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Aula 1 - Ergonomia de Sistemas.pdf 19/08/2013 1 Ergonomia Engenharia de ProduçãoEngenharia de ProduçãoEngenharia de ProduçãoEngenharia de Produção Profª Celina Cordeiro Onde aplicamos?Onde aplicamos?Onde aplicamos?Onde aplicamos?Onde aplicamos?Onde aplicamos?Onde aplicamos?Onde aplicamos? No lar No transporte No lazer Na escola No trabalho Introdução • Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e de eficácia. Conceito Conceito Conceito Conceito (Wisner, 1987) Introdução • Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. ErgonomicsErgonomicsErgonomicsErgonomics ResearchResearchResearchResearch SocietySocietySocietySociety (Inglaterra) Ergonomia éErgonomia éErgonomia éErgonomia é... O estudo da adaptação do trabalho ao homem. Parte do conhecimento do homem para fazer o projeto do trabalho, ajustando-o às capacidades e limitações humanas. TrabalhoTrabalhoTrabalhoTrabalho (conceito ergonômico) É considerado toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e uma atividade a ser realizada. Isso envolve não somente máquinas, equipamentos e ambiente físico, mas também os aspectos organizacionais de como esse trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados. 19/08/2013 2 Introdução “Disse, pois, o Senhor Deus ao ser humano: maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, porque dela foste tomado; pois és pó, e ao pó tornarás”. GenGenGenGen 3:17b,193:17b,193:17b,193:17b,19 Inicio na pré-história, quando os homens das cavernas adaptavam suas armas para sobrevivência Inicio na pré-história, quando os homens das cavernas adaptavam suas armas para sobrevivência Desde a pré-história a Ergonomia já estava presente. O homem pré-histórico, ao fixar na ponta de uma vara uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de uma forma mais confortável, segura e eficaz estava inconscientemente realizando ergonomia. Desde a pré-história a Ergonomia já estava presente. O homem pré-histórico, ao fixar na ponta de uma vara uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de uma forma mais confortável, segura e eficaz estava inconscientemente realizando ergonomia. Administração científica - 1903 Frederick Winslow TaylorTaylorTaylorTaylor SeleçãoSeleçãoSeleçãoSeleção científicacientíficacientíficacientífica dos dos dos dos empregadosempregadosempregadosempregados:::: Para atender os níveis de produção deve-se atender certos requisitos, como a força física, habilidades manuais, etc. Seleção com base nas exigências do cargo; Avaliação das potencialidades dos operários em cada função, buscando maior aproveitamento. A divisão do trabalho deve ser estimulada pela chefia, porque o operário de um modo geral não gosta de pensar e sim ser comandado. A força física deve ser controlada e coordenada por um especialista, uma vez que a incapacidade de pensar, produz resultados muitos baixos para a empresa. Taylor Taylor Taylor Taylor compara o operário a um compara o operário a um compara o operário a um compara o operário a um bovinobovinobovinobovino, muita força e pouca imaginação. “Homo “Homo “Homo “Homo economicuseconomicuseconomicuseconomicus"""" O operário é um homem simples, com desejos e valores orientados para a vida material. Este homem valoriza tudo que pode levar-lhe mais salário no bolso, e de comportamento previsível. Assim, qualquer incentivo financeiro que a empresa lhe ofereça, será o suficiente para incentivá-lo ao trabalho. Administração científica - 1903 Frederick Winslow TaylorTaylorTaylorTaylor Administração científica - 1903 Frederick Winslow TaylorTaylorTaylorTaylor O Taylorismo é considerado desumano não apenas por tornar os empregados especializados e dependentes do patrão, mas também pelo trabalho repetitivo e maçante que proporciona as pessoas. A pouca atenção dada ao homem é o fato mais gritante da Teoria Científica. O Taylorismo é considerado desumano não apenas por tornar os empregados especializados e dependentes do patrão, mas também pelo trabalho repetitivo e maçante que proporciona as pessoas. A pouca atenção dada ao homem é o fato mais gritante da Teoria Científica. Introdução O Em latim Em latim Em latim Em latim trabalho = tripalium trabalhar= tripaliare (torturar com o tripalium) O Na Grécia antiga (duplo sentido) ponos = trabalho escravo; penalidade ergon = satisfação; arte da criação Introdução Termo ErgonomiaErgonomiaErgonomiaErgonomia, de origem grega: ErgonErgonErgonErgon - trabalho NomosNomosNomosNomos - lei, regra, teoria. No sentido etimológico: Ergonomia significa estudo das leis do trabalho. 19/08/2013 3 Histórico Histórico De forma intuitiva, já se pratica a Ergonomia desde que existe o homem. As primeiras armas e ferramentas conhecidas já eram adaptadas às pessoas. Mas foi a partir deste século que a ergonomia realmente experimentou seu desenvolvimento... Histórico Depois da I Guerra I Guerra I Guerra I Guerra mundial criou-se, na Inglaterra, uma comissão para investigar sinais de fadiga em trabalhadores de indústrias. •Esta deve ter sido a primeira pesquisa científica sobre os problemas do homem no seu trabalho. Durante a II Guerra II Guerra II Guerra II Guerra mundial, houve um rápido desenvolvimento técnico na área militar, sendo criados e construídos equipamentos e dispositivos cada vez mais complexos, exigindo reações rápidas e alto nível de estresse. • Era necessário conhecer mais sobre o homem, suas qualidades, habilidades e sobretudo, suas limitações, para poder otimizar o sistema. • Pela primeira vez, houve uma conjugação sistemática de esforços entre a tecnologia e as ciências humanas. • Fisiologistas, psicólogos, antropólogos, médicos e engenheiros trabalharam juntos para resolver os problemas causados pela operação de equipamentos militares complexos. ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão • Esforço interdisciplinar tão gratificantes, que foram aproveitados pela indústria, no pós- guerra. ResultadoResultadoResultadoResultado Objetivos O Humanizar o trabalho O Aumentar a produtividade. ErgonomiaErgonomiaErgonomiaErgonomia é uma ciência de apoio a projetistas, planejadores, organizadores, administradores, em atividades de projetos e avaliações (SELL, 1995). 19/08/2013 4 Estudo ergonômico O homemhomemhomemhomem: analisando suas características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais; influência do sexo, idade, treinamento e motivação; A máquinamáquinamáquinamáquina entendendo-se como sendo todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações; O ambienteambienteambienteambiente: estuda as características do ambiente físico que envolve o homem durante o trabalho, como a temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores gases e outros; As informaçõesinformaçõesinformaçõesinformações: refere-se as comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões; A organizaçãoorganizaçãoorganizaçãoorganização: é a conjugação dos elementos acima citados no sistema produtivo; As consequências do trabalhoconsequências do trabalhoconsequências do trabalhoconsequências do trabalho: questões de controles como tarefas de inspeção, estudo dos erros e acidentes, além dos estudos sobre gastos energéticos, fadiga e “stress”. Objetivos práticos Segurança Satisfação Bem estar Dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos ≠ EFICIÊNCIAEFICIÊNCIAEFICIÊNCIAEFICIÊNCIA Modalidades de intervenção ergonômica Ergonomia de concepção Ergonomia de correção Ergonomia de mudança Ergonomia de concepção Ocorre quando a contribuição ergonômica se faz durante a fase inicial de projeto do produto, do sistema ou do ambiente. Permite agir precocemente, o que normalmente torna a ação mais eficaz e a um custo baixo. Exige porém, maior conhecimento e experiência por parte dos ergonomistas, porque as decisões são tomadas em cima de decisões hipotéticas. 66 cm 16 cm 66 cm 82 cm 12 cm 86 cm 30 cm 8cm Ergonomia de correção É aplicada em situações reais, já existentes, para resolver problemas que se refletem na segurança, na fadiga excessiva, em doenças do trabalhador e na quantidade e qualidade da produção. Ergonomia de mudança Aproveita para melhorar as condições de trabalho por ocasião de mudanças no sistema em estudo. 19/08/2013 5 CARÁTER MULTIDISCIPLINARCARÁTER MULTIDISCIPLINARCARÁTER MULTIDISCIPLINARCARÁTER MULTIDISCIPLINAR A integração entre as condições de trabalho e a tríade: CONFORTO – SEGURANÇA – EFICIÊNCIA do trabalhador ou do posto de trabalho pode ser considerada a busca da ergonomia. A integração entre as condições de trabalho e a tríade: CONFORTO – SEGURANÇA – EFICIÊNCIA do trabalhador ou do posto de trabalho pode ser considerada a busca da ergonomia. O Alguns conhecimentos em ergonomia foram convertidos em normas oficiais, com o objetivo de estimular a aplicação dos mesmos. O No Brasil, há a Norma Regulamentadora NRNRNRNR 17171717 ---- ErgonomiaErgonomiaErgonomiaErgonomia, Portaria no 3.214, de 8.6.1978 do Ministério do Trabalho, modificada pela Portaria no 3751 de 23.11.1990 do Ministério do Trabalho). Homem X Máquina ?? Análise Ergonômica de Sistemas O O projeto de qualquer tipo de máquina, equipamento ou produto não é uma atividade isolada, mas destina-se a desenvolver certas funções e habilidades que complementem aquelas do ser humano. O A qualidade desse desempenho estará diretamente relacionada com o grau de adaptação da mesma ao operador, ao sistema produtivo, à organização da produção, e até à cultura técnica da região ou do país. O Alguns defensores da moderna tecnologia consideram que as máquinas podem substituir indiscriminadamente os homens, mas isso nem sempre é possível e muitas vezes não é econômico, pois, se não forem tomados os devidos cuidados, podem provocar o aparecimento de diversos problemas. Sistemas Um conceito que vem da biologia: “Sistema é um conjunto de elementos (ou subsistemas) que interagem entre si, com um objetivo comum e que evoluem no tempo”. Elementos FronteirasFronteirasFronteirasFronteiras - são os limites de um sistema. Podem ter uma existência física, como a membrana de uma célula ou parede de uma fábrica, ou ser apenas uma delimitação imaginária para efeito de estudo, como a fronteira de uma posto de trabalho; SubsistemasSubsistemasSubsistemasSubsistemas - são os elementos que compõem o sistema. EntradasEntradasEntradasEntradas (inputs) - representam os insumos ou variáveis independentes do sistema. SaídasSaídasSaídasSaídas (outputs) - representam os produtos ou variáveis dependentes do sistema ProcessamentoProcessamentoProcessamentoProcessamento - são as atividades desenvolvidas pelos subsistemas que interagem entre si para converter as entradas em saídas. 