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Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG – 2024-1 Domingo, 16 de fevereiro de 2025. CADERNO DA PROVA OBJETIVA Instruções ao Candidato 1 . Este caderno de provas é composto de 20 (vinte) questões objetivas (conhecimentos básicos). 2 . Confira todas suas páginas e solicite a sua substituição caso apresente falha de impressão ou esteja incompleto. Verifique, ainda, se seu nome, seu número de inscrição e do documento de identidade estão grafados corretamente abaixo da linha. Se houver algum erro, comunique ao fiscal de sala. 3 . Durante a prova, o candidato não poderá levantar-se sem autorização prévia ou comunicar-se com outros candidatos. 4 . As respostas da prova objetiva deverão ser transcritas com caneta esferográfica de corpo transparente e de tinta azul ou preta no cartão de resposta. O candidato que descumprir este item arcará com eventual prejuízo da ausência de leitura óptica de suas marcações. 5 . A resposta da prova dissertativa deverá ser transcrita no caderno de resposta que se encontra anexo ao cartão de resposta, o qual deve ser entregue ao fiscal de sala, juntamente com o cartão de resposta. 6 . A resposta da prova dissertativa deverá ser manuscrita com letra legível, utilizando caneta esferográfica de corpo transparente e de tinta azul ou preta. 7 . O caderno de resposta da prova dissertativa é o único documento válido para correção, portanto NÃO deverá ser assinado, rubricado ou conter quaisquer palavras ou marcas, desenhos, números, recados, mensagens, rabiscos, nomes ou suas abreviações, apelidos, pseudônimo, rubrica que possibilitem a identificação do candidato, sob pena de anulação desta prova e da atribuição de nota zero. 8 . O candidato poderá utilizar os espaços de rascunho e o rascunho de gabarito deste caderno de provas para registrar a proposta da prova dissertativa e as alternativas escolhidas. 9 . Somente 75 (setenta e cinco) minutos antes do horário determinado para o término da prova, o candidato poderá sair da sala portando este caderno de provas. 10 . O candidato deverá transcrever a frase que está nesta capa de prova para o cartão de respostas. 11 . Aguarde autorização do fiscal de sala para iniciar a prova. OBSERVAÇÃO: Os fiscais não estão autorizados a fornecer informações acerca desta prova. ATENÇÃO O candidato deverá conferir os seus dados no CARTÃO DE RESPOSTAS e, assim que autorizado pelo fiscal de sala, copiar no local indicado, com sua caligrafia usual, a seguinte frase. __________________________________________________________________________________________ Identificação do candidato 2 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 Rascunho do Gabarito Questão Alternativas 1 a b c d e 2 a b c d e 3 a b c d e 4 a b c d e 5 a b c d e 6 a b c d e 7 a b c d e 8 a b c d e 9 a b c d e 10 a b c d e 11 a b c d e 12 a b c d e 13 a b c d e 14 a b c d e 15 a b c d e 16 a b c d e 17 a b c d e 18 a b c d e 19 a b c d e 20 a b c d e 3 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 Língua Portuguesa Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 6. Quem está interrompendo? 01 Esta é uma piada que meu pai gosta de contar: 02 03 04 05 Uma mulher entrou com um pedido de divórcio. Quando o juiz lhe perguntou por que ela queria o divórcio, ela explicou que seu marido não falava com ela havia dois anos. O juiz perguntou ao marido: “Por que você não fala com sua mulher há dois anos?” O marido respondeu: “Eu não queria interrompê-la”. 06 07 Essa piada reflete o estereótipo popular de que as mulheres falam demais e interrompem os homens, isto é, os impedem de falar. 08 09 10 11 12 Em oposição direta a esse estereótipo, um dos resultados de pesquisa sobre linguagem e gênero mais citados é que são os homens que interrompem as mulheres. Eu ainda não vi um único artigo popular sobre esse assunto que não cite tal descoberta. Isso causa muita satisfação, porque essa descoberta refuta o estereótipo misógino que acusa as mulheres de falarem demais e ajuda a explicar a experiência, relatada pela maioria das mulheres, de que elas são frequentemente cortadas e interrompidas pelos homens. 13 14 15 16 17 18 Ambas as afirmações – de que os homens interrompem as mulheres e de que as mulheres interrompem os homens – refletem e estimulam a pressuposição de que a interrupção é um ato hostil, uma espécie de bullying conversacional. Quem interrompe é visto como um agressor mal-intencionado e quem é interrompido, como uma vítima inocente. Essas pressuposições estão fundadas na premissa de que a interrupção é uma intrusão, um desrespeito ao direito alheio ao plano conversacional, uma tentativa de dominação. 