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01/12/2012 1 Primeiro princípio da termodinâmica Disciplina: Fundamentos de físico‐química Código: QUIO12 Profa: Rosangela R L Vidal 1 Salvador, 29 de Novembro de 2012 • Introdução • Trabalho e calor • Trabalho – Trabalho de expansão – Trabalho de compressão – Trabalho reversível • CalorCalor – Capacidade calorífica – Capacidade calorífica específica • Primeiro princípio da termodinâmica • Energia interna • Entalpia • Variação da energia interna com a temperatura • Variação da entalpia com a temperatura • Relação entre Cv e Cp • Transformações reversíveis envolvendo gás ideal 22 Físico‐químicaFísico‐química T di â iT di â i Mecânica Mecânica 3 TermodinâmicaTermodinâmica Sistemas macroscópicos Sistemas macroscópicos quânticaquântica Sistemas microscópicos Sistemas microscópicos Termodinâmica •É a ciência das relações das propriedades macroscópicas dos sistemas materiais 4 Pensamento termodinâmico • Predominantemente dedutivo • Desenvolve‐se a partir de ideias ou fatos iniciais e conceitos fundamentais de natureza empírica • Resultam de medidas e operações UniversoUniverso 5 Sistema Sistema Material de interesse Material de interesse VizinhançaVizinhança Todo o restante Todo o restante 5 Sistema Um frasco reacional 6 Um recipiente Um aparelho Uma célula Um organismo vivo 6 01/12/2012 2 Sistema Vizinhança Fronteira O sistema e a vizinhança interagem através dos limites do sistema (fronteira) Essa interação se exerce mediante uma troca de energia e/ou matéria Sistemas: 7 Aberto Fechado Isolado Sistemas: 7 Definir o sistema a ser estudado Sistema: gás puro Como descrever este sistema? 8 este sistema? Medindo ou conhecendo as propriedades do sistema Propriedades ou variáveis do sistema: V, p, T, n etc. Estado do sistema 8 Nenhum sistema se transforma sem que ocorra transformação na vizinhança, a não ser que o sistema esteja completamente isolado Transformações ocorrem V cte 9 isocóricas p cte Isobáricas Não há troca de calor Adiabáticas T cte isotérmicas 9 Os organismos podem ser vistos como recipientes que trocam energia com a sua vizinhança. • É preciso entender as formas de troca dessa energia 10 A energia pode ser trocada entre um sistema fechado e sua vizinhança sob a forma de trabalho ou calor • Qualquer sistema obedece às restrições impostas pelo primeiro princípio da termodinâmica • “A lei da conservação da energia” • A energia pode ser convertida de uma forma para outra, mas a quantidade total de energia do universo se conserva . 10 Energia é definida como a capacidade de realizar trabalho Como vimos em fundamentos 11 Energia é definida como a capacidade de realizar trabalho Trabalho é o movimento contra uma força em oposição Mesma unidade: J 11 Calor: é a transferência de energia devido a diferença de temperatura entre o sistema e a vizinhança Energia é transferida como trabalho, quando o sistema realiza trabalho 12 Energia é transferida como calor, quando o sistema aquece a vizinhança (ou vice‐versa) 12 01/12/2012 3 Entendimento da natureza molecular do trabalho e do calor Quando um peso é elevado, todos os átomos se movem na mesma direção • O trabalho é a transferência de energia que realiza ou aproveita um movimento ordenado na vizinhança 1313 movimento ordenado na vizinhança Entendimento da natureza molecular do trabalho