19/08/2013 6 Sistema Produtivo Sistema Integrado Homem-Máquina Sistema Homem-automóvel Características dos Sistemas FechadoFechadoFechadoFechadoAbertoAbertoAbertoAberto • sistemas de controle automático ou de auto-correção • intervenções externas para se corrigir o desempenho Sistema Homem-Máquina Sistema Fechado Sistema Fechado ServosistemaServosistemaServosistemaServosistemaServosistemaServosistemaServosistemaServosistema HomeostaseHomeostase==== ==== Desde que a máquina seja projetada de modo a fornecer, continuamente, informações sobre seu desempenho, e tenha condições de reagir as ações humanas de controle. Servosistemas Possuem uma propriedade que lhes permite modificar ou adaptar seu comportamento em vista de eventos imprevistos. São capazes de manter um certo equilíbrio, eliminando a influência de fatores estranhos. Suas características podem ser introduzidas em sistemas organizacionais e em máquinas para a obtenção de melhoria de desempenho. Restringe o uso é o custo elevado que, dependendo da situação, pode não ser viável economicamente. 19/08/2013 7 Otimização de Sistemas Otimização de Sistemas � Confiabilidade de Sistemas A probabilidade deste obter um desempenho bem sucedido. A confiabilidade de um sistema depende Do número de componentes ou de subsistemas Da confiabilidade de cada subsistema Das ligações entre os subsistemas que podem ser em série, paralelo ou mistas. Confiabilidade de sistemas O Com ligaçõesligaçõesligaçõesligações emememem sériesériesériesérie o sistema só funciona se todos os subsistemas funcionarem. O Com ligaçõesligaçõesligaçõesligações emememem paraleloparaleloparaleloparalelo possuem mais de um subsistema para realizar a mesma função, ou seja, o sistema pode continuar funcionando se um desses subsistemas parar. O Com ligaçõesligaçõesligaçõesligações mistasmistasmistasmistas, esses sistemas apresentam tanto ligações em série como em paralelo. Homem X Máquina ?? Homem X Máquina O No sistema Homem-Máquina, ambos os componentes atuam tanto como processadores de dados como controladores do processo, sendo superiores um ao outro em situações específicas. O Para o projeto de um sistema envolvendo homens e máquinas, caberá ao projetista decidir que funções serão alocadas às máquinas e quais as que ficarão a cargo do operador humano. O Em função disso torna-se importante conhecer as características individuais de cada elemento, procurando identificar suas vantagens e desvantagens. 19/08/2013 8 O homem se distingue por Ter capacidade de decidir, julgando e resolvendo situações imprevistas Ser capaz de resolver situações não codificadas, isto é, não se restringe ao previsível Não requer programação, desenvolvendo seus próprios programas, à medida que se fazem necessários Ser sensível a extensa variedade de estímulos Perceber modelos e generalizar a partir destes Guardar grande quantidade de informações por longo período e recordar fatos relevantes em momentos apropriados Aplicar originalidade na resolução de problemas: soluções alternativas Aproveitar experiências anteriores Executar manipulações delicadas, quando da ocorrência de eventos inesperados Agir mesmo sob sobrecarga Raciocinar indutivamente. A máquina se distingue por Não estar sujeita á fadiga nem a fatores emocionais Executar operações rotineiras, repetitivas ou muito precisas com maior confiabilidade, pois podem ser programadas Selecionar muito mais rapidamente as informações e os dados necessários Memorizar, com exatidão, muito maior número de dados Exercer uma grande quantidade de força regularmente e com precisão Executar computações complexas rapidamente e com exatidão Ser sensível a estímulos além da faixa de sensibilidade do homem (infravermelho, ondas de rádio) Executar simultaneamente diversas atividades Ser insensível a fatores estranhos Repetir operações rápidas, contínuas, e precisamente da mesma maneira, sob longo período de tempo Operar em ambientes hostis ou até mesmo inóspitos ao homem. Problemas de automação Não produz resultados imediatos. Há uma fase de instalação e ajuste do sistema, que pode durar um longo tempo e durante o qual pode haver sobrecarga dos operadores e aumento do risco de acidentes e até o descrédito do sistema. Aumenta as necessidades de treinamento, principalmente quando o sistema manual subsiste em paralelo e o operador precisa estar habilitado a usar os dois sistemas. O operador fica menos ativo, e isso pode reduzir o seu nível de atenção, sendo incapaz de reagir com presteza numa situação de emergência, quando é solicitado a reassumir os controles. Alocação dinâmica O próprio operador tem a capacidade de decidir se usa o processo automático ou manual. Aula 2 - Biomecanica Ocupacional.pdf 02/09/2013 1 � BIOMECÂNICA OCUPACIONAL Prof.