ponto) Sejam a func¸a˜o f(x) = (x− a)(x− b)g(x), I um intervalo aberto contendo [a, b], onde g(x), x ∈ I, e´ cont´ınua em [a, b] e g(x) > 0, para todo x ∈ [a, b]. Suponha que g′(x) e´ cont´ınua em [a, b] e que existe g′′(x) em (a, b). 1. Mostrar que f(x) na˜o se anula em (a, b) e que f(x) tem um ponto cr´ıtico em (a, b); 2. Mostrar que existe c ∈ (a, b) tal que f ′′(c) = g(a) + g(b). JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS ! Boa Sorte!!! P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2012_1_eng.pdf Questão 1. (2,0 pontos) (a) Encontre todos os pontos (x, y) sobre a curva 3 √ x2 + 3 √ y2 = 8 nos quais a reta tangente é paralela à reta y + x = 1. (b) Seja f(x) = ln ( x2 + 1 β x+ 1 ) . Ache a constante β ∈ R de modo que f ′(1) = 12 . Solução. a Derivando ambos os membros da equação x 2 3 + y 2 3 = 8 implicitamente em relação a x, temos que 2 3 x− 1 3 + 2 3 y− 1 3 dy dx = 0 ⇒ dy dx = − 3 √ y x Nos pontos onde a reta tangente à curva é paralela à reta y = −x+ 1, devemos ter dy dx = −1. Assim, − 3 √ y x = −1⇐⇒ x = y. Substituindo y por x em x 2 3 + y 2 3 = 8, temos que x 2 3 + x 2 3 = 8⇐⇒ 2x 23 = 8⇐⇒ x = −8 ou x = 8 Portanto, os pontos desejados são (−8,−8) e (8, 8). (b) Aplicando a regra da cadeia e a regra do quociente para f(x), temos que sua derivada é f ′(x) = βx+ 1 x2 + 1 [ 2x(βx+ 1)− β(x2 + 1) (βx+ 1)2 ] = 2x(βx+ 1)− β(x2 + 1) (βx+ 1)(x2 + 1) = 2x x2 + 1 − β βx+ 1 . Portanto, f ′(1) = 1 − β β + 1 . Assim, para termos f ′(1) = 1 2 , é neces- sário termos 1− β β + 1 = 1 2 ⇐⇒ β β + 1 = 1 2 ⇐⇒ 2β = β + 1⇐⇒ β = 1 Logo, β deve ser igual a 1. Questão 2. (3,0 pontos) (a) Calcule lim x→0 x2 sen ( 1 x ) sen(x) . (b) Determine o valor de A para que a função f(x) = A, se x ∈ (0, pi2 ] x tan(x)− pi 2 cosx , se x ∈ (pi2 , 3pi2 ) seja contínua em (0, 3pi2 ). Solução. (a) Observe que não podemos aplicar a Regra de L’ Hospital, pois lim x→0 cos(1/x) não existe. No entanto, podemos usar o Teorema do Confronto e o limite fundamental para resolver o item. Note que lim x→0 x2sen ( 1 x ) sen x = lim x→0 [ x sen ( 1 x ) · x sen x ] = lim x→0 x sen(1 x ) · 1sen x x . Como −1 ≤ sen ( 1x) ≤ 1 para todo x 6= 0 , temos que x ≤ x sen ( 1 x ) ≤ −x, se x < 0 e −x ≤ x sen ( 1 x ) ≤ x, se x > 0. Daí, como lim x→0− x = 0 = lim x→0− −x e lim x→0+ x = 0 = lim x→0+ −x, segue do Teorema do confronto que lim x→0− x sen ( 1 x ) = lim x→0+ x sen ( 1 x ) = 0 o que implica que lim x→0 x sen ( 1 x ) = 0. Finalment, como lim x→0 sen x x = 1, temos que lim x→0 1 sen x x = 1 e, portanto, lim x→0 x2sen ( 1 x ) sen x = 0. (b) Como A é uma constante real, e f(x) = A para todo x ∈ (0, pi2 ), temos que f é contínua em ( 0, pi2 ) . Por outro lado, f(x) = x sen x cosx − pi 2 cosx = 2x sen x− pi 2 cosx para todo x ∈ (pi2 , 3pi2 ). Daí, como x sen x− pi e cosx são funções con- tínuas com cosx 6= 0 em (pi2 , 3pi2 ), temos que f é contínua em (pi2 , 3pi2 ). Logo, para que f seja contínua em (0, 3pi2 ) precisamos apenas que f seja contínua em x = pi2 , isto é, lim x→pi 2 f(x) = f (pi 2 ) = A. Como lim x→pi 2 − f(x) = A, por definição, resta apenas A = lim x→pi 2 + f(x) = lim x→pi 2 + 2xsen x− pi 2 cosx . O último limite é uma indeterminação do tipo 00 . Aplicando L’ Hospi- tal, lim x→pi 2 + 2xsen x− pi 2 cosx = lim x→pi 2 + 2sen x+ 2x cosx −2sen x = −1 Portanto, para que f seja contínua, precisamos ter A = −1. Questão 3. (2,0 pontos) Uma placa de açoW (com espessura desprezível) está presa a uma corda, com 15 m de comprimento, que passa por uma polia P , situada 7 m acima do solo. A outra extremidade da corda situada em A está presa a um caminhão, 1 m acima do solo. Sabendo que o caminhão se afasta a uma velocidade de 5 m/s, qual a taxa de variação da altura da placa quando ela estiver 2 m acima do solo? Solução Seja h a distância de W ao chão. Temos que a distância de P a W é então 7−h. Daí, como a corda mede 15 m, temos que a distância de P a A é 15− (7−h) = 15−7+h = 8+h. Seja x a distância horizontal de A a P . Como sabemos que o caminhão se move a uma velocidade de 5 m/s, temos que dx dt = 5 m/s. Queremos descobrir dh dt no momento em que h = 2 m. Logo, como conhecemos dx dt , vamos relacionar x com h. A distância vertical de P a A é constante igual a 6 m. Segue do Teorema de Pitágoras que x2 + 62 = (8 + h)2. Derivando ambos os membros desta igualdade em relação a t, temos que 2x dx dt = 2(8 + h) dh dt . Quando h = 2 m, temos que x2 + 62 = (8 + 2)2 o que implica que x2 = 100 − 36 = 64 e, portanto, x = 8 m. Tomando x = 8, h = 2 e substituindo dx dt por 5 na equação 2x dx dt = 2(8 + h) dh dt , temos que 2 · 8 · 5 = 2(8 + 2)dh dt . Logo, 20 dh dt = 80 e, portanto, dh dt = 4 m/s. Questão 4. (3,0 pontos) Considere a função definida por f(x) = ex 1− x . Determine, justificando: 1. O domínio de f e as assíntotas horizontais e verticais, caso existam. 