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II UNIDADE D. ADIMINSTRATIVO I - Figuras da Administração Indireta. 1. Autarquias – Pessoa Jurídica de Direito Público de capacidade exclusivamente administrativa. Decreto de Lei 200 define: “É criada para descentralizar, para melhorar o funcionamento da administração direta.” Se destaca para melhor prestar o serviço. É difícil perceber a diferença entre ela e a administração direta. O melhor é perceber a prestação de serviços. 2. Caracterização das autarquias - Pessoas descentralizadas Autonomia e liberdade administrativa dentro dos limites da lei que a criou. Ex: Ninguém interfere na organização do INSS. Não subordinadas a qualquer ordem do estado. Autonomia Financeira, dispondo dos recursos, patrimônio, assuntos e negócios próprios. ( A fonte de Recursos pode ser através de repasse ou ela cobrando). Responsabilidade própria perante terceiros. ( O INSS, por exemplo responde pelo patrimônio deles, pode ser demandante ou demandado. Esgotados todos os recursos da autarquia, a administração direta responderá subsidiariamente. 3. Regime Jurídico. a) Relações com a pessoa criadora - Criação e extinção – apenas por lei (art. 37, XIX, CRFB); O art. Refere-se a criação. A extinção é por lei. - Controle – poder da administração direta, desde que previsto em lei, visando a conforma-la com a finalidade para qual criada e com a política administrativa do governo. É o poder dado a administração pública direta ou central (União, E, DF, M) de influenciar nas pessoas jurídicas, ou seja, da administração indireta ou descentralizada para manter essa pessoa jurídica dentro das regras legais. Apesar de toda essa autonomia, o controle funciona como um atenuante a essa autonomia. O ente que cria a autarquia (empresa publica, ou sociedade de economia mista, qualquer ente) não perde o poder sobre ela, pois ela não é independente, é autônoma. Relação com pessoas criadoras; Independência são apenas para os três poderes; Autônomos – para os órgãos, jamais independentes; Existe um controle do entre criador para com as autarquias, embora seja totalmente desgarrada deste Principio da Tutela (Tutela é o poder de controle dos atos das entidades da Administração Indireta pelos órgãos centrais da Administração Direta. O pode de tutela sempre foi denominado de supervisão ministerial e abrange o controle finalístico dos atos da Administração Indireta). - Supervisão ministerial (art. 19, decreto lei 200); Supervisão Ministerial Cada autarquia esta vinculada a um ministério, que exerce um controle sobre ele - controle em relação aos atos e à legalidade (principios) Pode ser Controlado tanto pelos Ministérios quanto pela Presidência, pois alguns atos da autarquia refletem no social. Art . 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de Estado competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, que estão submetidos à supervisão direta do Presidente da República. -Previsões de controle (decreto lei 200, art. 26 § único). - Inexistência de relação Hierárquica. -Recurso Hierárquico impróprio, sempre previsto em lei. – Meio pelo qual o cidadão pode fazer com que a entidade criadora tome ciência de alguma irregularidade. (controle finalístico) Cabe no caso de desvio de finalidade, legalidade, princípios e etc. Art. 19 decreto lei 200 Pode partir do próprio órgão É direcionada ao ministério Tem que estar prevista em lei 4. Relações com Terceiros – Funciona basicamente como Administração Direta. Bem impenhorável Sofre Precatório (forma de pagamento das dividas da fazenda publica) 4.1- Atos e Contratos Atos: Se sujeitam aos mesmos critérios da Adm. Direta Presunção de legitimidade e veracidade (é a presunção de que os atos administrativos são válidos, isto é, de acordo com a lei até que se prove o contrário. Trata-se de uma presunção relativa. Ex: Certidão de óbito tem a presunção de validade até que se prove que o “de cujus” esta vivo) Executoriedade ( é o poder que os atos administrativos têm de serem executados pela própria Administração independentemente de qualquer solicitação ao Poder Judiciário. É algo que vai além da imperatividade e da exigibilidade.) O particular não tem executoriedade, com exceção do