ª Celina Cordeiro � �Grego Μηχανική e do latim mechanìca ou arte de construir uma máquina. � É o ramo da física que compreende o estudo e análise do movimento e repouso dos corpos, e sua evolução no tempo, seus deslocamentos, sob a ação de forças, e seus efeitos subsequentes sobre seu ambiente. � Fornece as ferramentas para analisar a força das estruturas e os modos de prever e medir o movimento de uma máquina. Mecânica � � Biologia – estudo dos organismos vivos. � Biomecânica – avalia os movimentos de um organismo vivo e o efeito da força sobre esse organismo. Tracionando Empurrando Biomecânica � Conceito �Células alongadas e fusiformes � fibras � feixes � músculos �Contração e relaxamento � Elementos ativos do movimento. �Determina posição � união peças ósseas e postura. Músculo � Tipos de Músculos � � Todos os movimentos do corpo � Transformam energia química armazenada em energia cinética = contração muscular Movimentos � Tipos de músculos� estriados esqueléticos � Irrigação = nutrição Trabalho Muscular 02/09/2013 2 � Trabalho Muscular �Contração contínua �Contração alternada Trabalho muscular Estático Dinâmico � Estático X Dinâmico � Trabalho Muscular Estático � Exige contração contínua de alguns músculos para manter uma determinada posição. � Posição de pé � Cabeça inclinada para frente � Martelar � Altamente fatigantes � devem ser evitados � Aliviados � Mudanças de posturas � Peças e ferramentas � Apoios para o corpo � Pausas de curta duração + elevada frequência � Trabalho Muscular Estático � Trabalho Muscular Dinâmico � Permite contrações e relaxamentos alternados � Martelar � Girar um volante � Caminhar � Estático X Dinâmico 02/09/2013 3 � Fadiga � �De acordo com Merino (1996) a postura submete-se às características anatômicas e fisiológicas do corpo humano e possui um estreito relacionamento com a atividade do indivíduo, sendo que a mesma pessoa adota diferentes posturas, nas mais variadas atividades que realiza. Postura � Postura � Trabalhando ou repousando. � Em cada uma estão envolvidos esforços musculares para manter a posição relativa de partes do corpo. Deitada Sentada De pé � Postura � A parte anterior composta pelos corpos vertebrais e discos em geral suporta 80-90% da carga enquanto os elementos posteriores, principalmente as facetas, suportam de 10-20% da carga. A pressão em cada estrutura varia drasticamente com a posição do corpo. Com o paciente em pé com os braços ao longo do corpo a pressão do disco foi de 100 (ui), essa pressão aumenta em 40% com o paciente sentado e diminui cerca de mais de 50% com o paciente deitado. Este achado provavelmente tem relação com a dor lombar e porque ela piora com determinadas posições e melhora com outras. � Posição Deitada �Não há concentração de tensão � Sangue flui livremente � Elimina resíduos provocadores da fadiga �Consumo energético mínimo �Repouso e recuperação da fadiga � Posição Sentada �Atividade muscular do dorso e do ventre � Peso sobre os ísquios �Consumo energético de 3 a 10% maior que deitado �O assento deve permitir mudanças para retardo da fadiga 02/09/2013 4 � Posição de Pé � Posição parada, em pé �Coração encontra resistência para bombear sangue para os extremos do corpo Trabalho dinâmico de pé Trabalho estático de pé � Inclinação da cabeça para frente � Para melhorar a visão � Assento muito alto � Mesa muito baixa � Cadeira longe da mesa 02/09/2013 5 � Inclinação da cabeça para frente � Fadiga rápida � Peso da cabeça = 4-5Kgf � Inclinação > 30º = DOR �Ajustes na cadeira, mesa �Menor tempo + pausas � Projetos inadequados � Registro de Posturas �Dificuldades em analisar e corrigir � Identificação e registro � Visual não é suficiente � Descrição verbal não prática � Técnicas fotográficas falhas Técnicas para registro e análise de postura � � Sistema prático de registro de posturas proposto por 3 pesquisadores (Karhu, Kansi e Kuorinka, 1977). � Através de análises fotográficas – 72 posturas típicas, que resultaram de diferentes combinações das posições do dorso (4 posições típicas), braços (3 posições típicas) e pernas (7 posições típicas). � Foi feita uma avaliação das diversas posturas quanto ao desconforto. � Classe 1 - postura normal, que dispensa cuidados, a não ser em casos excepcionais � Classe 2 - postura que deve ser verificada durante a próxima revisão rotineira � Classe 3 - postura que deve merecer atenção a curto prazo � Classe 4 - postura que deve merecer atenção imediata. Método OWAS (Ovako Working Posture Analysing System, 1977) � Método OWAS � 02/09/2013 6 � Diagrama de Corlett e Manenica (1980) � Diagrama de Dor � Diagrama divide o corpo humano em diversos segmentos e com isso facilita a localização de áreas dolorosas após uma jornada de trabalho. � Tendo-se em mãos o diagrama adota-se o seguinte procedimento... � � Tendo-se em mãos o diagrama adota-se o seguinte procedimento: 1) Ao final de um período de trabalho, entrevista-se os trabalhadores pedindo para apontarem as regiões onde sentem dores; 2) A seguir pede-se para os mesmos avaliarem o grau de desconforto que sentem em cada um dos segmentos indicados no diagrama. O índice de desconforto é classificado em 8 níveis: nível “0” para extremamente confortável; nível “7” para extremamente desconfortável; 3) Identificar máquinas, equipamentos e locais de trabalho que apresentam maior gravidade, ou seja, acima do terceiro nível e que merecem atenção imediata; 4) Dirigir os esforços para os pontos prioritários. Diagrama de Corlett e Manenica (1980) � Recomendações Ergonômicas � Articulações devem ocupar uma posição neutra. � Conserve pesos próximos ao corpo � Recomendações Ergonômicas � Evite inclinar a cabeça. � Evite curvar-se para frente. � Recomendações Ergonômicas �Movimentos bruscos com picos de tensão. � Evite torções do tronco. � Recomendações Ergonômicas �Alterne posturas e movimentos. �Restrinja a duração do esforço muscular contínuo. � Previna exaustão muscular. � Pausas curtas e frequentes. 