19 20 21 22 23 24 25 26 Ser acusado de interromper é particularmente danoso em relações íntimas, nas quais a interrupção carrega uma carga de metamensagens – de que um dos parceiros não se preocupa suficientemente com o outro, de que não ouve o outro, de que não está interessado no que o outro tem a dizer. Essas queixas atingem o âmago desse tipo de relacionamento, uma vez que é em uma relação íntima que a maioria de nós procura, acima de tudo, ser valorizado e ser ouvido. Mas o fato de nos sentirmos interrompidos não significa que alguém procurou deliberadamente nos interromper. E ser acusado de interromper quando você sabe que não pretendia fazer isso é tão frustrante quanto ser cortado antes de ter terminado de dizer o que você tinha a dizer. 27 28 29 30 Visto que a queixa “Você vive me interrompendo” é tão comum em relações íntimas, e visto que essa queixa levanta questões de dominação e controle fundamentais para as políticas de gênero, a relação entre interrupção e dominação merece ser analisada minuciosamente. Para tanto, é necessário analisar de forma meticulosa o que gera e constitui a interrupção nas conversas. 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Pesquisadores que relatam que os homens interrompem as mulheres chegam a essa conclusão gravando conversas entre homens e mulheres e contando as ocorrências de interrupção. Ao identificar uma interrupção, eles não levam em conta o conteúdo das conversas em estudo: sobre o que as pessoas estavam falando, as intenções dos falantes, suas reações uns aos outros, e que efeito a “interrupção” teve sobre a conversa. Pesquisadores experimentais que contam coisas necessitam de critérios operacionais para identificar tais coisas. Mas pesquisadores de base etnográfica – os que saem para observar as pessoas fazendo espontaneamente aquilo que a pesquisa deseja compreender – são críticos a respeito desses critérios operacionais, alegando que os pesquisadores experimentais se apegam demasiadamente a eles. Identificar interrupções por meio de critérios mecânicos é um caso paradigmático dessas diferenças entre pontos de vista. 41 42 43 44 O linguista Adrian Bennet (1981) explica que a sobreposição de vozes é mecânica: qualquer um poderia ouvir uma conversa, ou gravá-la, e determinar se duas pessoas estavam ou não falando ao mesmo tempo. Entretanto, a interrupção é inegavelmente uma questão de interpretação quanto aos direitos e obrigações individuais. Para determinar se um falante está violando os direitos de outro, é preciso conhecer bem os 4 ConcursoPúblico para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 45 46 47 48 49 50 51 52 dois falantes e a situação. Por exemplo, o que os falantes estão dizendo? Há quanto tempo cada um está falando? Qual é a sua relação pregressa? Como eles se sentem ao serem interrompidos? E, mais importante, qual é conteúdo do comentário do segundo falante em relação ao primeiro: trata-se de um reforço, uma contradição ou mudança de tópico? Em outras palavras, o que o segundo falante está tentando fazer? O apoio aparente pode funcionar como uma forma sutil de interrupção, enquanto uma mudança aparente de tópico pode funcionar como um uma forma indireta de apoio – como, por exemplo, quando um rapaz adolescente deixa de oferecer apoio a um amigo para não enfatizar a posição de inferioridade desse amigo. 53 54 55 56 57 Esses e outros fatores ajudam a determinar se os direitos de fala de alguém foram ou não violados, e, se foram, o quão significativa foi essa violação. Algumas vezes nos sentimos interrompidos, mas não damos importância ao fato. Outras vezes, nos sentimos muito ofendidos. Além disso, falantes diferentes possuem estilos conversacionais diferentes, de forma que um falante pode se sentir interrompido mesmo que o outro não tenha tido a intenção de interrompê-lo. TANNEN, Deborah. Quem está interrompendo? Questões de dominação e controle. In: OSTERMANN, Ana Cristina; FONTANA, Beatriz (org.). Linguagem. Gênero. Sexualidade: clássicos traduzidos. São Paulo: Parábola, 2010. p. 67-69. (Adaptado). Questão 1 É ideia defendida no texto: a) Os turnos de fala, mesmo nas interações verbais informais, são controlados por um dos falantes, que, em razão de alguma posição de poder visível ou presumido, assume o lugar de líder da conversa. b) Para se estabelecer uma relação entre interrupção de fala e dominação, é preciso realizar estudos aprofundados, que incluam fatores que vão além da simples quantificação das interrupções. c) Há entre as mulheres uma maior preocupação com a adequação da linguagem às normas linguísticas prestigiadas, sendo esta uma forma de diminuir a assimetria de poder nas interações verbais. d) A