desforço pessoal para evitar a perpetuação do esbulho. Ex: O agente público que constatar que uma danceteria toca músicas acima do limite máximo permitido, poderá lavrar auto de infração, já o particular tem que entrar com ação competente no Judiciário. Exigibilidade (é o poder que os atos administrativos possuem de serem exigidos quanto ao seu cumprimento, sob ameaça de sanção. Vai além da imperatividade, pois traz uma coerção para que se cumpra o ato administrativo. Ex: Presença do guarda na esquina do farol é a ameaça de sanção). Imperatividade (é o poder que os atos administrativos possuem de impor obrigações unilateralmente aos administrados, independentemente da concordância destes. Ex: A luz vermelha no farol é um ato administrativo que obriga unilateralmente o motorista a parar, mesmo que ele não concorde). Contratos: Submete-se à lei de Licitações n° 8666 4.2- Responsabilidade Direta da autarquia Autonomia é ampla, salvo nos casos de Supervisão Ministerial. Demanda contra a própria autarquia que responde com seus bens, exauridos os seus bens próprios o ente criador responde subsidiariamente. Dotação Orçamentária Própria 4.3- Prescrição: 5 anos ( O mesmo da fazenda Pública, pois se comporta como tal); decreto 20.910/32 e decreto lei 4597/42. 4.4 Bens Autárquicos (bens de uso especial): São bens públicos, ou seja, não pode ser suscetível de usucapião, gravames (penhora, hipoteca,...). Deve passar pelo Precatório Judiciário (art. 100 CRFB) . Desafetação - Desafetação (desconsagração) consiste em retirar do bem aquela destinação anteriormente conferida a ele. 4.5- Imunidade Recíproca (art. 150 VI a CR) e vinculação à sua atividade. Não existe tributação entre autarquia e entes em relação à vinculação à sua atividade, se estende pelo fato das autarquias se assemelharem com os entes. Não pode haver tributação entre União, Estados e Municípios. Um não poderá tributar ao outro e se estenderá à Autarquias pelo fato de ela se assemelhar-se em muito à Adm. Direta. Deve-se considerar isso apenas com relação à atividade pública. Ex: O prédio do INSS não é passível de IPTU. Tributos → impostos, taxas e contribuições de melhorias. 4.6- Relações Internas: relações internas das próprias autarquias, entre seus órgãos e seus servidores (Lei n° 4.320/64). 4.6.1- Mesmas regras de direito financeiro da lei supracitada aplicado ao poder público (adm. Direta) também se aplicam às autarquias. Os entes de Direito Público: Estado, União, DF e Município. Têm regras próprias de contabilidade pública do Direito Financeiro que regem esses órgãos internamente; Então a contabilidade que é aplicada ao Poder Público não é propriamente a contabilidade de Direito Privado que se é aplicado nas Empresas; Existem tipos diferentes de contas, até a lei de responsabilidade fiscal prevê diversos dessas contas, os conceitos de restos a pagar, despesa corrente liquida (depois que se paga o servidor e as demais despesas sobra um dinheiro chamado “receita corrente liquida” onde se pode aplicar isso?!, onde é que não pode?!, seu limite de gasto com pessoal, tudo isso é previsto nessa lei de responsabilidade fiscal (n° 101). Então essas mesmas normas de direito Financeiro, mesmas normas de contabilidade pública que as entidades de administração Direta estão sujeitas as autarquias estão da mesma forma, inclusive sujeição à lei de responsabilidade fiscal e também controle do tribunal de contas. 4.6.2- Regime de Pessoal: UNIÃO ESTADOS MUNICíPIOs Entes da Administração Para melhor Entender Que regime jurídico será aplicado ao servidor daquela autarquia? Institucional (celetista) ou estatutário. |vinculo que se dá entre o agente e o estado é chamado de estatutário ou institucional|. Para entender o tema se tende a dividir de um lado os entes da adm. Direta e Indireta, mas quando for estudar um tema sobre adm. Direta e indireta não é recomendável fazer isso, o melhor a se fazer é dividir entre mundo privado e mundo publico, 6 de um lado e 2 do outro ao invés de 4 de cada, Por que os entes do mundo publico são todos com personalidade Jurídica de Direito Publico, e os 2 do Mundo Privado são os únicos que são estatais mas tem natureza jurídica de Direito Privado. A autarquia por assemelhar-se