02/09/2013 7 � �As forças humanas são resultados de contrações musculares. �Algumas forças dependem de apenas alguns músculos, enquanto outras exigem uma contração coordenada de diversos músculos, principalmente se envolver combinações complexas de movimentos, como tração e rotação simultâneas. Movimentos � � Para fazer um determinado movimento, diversas combinações de contrações musculares podem ser utilizadas, cada uma delas tendo diferentes características de velocidade, precisão e movimento. � Portanto, conforme a combinação de músculos que participem de um movimento, este pode ter características e custos energéticos diferentes. �Um operador experiente se fadiga menos porque aprende a usar aquela combinação mais eficiente em cada caso, economizando as suas energias. Características � � Força: grandes esforços com os músculos das pernas. � Precisão: realizados com as pontas dos dedos. �Ritmo: movimento suaves, curvos e rítmicos. �Movimentos retos: difíceis e imprecisos� curvos. � Terminações: posicionamentos precisos, com acompanhamento visual, são difíceis e demorados. Devem ser terminados com um posicionamento mecânico, como um botão. Economia de energia � Levantamento e transporte de carga 1. Capacidade muscular 2. Capacidade energética do trabalhador e a fadiga física Duração do trabalho � Levantamento e transporte de carga �A musculatura das costas é a que mais sofre com o levantamento de pesos. Resistência da coluna � Discos sobrepostos � Carga no sentido vertical � Levantamento e transporte de carga Flexionando as pernas e mantendo o dorso vertical Capacidade de carga isométrica das costas 50% do valor da “carga isométrica máxima” Capacidade vertical de carga repetitiva ?? 02/09/2013 8 � • Pela posição da carga em relação ao corpo • Dimensões da carga • Facilidade de manuseio • Pela posição da carga em relação ao corpo • Dimensões da carga • Facilidade de manuseio Uso dos músculos das pernas, braços ou dorso. Mulheres possuem metade da força dos homens. A capacidade de carga é influenciada ainda: Levantamento e transporte de carga Observações... � Levantamento e transporte de carga Força para movimentos não repetitivos (Kgf) MULHERES HOMENS 95% 50% 5% 95% 50% 5% Força das pernas 15 39 78 39 95 150 Força dos braços 7 20 36 20 38 60 Força do dorso 10 24 58 21 50 105 � Equação de NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health � Em uma manutenção manual com os joelhos em extensão, a coluna merece uma atenção particular. Ela é considerada, para efeito de modelização, como um sistema de alavanca. � No levantamento da carga, os músculos dorsais muito curtos se contraem lentamente ao serem solicitados; a coluna vertebral funciona então, como um braço de alavanca tendo como ponto de apoio o disco intervertebral (L5-S1) que é relativamente frágil. � Levantamento manual de pesos (até 23 kgf) for inevitável� criar condições favoráveis � Manter a carga próxima do corpo (distância horizontal entre a mão e o tornozelo de cerca de 25 cm); � Deslocamento vertical do peso não deve exceder 25 cm; � Deve ser possível segurar o peso com as duas mãos; � A carga deve ser provida de alças ou furos para encaixe dos dedos; � Deve possibilitar a escolha da postura para o levantamento; � A frequência do levantamento não deve ser superior a um levantamento por minuto; � A duração da atividade de levantamento não deve ser maior que uma hora, e deve ser seguida de um período de descanso (ou tarefas mais leves) de 120 por cento da duração da tarefa de levantamento. Equação de NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health � Equação de NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health Essa equação considera seis variáveis: � Dificuldade de manuseio (M) � Distância horizontal entre a carga e o corpo (H) (referência do corpo – linha do tornozelo) � Distância vertical da carga ao piso (V) � Frequência do levantamento (F) � Deslocamento vertical da carga (D) � Rotação do tronco (A). � Carga máxima = 23 kgf x CM x CH x CV x CF x CD x CA � CM – fator corretor da carga devido à dificuldade de manuseio � CH – fator corretor em função da distância horizontal da carga ao corpo � CV – fator corretor em função da distância vertical da carga ao piso � CF – fator corretor da carga em função da frequência do levantamento � CD – fator corretor da carga para o deslocamento � CA – fator corretor relacionado com a rotação do tronco Equação de NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health 02/09/2013 9 � Equação de NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health Distância horizontal (cm) Distância vertical (cm) � Equação de NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health � Equação de NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health Deslocamento vertical da carga (cm) Fator de assimetria (graus) Quanto mais desfavoráveis forem essas condições, os valores desses coeficientes se afastarão do valor 1,0 tendendo a zero. � � Sustentação de carga em alturas distintas Recomendações Ergonômicas � Restrinja o número de tarefas que envolvam a carga manual �Os sistemas de produção devem ser projetados para