interrupção é um elemento fundamental da interação verbal, servindo como um recurso importante para que os participantes mantenham o foco temático e se sintam incluídos na conversa. e) As mulheres, considerando-se a proporção de palavras enunciadas diariamente e levando-se em conta apenas os ambientes informais de interação verbal, falam mais do que os homens. Questão 2 O parágrafo, que se estende da linha 31 a 40 e se dedica à discussão de um elemento de pesquisa, tem por característica a) indicar os objetivos que os pesquisadores se propõem a alcançar com a execução de um experimento controlado de conversação. b) delimitar o paradigma teórico considerado basilar para a compreensão dos fenômenos interacionais e dos protocolos de linguagem. c) revisar as bibliografias consideradas necessárias para a conceituação da linguagem, bem como para a elaboração de modelos teóricos. d) apresentar a hipótese inicial que se busca comprovar ou refutar ao longo de uma experiência empírica com os participantes da pesquisa. e) descrever certos procedimentos metodológicos, com vistas a indicar a insuficiência de um dos modelos para captar nuances do objeto pesquisado. Questão 3 O uso de “você” no trecho “ser acusado de interromper quando você sabe que não pretendia fazer isso é tão frustrante quanto ser cortado antes de ter terminado de dizer o que você tinha a dizer” (linhas 24-26) ilustra a realização de uma a) incoerência sintática, em que uma forma linguística é introduzida abruptamente na frase, sem que haja correlações de sentido, provocando uma mudança no curso oracional. b) desvio literário, em que determinada incorreção da norma-padrão é praticada com uma finalidade estilística, na busca por uma maior expressividade da mensagem. c) interlocução retórica, que se caracteriza pela inclusão do leitor como um participante virtual da interação textual, com vistas a gerar maior engajamento na leitura. d) referenciação endofórica, que tem por objetivo realçar, por meio da retomada recorrente de um antecedente textual, um determinado objeto de discurso. e) redundância de sentido, que se ancora na repetição de termos que, embora com funções sintáticas diferentes, denotam significados semelhantes. 5 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 Questão 4 A fórmula “Em outras palavras” (linha 48) introduz uma modalização discursiva voltada para a realização de uma estratégia textual a) metaenunciativa b) exemplificativa c) interdiscursiva d) paratática e) exofórica Questão 5 No trecho “Visto que a queixa ‘Você vive me interrompendo’ é tão comum em relações íntimas, e visto que essa queixa levanta questões de dominação e controle fundamentais para as políticas de gênero, a relação entre interrupção e dominação merece ser analisada minuciosamente” (linhas 27-29), a ligação lógica que se estabelece entre as duas primeiras cláusulas oracionais e a terceira se baseia em uma relação a) consecutiva b) paradoxal c) temporal d) causal e) explicativa Questão 6 No texto, o prefixo derivacional formador da palavra “metamensagens” (linha 20) possui o valor semântico de a) posição posterior b) reflexão sobre si c) transcendência da matéria d) mudança de curso e) conclusão de algo Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 12. A linguagem nazifascista “É preciso falar a língua que o povo entende” J. G. 01 02 03 04 05 06 07 A frase não foi dita por alguém que se preocupasse em fazer do povo protagonista de ações e decisões políticas. Diferentemente do que talvez pudéssemos imaginar, foi Joseph Goebbels quem a pronunciou. O ministro da Propaganda do Terceiro Reich e um dos braços direitos de Hitler postulou a necessidade de os líderes nazistas usarem uma linguagem popular desde o começo da ascensão totalitária. Na mesma ocasião, Goebbels disse ainda: “Quem quiser se comunicar com o povo tem de olhar na fuça do povo”. A frequente referência ao povo não significava de modo algum que o nazismo tivesse um real interesse em ouvir a sua voz. 08 09 10 11 12 13 Falar às massas para mais bem calar o povo: essa não seria a primeira nem a última vez que assistiríamos a esse perverso expediente. Muitos dos que se dirigem às multidões com o propósito de falar exclusivamente em nome do povo acabam por lhe calar a voz. Trata-se aí de um fenômeno que se repete na história, mas não sem profundas transformações em sua ocorrência em tempos e lugares distintos. Isso porque durante muitos séculos a exclusão da voz e da vez das classes populares se deu por um desprezo quase absoluto de suas dores e queixas, de suas revoltas e reivindicações. 