à Adm. Direta, ela terá regime jurídico estatutário. Instituto da estabilidade- qual o intuito? É desvincular o poder do gestor público em interferir na adm. (sobre o servidor público), mas houve um desvirtuamento dessa finalidade. Na autarquia, por ter natureza jurídica de direito público, assemelhando- se à adm. Direta, é regida pelo regime estatutário. (lei 8112/90) Só quando for temporário é que estes serão regidos pela CLT. ADM. DIRETA ADM. INDIRETA União Autarquias Estado Fundações Públicas Distrito Federal Empresas Públicas Municípios Sociedades de Economia Mista Mundo Público Mundo Privado União Sociedade de Economia Mista Estado Empresas Públicas Distrito Federal Municípios Fundações Públicas Autarquias 4.6.3 Objetivo - Os objetivos são típicos e próprios da adm. Direta (Estado). Ex: serviços públicos de caráter social e atividades financeiras. 4.7 Espécies de Autarquias: Assistenciais: Ex: SUDENE, SUDAN e INCRA. Previdenciárias: Ex: INSS. Culturais: Ex: Universidades. Administrativas: Com poder de administração, fiscalização e de poder de policia. Ex: IBAMA, IMETRO, BACEN, CADE. Controle: São as agências reguladoras, aquelas que exercem esses papeis, de regulação, fiscalização e controle das atividades dos serviços públicos desempenhados por empresas privadas. Ex: ANAC, ANS, ANATEL, ANEEL, ANVISA. Profissionais ou Corporativas: Ex: OAB, CREAS, CRM, CRECI, COREN, CORECON. Pode haver a confusão dessas autarquias profissionais ou corporativas, tendem a achar que elas são/ funcionam como sindicatos ou associações. Sindicatos e Associações servem para defender o interesse do profissional da pessoa que compõe aquela entidade. OAB, CREAS, CRECI, CRM, CORECON, COREN, CRC, todos esses conselhos federais, são autarquias federais profissionais criadas por lei e que tem a finalidade proteger a sociedade do mal profissional, o destinatário da proteção dessas autarquias não é o profissional que está dentro da autarquia da profissão o destinatário da proteção é a sociedade, então essas autarquias existem para proteger à sociedade da atuação do mau profissional, então não se pode confundir por exemplo OAB como entidade de classe como não é um sindicato, o papel da OAB não é esse, como não é nenhuma outra, embora na pratica se veja muito corporativismo, mas não é essa a intenção nem a finalidade, a finalidade é a proteção da sociedade não a auto proteção dos profissionais. Exercem função do povo; é geral, não coletividade. São fiscalizadoras em prol da sociedade, por isso são autarquias. A elas não serão aplicadas as regras gerais. Sob Regimes Especiais: Essa denominação “Autarquias Sob Regimes Especiais” antigamente na época da ditadura e antes da criação dessas agências reguladoras era a antiga denominação que se dava para as Universidades. Na época da ditadura existia a interferência grande do Regime Militar nas Universidades e como na Universidade (nessa época só existia universidades públicas, não existia faculdade particular, se existia era muito pouco) existia essa interferência muito grande, então era necessário conferir a essas Universidades mais autonomia para evitar essa ingerência do poder público nas Universidades, porque é nas Universidades onde o conhecimento é construído a cultura e tal..., então era utilizado esse nome de “Autarquia Sob Regime Especial” para elas terem mais autonomia do que uma autarquia normalmente já tem em relação ao poder público. Com o fim do Regime Militar e com essa nova normatização sob as agencias reguladoras, quem adotou essa denominação “Autarquia Sob Regime Especial” foram às próprias agencias, então hoje quando se fala em “Autarquias Sob Regime Especial” são as próprias agencias reguladoras que tem um regime especial em relação a elas, que dá mais autonomia. 