uso de equipamentos mecânicos, a fim de evitar o trabalho manual de levantamento de pesos. � Porém, na especificação desses equipamentos deve- se tomar os seguintes cuidados: � Com os problemas de postura e movimento impostos por esse tipo de equipamento; � O processo de mecanização pode criar problemas como ruídos, vibrações, monotonia e redução dos contatos sociais. Levantamento de cargas 02/09/2013 10 � Crie condições favoráveis para o levantamento de pesos � Se o levantamento manual de pesos (até 23 Kg) for inevitável, é necessário criar condições favoráveis para essa tarefa, tais como: � Manter a carga próxima do corpo (distância horizontal entre a mão e o tornozelo de cerca de 25 cm); � A carga deve estar sobre uma bancada de 75 cm de altura, aproximadamente, antes de começar o levantamento; � Deve ser possível levantar o peso com as duas mãos; � A carga deve ser provida de alças ou furos para encaixe dos dedos; � Deve possibilitar a escolha da postura para o levantamento; � O tronco não deve ficar torcido durante o levantamento; � A frequência do levantamento não deve ser superior a um por minuto; � A duração do levantamento não deve ser maior que uma hora, e deve ser seguida de um período de descanso (ou tarefas mais leves) de 120 por cento da duração da tarefa de levantamento. Levantamento de cargas � Levantamento de cargas � Limite o levantamento de peso para 23 Kg no máximo � Somente se satisfeitas as condições anteriores descritas, uma pessoa pode levantar 23 Kg. � Nos casos práticos, quando não existem todas essas condições, o limite deve ser reduzido de acordo com a Equação de NIOSH. Levantamento de cargas � �Onde o valor 23, corresponde ao peso limite ideal, quer dizer, aquele que pode ser manuseado sem risco particular, quando a carga está idealmente colocada, compreendendo: � FDH (Fator de Distância Horizontal em relação à carga) = 25 cm � FAV (Fator de Altura Vertical em relação ao solo) = 75cm � FRLT (Fator de Rotação Lateral do Tronco) = 0 � FFL (Fator Frequência de Levantamento) menor que uma vez a cada 5 minutos � Pega da carga fácil e confortável (boa). Levantamento de cargas � Use a Equação de NIOSH para estimar a carga máxima IL – Índice de levantamento IL = P P – Carga a ser erguida LPR LPR - Limite de Peso Recomendado Levantamento de cargas � � O IL do método NIOSH é o que determina se uma atividade apresenta risco de lesão músculo esquelética e ainda quantifica esse risco. � Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o índice de 23 Kg amplamente difundido não é aplicável à todas as situações de trabalho encontradas; e sim o IL. � O IL nada mais é do que a divisão da constante (23 kg) pela multiplicação de todos os outros fatores como já apresentados previamente. � A interpretação dos resultados segue os seguintes parâmetros: � IL menor que 1,0 –> condição segura – chance mínima de lesão; � IL entre 1,0 e 2,0 –> condição insegura – médio risco de lesão; � IL acima de 2,0 –> condição insegura – alto risco de lesão. Índice de Levantamento 02/09/2013 11 � Escolha um valor adequado para a carga unitária Não deve superar o valor encontrado pela Equação de NIOSH, mas também não deve ser muito leve, pois estimularia o carregador a pegar diversas embalagens, simultaneamente, e assim superar o valor permitido. Não deve superar o valor encontrado pela Equação de NIOSH, mas também não deve ser muito leve, pois estimularia o carregador a pegar diversas embalagens, simultaneamente, e assim superar o valor permitido. Além disso, são preferíveis cargas unitárias maiores com menores frequências, do que cargas menores e mais frequentes, desde que não superem os valores calculados pela equação de NIOSH. Além disso, são preferíveis cargas unitárias maiores com menores frequências, do que cargas menores e mais frequentes, desde que não superem os valores calculados pela equação de NIOSH. Levantamento de cargas � Levantamento de cargas Os objetos devem ter alças para as mãos � Devem ter duas alças ou furos laterais para o encaixe dos dedos. � A carga deve ser segura com as duas mãos. � O agarramento deve ser feito com a palma das mãos. � As pegas devem ser arredondadas (sem ângulos cortantes) e posicionadas de modo a evitar que as cargas girem quando forem erguidas. � Levantamento de cargas A carga deve ter uma forma correta � O tamanho da carga deve ser pequeno o suficiente para que possa ser mantida junto ao corpo. � O volume não deve ter protuberâncias ou cantos cortantes nem deve ser muito quente ou frio, a ponto de dificultar o contato. � Use técnicas corretas para o levantamento de pesos � Mantenha a coluna reta; � Use preferencialmente a musculatura das pernas; � Mantenha a carga o mais próximo possível do corpo; � Procure manter cargas simétricas, usando as duas mãos; � A carga deve estar a 40 cm do piso. Se estiver abaixo o levantamento deve ser feito em duas etapas: primeiro coloque-a em uma plataforma; depois erga em definitivo; � Antes de levantar um peso remova todos os obstáculos que possam atrapalhar o movimento. Levantamento de cargas � Não deve-se aplicar NIOSH � Em tarefas de elevação de objetos com uma só mão, na posição de sentado ou agachado, ou ainda elevações em espaços confinados que obriguem a posturas desfavoráveis; � Não contempla a elevação de pessoas, de objetos muito quentes ou frios, sujos ou contaminados; � Não inclui circunstâncias imprevistas; � Se o ambiente físico for desfavorável (temperatura ou umidade relativa inferiores aos intervalos 19º a 26ºC ou 35% a 50%); � Não estão incluídas tarefas que impliquem elevações rápidas de objetos (>15 elevações/min). Levantamento de cargas � Recomenda-se os seguintes procedimentos: � Trabalhar em equipe. Transporte de cargas 02/09/2013 12 � Transporte de cargas � Transporte de cargas � Equipamentos � Equipamentos Aula 3 - Antropometria.pdf 02/09/2013 1 Antropometria Prof.