e do calor Quando a energia é transferida como calor para as vizinhanças, os átomos e as moléculas oscilam mais rapidamente em torno de suas posições de equilíbrio ou se deslocam de um lugar para outro mais intensamente • Calor é a transferência de energia que realiza ou utiliza um 1414 movimento desordenado nas vizinhanças Trabalho É realizado sobre um objeto quando o objeto percorre uma distância d devido à aplicação de um força F Trabalho é uma forma de transferir energia Energia é definida como a 15 θcos.F.dtrabalho dF== Trabalho + θ < 90 °, cos θ > 0 Trabalho ‐ θ > 90 °, cos θ < 0 θ é o ângulo entre os vetores F e d capacidade de realizar trabalho Mesma unidade: J θ θ 15 Um sistema realiza trabalho quando se expande contra uma A forma mais comum de trabalho estudada pela termodinâmica envolve a variação do volume de um sistema q p pressão externa. O trabalho realizado é proporcional a Pext e à variação de volume, ΔV, que o sistema experimenta Vpw exΔ−= 16 Trabalho de expansão O sistema realiza trabalho sobre a vizinhança O sistema perde energia 17 )0( 90 .cos. <> −== wComo dxFxFw θ θ dFdFw .cos. −== θ Vpw VVpw yyApw yymgw dFw ex ex ex Δ−= −−= −−= −−= −= )( )( ).( . 12 12 12 VdA Apmg A mg A Fp ex ex Δ=Δ = == . distância Trabalho de expansão contra o vácuo Pex = 0; w = 0 17 w mínimo de expansão, pex tende a zero Trabalho de compressão A vizinhança realiza trabalho sobre o sistema O sistema ganha energia 1818 Vpw VVVVpw yyApw yymgw dFw ex ex ex Δ+= <−−= −−= −−= −= 1212 12 12 que em )( )( ).( . 01/12/2012 4 Trabalho na respiração 1 . É necessário que se realize trabalho para exalar o ar durante a respiração, pois o ar tem que ser bem empurrado para fora dos pulmões contra a pressão atmosférica. Considere o trabalho de exalar 0,5 L ( 5 x 10 ‐4 m3) de ar, o valor típico para o adulto saudável, através de um tubo para o fundo de um aparelho mostrado na Figura 1 e contra a pressão de 1 atm (101 kPa). O ar exalado eleva o pistão, e a variação de volume é 5 x 10‐4 m3, com) p , ç , a pressão externa de 101 kPa. Calcule o trabalho realizado. Figura 1 JVpw ex 51−=Δ−= 1 Pa m3 = 1 J 19 2 . Calcule o trabalho realizado pelo sistema no qual ocorre uma reação que resulta na formação de 1 mol de CO2(g) a 25 °C e 100 kPa. Considere que o CO2 (g) comporta‐se idealmente. L p nRTV 25== kJVpw ex 5,2−=Δ−= 1 Pa m3 = 1 J 20 ))(())(())(( )pp(p ctes P e T a )()()( combustão de reação uma é CO de formação de Reação 222 extif22 2 gCOVgCOVgCOVV gCOgOsC fif =−=Δ ==→+ 0 À medida que o gás se expande a P gás (P interna ou do i ) di i i d i í Vimos que 21 sistema) diminui de maneira contínua. Ex.: Pin = 5 atm e o gás está se expandindo contra uma Pex cte = 1 atm, a T cte, o pistão irá parar quando Pin diminuir para 1 atm. É possível que o gás realize a uma quantidade maior de w para o mesmo aumento de V? 21 Trabalho de expansão reversível pex = p em cada etapa da expansão ∫∫ −= f i V V ex dVpdw Trabalho total de expansão pex não é mais um valor constante A cada instante a p do gás é apenas infinitesimalmente maior do que a pex dppp dppp ex = =− 22 O produto de duas quantidades infinitesimais dp.dV ≈ 0 ∫ ∫ −= −= f i f i V V V V pdVw pdVw Na expansão, pex < p dpppex −= ( ) ∫ ∫ ∫ +−= −−= f i f i f i V V V V V V dpdVpdVw dVdppw 22 Em cada estágio, ocorre equilíbrio mecânico Antes do equilíbrio: pex < p No equilíbrio: pex = p Trabalho de expansão e de compressão reversível Para uma mudança infinitesimal do volume, dV 23 dVpw ∫−= dVpw ∫+=Quando um gás se expande reversivelmente, aPex = Pgás em cada estágio da expansão 23 Lembre‐se: que p é a Pin ou Pgás (P do sistema) Trabalho de expansão isotérmica reversível de um gás ideal Para um gás ideal V nRTp nRTpV = = ∫−= f i V V pdVw V dVnRTw f−= ∫ 24 Na expansão, Vf > Vi, ln (Vf / Vi) > 0 e w < 0 O sistema realiza trabalho sobre a vizinhança A energia interna diminui i f V V V nRTw V nRTw i ln−= = ∫ Na compressão, Vf < Vi, ln (Vf / Vi) < 0 e w > 0 A vizinhança realiza trabalho sobre o sistema A energia interna aumenta 24 ) ,( 2211 ctesTnVpVp = f i p pnRTw ln−= 01/12/2012 5 Processo reversível O sistema está sempre infinitesimalmente próximo do equilíbrio Permite calcular a quantidade máxima de trabalho que se pode extrair de um processo Lembre‐se: Mínima quantidade de trabalho Vpw ex Δ−= . 25 Máxima quantidade de trabalho processo O w máx é obtido quando a pex infinitesimalmente < P gás no sistema; pex ≈ P gás i f V V nRTw ln−= 25 Quando o sistema está em equilíbrio mecânico, uma variação infinitesimal na pressão externa resulta em uma mudança na direção oposta a essa variação Processos ideais são reversíveis Processos reais são irreversíveis Processo irreversível (rápido) Processo reversível (lento) Processo reversível é aquele no qual o sistema sempre recupera o equilíbrio ao final de cada etapa 26 wwrev > Pex é cte Pex não é cte 3 . Uma quantidade de 0,85 mols de um gás ideal inicialmente à pressão de 15 atm e 300 K se expande isotermicamente até a pressão final de 1 atm. Calcule o valor do trabalho a ser realizado se a expansão for exercida: (a) Contra o vácuo; (b) Contra uma pressão externa de 1 atm (Irreversível); (c) Reversivelmente Jx V VnRTwc JxVPwb wa ex 3 1 2 3 1074,5ln )( 1098,1 )( 0 )( :Respostas −=−= −=Δ−= = 1 L atm = 101,3 J 27 Processo irreversível (rápido) Processo reversível (lento) wwrev > 28 Pext é cte Pext não é cte 4. Calcule o trabalho realizado quando 1,0 mol de Ar (g), confinado em um cilindro de 1 L a 25 ºC, se expande isotérmica e reversivelmente até o volume de 2 L. kJ V V nRTw i f 7,1ln −=−= i 1 Pa m3 = 1 J 29 Calor É uma medida de transferência de energia térmica, que pode ser determinada pela mudança da temperatura de um objeto Calor é uma forma de acompanhar uma variação na energia de um sistema Essa transferência de energia ocorre devido à diferença de temperatura entre o sistema e a vizinhança Paredes diatérmicas: permitem a passagem do calor (metal, nossa pele) 30 Calor entra no sistema, T aumenta, q > 0 (calor é transferido da vizinhança para o sistema: q absorvido pelo sistema) Calor que sai do sistema, T diminui, q < 0 (calor é transferido do sistema para a vizinhança: q liberado pelo sistema) O sinal de q mostra a direção da transferência de calor energia de um sistema Calor é uma variação de energia Mesma unidade de energia: J 30 nossa pele) Paredes adiabáticas: não permite a passagem de calor (paredes duplas de uma garrafa térmica) 01/12/2012 6 Parte da energia migra para a vizinhança Como exemplo de transferência de energia Reação química que produz um gás: (NH2)2CO (s) + 3/2 O2(g) CO2 (g) + 2H2O (l) + N2 (g) Uréia Processo exotérmico: 3131 ‐ em forma de w (gás em expansão empurra o pistão) ‐ em forma de