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LINGUÍSTICA AULA 7 – A TEORIA GERATIVISTA (AULA 2) O QUE É COMUM NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO? As crianças captam o que é regular no sistema e criam uma regra. Exemplo. Pincel/pincelar; vassoura/vassourar? As crianças adquirem primeiro palavras de conteúdo (substantivos, adjetivos, verbos) e depois palavras estruturais (pronomes, preposições). Nomear = substantivos (concreto) Verbos e adjetivos = mais abstrato No início: uso de estruturas simples; depois: estruturas coordenadas e subordinadas. O QUE POSSIBILITA A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM? Nascemos com uma capacidade inata para desenvolver a linguagem (nascemos com a GU e seus princípios). A exposição à língua aciona o gatilho e permite que a Gramática Universal libere informações. Assim, a partir da GU, criamos a GP de nossa língua natural. GENIE. Inserida no convívio social com 13 anos e 7 meses: adquiriu vocabulário, mas apresentou problemas na sintaxe e na morfologia. Conclusão: a experiência desempenha importante papel no processo de aquisição da linguagem. Chomsky: experiência = gatilhos (trigger). A LATERALIZAÇÃO DO CÉREBRO Lateralização. O processo através do qual um dos hemisférios do cérebro é especializado para o desempenho de certas funções. A lateralização é comumente considerada como uma pré-condição evolutiva do desenvolvimento de inteligência superior no homem. Lateralização é sujeita à maturação, no sentido de que é geneticamente pré-programada e é específica aos seres humanos. Esse processo relaciona-se à capacidade das crianças para aprenderem uma língua natural. A lateralização começa quando a criança tem mais ou menos dois anos e completa-se em algum ponto da faixa entre os cinco anos e o início da puberdade. Idade crítica para a aquisição da linguagem: Lenneberg que considera que a lateralização só termina na puberdade parecendo ser esse o limite máximo para a aquisição da linguagem. Krashen, considera que a lateralização pode estar concluída entre os 5 e 6 anos de idade. Talvez seja por isso que nessa idade uma criança já adquiriu a maior parte da gramática. QUAL É A FUNÇÃO DA EXPERIÊNCIA? A função da experiência é ativar a competência linguística, ou seja, temos o gatilho e a GU passa a liberar informações para que construamos nossa GP. Desse modo, temos: Produtividade - fato de a criança produzir, quando ainda jovem, construções gramaticais que jamais ocorreram antes em sua experiência. Criatividade - fato de a linguagem humana ser independente de estímulo, na medida em que “o enunciado que alguém profere em dada ocasião é, em princípio, não predizível, e não pode ser descrito apropriadamente, no sentido técnico desses termos, como uma resposta a algum estímulo identificável, linguístico ou não linguístico” (Lyons, 1987:212-213). A chamada regularização, por exemplo, mostra a criança aplicando rigorosamente, também a formas sujeitas a casos especiais, as regras gerais que já internalizou. *fazi ou *trazi - regra que gera as formas regulares como bati, comi etc.; abrido, *cobridO *fazido, *escrevidO pelos modelos regulares dormido, comido, batido etc.; *eu pego tu; *não empurra eu; * mais grande, * mais bom, como mais alto, mais fraco etc.. A COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA A Linguística deve estudar a competência; ela é puramente linguística. A competência é o conhecimento do indivíduo sobre sua língua natural. Competência relaciona-se à cognição; a principal função da língua é expressar o pensamento. Competência - conjunto de normas que o falante internaliza e que lhe permite emitir, receber e julgar os enunciados em sua língua. COMPETÊNCIA x DESEMPENHO Saussure: langue x parole Chomsky: competência x desempenho. Desempenho - O uso que o falante faz do conhecimento que tem sobre a língua; comportamento do indivíduo. O desempenho por estar sujeito a fatores extralinguísticos não seria analisado pela linguística e sim pela psicologia. Desempenho (Chomsky) = Fala (Saussure) O desempenho é variável: se falamos em público, se estamos aborrecidos etc. A COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA A competência (Chomsky) NÃO corresponde à língua de Saussure. Saussure: língua é fato social, uma instituição humana, cujo objetivo é a interação social, estando a língua incluída nas ciências sociais. Competência (processo mental) - conjunto de normas que o falante internaliza e que lhe permite emitir, receber e julgar os enunciados em sua língua. A principal função da língua é cognitiva, ou seja, expressar o pensamento. Sob essa perspectiva, a função comunicativa está em segundo plano. A análise linguística deve descrever as regras que governam a estrutura da competência fornecendo subsídios para a compreensão da organização da mente humana. A menina comprou a blusa. SN SV A menina SN Art N comprou a blusa SV V SN COMPETÊNCIA GRAMATICAL Competência gramatical - conhecimento que têm os falantes/ouvintes da língua e da linguagem, independentemente de qualquer informação extralinguística. Formação das frases - gramaticais (bem formadas sintaticamente) e agramaticais (com problemas sintáticos). Gramaticalidade é um conceito que define as sequencias que pertencem ou não à língua. As sequencias geradas pela gramática da língua, em acordo com essas regras internalizadas, são gramaticais e as que não pertencem à gramática da língua, desobedecendo, portanto, tais regras, são agramaticais. Chomsky considera que frases agramaticais não ocorrem já que o falante não as ouve e, portanto, não as internaliza. Atenção: frases agramaticais não estão formadas seguindo as regras da língua, não sendo