14 15 16 17 18 19 20 21 Na medida em que quase nunca são ouvidos, empobrecidos e marginalizados se tornam mais suscetíveis a ouvir quem se apresenta falando em seu nome. Assim foram produzidas as crenças, as devoções e os fanatismos dedicados ao Duce, ao Führer e ao Mito. Nesse processo, os usos de uma linguagem fascista desempenham um papel fundamental. Vítima, espectador e seu mais fecundo analista, o filólogo judeu, Victor Klemperer, testemunhou o poder dessa linguagem: “O nazismo se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de palavras, expressões e frases impostas pela repetição, milhares de vezes, e aceitas inconsciente e mecanicamente” (Klemperer, V. A linguagem do Terceiro Reich. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009, p. 55). 22 23 Ao abrir a boca, podemos conquistar ou arruinar nossa liberdade, podemos ganhar a vida ou sucumbir à morte. Vários mitos repetem essa ideia, porque ao fazê-loos seres humanos respiram, se alimentam e 6 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 24 25 26 27 28 29 30 31 falam. Quando falamos, nossas palavras podem abrir ou fechar portas, podem ampliar nossos horizontes ou aniquilar nossos sonhos. A fala cria a existência e sua finitude, gerando assim nossa própria humanidade. Nossa linguagem, portanto, não está somente a serviço do que é útil, belo e justo. Ela pode, ao contrário, servir ao que há de mais nefasto na condição humana: o ódio por seu semelhante, visto como seu pior inimigo. Depois de assistir de perto às atrocidades do nazismo e aos terríveis usos de sua linguagem, Klemperer não tem dúvidas em afirmar que as “palavras podem ser como minúsculas doses de arsênico: são engolidas de maneira despercebida e parecem ser inofensivas; passado um tempo, o efeito do veneno se faz notar” (Klemperer, 2009, p. 55). 32 33 34 35 Já mencionamos a receita prescrita pelo Dr. Goebbels: falar ao povo e em nome do povo, falar ao povo como o povo fala e pode entender. Com vistas a mais bem compreender em que consiste a linguagem do fascismo, vejamos algumas das principais características dos usos linguísticos do terceiro Reich e alguns dos aspectos mais fundamentais da oratória de Hitler, segundo Klemperer. 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 Os nazistas empregavam palavras estrangeiras com certa frequência em seus discursos, uma vez que muitas pessoas não as entendiam muito bem e se sentiam “mais impactadas justamente porque não compreendiam bem o significado”. Este não seria o único aparente paradoxo da linguagem nazista: pregar que é preciso falar de modo que o povo entenda e usar termos estrangeiros que boa parte da população não entendia. A esse se somavam estes outros: sua língua compreendia “desde a absoluta pobreza de espírito até sua abundância exuberante”; a incessante repetição na produção de seus textos e a constante introjeção inconsciente em sua recepção. Uma das passagens de Klemperer que mais bem ilustra essa estratégia é a seguinte: “Mein Kampf, de Hitler, insiste em afirmar a necessidade de manter a massa na ignorância e explica claramente como intimidá-la contra qualquer reflexão. Um dos principais recursos para isso é martelar sempre, repetidamente, as mesmas teorias simplistas que não podem ser rebatidas” (Klemperer, 2009, p. 280). 47 48 49 50 51 A linguagem nazista se caracteriza também por alterar o sentido das palavras e a frequência de seu uso. É o que emblematicamente se deu com o significado de “fanático” e com a assiduidade de “povo”. De desvairado, “o termo 'fanático' assumiu um novo sentido: uma feliz mescla de coragem e entrega apaixonada”; já a palavra “Volk (povo) era usada nos discursos e textos com a mesma naturalidade com que se põe uma pitada de sal na comida” (Klemperer, 2009, p. 75, 116). 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 Não dar margem à consciência crítica e sempre eleger um inimigo comum são outras duas características que se amalgamam no pensamento e na linguagem do Terceiro Reich (LTI). Além do gosto pela declamação e pela vociferação, os nazistas se valiam também de formas e de conteúdos superlativos para tentar embotar a crítica: “os superlativos são a forma linguística mais usada pela LTI, o que é fácil de compreender, pois o superlativo é o melhor instrumento à disposição do orador e do agitador, a forma propagandística por excelência”. Às formas mais canônicas do superlativo se juntam conteúdos que vão na mesma direção. Durante 12 anos, os pronunciamentos de Hitler teriam produzido uma recepção total e ideal, segundo a imprensa do Reich, porque suas manchetes costumavam repetir à exaustão o seguinte estereótipo oficial: “O mundo escuta o Führer”. De modo análogo, “quando se vencia uma batalha grande, dizia-se que fora 'a maior batalha da história universal’” (Klemperer, 2009, p. 335-336). 