q (colocar o recipiente em banho de gelo, após a reação, verifica‐se o quanto do gelo é derretido) Repetindo o mesmo experimento com o pistão travado em uma certa posição ‐ Quantidade de gelo derretido é maior do que no primeiro experimento: mais energia migra para a vizinhança em forma de calor. Processo exotérmico: libera calor para a vizinhança (sistema aquece a vizinhança) Ex.: reações de combustão Processo endotérmico: absorve calor da vizinhança (o sistema é aquecido pela vizinhança) Ex.: dissolução do nitrato de amônia em água (bolsa de resfriamento instantâneas) A determinação da quantidade de energia liberada durante um processo metabólico requer o conhecimento de como medir a energia transferida como calor Quando uma substância é aquecida, sua temperatura geralmente aumenta 32 A quantidade de calor necessária para variar a T é proporcional à ΔT e à massa, m, do sistema Tm qc Tmcq Tmq Δ= Δ= Δ . .. . α 32 c = calor específico (propriedade intensiva do material que não depende da quantidade de matéria do sistema) Unidade do SI : J/g.K ou J/mol.K; Cal/mol °C Caloria: é a quantidade de calor necessária para elevar a T de 1 mL de água em 1 °C (de 15 para 16 °C) 1 cal = 4,184 J Materiais com c baixo, como vários metais, necessitam de pouco calor para uma ΔT relativamente grande. C = capacidade calorífica (propriedade extensiva que depende da quantidade de matéria do sistema) qcm Tm qc = Δ= . A mesma variação de T (ΔT) requer uma quantidade de calor diferente para diferentes materiais Quando um sistema troca calor com a vizinhança, não havendo reação química ou mudança de 3333 da quantidade de matéria do sistema) Unidade do SI : J/K ou J/ °C; T qC T cm Δ= Δ= A capacidade calorífica de 2 kg de ferro é duas vezes maior do que a de 1 kg do mesmo material É preciso duas vezes mais q para provocar a mesma ΔT da primeira amostra do que da segunda fase, a ΔT em um sistema pode ser relacionada com a capacidade calorífica Material C (J/g.K) Al 0,9 Al2O3 1,275 C2H5OH, etanol 2,42 C6H6, benzeno (vapores) 1,05 Cu 0,385 c = calor específico ou capacidade calorífica específica Unidade: J/kg.K ou J/Kg.°CTm q m Cc Δ== T qC Δ= C = capacidade calorífica Unidade: J/K ou J/ °C 3434 Cu 0,385 Fe 0,452 Fe2O3 0,651 H2(g) 14,304 H2O (s) 2,06 H2O (l) 4,184 H2O, vapor, 100 ºC 2,04 NaCl 0,864 O2 (g) 0,918 Unidade: J/kg.K ou J/Kg. C Tn q n Cc Δ== C = capacidade calorífica molar Unidade: J/mol.K ou J/mol. °C 5 . Assumindo que 400 J de energia são colocados em 7,5 g de ferro. Qual será a variação de temperatura? (cFe = 0,450 J/g.K) 6. Se a temperatura inicial do ferro for 65 °C, qual será a temperatura final em ° ? KTTcmq 118.. +=Δ∴Δ= 35 °C? CTTTT CKT fif º 183 º 118 118 =∴−=Δ +=+=Δ 7 . Sabe-se que a transferência de 1 kJ de calor a 100 g de água irá provocar uma elevação de temperatura de 2,39 ºC. A mesma quantidade de calor transferido a 100 g de ferro provocará uma elevação de quanto na temperatura? (Ferro: cFe = 0,450 J/g.K) CTTcmq º 22.. =Δ∴Δ= 36 01/12/2012 7 Estabelece que a energia pode ser convertida de uma forma para outra, mas não pode ser criada ou destruída A energia total do universo é constante vizsisuniv EEE =+= 0 37 vizsis EE −= A energia pode ser mudada de uma forma para outra Energia perdida por um sistema pode ser ganha por outro sistema em forma diferente Ex.: Energia perdida na queima do óleo em uma usina pode aparecer sob a forma de energia elétrica. 