5. Agências Reguladoras (autarquias especiais ou sob regime especial): Agências Reguladoras não são um novo tipo de ente da Administração Publica, ( são 4 da direta e 4 da indireta), “Agências” são apenas uma qualificação, certificação, que tem uma Autarquia, por isso o nome “Autarquias Especiais ou Sob Regime Especial”, isso teve inicio no Brasil quando começou em 95/96 o “Plano Nacional de Desestatização” implantado por Fernando Henrique, que teve inicio aquelas erradamente/equivocadamente chamadas de privatizações mas que são na verdade o processo de “Desestatização”. Porque não é privatização? Porque o estado não pegou o serviço publico e entregou ao particular, o serviço continua sendo publico o que foi entregue ao particular foi a execução dos serviços, então por isso que não é propriamente uma privatização. As agências reguladoras foram introduzidas no Ordenamento Jurídico em função do Plano nacional de desestatização, pois outras empresas particulares passaram a poder exercer esse exercício (Governo de FHC), mas o serviço continuou a ser Público. Por conta dessa transferência/migração é que houve a necessidade de criar as Agências Reguladoras, pelo fato de que, sendo público, precisa ser regulado pelo Estado (Adm. Direta). Conceito: Autarquias sob regime especial, criadas com a finalidade de disciplinar e controlar serviços de relevância pública. No caso da VALE, foi privatização por quê? Porque a VALE não desempenhava serviço público, não prestava serviço público, a partir do momento em que ela foi vendida ai houve a privatização, Quando se fala de serviço público você não privatiza serviço público, você privatiza a execução do serviço público, então no caso de serviço público você não pode privatizar nada, o que se pode fazer é desestatizar (passar a execução ao particular), mas a Vale do Rio Doce como ela não exercia/prestava serviço publico ela foi realmente privatizada. A Petrobras presta serviço público? Não. Pode ser vendida? Pode, se tem que fazer uma emenda na constituição. Vendeu é privatizada. 5.1 Características da Especialidade das Agências Reguladoras: São 4 (quatro) características principais, essas quatro características vão tornar a Agência diferente de uma Autarquia comum, que ai que se vai vê que são autarquias em regime especial. a) Poder Normativo Técnico: É o obj. de maior discussão no Direito, que normalmente é legalista (pessoa que defende suas ideias baseada no que determina as leis.). A lei é quem inova no Ordenamento Jurídico. Em razão da evolução da sociedade é necessário que haja profissionais com especialidade em matérias especificas para compor determinada função, então surge o Poder Normativo Técnico, que dispões de regulamentos para que possa criar essas agências reguladoras. A discussão é no fato de que regulamente não é lei. Mas a lei não tem como prevê as evoluções tecnológicas, então temos os agentes com especialidade para trabalharem com as inovações tecnológicas. Utilizar-se á o Poder Normativo Técnico para regular as inovações, produzindo normas para o funcionamento desses serviços públicos privatizados. Obs: “Fala sobre situações que não se encontra em lei nenhuma, e nem teria como encontrar porque a questão é técnica, não dá para o legislador prevê essas situações que irão acontecer um ex é quando a lei da ANATEL foi criada, se o legislador quisesse dispor naquela época sobre portabilidade não haveria como porque era uma coisa não praticada na época, então não se encontra lei que fale sobre o assunto.” b) Autonomia Decisória: Autonomia é ainda maior que as demais autarquias em relação ao ente criador (adm. Pública). c) Independência Administrativa: Mandato fixo dos Diretores /Conselheiros, estabilidade. d) Autonomia Econômico-Financeira: Espécies de tributos em relação de atividade vinculada. As taxas de regulação devem ser aplicadas no serviço, que está sendo executado. A agência vai exercer suas atividades com uma fonte de receita própria, com essas taxas de regulação cobradas às empresas privadas que exercem o serviço público. Obs: Essa não deve ser a única fonte de custeio. 5.2 Tipologias das Agências Reguladoras Autarquias: a) Serviços Públicos Propriamente Ditos: Ex: ANEEL, ANATEL, ANTT, etc. b) Atividade de fomento (incentivo) e fiscalização de atividades privadas: Ex: Cinema (ANCINE). c) Atividades Exercitáveis para promover a regulação, a fiscalização e a contratação das atividades ligadas ao Petróleo: Ex: ANP (Agência Nacional do Petróleo). d) Atividades em que particulares atuam paralelamente com o Estado: Ex: ANVISA (Educação, Saúde). e) Agências Reguladoras do uso do bem público: Ex: ANA ( Agência Nacional da Água). 