Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ICEx - Departamento de Matema´tica. Segundo Teste de EDA - Segundo Semestre de 2011 Um paciente recebe um medicamento lentamente por via venosa a uma taxa constante k0 mg/hora. A taxa com que varia a quantidade de medicamento no sangue e´ igual a diferenc¸a entre a taxa de entrada e a taxa de sa´ıda. Sendo a taxa de sa´ıda proporcional a quantidade de medicamento no sangue do paciente. (a) Suponha que um determinado medicamento tenha uma meia vida de 4 horas. Ou seja, se o paciente para de receber o medicamento, em 4 horas a quantidade cai a metade. Modele o problema e encontre que a quantidade de medicamento no sangue do paciente, q(t), satisfaz a equac¸a˜o diferencial dq dt = k0 − ln 2 4 q. (b) Determine as soluc¸o˜es de equil´ıbrio classificando quanto a estabilidade e esboce va´rias soluc¸o˜es da equac¸a˜o diferencial do item anterior sem resolveˆ-la. (c) Se o objetivo e´ que o medicamento atinja uma quantidade de 400 mg no sangue do paciente, qual deve ser a taxa com que se deve injetar o medicamento k0? (d) Usando a equac¸a˜o diferencial do item (a), determine a quantidade de medicamento no sangue do paciente em func¸a˜o do tempo q(t), sabendo-se que em t = 0 na˜o havia deste medicamento no sangue do paciente. Soluc¸a˜o: (a) dq dt = k0 − k q. Se o paciente para de receber o medicamento, enta˜o k0 = 0 e a equac¸a˜o diferencial se torna dq dt = −k q, que tem soluc¸a˜o q(t) = q0e −kt. Como a meia vida e´ 4 horas, enta˜o q(4) = q0/2. Substituindo-se t = 4 e q = q0/2 em q(t) = q0e −kt, obtemos q0 2 = q0e −4k o que implica, aplicando-se a exponencial, que k = ln 2 4 . Logo a quantidade de medicamento no sangue do paciente, q(t), satisfaz a equac¸a˜o diferencial dq dt = k0 − ln 2 4 q. (b) Esta equac¸a˜o diferencial tem somente uma soluc¸a˜o de equil´ıbrio que e´ obtida de k0 − ln 2 4 q = 0, ou seja, q(t) = 4k0 ln 2 . Vamos chamar q0 = 4k0 ln 2 . Pela equac¸a˜o diferencial dq dt > 0, para q < q0 (soluc¸o˜es crescentes) e dq dt < 0, para q > q0 (soluc¸o˜es decrescentes). Logo a soluc¸a˜o de equil´ıbrio e´ q(t) = 4k0ln 2 , para todo t ∈ R, que e´ uma soluc¸a˜o de equil´ıbrio esta´vel pois se o ponto inicial e´ pro´ximo de 4k0ln 2 , enta˜o as soluc¸o˜es se aproximam deste valor. −2 0 2 4 6 8 10 0 100 200 300 400 500 600 700 800 − 800 − 800 − 400 − 400 0 0 400 400 400 800 t y (c) A soluc¸a˜o de equil´ıbrio deve ser q(t) = 400 mg. Logo 400 = k0 k . Portando, a taxa com que se deve injetar o medicamento e´ k0 = 400k = 400 ln 2 4 = 100 ln 2. mg/hora 2 (d) 1 k0 − k q q ′ = 1 Integrando-se em relac¸a˜o a t obtemos∫ 1 k0 − k q q ′dt = ∫ dt −1 k ln |k0 − k q| = t + c1 ln |k0 − k q| = −kt + c2 kq(t)− k0 = ±ec2e−kt = ce−kt q(t) = k0 k + ce−kt. Substituindo-se t = 0 e q = 0, obtemos 0 = k0k + c. Logo c = −k0k e assim q(t) = k0 k (1− e−kt) = k0 k (1− e−( ln 24 )t) = k0 k (1− 2− t4 ). 3