37 Em química, o interesse está na mudança de energia do sistema A energia total do sistema é denominada energia interna, U pc pctotal EEU UEEE += =+= 38 Não é possível medir a E total de um sistema (U), mas é possível medir a variação de energia interna de um sistema if UUU −=Δ U é uma função de estado (depende do estado que o sistema está e não da forma com chegou a este estado, ou seja, independe do caminho) U é função das propriedades que identificam o estado que está o sistema (p, V, T, n) 38 Mas é possível medir a ΔU, através do conhecimento da energia fornecida ou perdida como calor ou trabalho. O calor e o trabalho são maneiras equivalentes de se l i i d i Na prática não é possível medir U de uma amostra, pois ela inclui a Ec e Ep de todos os elétros e de todos os núcleos atômicos. 39 alterar a energia interna de um sistema Sendo q e w trocados entre o sistema e a vizinhança Em um sistema isolado não haverá alteração da energia interna (não realiza w e não fornece ou recebe q) A energia interna de um sistema isolado é constante wqU +=Δ 39 0=ΔU Durante uma reação química: O w feito por um sistema, quando pex é cte, é proporcional a Δ ( Δ ) Vimos que 40 ΔV (w = ‐ pex ΔV) 40 qU VpqwqU ex =Δ Δ−=+=Δ Se a reação ocorrer em um recipiente a V cte, w de expansão = 0 (considere que o sistema não realiza nem um outro tipo de w) V cte Esta relação é escrita na forma de: em que o subscrito V indica que o volume do sistema é cte VqU =Δ 8 . Os nutricionistas estão interessados no uso da energia pelo corpo humano, que pode ser considerado com um sistema termodinâmico Supondo que durante um experimento uma pessoa produza 622 kJ de trabalho em um bicicleta ergométrica e perda de 82 kJ de calor. Qual a variação da energia interna da pessoa? Despreze qualquer perda de massa por perspiração. kJwqU 704−=+=Δ 41 kJwqU 704+Δ ΔU não é igual a energia transferida na forma de q, quando V não é cte. Quando um sistema está submetido a P cte, o seu V se l d 4242 altera, e parte da energia fornecida como q, retorna a vizinhança sob a forma de w de expansão e, então, ΔU < q. O q fornecido a p cte é igual a entalpia (ΔH = qp)Em laboratório, a maioria dos processos químico e físico corre a p cte 01/12/2012 8 Para muitos processos, os experimentos em laboratório ocorrem em contato com a atmosfera (pressão atmosférica cte que é igual a pressão do sistema; pex= p) CVPqU wqU Δ=Δ +=Δ 43 Como pex= p Variação total de entalpia a P cte 43 VPUH VPUq VPqU VPqU p p ex Δ+Δ=Δ Δ+Δ= Δ−=Δ Δ−=Δ Por definição: A entalpia é uma função de estado: a ΔH em um processo depende apenas dos estados inicial e final pVUH += 4444 p A partir desta definição temos: ( ) VPUH VPPVVPUH PVUH Δ+Δ=Δ ΔΔ+Δ+Δ+Δ=Δ Δ+Δ=Δ Como pex= p: ΔP= pex‐p =p‐p= 0 Considerando que os gases se comportam como gases ideais Transformação isotérmica (mudança de fase ou uma reação química), envolvendo reagentes ou produtos gasosos, a ΔV (que propicia um trabalho de expansão) será devido à Δn de gases no sistema. 