compreendidas pelos falantes. Chomsky afirma que não se produzem frases agramaticais: se não internalizamos a regra, não produzimos a sentença. Gramaticalidade estabelece quais sentenças pertencem ou não a uma língua e quem decide isso é o falante nativo, escolarizado ou não. Exemplos. Viu ele x viu-o; tu vais x você vai; fui à praia x fui na praia. O falante nativo decide se uma sentença é gramatical ou não baseado no seu conhecimento da língua, ou seja, na sua competência. COMPETÊNCIA PRAGMÁTICA Competência pragmática ultrapassa o nível da informação sobre a forma e o significado das sentenças. (aceitável / inaceitável) Aceitabilidade - julgamentos dos falantes; fenômeno intuitivo; baseia-se no fato de a sentença ser ou não gramatical, mas considera também fatores relacionados ao desempenho como limitação de memória, fatores semânticos etc. Toda frase agramatical é inaceitável (cf. o viu cinema Beto no), mas uma frase pode ser gramatical e ser inaceitável devido outros fatores. GRAMATICALIDADE X ACEITABILIDADE Toda frase agramatical é inaceitável: Na vai praia nós. Uma frase gramatical do ponto de vista gerativo, nada tem a ver com correção do ponto de vista normativo. Exemplo. Nós vai na praia. Gramatical e aceitável do ponto de vista gerativo. “Ele é viúvo, mas a mulher dele ainda não morreu.” (Lobato: 1986: 51) Gramatical mas inaceitável (problemas em termos de julgamento). GRAMATICALIDADE X ACEITABILIDADE O rapaz saiu. 2. O rapaz que o homem viu saiu. 3. O rapaz que o homem que a moça convidou viu saiu. 4. O rapaz que o homem que a moça que João beijou convidou viu saiu. Registro de Frequencia 1. O que permite ao falante decidir, então, se uma sentença é gramatical ou não, é o conhecimento que ele tem.” (MIOTO, Carlos, SILVA, Maria Cristina F. e LOPES, Ruth E. V. Novo Manual de sintaxe. Florianópolis: Insular, 2005.) A definição apresentada refere-se: Parte superior do formulário �1) Ao desempenho linguístico. 2) À competência linguística. 3) Ao inatismo. 4) À faculdade da linguagem. 5) Ao behaviorismo. Parte inferior do formulário 2. Segundo Chomsky, uma criança de aproximadamente 5 anos já é considerada um “adulto linguístico”. Sobre a aquisição da linguagem, segundo o Gerativismo, é correto afirmar que: Parte superior do formulário 1) As crianças já nascem predispostas a desenvolver uma língua específica, independentemente do meio. 2) Ter contato com um sistema linguístico é irrelevante, pois os mecanismos são inatos. 3) Os adultos precisam falar pausadamente para que a criança desenvolva uma língua. 4) A correção da fala da criança pelo adulto é importante para que ela fale corretamente e não sofra preconceitos. 5) Uma criança sem patologia irá desenvolver uma língua normalmente, desde que seja exposta a dados linguísticos. Parte inferior do formulário 3. Para Chomsky, o objeto de estudo da Linguística deve ser: Parte superior do formulário 1) A competência, pois é o conhecimento linguístico internalizado do falante. 2) O desempenho, pois é o conhecimento linguístico posto em uso. 3) A fala, pois é o uso individual do sistema linguístico. 4) A gramática, pois é o conjunto de regras para o bom uso da língua. 5) O inatismo, pois é o aparato genético para desenvolver uma língua. Parte inferior do formulário 4- Tendo como base os pressupostos teóricos gerativistas, assinale o melhor comentário para a citação abaixo: “Como o físico deve observar os raios e trovões, o linguista tem que observar as sentenças produzidas. Mas, sem dúvida, não pode ater a elas.” (MIOTO, Carlos, SILVA, Maria Cristina F. e LOPES, Ruth E. V. Novo Manual de sintaxe. Florianópolis: Insular, 2005.) Parte superior do formulário 1) O linguista deve analisar os enunciados produzidos pelos indivíduos para entender melhor sobre a competência linguística. 2) O desempenho linguístico deve ser ignorado, uma vez que o que interessa é a competência. 3) Deve-se estudar apenas o desempenho e, por isso, a teoria linguística de base gerativa é eficiente. 4) O papel do Gerativismo é descrever e explicar o desempenho linguístico dos falantes, pois ele é um ato individual. 5) O Gerativismo considera somente o que, de fato, foi produzido pelos falantes em uma determinada situação comunicativa. Parte inferior do formulário 5. Assinale a letra cujo enunciado NÃO se refere às ideias behavioristas: Parte superior do formulário 1) Espera-se que a criança adquira um comportamento verbal por meio da observação, da imitação de adultos, das outras crianças e por meio da manipulação dos dados externos. 2) A língua é vista como uma coleção de palavras, locuções e sentenças; um sistema cujos hábitos são adquiridos e explicados pelo meio externo. 3) A aquisição da linguagem, neste enfoque, seria o resultado de uma construção gradativa operada pela criança e que ocorre primordialmente pela experiência. 4) As pessoas nascem com ideias inatas e que grande parte da organização psicológica é "instalada" no organismo e transmitida geneticamente. 5) A criança adquire a língua somente por meio da imitação de outros usuários ou por meio de uma sequência de respostas sob o controle de estímulos externos e associações intraverbais. Parte inferior do formulário _1424116167.unknown _1424116173.unknown _1424116176.unknown _1424116177.unknown _1424116174.unknown _1424116170.unknown _1424116172.unknown _1424116168.unknown _1424116156.unknown _1424116161.unknown _1424116165.unknown _1424116166.unknown _1424116163.unknown _1424116159.unknown _1424116160.unknown _1424116158.unknown _1424116151.unknown _1424116153.unknown _1424116154.unknown _1424116152.unknown _1424116147.unknown _1424116149.unknown _1424116145.unknown _1424116146.unknown _1424116144.unknown