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 Já a eleição do inimigo comum pelos nazistas é mais do que conhecida e imensamente lamentada. Desde a ascensão de Hitler, os judeus foram vítimas de genocídios e de violências físicas e simbólicas de toda sorte. Menos evidente é a associação entre o ódio aos judeus e a aversão à crítica. Klemperer trata dessa associação, ao assim formular o que chama de “a lei suprema de Hitler”: “Não permitas que teu ouvinte chegue a formular qualquer pensamento crítico. Trata tudo de forma simplista! Se falares de diversos adversários, alguém poderia ter a ideia de que talvez seja tu que estejas errado. Reduza todos a um denominador comum, junte-os, crie uma afinidade entre eles! O judeu se presta muitíssimo bem a uma operação desse tipo, muito clara e compatível com a mentalidade popular”. Para eficácia dessa operação, os usos linguísticos cumprem uma importante função, além de serem indícios das paixões e afetos dos nazistas: “‘Judeuzinho’ e ‘peste negra’ são expressões de escárnio e desprezo, mas também de horror e medo angustiado: essas duas formas estilísticas estarão sempre presentes quando Hitler se referir aos 7 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 73 judeus em discursos e alocuções” (Klemperer, 2009, p. 272). 74 75 76 77 Há uma presença constante dessas e de outras formas linguísticas, como adjetivos e locuções adjetivas profundamente depreciativos relativos ao substantivo “judeu”, como listig (manhoso), betriigerisch (fraudulento), feige (covarde), platifissig (que tem pés chatos). Com essas formas da língua, os nazistas e seus partidários aviltam tanto a alma quanto o corpo dos judeus. 78 79 80 81 82 A diferença é reduzida a medo, repulsa e chacota, e o diálogo, a ódio, violência e extermínio. Não deveríamos jamais subestimar o poder letal da linguagem. Por meio dela pode se estabelecer “um sentimento instintivo de antagonismo ao que é estranho”, instaurando uma “consciência de raça primitiva, que só será superada quando os humanos aprenderem a não mais ver os vizinhos como um bando de animais diferentes" (Klemperer, 2009, p. 274). PIOVENAZI, Carlos; GENTILE, Emilio. A linguagem fascista. São Paulo: Hedra, 2020. p. 9-15. (Adaptado). Questão 7 A construção do texto “A linguagem nazifascista” – adaptação de parte do capítulo 1 do livro A linguagem fascista – baseia-se em um procedimento de escrita acadêmica caracterizado pela citação reiterada de uma determinada bibliografia considerada básica para a explanação de um tema. Esse procedimento, considerando-se a forma e a organização do texto em análise, é denominado de a) resumo da obra b) revisão da literatura c) explicitação do tema d) fichamento da bibliografia e) contextualização da hipótese Questão 8 Defende-se, em “A linguagem nazifascista”, a seguinte ideia: a) Os atos de linguagem são ferramentas fundamentais para o exercício do poder totalitário, uma vez que constituem o elemento que o líder usa para se conectar com o povo, recorrendo a estratégias como simplificação, repetição, incompreensão. b) O nazismo e o fascismo foram os grandes movimentos totalitários do século XX, os quais produziram impacto decisivo na reconfiguração geopolítica da Europa e do mundo, razão por que continuam sendo estudados e reinterpretados até a atualidade. c) O tratamento da linguagem, feito por especialistas em marketing político, é um expediente importante para transformar políticos inexpressivos em candidatos competitivos, levando-os a se conectarem diretamente com os anseios e temores do povo. d) Na propaganda política, o enfoque ideológico é o elemento persuasivo de maior eficácia, superando, em larga escala, a comunicação voltada para a discussão de temas econômicos e de outros diretamente ligados ao bem-estardo povo. e) Os meios de comunicação constituem um poder político paralelo, por meio do qual grupos que detêm poder econômico e cultural podem manipular as massas, conduzindo-as a reivindicar a queda de governos populares. Questão 9 Na sentença “A frequente referência ao povo não significava de modo algum que o nazismo tivesse um real interesse em ouvir a sua voz” (linhas 5-7), a forma “que” exerce a mesma função sintática que o termo destacado em: a) Na medida em que quase nunca são ouvidos, empobrecidos e marginalizados se tornam mais suscetíveis a ouvir quem se apresenta falando em seu nome. (linhas 14-15) b) Muitos dos que se dirigem às multidões com o propósito de falar exclusivamente em nome do povo acabam por lhe calar a voz. (linhas 9-10) c) A frase não foi dita por alguém que se preocupasse em fazer do povo protagonista de ações