2. Os intervalos onde f é crescente e onde f é decrescente e os pontos de máximo e de mínimo relativos, caso existam. 3. Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima e onde é côncavo para baixo e os pontos de inflexão, caso existam. 4. O esboço do gráfico de f e os extremos absolutos, caso existam. • Solução. 1. A função está bem definida para todo R exceto para x = 1. Logo, Dom(f) = R \ {1}. Além disso, lim x→−∞ ex 1− x = 0 e, usando a regra de L’Hospital, temos que lim x→∞ ex 1− x = limx→∞ ex −1 = −∞. Logo, a reta y = 0 é uma assíntota horizontal do gráfico de f . Estudando o sinal de f , obtemos que lim x→1− ex 1− x = +∞ e limx→1− ex 1− x = +∞. Logo, a reta x = 1 é uma assíntota vertical do gráfico de f . 2. Temos que f ′(x) = ex(2− x) (1− x)2 . Logo, o ponto crítico de f é x = 2. Note que x = 0 não é um ponto crítico, pois a função f não está definida nesse ponto. Estudando o sinal de f ′ obtemos que: - f ′(x) > 0, para todo x ∈ (−∞, 1)∪(1, 2). Logo, f é crescente no intervalo (−∞, 1) ∪ (1, 2). - f ′(x) < 0, para todo x ∈ (2,+∞). Logo, f é decrescente no intervalo (2,+∞). Segue do teste da primeira derivada que f possui um máximo local em x = 2 com f(2) = −e2. 3. Temos que f ′′(x) = ex(x2 − 4x+ 5) (1− x)3 . Como ex > 0 e x2 − 4x + 5 > 0, para todo x ∈ R, temos que f ′′ tem o mesmo que (1− x). Portanto, - f ′′(x) > 0, para todo x ∈ (−∞, 1). Logo, f tem concavidade para cima no intervalo (−∞, 1). - f ′′(x) < 0, para todo x ∈ (1,+∞). Logo, f tem concavidade para baixo no intervalo (1,+∞). Consequentemente, f não possui nenhum ponto de inflexão. 4. Esboço do gráfico. x y y= ex 1− x x=1 y=0 −e2 2 Finalmente, podemos concluir do gráfico que o ponto (2,−e2) é apenas um ponto de máximo local. P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2011_2_eng.pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matema´tica PRIMEIRA PROVA UNIFICADA – CA´LCULO I POLITE´CNICA E ENGENHARIA QUI´MICA 11/10/2011. GABARITO 1a Questa˜o. (2.5 pontos). Responder 1. Calcule os seguintes limites (a) lim x→1+ ( x 1− x − 1 ln(x) ) (b) lim x→1 (2− x)tg( pix 2 ) . 2. Considere as func¸o˜es h(x) = (x − 1)2 e g(x) = −(x − 1)2. Seja f(x) uma func¸a˜o definida para toda a reta e que satisfaz g(x) ≤ f(x) ≤ h(x) para todo x real. (a) Prove que f(x) e´ cont´ınua em x = 1. (b) Deˆ um exemplo de uma tal func¸a˜o f(x) que na˜o seja diferencia´vel em x = −2. • Soluc¸a˜o. 1. (a) Para resolver isto podemos fazer lim x→1+ ( x 1− x − 1 ln(x) ) = lim x→1+ ( x(ln(x) + 1)− 1 (1− x) ln(x) ) . Assim, obtemos a indeterminac¸a˜o 0/0. Logo, pela regra de L’Hoˆspital, temos lim x→1+ ( x(ln(x) + 1)− 1 (1− x) ln(x) ) = lim x→1+ ( (2 + ln(x))x (1− x)− x ln(x) ) = −∞ (na˜o existe). (b) Temos a indeterminac¸a˜o 1∞. Neste caso podemos fazer (2− x)tg( pix 2 ) = eln [ (2− x)tg( pix 2 )] = e ln(2− x) cotg(pix2 ) . Logo, como a func¸a˜o exponencial e´ cont´ınua, enta˜o lim x→1 (2− x)tg( pix 2 ) = e lim x→1 [ ln(2− x) cotg(pix2 ) ] , (1) onde aparece a indeterminac¸a˜o 0/0. Logo, usando L’Hoˆspital podemos concluir que lim x→1 [ ln(2− x) cotg(pix2 ) ] = lim x→1 −1 (2− x) −pi 2 cossec2( pix 2 ) = limx→1 2sen2( pix 2 ) pi(2− x) = 2 pi . Portanto, substitu´ındo em (1), temos lim x→1 (2− x)tg( pix 2 ) = e(2/pi). 1 2. (a) A func¸a˜o f(x) esta´ definida em todo IR, logo esta´ bem definida em x = 1. Ale´m disso, temos por hipo´tese −(x− 1)2 ≤ f(x) ≤ (x− 1)2. Logo, pelo Teorema do Confronto, lim x→1 f(x) = 0. Mais ainda, para x = 1 a desigualdade anterior implica que f(1) = 0. Portanto, lim x→1 f(x) = f(1), isto e´, f(x) e´ cont´ınua em x = 1. (b) Existem va´rios exemplos, entre eles podemos escolher f(x) = { 0 , x ≥ −2 1 , x < −2 ou f(x) = { 0 , x ≥ −2 −x− 2 , x < −2 2a Questa˜o. (2.5 pontos). Responder 1. Seja P = (x0, 2) um ponto da curva xy 3 + y + 2x2 = 26 localizado no primeiro quadrante. Determine o ponto P e a equac¸a˜o da reta normal ao gra´fico de f naquele ponto. Nota: Define-se reta normal ao gra´fico de uma func¸a˜o y = f(x) num ponto P , como aquela reta que e´ perpendicular a` reta tangente a` curva y = f(x) naquele ponto. 