ª Celina Cordeiro Introdução É o estudo das medidas do corpo humano. � As medidas humanas são importantes na determinação dos aspectos relacionados ao ambiente de trabalho e sua influência no desempenho de atividades. � O problema prático com o qual a antropometria mais se defronta está relacionado às diferentes dimensões das pessoas. � As medidas das pessoas dependem de uma série de fatores... Fatores... Tempo Idade Sexo Etnias Alimentação Clima Padrões Internacionais de medidas antropométricas � Com a internacionalização da economia esta tendência mudou e passou-se a raciocinar em um universo mais amplo. � Hoje na produção de produtos deve-se considerar que os mesmos podem ser utilizados em 50 países diferentes. � Entretanto, com essa abrangência, não existem medidas antropométricas confiáveis. � A maioria das medidas disponíveis é de militares, e apresentam as seguintes limitações: � envolvem somente medidas de homens � são medidas para uma faixa etária entre 18 e 30 anos � critérios utilizados na seleção militar (altura, peso, etc.). Realização das medidas antropométricas � Sempre que possível e economicamente justificável, as medidas devem ser realizadas diretamente tomando-se uma amostra significativa das pessoas que serão usuárias e consumidoras do objeto a ser projetado. � P.ex. no projeto de carteiras escolares. A execução das medidas Definição dos objetivos Definição das medidas Escolha dos métodos de medida Seleção da amostra Execução das medições Apresentação e análise dos resultados 02/09/2013 2 Definição dos objetivos � A definição dos objetivos visa determinar onde e para quê serão utilizadas as medidas antropométricas. � A partir da definição dos objetivos das medidas, outras decisões serão tomadas e que vão influir no modo como serão feitas as medidas. � São decisões tais como: � Uso de antropometria estática, dinâmica ou funcional � Variáveis a serem medidas � Detalhamento ou precisão com que essas medidas serão realizadas. � Antropometria estática � É aquela que se refere ao corpo parado ou com poucos movimentos; é aplicada a objetos sem partes móveis ou com pouco movimento. � Antropometria dinâmica � Mede os alcances dos movimentos; os movimentos de cada uma das partes do corpo são medidos mantendo-se o resto do corpo estático. � Antropometria funcional � Na prática observa-se que cada parte do corpo não se move isoladamente, mas há uma conjugação de diversos movimentos para executar uma dada função. A antropometria funcional baseia-se em medidas obtidas pela observação do corpo como um todo executando tarefas específicas. Definição das medidas � A definição das medidas envolve a descrição dos dois pontos entre os quais estas serão tomadas. � Uma descrição mais detalhada deve conter: � Postura do corpo � Instrumentos antropométricos a serem utilizados � Técnica de medida a ser utilizada � Outras condições (com roupa, sem roupa, calçado, etc). � Cada medida a ser efetuada deve especificar: � Localização � Indica o ponto do corpo que é medido a partir de uma outra referência (piso, assento, superfície vertical ou outro ponto do corpo) � Direção � Indica, por exemplo, se o comprimento do braço é medido na horizontal, vertical ou outra posição � Postura � Indica a posição do corpo (sentado, de pé ereto, relaxado). Medida antropométrica Exemplo de definição precisa: � Medida do comprimento ombro-cotovelo � Medir a distância vertical entre o ombro, acima da articulação do úmero com a escápula, até a parte inferior do cotovelo direito, usando um antropômetro, com a pessoa sentada com o braço pendendo ao lado do corpo e o antebraço estendendo-se horizontalmente. Escolha dos métodos de medida Métodos diretos � Envolvem leituras com instrumentos que entram em contato físico com o organismo. � São os casos de réguas, trenas, fitas métricas, esquadros, paquímetros, transferidores, balanças, dinamômetros e outros instrumentos semelhantes. Métodos indiretos � Geralmente envolvem fotos do corpo ou partes dele contra uma malha quadriculada. � Uma variante dessa técnica é a de traçar o contorno da sombra projetada sobre um anteparo transparente ou translúcido. Seleção da amostra � A amostra de sujeitos a serem medidos, deve ser representativa do universo onde serão apresentados os resultados. Nessa escolha devem ser determinadas: � As características biológicas ou inatas (sexo, biótipo e deficiências físicas); � As características adquiridas pelo treinamento ou pela experiência no trabalho (profissão, esportes, nível de renda e outros). � O tamanho da amostra varia de acordo com a variabilidade da medida e da precisão que se deseja, e pode ser calculado estatisticamente. � Entretanto para a maioria das aplicações em ergonomia, em que não se exigem graus de confiança superiores a 90 ou 95%, amostras de 30 a 50 sujeitos são suficientes. 