5.3 Diferenças para as autarquias de regime comum: a) Possibilidade de contratação temporária: Ex: ANA, ANVISA, ANAEL. Obs: criticada pelos doutrinadores. *Possibilidade de prorrogação de contratos preexistentes Lei 9.986/2000. b) Previsão inicial para contratação como empregado público: Que os cargos fossem ocupados pelo empregado público - regime celetista. Foi suspenso por liminar dizendo que o regime deve ser estatutário (Emitida pelo Ministro Marco Aurélio, ver entendimento.). c) Exceções a Lei de licitações: Podem realizar consultas e pregão como forma de contratação, salvo serviços e Obras de Engenharia. Tem lei própria criando a Agência. Uma das modalidades de contratar: (que define a exceção) Pregão Consulta ANT e ANATEL (diferente das demais) 6. Agências Executivas: Não é nova modalidade de agência. É um titulo que é dado a uma Agência Reguladora. A partir deste titulo dado pelo governo, vai possuir autonomia ainda maior. É como se recebesse um “Título de Cidadão”, a pessoas não deixa de ser quem é, só passa a se achar mais importante. É tipo uma premiação e a premiação seria mais autonomia. ( Lei 9.949/98 – art. 51 e 52) →ler. É vantajoso tanto para a autarquia como para a Administração Direta. Constituição emenda 19. É daí que surge a crítica. “Como poderia firmar contrato, se não tem personalidade, é apenas um órgão jurídico.” 6.1 Características / Requisitos, para se tornar agência executiva: a) Contrato de Gestão (art. 37, § 8°, da CR): Meta. b) Plano estratégico de atuação: Reestruturação de desenvolvimento. c) Qualificação para maior autonomia e dispensa de recursos e ampliação da sanção do dever de licitar: (inciso XXIV, do art. 24 da Lei 8.666/93). Qual a crítica em relação às Agências Reguladoras? Porque órgão não tem personalidade jurídica, não podendo, portanto contratar (ver lei e CRF). I - Figuras da Administração Indireta. (continuação...) FUNDAÇÕES PÚBLICAS EXISTEM DUAS CORRENTES DOUTRINARIAS: 1° Corrente: Fundação só pode ter Natureza de Direito Público e assemelharia em tudo à autarquia. Eles denominam: Fundações Autárquicas, porque nada mais seria do que a própria autarquia. Diz que o conceito legal define qualquer coisa, menos fundação (decreto Lei 200). Art. 37, XI, CRF: Também é um dos argumentos do 1° entendimento doutrinário. Porque só entrou fundação, autarquia, adm. Direta e não sociedade de economia mista, etc? Art. 38: Fundação esta em pé de igualdade com autarquia, também não entram as empresas públicas caracterizadas por regimes celetistas. Art. 22, XXVII: Mesmo caso. Art. 5°, §3° lei 200/67 – Criou uma Fundação Pública. ( § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.) Existem Fundações Privadas puras. Ex: Pessoas quando morrem e doa todo seu patrimônio para abrir uma fundação. Decreto Lei 200: A lei autoriza a criação. Não é exclusiva do Estado/Autarquia sim. Se não tiver dinheiro público não entra nessa discussão. 2° Corrente: Fundação poderia tanto ter Natureza Jurídica de Direito Público como Privado. Defende que se ela é igual à autarquia porque teria outro nome? Como poder equiparar autarquia com fundação já que a autarquia é criada por lei e a fundação é autorizada por lei. (art. 37, XIX, CF) Para esse entendimento, existem 2 tipos de fundação: -Privada -Pública A 1° corrente não admite isso. A fundação é quase sinônima de autarquia. O STF adota o entendimento de Celso Antonio (Segundo ele, quando se fala em Fundação Pública, todas elas são de Direito Público, 1° corrente). É o entendimento dominante. Fundação ≠ Autarquia → Atividade típica do Estado. Não é atividade típica do Estado. É peculiar porque esses serviços poderão também ser prestados por particulares: Saúde, Pesquisa, Educação, etc. Então a diferença básica é o objeto. Uniãocria→INCRA desgarra (Não há possibilidade de dar o INCRA para atividade particular). É criada para melhor divisão do trabalho, criando-se essa autarquia com maior especialidade. →Personificação dos Recursos (Fundação)nasce do D. Civil É da essência do instituto fundação. O nascimento da fundação se dá com o Registro no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica. A questão que envolve as correntes é o fato de as fundações são dotadas