e decisões políticas. (linhas 1-2) d) É o que emblematicamente se deu com o significado de “fanático” e com a assiduidade de “povo”. (linha 48) e) Não permitas que teu ouvinte chegue a formular qualquer pensamento crítico. (linhas 65-66). Espaço para rascunho 8 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 Questão 10 O filólogo judeu Victor Klemperer apontou o uso frequente, na linguagem fascista, de palavras estrangeiras (linhas 36-46) como uma forma de poder da linguagem, que caracteriza um tipo de variação a) diatópica b) diafásica c) diastrática d) diacrônica e) diagrâmica Questão 11 A frase “É preciso falar a língua que o povo entende”, de Joseph Goebbels, estabelece uma relação intertextual com o texto “A linguagem nazifascista”, servindo como mote para a abertura do processo argumentativo. Esse enunciado, considerando o lugar que ocupa e o papel que exerce na organização composicional, constitui um exemplo de a) epíteto b) epístola c) epígrafe d) epítome e) epigrama Questão 12 Em relação ao desenvolvimento e à progressão tópica, o texto em análise pode ser dividido em duas unidades temáticas assim resumidas, segundo a ordem em que aparecem: a) comprovação da teoria de Hitler e seus aliados sobre a dificuldade de se comunicar com o povo; contestação da análise feita pelo filólogo judeu Victor Klemperer sobre o poder da linguagem em contextos políticos em geral e nas ditaduras em particular. b) explicação didática de como o nazismo conseguiu penetrar nas mentes populares por meio de mecanismos linguísticos; hierarquização de exemplos que comprovam o aparente paradoxo das atividades de linguagem na mente humana. c) apresentação do conceito de linguagem fascista recorrendo, para isso, à noção expressa na frase “É preciso falar a língua que o povo entende”; citação e explicação de exemplos da eficácia de usos fascistas da linguagem no governo de Hitler. d) narrativa biográfica minuciosa de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do Terceiro Reich muito próximo de Hitler; enumeração de exemplos da inépcia da linguagem nazista, especialmente quando pronunciada diretamente por Hitler. e) demonstração da tese de que a comunicação com o povo, realizada por um governo de ascensão totalitária, é feita sempre de forma mediada; construção de um contra-argumento à ideia de que a linguagem tem poder nefasto. Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica do Estado de Goiás e do Brasil (Lei n.º 14.911, de 11 de agosto de 2004) Questão 13 O bioma Cerrado caracteriza-se por espécimes vegetais com variadas fitofisionomias, desde as florestas até os campos rupestres, passando pelas veredas. A importância do Cerrado pode ser constatada por: a) ser o terceiro maior bioma do país em extensão, ocupando cerca de 25% do território nacional e estando presente em estados do Centro-Oeste, Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. b) possuir elevados índices de biodiversidade, abrigando cerca de 50% de espécies nativas endêmicas, algumas delas com elevado risco de extinção. c) estar localizado em regiões de relevo com elevados percentuais de declividade, somados aos também elevados índices de pluviosidade, permitindo o desenvolvimento de uma economia agropecuária moderna. d) abrigar nascentes de cursos d´água de várias bacias hidrográficas brasileiras, dentre elas a bacia Amazônica e a do Paraná, além de grandes quantidades de água em subsuperfície, os aquíferos. e) ter se desenvolvido em região de clima tropical com duas estações bem definidas, sendo uma delas quente e seca e a outra fria e chuvosa, fator que explica a variedade de fitofisionaomias encontradas no bioma. 9 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 Questão 14 A população de Goiás cresce acima da média nacional, conforme dados do Censo demográfico de 2022. Enquanto a média nacional ficou em 6,5%, Goiás teve um crescimento de 17,5%. Ainda, segundo dados do censo, a Região Metropolitana de Goiânia (RMG) tem a segunda maior taxa de crescimento do país. “No total, a população da RMG expandiu 19,35%, sendo que as cidades de Abadia de Goiás, Goianira e Senador Canedo apresentaram crescimentos exorbitantes de 178,18%, 111,15% e 84,31%, respectivamente”. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2023/09/14/censo-2022-regiao-metropolitana-de-goiania-tem-a-segunda-maior-taxa-de- crescimento-do-pais. Acesso em: 9 dez. 2024. Sobre o crescimento populacional em Goiás e na RMG, observa-se que: a) a cidade de Senador Canedo, apesar do expressivo crescimento, pode ser considerada uma cidade dormitório, ao contrário de Abadia de Goiás e Goianira, que não se enquadram nessa categoria. b) o crescimento populacional urbano coloca como desafios o planejamento urbano, considerando a distribuição dos equipamentos e serviços públicos de forma equânime, e a mobilidade via um sistema de transporte público. c) o crescimento populacional dos municípios que compõem a RMG decorre da atração exercida por Goiânia, que cresceu mais de 15% entre 2010 e 2020, passando de 1.302.001 para 1.437.237 habitantes. d) no século XX, fatores como a estrada de ferro e as construções de Goiânia e Brasília não impulsionaram o desenvolvimento urbano e populacional de Goiás. e) apesar do elevado crescimento populacional de Goiás na atualidade ao longo de todo o século XIX, esse desenvolvimento foi limitado pela forte presença indígena no estado. Questão 15 Texto 1 Depois de tentativas frustradas de estender os trilhos da E. F. Mogiana até o Centro-Oeste, a elite modernizante regional conseguiu apoio financeiro do Governo Federal para organizar a Companhia E. F. Goiás, em 1909. Esta conquista foi fruto de campanhas na imprensa e de Deputados representantes do Estado no Congresso Nacional. Assim, o trem chegava ao Planalto Central, com décadas de atraso, interligando a região aos centros metropolitanos do país. BORGES, Barsanulfo Gomides. Ferrovia e Modernidade. Revista UFG. Ano XIII, n. 11, dezembro de 2011, p. 27. Texto 2 É que desejo que os Redentoristas fundem uma nova casa em Ipameri e tomem conta dessa paróquia. Há algum tempo, principalmente com a aproximação e chegada da estrada de ferro naquela zona, me incomoda a consciência. [...] a população cresce, cresce o mal com todas as suas consequências e lá se vai uma importante paróquia que está mesmo nas portas da diocese! Carta de Dom Prudêncio Gomes da Silva, bispo de Goiás, ao Padre José Clemente Heinrich. Goiás, 22 de janeiro de 1914. Carta 1279. COPRESP A, 6º Volume. Arquivo da Congregação Redentorista de São Paulo, p. 122. A leitura dos textos 1 e 2 nos remete a duas posturas divergentes sobre a presença da ferrovia em Goiás. Tais divergências ocorreram porque a) a ferrovia significou a superação da noção de decadência e atraso presentes no imaginário goiano,especialmente com a construção de Goiânia e sua estação ferroviária ainda na década de 1930. b) o projeto modernizador de Goiás vingou principalmente na região norte, legando ao sul os dissabores da precariedade, fruto da estrada de ferro e do crescimento populacional desordenado. c) apesar de a ferrovia significar progresso, a presença de “forasteiros” na sua construção gerou tensões sociais, como é o caso da “Chacina dos Turmeiros” (1917), fruto da tensão entre protestantes e católicos em Catalão. d) a modernização de Goiás foi um projeto exclusivo da elite liberal, não tendo qualquer apoio ou ação da Igreja Católica em seu favor. e) com a chegada da estrada de ferro em Goiás, uma nova onda migratória atingiu o estado, trazendo com ela novas ideias e novas religiões, especialmente o protestantismo e o espiritismo. Espaço para rascunho https://www.brasildefato.com.br/2023/09/14/censo-2022-regiao-metropolitana-de-goiania-tem-a-segunda-maior-taxa-de-crescimento-do-pais https://www.brasildefato.com.br/2023/09/14/censo-2022-regiao-metropolitana-de-goiania-tem-a-segunda-maior-taxa-de-crescimento-do-pais 10 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 Legislação e Ética Questão 16 O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no âmbito do regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado de Goiás, é a) desprovido de caráter punitivo e poderá ser proposto desde que a transgressão disciplinar seja punível com advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias. b) cabível nas transgressões disciplinares de menor potencial ofensivo com condutas puníveis com suspensão de até 31 (trinta e um) dias. c) possuidor de caráter sancionatório e deverá ser aplicado antes da abertura do processo administrativo disciplinar com pagamento de multa. d) firmado perante a administração pelo servidor apenas para ajustar sua conduta aos deveres e às proibições previstos na legislação. e) proposto durante a fase final do processo administrativo disciplinar, desde que solicitado expressamente pelo servidor indiciado. Questão 17 Uma docente de ensino superior da Universidade Estadual de Goiás foi convidada para compor a banca de avaliação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de seu filho, que é discente do curso ao qual a professora está vinculada. Considerando o Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor e da Alta Administração da administração pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo estadual e o Código de Ética da Universidade Estadual de Goiás, a docente: a) pode aceitar