2. Dada a func¸a˜o f(x) = 2arctg(x) + arcsen ( 2x 1 + x2 ) . (a) Encontre f ′(x). (b) Mostre que f(x) e´ constante para todo x > 1 e determine o valor desta constante. • Soluc¸a˜o. 1. Sabemos que o ponto P = (x0, 2) pertence a` curva. Logo, substituindo temos que 8x0 + 2 + 2x 2 0 = 26, com raizes x0 = 2 e x0 = −6. Mas, por hipo´tese P esta´ no primeiro quadrante, logo P = (2, 2). Ale´m disso, derivando implicitamente, temos y3 + 3xy2y′ + y′ + 4x = 0 isto e´ y′ = − 4x+ y 3 3xy2 + 1 . Logo, em P devemos ter y′(2) = −16 25 . Enta˜o a inclinac¸a˜o da reta tangente a` curva em P e´ m = −16 25 . Assim, a inclinac¸a˜o da reta normal sera´ m1 = 25 16 , pois devemos ter m.m1 = −1. Finalmente, a equac¸a˜o da reta normal a` curva que passa por P sera´ dada pela equac¸a˜o y = 25 16 (x− 2) + 2. 2. (a) Primeiro note que y = arctg(x) ⇔ tg(y) = x. Derivando a segunda expressa˜o em relac¸a˜o a x e sabendo que 1+tg2(y) = sec2(y), teremos sec2(y)y′ = 1 ⇔ (arctg(x))′ = 1 1 + x2 . (2) Analogamente y = arcsen(x) ⇔ sen(y) = x, logo, usando sen2(y) + cos2(y) = 1, teremos cos(y)y′ = 1 ⇔ (arcsen(x))′ = 1√ 1− x2 . (3) 2 Finalmente, usando a regra da cadeia e as equac¸o˜es (2)-(3) teremos f ′(x) = 2 1 + x2 + 1√ 1− ( 2x 1 + x2 )2 ( 2x 1 + x2 )′ = 2 1 + x2 + 1 + x2√ (1− x2)2 ( 2(1 + x2)− 2x(2x) (1 + x2)2 ) = 2 1 + x2 + 2(1 − x2) |1− x2|(1 + x2) , isto e´ f ′(x) = 2 1 + x2 + 2(1− x2) |1− x2|(1 + x2) . (4) (b) Para mostrar que f(x) e´ constante, basta ver que f ′(x) = 0 para todo x > 1. De fato, como x > 1, temos que |1 − x2| = −(1 − x2). Logo, substitu´ındo na fo´rmula de f ′(x) dada em (4), teremos que f ′(x) = 2 1 + x2 − 2(1 − x 2) (1− x2)(1 + x2) = 0. Assim, f(x) = c para todo x > 1, onde c e´ uma constante. Para determinar o valor de c, note que a func¸a˜o f(x) esta´ bem definida e e´ cont´ınua para x > 1, em particular para x = √ 3 f( √ 3) = 2arctg( √ 3) + arcsen (√ 3 2 ) = 2 (pi 3 ) + (pi 3 ) = pi. Logo f(x) = pi para todo x > 1. 3a Questa˜o. (3.0 pontos). Dada a func¸a˜o f(x) = 4 x − 4 x2 . Determine, justificando: 1. O domı´nio de f e as ass´ıntotas horizontais e verticais, caso existam. 2. Os intervalos onde f e´ crescente e onde f e´ decrescente e os pontos de ma´ximos e de mı´nimos relativos, caso existam. 3. Os intervalos onde o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima e onde e´ coˆncavo para baixo e os pontos de inflexa˜o, caso existam. 4. O esboc¸o do gra´fico de f e os extremos absolutos, caso existam. • Soluc¸a˜o. 1. A func¸a˜o esta´ bem definida em todo IR exceto para x = 0, logo Dom(f) = IR− {0}. Ale´m disso, note que (usando L’Hoˆspital) lim x→±∞ ( 4 x − 4 x2 ) = lim x→±∞ 4 ( x− 1 x2 ) = lim x→±∞ ( 2 x ) = 0. Logo, a reta y = 0 e´ uma ass´ıntotal horizontal ao gra´fico de f(x). Tambe´m temos que lim x→0± ( 4 x − 4 x2 ) = lim x→0± 4 ( x− 1 x2 ) = −∞. Logo, a reta x = 0 e´ uma ass´ıntota vertical ao gra´fico de f(x). 3 2. Derivando temos que f ′(x) = 4 ( 2− x x3 ) , logo o ponto cr´ıtico de f e´ x = 2. Lembre que em x = 0 a func¸a˜o na˜o esta´ definida. Estudando o sinal de f ′(x) deduzimos que: – f ′(x) > 0 em (0, 2), logo f e´ crescente no intervalo (0, 2). – f ′(x) < 0 em (−∞, 0) e em (2,+∞), logo f e´ decrescente nos intervalos (−∞, 0) e (2,+∞). – Logo, pelo teste da derivada primeira, podemos concluir que f possui umma´ximo local em x = 2. – Ma´ximo local : f(2) = 1. 3. Para estudar a concavidade, note que f ′′(x) = 8 ( x− 3 x4 ) . Estudando o sinal de f ′′(x) deduzimos que: – f ′′(x) > 0 em (3,+∞), logo f e´ coˆncava para cima no intervalo (3,+∞). – f ′′(x) < 0 em (−∞, 0) e em (0, 3), logo f e´ coˆncava para baixo nos intervalos (−∞, 0) e (0, 3). – f possui um ponto de inflexa˜o em x = 3. O ponto de inlfexa˜o e´: (3, 89). 4. Esboc¸o do gra´fico. x y 3 8 9 2 1 Finalmente, podemos conclu´ır do gra´fico que o ponto (2, 1) e´ um ponto de ma´ximo absoluto. 