4545 ( ) RTnUH PVUH gΔ+Δ=Δ Δ+Δ=Δ Transformação não isotérmicas para gases ideais, sem reações químicas ou mudança de fase ( ) TnRUH PVUH Δ+Δ=Δ Δ+Δ=Δ T qC Δ= Processo a V cte Como o calor envolvido em um processo depende da natureza deste, é necessário identificar o tipo de processo ao se indicar a capacidade calorífica. Processo pode ocorrer a V cte ou a P cte 4646 TΔ Cv nos diz como a energia interna de um sistema, a V cte, varia com a T V V T UC ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂= TCU T U T qC VVV Δ=Δ∴Δ Δ=Δ= dTCdU dT dUC VV =∴= T qC Δ= Hq Δ Processo a P cte 4747 TCH T H T q C p p p Δ=Δ∴Δ Δ=Δ= Cp nos diz como a entalpia de um sistema, a p cte, varia com a T dTCdH dT dHC pp =∴= p P T HC ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂= 9 Calcule a variação de entalpia quando a temperatura de 100 g de água (5,55 mols de H2O) aumenta de 20 ºC para 80 ºC (ΔT = 60 K), a pressão constante. Dado tabelado para H20(l): Cp molar = 75,291 J/mol.K kJTCnH p 25+=Δ=Δ 48 01/12/2012 9 A capacidade calorífica depende da maneira como o calor é fornecido. Se o calor é fornecido com a amostra mantida: ‐ a V cte (gás em um recipiente fechado): Cv ‐ a P cte (água em um recipiente aberto): Cp A diferença entre Cp e Cv: Para gases 4949 p ‐ É significativa para gases, que sofrem grandes mudanças de V quando aquecidos Ex.: Oxigênio: e ‐É desprezível para a maioria dos sólidos e líquidos KmolJC p ./1,29= KmolJCV ./8,20= Para gases Em uma dada T, para gases para sólidos e líquidos (pequena variação de volume) Vp CC > Vp CC ≈ nRCC Vp += Para quantidades molares RCC Vp += Para processo que não envolvam reações químicas ou mudanças de fase, mas somente transformações do tipo expansão, compressão e aquecimento, em gases ideias Uq T H T q C pp Δ Δ Δ=Δ= TCnH pΔ=ΔTCH pΔ=Δ 5050 T U T qC VV Δ Δ=Δ= TCnU VΔ=ΔTCU VΔ=Δ O valor das capacidades caloríficas para gases ideais depende do gás ser: Monoatômico: e Diatômico: e RCV 2 3= RC p 2 5= RCV 2 5= RC p 2 7= No gás ideal não há forças de interação, Ep = 0, então, a ΔU e ΔH são funções apenas da T. Gás Cv (J/mol.K) Cp (J/mol.K) Gás ideal monoatômico 12,47 20,79 He 12,47 20,79 Gás ideal diatômico 20,79 29,10 5151 H2 20,54 28,87 O2 21,13 29,50 N2 20,71 29,04 Os gases reais possuem valores de capacidade calorífica próximos aos dos gases ideias. GÁS IDEAL: Transformação isotérmica reversível (T = cte; ΔT = 0) Para qualquer transformação: TCnU VΔ=Δ TCnH pΔ=Δ 5252 0=ΔU 0=ΔH )ln(0 1 2 V VnRTwqwqU −−=−=∴=+=Δ Transformação isocórica reversível (V = cte; ΔV = 0) qU VpqwqU ex =Δ Δ−=+=Δ0. =Δ−= Vpw ex Transformação isobárica reversível (p = cte) TnRVpw ex Δ−=Δ−= . pqH =Δ Transformações adiabáticas (q = 0) ⎟⎟ ⎞ ⎜⎜ ⎛=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − if T T V V 1γ ⎟⎟ ⎞ ⎜⎜ ⎛=⎟⎟ ⎞ ⎜⎜ ⎛ fi pV γ ⎟⎟ ⎞ ⎜⎜ ⎛=⎟⎟ ⎞ ⎜⎜ ⎛ − ii Tp γ γ 1 53 ⎟⎠⎜⎝⎟⎠⎜⎝ fi TV ⎟⎠⎜⎝⎟⎠⎜⎝ if pV 53 ⎟⎠⎜⎝⎟⎠⎜⎝ ff Tp Para moléculas monoatômicas ;2 3 RCV = Sabendo que RC p 2 5= V V V p C RC C C +==γ 3 5=γ Para moléculas diatômicas ; 2 5 RCV = RC p 2 7= 5 7=γ 10. Um mol de um gás ideal diatômico, inicialmente a 25 ºC e 1 atm de pressão sofre uma expansão adiabática reversível até que a sua pressão 0,2 atm. Calcule o calor e o trabalho envolvido, e as variações da energia interna e de entalpia. 4,1== V p C Cγ 54 kJ,-ΔH kJ,-ΔUw q nto: KT T T p p f f i f i 203 292 0 Porta 188 1 = == = =∴⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − γ γ VC 01/12/2012 10 Atkins, P.; Paula, J; Físico‐química biológica, 2008. Chang, R., Físico‐química para ciências químicas e biológicas, Vol. 1, McGraw‐Hill, 2009. Nertz, P.A; Ortega, G.G., Fundamentos de Físico‐química, Artmed, 20022002. 55