o convite, pois o Código é silente a este respeito. b) deve recusar o convite, pois se trata de hipótese de prevaricação. c) deve recusar o convite, pois se trata de hipótese de abuso de poder acadêmico. d) deve recusar o convite, pois se trata de hipótese de favorecimento de parentes. e) pode aceitar o convite, pois a avaliação do TCC independe de sua exclusiva decisão. Questão 18 A deliberação sobre programas de extensão e projetos de pesquisa propostos pelos docentes de ensino superior da Universidade Estadual de Goiás é atribuição do(a) a) Gerência de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Diretoria de Gestão Integrada. b) Congregação do Campus ou Unidade Universitária da sede do curso. c) Colegiado de Coordenadores de Cursos do Instituto Acadêmico. d) Núcleo Docente Estruturante vinculado ao curso. e) Conselho Universitário. Questão 19 Até 2024, um determinado curso de graduação não era oferecido pela Universidade Estadual de Goiás. Diante disso, foi proposta a criação de um novo curso de graduação para suprir essa lacuna e atender à crescente demanda da área de conhecimento. A deliberação do Conselho Universitário sobre a criação desse curso será pelo a) indeferimento, porque somente é permitida a abertura de cursos já existentes na Universidade Estadual de Goiás. b) deferimento, caso haja estudo de impacto orçamentário-financeiro aprovado pelo Conselho de Gestão para sua manutenção. c) deferimento, caso haja deliberação positiva do Colegiado de Coordenadores do Instituto Acadêmico ao qual o curso pertencerá. d) deferimento, caso haja parecer positivo do diretor de instituto ao qual o curso será vinculado em que seja analisada a demanda socioeconômica da região. e) indeferimento, porque tal ato deve ser autorizado previamente pelo Conselho Estadual de Educação. Questão 20 No Plano de Carreira e Remuneração do cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás, há previsão de licença para tratamento de saúde em que é inaplicável a suspensão ou o interrompimento do período aquisitivo da licença para aprimoramento e inovação do docente de ensino superior na instituição. Um motivo previsto é: a) condição relativa à saúde mental. b) doença infectocontagiosa. c) complicação gestacional. d) gravidez de alto risco. e) acidente de trabalho. 11 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 Prova Dissertativa – do Ponto sorteado da área do Conhecimento Prova Dissertativa (100 pontos) Considerando pontos publicados no anexo VII do edital do certame, sorteados em reunião pública para a realização da prova dissertativa, transcreva a resposta do ponto sorteado da sua área do concurso no caderno de resposta, que se encontra anexo ao cartão de respostas, devolvendo-o ao fiscal da sala, ao final da aplicação. Para esta atividade, pode ser utilizado o rascunho abaixo. Rascunho da Resposta da Prova Dissertativa 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 12 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 31. 32. 33. 34 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 13 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. 14 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97. 97. 98. 99. 100. 101. 102. 103. 104. 105. 106. 107. 108. 109. 110. 111. 112. 113. 114. 115. 116. 117. 118. 119. 120. 15 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 121. 122. 123. 124. 125. 126. 127. 128. 129. 130. 131. 132. 134 135. 136. 137. 138. 139. 140. 141. 142. 143. 144. 145. 146. 147. 148. 149. 150. 16 Concurso Público para provimento de vagas no cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás – UEG 2024/1 CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS NOS CARGOS DE DOCENTE DE ENSINO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG- 2024/1 CHAVE DE CORREÇÃO (Uso exclusivo da banca avaliadora) MODALIDADE ITENS AVALIADOS DISSERTATIVA OBSERVAÇÕES DA BANCA CONTEÚDO: 50CAPACIDADE DE ESTRUTURAÇÃO LÓGICA: 10 TÉCNICA: 10 COERÊNCIA: 10 FUNDAMENTAÇÃO E CONCLUSÃO: 10 USO DA GRAMÁTICA PADRÃO: 10 TOTAL: 100 “Na correção da prova dissertativa serão considerados, de acordo com os critérios definidos pelas bancas elaboradoras e corretoras: 50 (cinquenta) pontos para conteúdo; 10 (dez) pontos para capacidade de estruturação lógica; 10 (dez) pontos para técnica; 10 (dez) pontos para coerência; 10 (dez) pontos para fundamentação e conclusão; 10 (dez) pontos para uso da gramática padrão.” Item 152 do Edital. De acordo com critérios definidos no edital, será atribuída nota ZERO às provas cuja folha de resposta: tenha sido escrita a lápis, mesmo que parcialmente; estiver com letra ilegível ou incompreensível; contenham qualquer sinal que identifique o candidato.