4a Questa˜o. (2.0 pontos). Dentro de um tanque na forma de um cone invertido esta´ entrando a´gua a` raza˜o de 8m3/min. O cone tem 6m de altura e 3m de diaˆmentro no topo. Suponha que haja um vazamento na base e que o n´ıvel de a´gua esta´ subindo a uma raza˜o de 1cm/min. A que taxa estara´ escoando o vazamento quando o n´ıvel da a´gua for de 4, 8m? • Soluc¸a˜o. 6m 3m h r 4 Sejam h = h(t) o n´ıvel da a´gua no tanque e r = r(t) o raio da circunfereˆncia formada pela superf´ıcie da a´gua no tanque (como no gra´fico acima). Logo, teremos que o volume de a´gua no tanque V = V (t) sera´ dado pela fo´rmula V = 1 3 pir2h. (5) Ale´m disso, por semelhanc¸a de triaˆngulos, temos r h = 1, 5 6 ⇒ r = h 4 . Substituindo em (5): V = pi 48 h3 ⇒ V ′ = pi 16 h2h′. (6) Ale´m disso, a variac¸a˜o da a´gua no tanque, V ′, depende da vaza˜o da a´gua que esta´ entrando e da vaza˜o que esta´ saindo, isto e´, V ′ = V ′e − V ′s , onde V ′e = V ′ e(t) e´ vaza˜o de entrada de a´gua no tanque e V ′ s = V ′ s (t) e´ vaza˜o de sa´ıda de a´gua no tanque. Substituindo em (6) teremos V ′e − V ′s = pi 16 h2h′ ⇒ V ′s = V ′e − pi 16 h2h′. Assim, no instante em que h = 4, 8m, por hipo´tese temos que h′ = 1cm/min = 1 100 m/min e V ′e = 8m 3/min. Substituindo estes dados, teremos que a taxa de escoamento da a´gua V ′s sera´ V ′s = ( 8− pi 16(100) (4, 8)2 ) m3/min. 5 P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2009_1_eng.pdf M INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Resoluc¸a˜o da 1 a Prova Unificada de Ca´lculo I Engenharia e Engenharia Qu´ımica 1 a Questa˜o: (2,0 pontos) a)f ′(x) = [tan(x)sec(x)](5 + cos(x))− [sec(x)(−sin(x))] (5 + cos(x))2 f ′(x) = 5sin(x) (cos(x))2(5 + cos(x))2 + 2sin(x) cos(x)(5 + cos(x))2 = 5 sec(x)tan(x) (5 + cos(x))2 + 2 tan(x) (5 + cos(x))2 . b)A func¸a˜o composta h(x) e´ escrita como h(x) = ln(2x)(2x) = 2x ln(2x). Assim, h′(x) = 2 (1 + ln(2x)). O coeficiente angular da reta y = 4x e´ 4. Logo, h′(x) = 2 (1 + ln(2x)) = 4 e temos : ln(2x) = 1. Portanto, x = e 2 e h( e 2 ) = 2 e 2 ln(e) = e. Desta forma, a reta que passa pelo ponto ( e 2 , e) e tem coeficente angular 4 e´ dada por : y − e = 4(x− e 2 ). 2 a Questa˜o: (2,0 pontos) a) Este limite e´ da forma ∞0. Como e ln (e3x+x2)( 1 x ) = (e3x + x2)( 1 x ) , deve- mos calcular e lim x→∞ ln (e3x + x2)( 1 x ) . O limite lim x→∞ ln (e3x + x2)( 1 x ) = lim x→∞ ln(e3x + x2) x e´ da forma ∞ ∞ e podenos usar L´Hospital. lim x→∞ ln(e3x + x2) x = lim x→∞ 3e3x + 2x e3x + x2 = 3 Assim, lim x→∞ (e3x + x2)( 1 x ) = e3 2 a Questa˜o: b) lim x→∞ ( √ 4x2 + x+ 1−Ax) = lim x→∞ { ( √ 4x2 + x+ 1−Ax) (√ 4x2 + x+ 1 + Ax√ 4x2 + x+ 1 + Ax )} lim x→∞ ( √ 4x2 + x+ 1− Ax) = lim x→∞ (4− A2)x+ 1 + (1/x) A+ √ 4 + (1/x) + (1/x)2 Para que o limite acima seja finito, devemos ter A2 = 4 ; caso contra´rio este limite na˜o existiria. AssimA = ± 2. Pore´m se A= - 2, claramente o limite lim x→∞ ( √ 4x2 + x+ 1− Ax) na˜o existe. Portanto, A = 2. Para este valor de A temos limx→∞( √ 4x2 + x+ 1− 4x) = 1 4 3 a Questa˜o: (1,5 pontos) a)Derivando implicitamente a equac¸a˜o y3 + y = x temos : 3y2y′ + y′ = 1 . Portanto, y′ = 1 3y2 + 1 . Assim, y′ = g′(x) > 0, o que nos diz ser g(x) uma func¸a˜o estritamente cres- cente e portanto um a um. b)Pelo item a), a inclinac¸a˜o da reta normal ao gra´fico de g no ponto (10,2) e´ : − 1 g′(10) = −13. Uma equac¸a˜o dessa reta e´ dada por y = 2− 13(x− 10). 4 a Questa˜o: (1,5 pontos) Da figura ao lado temos que tan(φ) = y x . Como todas as varia´veis que aparecem nesta relac¸a˜o dependem do tempo t, derivando implicitamente em relac¸a˜o a t temos: sec2(φ) d(φ) dt = xdy/dt− ydx/dt x2 . Assim, d(φ) dt = xdy/dt− ydx/dt x2 sec2(φ) . Como, sec2(φ) = 1 + tan2(φ) temos que sec2(φ) = 244 100 . Usando os dados do problema obtemos : d(φ) dt = 10(−2)− 12(1) 244 = − 8 61 cm/min. 5 a Questa˜o: (3 pontos) 1. Df = R. A Imagem de f e´ (−∞, 1]. Na˜o esite ass´ıntota vertical. Ass´ıntota horizontal : O lim x→+∞ x ex−1 e´ da forma ∞ ∞ de maneira que podemos usar L´Hospital, obtendo lim x→∞ 1 ex−1 = 0 O lim x→−∞ x ex−1 e´ da forma (−∞)∞. Portanto, na˜o existe limite quando x tende a −∞. 2.De f ′(x) = 1− x e(x−1) temos: f ′(1) = 0. f ′(x > 0 quando x < 1. Func¸a˜o crescente. f ′(x < 0 quando x > 1. Func¸a˜o decrescente. 3.Derivando f ′(x) obtemos : f ′′(x) = x− 2 e(x−1) . Portanto, como f ′′(1) = −1 < 0 temos que x=1 e´ ponto de ma´ximo local. 