do dinheiro público e mantidas através deste dinheiro. Fundação é crida por ato infra legal, normalmente um decreto governamental, um decreto municipal ou presidencial que é realizado pelo chefe do poder executivo dando nascimento a fundação (ato do governo, que embora tenha forma de lei não tem força de lei). As Fundações Públicas, como não são criadas por lei é um decreto que criam elas, é necessário ainda que após essa criação você levar o ato constitutivo ao Cartório de Pessoa Jurídica (Junta Comercial) para poder dar nascimento a essa pessoa, só ai adquirindo Personalidade, como se fosse uma empresa privada uma associação, uma Fundação Privada, só haverá nascimento do ente a partir do momento em que há o registro. Atividade Administrativa- Tudo aquilo que é papel do Estado fazer, particular nenhum faz isso, ou o próprio Estado faz ou a Autarquia. Fundação não faz esse tipo de Atividade Administrativa, ela faz atividade de Relevância Pública (cunho social), mas não é uma atividade exclusiva do Estado, tanto o Estado pode fazer como o particular também pode. Ex: Pesquisa, Educação, Saúde, Assistência Social, Meio Ambiente, etc. AS FUNDAÇÕES NÃO SÃO AUTARQUIAS, A DIFERENÇA SE PODE NOTAR NO PROCESSO DE CRIAÇÃO, NO TIPO DE ATIVIDADE PRESTADA, O TIPO DE OBJETO É DIFERENTE. AS CONSEQUENCIAS DE SE DIZER QUE É PJ DE DIREITO PÚBLICO ou de DIREITO PRIVADO é: Se você disser que é de Direito Privado os bens são penhoráveis porque os bens não são públicos, os servidores deixam de ter direito a estabilidade porque o regime vai ser de emprego e não de cargo. O problema maior é a consequência de regime, se disser que é de Direito Privado se tem que dar o regime trabalhista (CLT), e ai vai deixar os servidores sem estabilidade e não é uma situação ideal, porque não há uma exploração de atividade econômica na Fundação. Quando você explora uma atividade econômica visando o lucro, regime de mercado de concorrência, ai sim se tem que dar o regime trabalhista como a própria Constituição diz, e também para não ferir a livre concorrência. Ex: Imagine que haja uma crise financeira no Brasil, imagine que o Bradesco tenha no Brasil todo 3 mil empregados, e que o Banco do Brasil tenha 5mil, ai teve uma grande crise financeira, o Bradesco diante dessa crise vai despedir 1mil e fica com 2 mil para poder se sanear e conseguir concorrer, se os empregados do Banco do Brasil tivessem estabilidade iria acontecer do Banco do Brasil falir abraçado com seus 5 mil empregados, é por isso que exploradores de atividade econômica não podem ter estabilidade, se não você elimina a concorrência, não podendo o Banco do Brasil colocar seus empregados para fora numa situação dessa, ele tem que poder também colocar porque é uma autentica empresa privada estatal mas é privada, a natureza jurídica é de Direito Privado. O Banco do Brasil precisa ter a mesma garantia que o Bradesco tem de que se precisar manda funcionários embora, não sendo normal acontecer. Ex: O Hospital Sara é uma fundação, uma entidade de Direito Privado e tem gente que acha que é pública, só porque fazem concurso tem gente que acha que é público, mas é uma Fundação Privada, e nesse caso especifico que exerce atividade ligada a saúde é sem fim lucrativo. Porem a mesma atividade se for explorada por uma empresa ela tem o lucro. Tudo que entra na fundação se reveste para melhorias e manutenções daquela fundação. A doutrina que defende a natureza de Direito Privado das Fundações se baseia basicamente em 2(dois) pontos: Art. 5, IV, decreto lei 200. ( IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.) Necessidade de Registro. Art. 37, XIX, CRF. Fundação é a reunião de bens, personalização desses bens (atribuição de uma personalidade jurídica) a esses bens para poder prestar certa finalidade a ser buscada pela fundação. O tema Fundação e Autarquia ele não nasce no Direito Administrativo, é um tema do Direito Civil e que mais tarde foi absorvido pelo Direito Adm. O termo originário de Fundação significa: Reunião de bens de patrimônio pré-ordenado à concepção de certa finalidade, é você atribuir personalidade Jurídica a um patrimônio. Um exemplo é: Um cara milionário, não tem pra quem deixar a herança esta para