4.Do item anterior, temos que : f ′′(2) = 0 f ′′(x) > 0 se x > 2 . Func¸a˜o coˆncava para cima. f ′′(x) < 0 se x < 2 . Func¸a˜o coˆncava para baixo. Assim, o ponto ( (2, 2 e ) ) e´ ponto de inflexa˜o da func¸a˜o. P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2013_1_eng.pdf Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1 Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013 Questão 1: (3 pontos) Calcule os limites abaixo. Justifique suas respostas. (i) lim x→1 sen (x− 1) x2 − 1 . (ii) lim x→+∞ 2x2 − 3x− 4√ x4 + 1 . (iii) lim x→0 e2x − e−2x − 4x x− senx . Solução: (i) Usando o limite fundamental, calculamos: lim x→1 sen (x− 1) x2 − 1 = limx→1 sen (x− 1) x− 1 · 1 x+ 1 = ( lim x→0 senx x )( lim x→1 1 x+ 1 ) = 12 . (ii) Calculamos colocando os termos dominantes em evidência no denominador e no numerador. Após simplificar a fração, obtemos: lim x→+∞ 2x2 − 3x− 4√ x4 + 1 = lim x→+∞ 2− 3/x− 4/x2√ 1 + 1/x4 = 2. (iii) Usamos a regra de l’Hôpital três vezes e obtemos que lim x→0 e2x − e−2x − 4x x− senx = limx→0 2e2x + 2e−2x − 4 1− cos x limx→0 4e2x − 4e−2x senx = limx→0 8e2x + 8e−2x cos x = 16. Questão 2: (2 pontos) Um tanque tem 5m de comprimento e sua seção transversal é sempre um triângulo equilátero, conforme a figura abaixo. Está sendo bombeada água para o interior do tanque a uma taxa de 0, 5m3/min. Com que velocidade o nível da água estará subindo quando o conteúdo de água no tanque estiver com 0, 3m de profundidade? Solução: Seja V (t) o volume da água dentro do tanque no instante de tempo t. Sabemos que V ′(t) = 0, 5m3/min. No instante t a quantidade de água dentro do tanque ocupa um volume no formato de um prisma reto de comprimento 5m que tem como base um triângulo equilátero de altura Página 1 de 4 Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1 Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013(continuação) h(t) (veja a figura). Assim, o volume V (t) de água dentro do tanque no instante t é dado pela fórmula V (t) = 5A(t), onde A(t) é a área de um triângulo equilátero de altura h(t), logo A(t) = h 2(t)√ 3 . Portanto, vale a igualdade: V (t) = 5√ 3 h2(t). Derivando a igualdade anterior em relação ao tempo obtemos 0, 5 = 10√ 3 h(t)h′(t). Então, quando h(t) = 0, 3m, temos que h′(t) = √ 3/6 ≈ 0, 288m/min. Questão 3: (3 pontos) Considere a função y = f(x) = x 2 − 4x− 12 x+ 3 . (a) Verifique que f ′(x) = x 2 + 6x (x+ 3)2 e que f ′′(x) = 18(x+ 3)3 . (b) Ache as assíntotas horizontais e verticais caso existam. (c) Identifique os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente. (d) Encontre os valores máximo e mínimo locais e/ou globais caso existam. (e) Identifique os intervalos de concavidade para cima e para baixo e os pontos de inflexão. (f) Usando as informações anteriores faça um esboço do gráfico de y = f(x). Solução: (a) De fato, temos que a primeira derivada é : f ′(x) = (2x− 4)(x+ 3)− (x 2 − 4x− 12) (x+ 3)2 = 2x2 + 6x− 4x− 12− x2 + 4x+ 12 (x+ 3)2 = x2 + 6x (x+ 3)2 . Derivando de novo, vem: f ′′(x) = (2x+ 6)(x+ 3) 2 − (x2 + 6x)2(x+ 3) (x+ 3)4 = (2x+ 6)(x+ 3)− 2(x2 + 6x) (x+ 3)3 = 2x 2 + 6x+ 6x+ 18− 2x2 − 12x (x+ 3)3 = 18 (x+ 3)3 , como queriámos. (b) Temos que lim x→+∞ f(x) = +∞ e limx→−∞ f(x) = −∞, logo não há assíntotas horizontais. Página 2 de 4 Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1 Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013(continuação) No entanto lim x→−3+ f(x) = +∞ e lim x→−3− f(x) = −∞, pois x2− 4x− 12 = (x− 6)(x+ 2) > 0 perto de x = −3 e, além disso, x+ 3 > 0 se x > −3 e x+ 3 < 0 se x < −3. Temos, portanto, uma assíntota vertical em x = −3. (c) Analisemos o sinal de f ′. Temos: f ′(x) = x(x+ 6)(x+ 3)2 . O sinal da derivada é, portanto, determinado pelo sinal do numerador pois o denominador é sempre não negativo. Teremos, então, f ′ > 0 se x < −6 ou x > 0; e f ′ < 0 se − 6 < x < −3 ou − 3 < x < 0. Logo f é crescente em (−∞,−6) ∪ (0,+∞) e f é decrescente em (−6,−3) ∪ (−3, 0). (d) A derivada de f se anula em x = −6 e em x = 0, e muda de sinal em torno desses pontos. Pelo Teste da Primeira Derivada temos: x = −6 é ponto de máximo local e x = 0 é ponto de mínimo local. Não há valores extremos globais pois a função tem limites infinitos em infinito e em x = −3. (e) O sinal da segunda derivada é o mesmo que o sinal do termo x+ 3. Assim, f ′′ > 0 se x > −3; e f ′′ < 0 se x < −3. A concavidade é , portanto, para cima se x > −3 e para baixo se x < −3. (f) Gráfico da função f : Questão 4: (2 pontos) (a) Ache a derivada da função g(x) = ecos(x3). Página 3 de 4 Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1 Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013(continuação) (b) Seja f(x) = x 2 sen ( 1 x3 ) , se x > 0, cosx− A, se x ≤ 0. Encontre A de modo que a função f seja contínua em x = 0. Para esse valor de A determine se f é derivável em x = 0. Justifique suas respostas. Solução: (a) Usando a Regra da Cadeia, obtemos d dx ( ecos (x 3) ) = ecos (x3) d dx ( cos (x3) ) = ecos (x3)(−sen(x3))3x2. (b) Para que f seja contínua em x = 0 devemos ter lim x→0+ f(x) = lim x→0− f(x) = f(0). Vamos primeiramente calcular lim x→0+ x2sen ( 1 x3 ) . Temos que −1 ≤ sen ( 1 x3 ) ≤ 1 para x > 0. Multiplicando a desigualdade por x2 ≥ 0, obtemos −x2 ≤ x2sen ( 1 x3 ) ≤ x2 para todo x > 0. Como lim x→0+ (−x2) = lim x→0+ x2 = 0, segue do Teorema do Confronto que lim x→0+ x2sen ( 1 x3 ) = 0. Por outro lado, como a função h(x) = cos x− A é contínua em x = 0, temos que lim x→0− (cosx− A) = h(0) = cos(0)− A = 1− A. Portanto, para que f seja contínua em x = 0, devemos escolher A = 1. Quando A = 1 temos f(x) = x2sen( 1 x3 ), se x > 0, cosx− 1, se x ≤ 0. Lembramos que a função f é derivável em x = 0 se e somente se o limite lim x→0 f(x)− f(0) x− 0 existe. Vamos primeiramente calcular lim x→0− f(x)− f(0) x− 0 . Temos que lim x→0− f(x)− f(0) x− 0 = limx→0− cosx− 1− 0 x = lim x→0− −senx 1 = −sen(0) = 0. Por outro lado, temos lim x→0+ f(x)− f(0) x− 0 = limx→0+ x2sen ( 1 x3 ) x = lim x→0+ xsen ( 1 x3 ) . Analogamente, temos −x ≤ xsen ( 1 x3 ) ≤ x para todo x > 0 e lim x→0+ (−x) = lim x→0+ x = 0. Se- gue do Teorema do Confronto que lim x→0+ xsen ( 1 x3 ) = 0. Finalmente, como lim x→0− f(x)− f(0) x− 0 = 0 = lim x→0+ f(x)− f(0) x− 0 , concluimos que limx→0 f(x)− f(0) x− 0 existe ou em outras palavras f é derivável em x = 0 e f ′(x) = 0. Página 4 de 4 P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2012_2_eng.pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matema´tica PRIMEIRA PROVA UNIFICADA – CA´LCULO I POLITE´CNICA E ENGENHARIA QUI´MICA 13/12/2012. GABARITO 1a Questa˜o. (3.0 pontos). (a) Calcule: lim x→0+ 3 √ x lnx. (b) Considere uma func¸a˜o y = f(x) satisfazendo∣∣∣∣f(x)− 7x2 + 5x|x|+ 2x2 + 16 ∣∣∣∣ ≤ 1x2 , para todo x 6= 0. Calcule, para esta func¸a˜o, lim x→−∞ f(x) e limx→+∞ f(x). (c) Calcule a derivada f ′(x) se f(x) = ln[2 + cos(x2)]. • Soluc¸a˜o. (a) (1.0 pontos) Como 3 √ x→ 0 e lnx→ −∞ quando x→ 0+, temos uma indeterminac¸a˜o do tipo 0 · ∞. Usamos a regra de l’Hoˆpital para obter lim x→0+ 3 √ x lnx = lim x→0+ lnx 1/ 3 √ x = lim x→0+ 1/x −x−4/3/3 = limx→0+−3 3 √ x = 0. (b) (1.0 pontos) A hipo´tese sobre f significa que 7x2 + 5x|x|+ 2 x2 + 16 − 1 x2 ≤ f(x) ≤ 7x 2 + 5x|x|+ 2 x2 + 16 + 1 x2 . Quando x → −∞ temos que, em particular, podemos restringir o foco a x < 0. Assim, para x < 0, a desigualdade acima e´ o mesmo que 7x2 − 5x2 + 2 x2 + 16 − 1 x2 = 2x2 + 2 x2 + 16 − 1 x2 ≤ f(x) ≤ 7x 2 − 5x2 + 2 x2 + 16 + 1 x2 = 2x2 + 2 x2 + 16 + 1 x2 . Ambas func¸o˜es de cada lado da desigualdade teˆm limite igual a 2 quando x→ −∞. Assim, pelo Teorema do Sanduiche, temos lim x→−∞ f(x) = 2. Por outro lado, quando x → +∞ temos que, em particular, podemos restringir o foco a x > 0. Assim, temos que 7x2 + 5x2 + 2 x2 + 16 − 1 x2 = 12x2 + 2 x2 + 16 − 1 x2 ≤ f(x) ≤ 7x 2 + 5x2 + 2 x2 + 16 + 1 x2 = 12x2 + 2 x2 + 16 + 1 x2 . Analogamente ao resultado anterior, lim x→+∞ f(x) = 12. 1 (c) (1.0 pontos) Seja f(x) = ln[2 + cos(x2)]. Enta˜o, usando a regra da cadeia, obtemos: f ′(x) = ( 1 2 + cos(x2) ) (−2x sin(x2)). 2a Questa˜o. (2.0 pontos). (a) Verifique que, para todo par de pontos x, y ∈ (−pi/2, pi/2), tem-se |tg x− tg y| ≥ |x− y|. (Dica: use o Teorema do Valor Me´dio.) (b) Considere a curva definida, implicitamente, pela equac¸a˜o √ x y = 2(x− y) + x2y. Ache o coeficiente angular da reta tangente a esta curva no ponto (1, 1). • Soluc¸a˜o. (a) (1.0 ponto) Sejam x e y quaisquer nu´meros reais em (−pi/2, pi/2). Pelo Teorema do Valor Me´dio temos tg x− tg y = (tg ′(c))|x− y|, para algum c entre x e y. Mas tg ′(c) = sec2(c) ≥ 1. Assim, |tg x− tg y| = |(sec2(c))||x− y| ≥ |x− y|, para todo par de pontos x, y ∈ (−pi/2, pi/2). (b) (1.0 ponto) Primeiro verifiquemos que (1, 1) esta´ nessa curva: √ 1 · 1 = 2(1− 1) + 12 · 1⇒ (1, 1) esta´ na curva. Derivemos implicitamente: 1 2 √ x √ y + √ x 1 2 √ y y′ = 2− 2y′ + 2xy + x2y′. Substituindo x = 1 e y = 1 chegamos a 1 2 + y′ 2 = 2− 2y′ + 2 + y′. Resolvendo a equac¸a˜o para encontrar o coeficiente angular da reta tangente a esta curva no ponto (1, 1), obtemos y′ = 7 3 . 