morrer, se não fizer um testamento fica para o estado, o que ele pode fazer? Ele gosta muito de animais de rua, gosta de proteger, se comove com essas coisas, então ele pega por testamento e institui uma fundação para cuidar de animais de rua. Ai o cara por testamento faz isso, perceba que ele deixou patrimônio, dinheiro, bens, carro, imóvel, para tudo ser revestido para consecução daquela finalidade a ser alcançada pela fundação. Nesse caso o CC fala que quem cria e gere a fundação é o Ministério Público, pega aquele patrimônio todo, e o que precisar vender vão vender. Um dos papeis do Ministério Público é instituir e fiscalizar Fundações privadas, quando tenham sido instituídas por testamento. Fundação é reunião de bens, Autarquias é reunião de pessoas. As questões relevantes da diferença das Fundações e das Autarquias são: Criação Atividade Criação por autorização legislativa – art. 37, XIX, da CRFB. E não por lei, quem é criado por lei é apenas as autarquias. Essa Doutrina que defende a natureza Jurídica de Direito Privado das Fundações diz o seguinte: Pelo que a própria CRFB diz Fundações, Empresas Publicas e Sociedades de Economia Mista não são criadas por Lei, então com base nisso qual é a confusão que eles chegam?! Se a constituição disse isso é porque a CRFB igualou as Fundações, EP e SEM. Isso é uma explicação simples para se tratar de uma situação Complexa. “XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação” Parece que ele colocou em pé de igualdade Fundações, SEM e EP. Ai isso daria a ideia a essa corrente de que a Fundação teria Natureza Jurídica de Direito Privado até por conta de não ser criada por lei. Autonomia e liberdade administrativa da mesma forma das autarquias, ou seja: Orçamento Próprio, e etc... Não subordinadas a qualquer órgão do estado, salvo controle sofrido. Autonomia financeira, dispondo de recursos, patrimônio, assuntos e negócios próprios; Autonomia orçamentária e financeira. Responsabilidade própria perante terceiros por serem sujeitos de direito; Por serem PJ de Direito Público, mas ainda os que defendam que seja de Direito Privado, ainda assim seria uma pessoa apartada do estado, então ela responde pessoalmente com os seus bens de forma objetiva. Fundamentos Para Enquadramento das Fundações em pessoas Jurídicas de Direito Público: aula 25.04 -50:00 a) Teto Remuneratório art. 37, XI, §9°, CRFB. b) Tratamento idêntico às autarquias e à adm. Direita quanto ao exercício de mandato eletivo (art. 38 da CRFB); Mesma regra que se aplica a adm. Direta se aplica as autarquias e as fundações, c) Estabilidade, na forma do art. 19 do ADCT. Quem tinha pelo menos 5 anos de serviço público, quem entrou até 1983 antes da Const. de 88 teria assegurado a estabilidade mesmo que não tivesse feito concurso, antes de se tornar obrigatório o concurso publico. d) Equiparada à Adm. Direta e as Autarquias na questão afeta às licitações e contratos administrativos (art. 22, XXVII, da CRFB); XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no Art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do Art. 173, § 1º, III. Na primeira parte ele divide que essa lei vai tratar das administrações públicas diretas autarquias e fundacionais, e do outro lado cita o art. 173, §1°, III, que vai tratar das Empresas Publicas e Sociedades de Economia Mista. e) Art. 150, §2° c/c VI-a; f) Art. 39, §7°; Orçamento = Adm. Publica indireta, autarquias e fundações; Capital = EP, SEM. g) Art. 40; Regime de Cargos efetivos nas fundações. h) Art. 5°, § 3°, do Dec-lei n° 200/67; Se ela fosse de Direito Privado deveria ser regida por normas de direito privado e nesse art. do Decreto ele fala para não se aplicar as normas do Código Civil. A fundação é publica de direito publico quando é mantida pelo poder público, quando tem orçamento previsto pelo poder público e é o poder publico que a mantém, quando se tem orçamento é porque ela é mantida por recursos públicos. Se ela nasceu publica porque foi criada por decreto, mas depois é mantida por doações e pela cobrança do serviço que ela presta ai não é mais pública, ela nasceu publica, mas não é mais mantida com recursos públicos, ela se tornou uma autentica fundação privada. O melhor critério pra