3a Questa˜o. (2.0 pontos). O sol esta´ se pondo com aˆngulo de elevac¸a˜o (aˆngulo entre os raios e uma reta horizontal) que diminui a uma taxa de 0, 25 radianos/hora. Com que velocidade estara´ crescendo a sombra de um pre´dio de 30 metros de altura quando o aˆngulo de elevac¸a˜o do sol for pi 6 ? 2 • Soluc¸a˜o. (2.0 pontos) Figura 1: Vamos chamar de x = x(t) o tamanho da sombra do pre´dio, que corresponde ao tamanho do segmento de reta horizontal que vai da base do pre´dio ate´ o ponto de intersec¸a˜o entre os raios solares e o cha˜o. Chamemos de θ = θ(t) o aˆngulo de elevac¸a˜o. Notemos que, quanto menor o aˆngulo de elevac¸a˜o, mais comprida sera´ a sombra, ou seja, maior sera´ x = x(t). Como a altura do pre´dio e´ de 30 metros, enta˜o o cateto oposto ao aˆngulo de elevac¸a˜o mede 30 e o cateto adjacente mede x. Assim, obtemos tg θ = 30 x . Derivando implicitamente vem: (sec2 θ)θ′(t) = −30 x2 x′(t). Observemos que, no instante t∗ em que o aˆngulo de elevac¸a˜o do sol for pi6 teremos tg θ(t ∗) =√ 3 3 , donde x(t ∗) = 30 √ 3 metros. Notemos, ainda, que, por hipo´tese, θ′(t) = −0, 25 radianos/hora; o sinal ”−”vem do fato que o aˆngulo de elevac¸a˜o esta´ diminuindo. Juntando toda a informac¸a˜o obtemos: x′(t∗) = −sec 2 ( pi 6 ) 30 θ′(t∗)x2(t∗) = 30 metros/hora. Soluc¸a˜o alternativa. Ao escrever tg θ = 30 x , note que, portanto, x = 30 cotg θ. Logo temos x′ = −30 (cosec 2θ)θ′. Da´ı substituimos θ = pi/6 e θ′ = −0, 25 rad/h e obtemos o mesmo resultado. 4a Questa˜o. (3.0 pontos). Considere y = f(x) = x3e−−x. 3 (a) Verifique que f ′(x) = (3x2 − x3)e−−x e que f ′′(x) = (x3 − 6x2 + 6x)e−−x. (b) Ache as ass´ıntotas horizontais e verticais caso existam. (c) Identifique os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e onde e´ decrescente. (d) Encontre os valores ma´ximo e mı´nimo locais e/ou globais caso existam. (e) Identifique os intervalos de concavidade para cima e para baixo e os pontos de in- flexa˜o. (f) Usando as informac¸o˜es anteriores fac¸a um esboc¸o do gra´fico de y = f(x). • Soluc¸a˜o. (a) (0.5 pontos) Usando a regra do produto junto com a regra da cadeia vem: f ′(x) = 3x2e−−x − x3e−−x = (3x2 − x3)e−−x, e f ′′(x) = (6x− 3x2)e−−x − (3x2 − x3)e−−x = (x3 − 6x2 + 6x)e−−x. (b) (0.5 pontos) Precisamos calcular lim x→−∞ f(x) e limx→+∞ f(x). Temos: lim x→−∞ f(x) = −∞, pois x3 → −∞ e e−−x → +∞ quando x→ −∞. Continuando, lim x→+∞ f(x) = limx→+∞ x3 ex = lim x→+∞ 3x2 ex = lim x→+∞ 6x ex = lim x→+∞ 6 ex = 0, onde usamos treˆs vezes seguidas a regra de l’Hoˆpital para eliminar a indeterminac¸a˜o do tipo ∞ ∞ . Assim, ha´ uma ass´ıntota horizontal ao gra´fico de y = f(x) que e´ a reta y = 0. Na˜o ha´ ass´ıntotas verticais uma vez que a func¸a˜o y = f(x) esta´ definida em toda a reta real. (c) (0.5 pontos) Notemos que f e´ (infinitamente) diferencia´vel em toda a reta real. As- sim, devemos analisar o sinal da primeira derivada para determinar os intervalos de crescimento e decrescimento. Temos: f ′(x) = x2(3− x)e−−x, logo f ′ se anula em x = 0, e em x = 3. O sinal e´ determinado pelo sinal de 3− x e, portanto, e´ positivo em (−∞, 3) e negativo em (3,+∞). Assim, f e´ crescente em (−∞, 3) e decrescente em (3,+∞). (d) (0.5 pontos) Pelo Teste da Primeira Derivada ha´ um u´nico ponto de extremo local, onde a derivada muda de sinal de positivo para negativo na direc¸a˜o x crescente; donde este ponto e´ de ma´ximo local: x = 3. O valor ma´ximo local e´ f(3) = 27 e3 . 4 (e) (0.5 pontos) Analisemos o sinal da segunda derivada: f ′′(x) = x(x2 − 6x + 6)e−−x = x(x− (3 + √ 3))(x− (3− √ 3))e−−x. Temos que f ′′ e´ positiva nos intervalos (0, 3 − √3) e (3 + √3,+∞) e negativa nos intervalos (−∞, 0) e (3−√3, 3 +√3). A conclusa˜o e´ que o gra´fico de y = f(x) e´ coˆncavo para baixo em (−∞, 0) ∪ (3− √ 3, 3 + √ 3) e coˆncavo para cima em (0, 3− √ 3) ∪ (3 + √ 3,+∞). Ha´ treˆs pontos de inflexa˜o: x = 0, x = 3− √ 3, e x = 3 + √ 3. 