estabelecer uma distinção é a manutenção. Para se publica tem que ser mantida exclusivamente com dinheiro publico. Critérios para uma correta distinção entre as fundações e fixação do seu regime jurídico: (ver item 1.2.1) O patrimônio assim como as autarquias vão ser bem publico; Prerrogativas administrativas e processuais idênticas às autarquias; prazos em dobro, pagamentos através de precatório judicial; Imunidade tributaria idênticas as autarquias; Regime de Pessoal idêntica às autarquias; regime de cargo; Atos e Contratos idênticos às autarquias; Responsabilidade Civil idêntica às autarquias; Pessoas Jurídicas de Direito Publico todos independente do que faça responsabilidade objetiva e ainda as de Direito privado prestadoras de serviço público. Explicação novamente de Fundações Aula dia 02.05 Existem determinadas atividades que tanto podem ser executadas pelo estado como pelo particular como uma pessoa privada, isso pode ser: Uma atividade econômica; particular pode exercer o estado também pode; Um serviço de relevância pública, ou até mesmo um serviço público; mas a atividade de interesse público, de relevância pública o que a fundação faz ai não se precisa questionar se é publica ou privada, a atividade de uma fundação é sempre de intuito de interesse público; Fundação é sempre sem intuito lucrativo, não importa se é publica ou é privada. Saber se uma fundação é pública ou privada é saber se o estado mantém aquela entidade ou não, se ela é mantida com recursos estatais e ela tem orçamento próprio ela é pública, se ela não é mantida pelo estado ela é privada. E não interessa saber se foi o estado que a criou, o estado pode ter criado e depois ela ter se transformado em entidade privada, o que interessa é a manutenção, quem mantém?! É o poder público?! Então ela é uma fundação pública; quem mantém é o particular?! É através de doações?! É cobrando pelo serviço prestado?! Ela é privada. Por exemplo, a Faculdade Baiana de Medicina, essa entidade, ela é uma entidade filantrópica, ou seja, ela é uma fundação privada, porque se mantém através dos recursos que ela cobra pelo serviço prestado por ela própria, ela da aula e cobra pelo serviço, ela se mantém com o produto que ela cobra, nenhum estado a esta bancando, então ela é privada. EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA Como a atividade exercida por esses dois entes são a mesma, o estudo é todo igual dos mesmos aspectos e características tudo é parecido, no fim haverá as quatro diferenças principais onde terá a distinção. Mas até lá o regime é o mesmo, as normas aplicadas são as mesmas então não vale a pena ficar estudando de forma separada porque é o mesmo regramento. Características comuns: [ver explicação sobre mundo público e mundo privado] Personalidade Jurídica de Direito Privado; porque elas exploram atividade econômica, com intuito lucrativo. A razão para ter regime jurídico de direito privado é a Preservação do principio da livre concorrência. Quando vem para o mundo privado se iguala ao particular. Integradas por Capital público; Sociedade de Economia Mista é parcialmente público e nas Empresas Públicas o capital é totalmente Público. Criação meramente autorizada por lei (art. 37, XIX, CRFB), nesse caso se assemelha as fundações públicas, basta à autorização legislativa, não é obrigado uma lei criar, é um ato infra - legal, um decreto por exemplo. O nascimento das EP e SEM se dá quando há a inscrição no cartório de registro de Pessoa Jurídica, JUCEB – Junta Comercial do Estado da Bahia. Exercício de atividade econômica ou prestação de serviços públicos de natureza econômica; As Empresas Públicas e SEM as que estão no [art. 173, CRFB], são as exploradoras de atividade econômica, mas a gente pode ter também EP e SEM prestadoras de serviços públicos e não há problema em imaginar isso. Podem ser chamadas de Concessionárias ou Permissionárias de serviço público porque se esta prestando serviço público através do regime de concessão. Chama-se Concessão ou Permissão porque é um serviço público que ta sendo passado ao particular, podendo ser uma empresa estatal sendo uma EP ou SEM como sendo uma Particular que não tem nenhuma ligação com o Estado. Aula dia 02/05 27:00