5 (f) (0.5 pontos) Figura 2: Gra´fico (a) y(x) = x3e−x 6 P1 Calculo1/prova_p1_gab_calc1_2010_2_eng.pdf DEPARTAMENTO de ME´TODOS MATEMA´TICOS INSTITUTO DE MATEMA´TICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO GABARITO da PRIMEIRA PROVA UNIFICADA de CA´LCULO I 20 de outubro de 2010 Questa˜o 1. (3,0 pontos) (a) Calcule: (i) lim x→+∞ √ x2 + 1 x+ 1 (ii) lim x→+∞x (pi 2 − arctanx ) (b) Seja f(x) = x− a√ x− x+ 2 se x 6= 4 b se x = 4 . Determine a e b, de modo que f seja cont´ınua em x = 4. Soluc¸a˜o. (a) (i) lim x→+∞ √ x2 + 1 x+ 1 = lim x→+∞ √ x2 ( 1 + 1 x2 ) x ( 1 + 1x ) = lim x→+∞ √ 1 + 1 x2 1 + 1x = 1. (ii) Note que lim x→+∞x (pi 2 − arctanx ) = lim x→+∞ pi/2− arctanx 1/x . Aplicando a Regra de L’Hoˆpital, lim x→+∞ −1/(1 + x2) −1/x2 = limx→+∞ x2 1 + x2 = lim x→+∞ 1 1 + 1/x2 = 1 . (b) Se f e´ cont´ınua em x = 4: (1) Existe f(4); (2) Existe lim x→4 f(x); (3) lim x→4 f(x) = f(4). Para que exista lim x→4 f(x) = lim x→4 x− a√ x− x+ 2, devemos ter limx→4x− a = 0, ou seja, a = 4. Isto porque, uma vez que lim x→4 √ x− x+ 2 = 0, se o limite da expressa˜o no numerador for diferente de zero, lim x→4 x− a√ x− x+ 2 na˜o existira´. Para satisfazer a` condic¸a˜o 3 e encontrar o valor f(4) = b, vamos calcular lim x→4 x− a√ x− x+ 2. Veja que a expressa˜o do limite corresponde a uma indeterminac¸a˜o do tipo 00 . Usando a Regra de L’Hoˆpital: lim x→4 x− a√ x− x+ 2 = limx→4 1 1 2 √ x − 1 = − 4 3 . Assim, b = −4 3 . Questa˜o 2. (2,0 pontos) (a) Encontre os pontos da curva x2 − xy + y2 = 3 onde a reta tangente e´ horizontal. (b) Suponha que f(2) = 7 e f ′(x) > 2 para x ∈ [2, 5]. Qual o menor valor que f(5) pode ter? Soluc¸a˜o. (a) Derivando implicitamente com relac¸a˜o a x: 2x− y − xdy dx + 2y dy dx = 0. Logo, dy dx = y − 2x 2y − x. A reta tangente no ponto (x, y) sera´ horizontal se, e somente se, dydx = 0 ou, equivalente- mente, y = 2x. Substituindo y = 2x na equac¸a˜o da curva: x2 − x(2x) + 4x2 = 3⇔ 3x2 = 3⇔ x± 1. Portanto, os pontos da curva onde a reta tangente e´ horizontal sa˜o (1, 2) e (−1,−2). (b) Podemos aplicar o Teorema do Valor Me´dio ao intervalo [2, 5], pois f e´ diferencia´vel (logo, cont´ınua) em toda parte. Enta˜o, existe um nu´mero c tal que f ′(c) = f(5)− f(2) 5− 2 ⇒ f(5) = f(2) + 3f ′(c)⇒ f(5) = 7 + 3f ′(c) . Como f ′(x) ≥ 2 em [2, 5], teremos f ′(c) ≥ 2 e, portanto, f(5) ≥ 13. Logo, o menor valor de f(5) e´ 13. Questa˜o 3. (2,0 pontos) No desenho, o ponto A representa um objeto que se desloca so- bre uma semicircunfereˆncia de raio 5 m, com velocidade constante 0,1 m/s. Em cada instante, h e´ a distaˆncia de A ate´ o diaˆmetro PQ. Durante o movimento de subida, qual sera´ a taxa de variac¸a˜o da distaˆncia h no momento em que ela medir 4 m? P Q 0,1 m/s h A Soluc¸a˜o. Se raciocinarmos como nas aulas de f´ısica, encontraremos uma soluc¸a˜o muito simples. Basta observarmos que a taxa de variac¸a˜o de h e´ dada pela componente vertical da velocidade do ponto A. Deixamos esta soluc¸a˜o para voceˆ completar e apresentamos abaixo uma outra (um pouco maior) que utiliza ideias normalmente desenvolvidas nas aulas de ca´lculo. P Q 0,1 m/s B h A 5 m C θ s Do triaˆngulo ABC: h = 5 sen θ ⇒ dh dt = 5 cos θ dθ dt . Do setor circular CAP: s = 5θ ⇒ ds dt = 5 dθ dt ⇒ 0,1 = 5dθ dt ⇒ dθ dt = 0,02 . Ou seja, dh dt = 5 cos θ.0,02 = 0,1 cos θ . Quando h = 4, BC = 3 e, portanto, dh dt = 0,1. 3 5 = 0,06 m/s. Questa˜o 4. (3,0 pontos) Seja f(x) = x2e(4−x). Obtenha, caso existam: (a) As ass´ıntotas horizontais e verticais do gra´fico de f . (b) Os intervalos onde f e´ crescente e onde e´ decrescente. (c) Os intervalos onde o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima, onde e´ coˆncavo para baixo e os pontos de inflexa˜o. Usando as informac¸o˜es acima, esboce o gra´fico de f e determine seus valores extremos (relativos e absolutos) caso existam. Soluc¸a˜o. (a) Ass´ıntotas Horizontais: lim x→∞x 2e4−x = lim x→∞ x2 ex−4 = lim x→∞ 2x ex−4 = lim x→∞ 2 ex−4 = 0 e lim x→−∞x 2e4−x =∞ . Logo, y = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal do gra´fico de f . Ass´ıntotas Verticais: na˜o possui pois f e´ cont´ınua nos reais. (b) f ′(x) = 2xe4−x − x2e4−x = e4−x(2x− x2). Como e4−x e´ sempre maior que zero, f ′(x) > 0⇔ 2x− x2 > 0 . Enta˜o, se x ∈ (0, 2), f e´ crescente. f ′(x) < 0⇔ 2x− x2 < 0. Logo, se x ∈ (−∞, 0) ∪ (2,∞), f e´ decrescente. (c) f ′′(x) = 2e4−x − 4xe4−x + x2e4−x = (x2 − 4x+ 2) e4−x. Assim, se x ∈ (−∞, 2 − √2) ∪ (2 + √2,∞), f ′′(x) > 0 e o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima. Se x ∈ (2−√2, 2 +√2), f ′′(x) < 0 e o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo. Em vista disso, ( 2−√2, f(2−√2)) e (2 +√2, f(2 +√2)) sa˜o os pontos de inflexa˜o. Valores extremos. De acordo com o item (b) e da observac¸a˜o do gra´fico ao lado temos: ma´ximo relativo, 4e2 em x = 2; mı´nimo absoluto, 0 em x = 0.