02/09/2013 3 Medições Para realizar as medidas torna-se conveniente: � Elaborar um roteiro para a tomada de medidas � Confeccionar formulários e desenhos apropriados para suas anotações � Realizar um treinamento prévio das pessoas que executarão as medidas, que compreenda: � Conhecimentos básicos de anatomia humana � Reconhecimento de postura � Identificação dos pontos de medida � Uso correto de instrumentos de medida � Realização de um teste piloto. � O treinamento aplica-se principalmente para grandes amostras, onde muitos medidores estarão envolvidos durante meses de trabalho. Apresentação e análise dos resultados � Geralmente os dados antropométricos para uso do projetista são apresentados na forma gráfica ou na forma tabular. � As tabelas costumam classificar os dados de acordo com o sexo e por percentis. Percentil � Porcentagem de indivíduos da população que possuem uma medida antropométrica de um certo tamanho ou menor que este. � A utilização de percentis é uma forma de dividir uma distribuição normal desde o valor mínimo até o máximo, segundo uma sequência ordenada. Antropometria Fonte: Itiro Iida, 2005 – Tabela DIN 33402 – data 02/06/1981 – Variáveis apresentadas – 54 medidas (9 do corpo em pé, 13 corpo sentado, 22 da mão, 3 do pé e 7 da cabeça). Uso de dados antropométricos Naturalmente é mais rápido e mais econômico usar dados antropométricos já disponíveis na bibliografia, do que fazer levantamentos antropométricos próprios. Mas antes de se utilizar este tipo de solução, deve-se verificar certos fatores que influem nos resultados das medidas, tais como: � O país onde foram tomadas as medidas � Há diferenças étnicas das medidas antropométricas, principalmente nas proporções dos diferentes segmentos corporais. � Tipo de atividade exercida pelas pessoas que foram medidas � Deve-se tomar cuidado quando as medidas se referem às forças armadas, devido ao critério de seleção e a faixa etária desses elementos, que os diferenciam da população em geral. � Faixa etária � As medidas variam continuamente com a idade. � Época � As medidas antropométricas dos povos evoluem com o tempo. � Condições especiais � Referem-se às condições em que as medidas foram tomadas, se vestidas, nuas, seminuas, com sapatos, descalças e assim por diante. Princípios para aplicação dos dados antropométricos � As medidas antropométricas geralmente são representadas pela média e desvio padrão. � A média corresponde simplesmente à média aritmética dessas medidas encontradas numa certa amostra de pessoas. � O desvio padrão representa o grau de variabilidade dessa medida dentro da amostra escolhida. 02/09/2013 4 Princípios para aplicação dos dados antropométricos • Circunstâncias nas quais equipamentos feitos para pessoas médias não são satisfatórios. • P. ex. saídas de emergência. • Equipamentos podem ter certas medidas ajustáveis para se acomodar melhor seus usuários. • P. ex. cintos com furos. • Considerando a média dos valores antropométricos observados. • P. ex. banco de jardim. • Produtos projetados especificamente para um indivíduo. • P. ex. aparelhos ortopédicos ou pessoas com o pé maior que o tamanho 44. 4º Princípio Projeto para o indivíduo 1º Princípio Projeto para o tipo médio 2º Princípio Projeto para indivíduos extremos 3º Princípio Projeto para faixas da população Considerações sobre a aplicação dos critérios � Quanto mais padronizado for o produto, menores são os seus custos de produção e de estoques, o que significa dizer que é mais econômico aplicar o primeiro e/ou o segundo princípio. � No caso em que há predominância de homens ou de mulheres, deve- se adotar, de preferências as medidas do sexo predominante. Antropometria: Espaço de trabalho � Espaço de trabalho é um espaço imaginário, necessário para o organismo realizar os movimentos requeridos por um trabalho. � Com o trabalhador em pé ou sentado, realizando movimentos maiores com os membros do que com o corpo. Antropometria: Espaço de trabalho Postura Fator que mais influi no dimensionamento do espaço de trabalho. Tipo de atividade manual Influencia nos limites do espaço de trabalho. Trabalhos que exijam ações de agarramento com o centro das mãos, como no caso de alavancas ou registros, devem ficar mais próximas do operador do que as tarefas que exijam a atuação apenas das pontas dos dedos, como pressionar um botão. Vestuário O vestuário pode tanto aumentar o volume ocupado pelas pessoas, como limitar os seus movimentos. Antropometria: Superfícies horizontais Alcance sobre a mesa � A área de alcance ótimo sobre a mesa pode ser traçada, girando-se os antebraços em torno dos cotovelos com os braços caídos normalmente. Estes descreverão um arco com raio de 35 a 45 cm. � A parte central, situada em frente ao corpo, formada pela interseção dos dois arcos, será a área ótima para se usar as duas mãos. � A área de alcance máximo é obtida fazendo-se girar os braços estendidos em torno do ombro. � A faixa situada entre o alcance máximo e a área ótima deve ser usada para a colocação de peças a serem usadas para tarefas menos frequentes ou de menor precisão (como montagem, por exemplo). Tarefas com muita frequência e com exigência de precisão devem ser executadas na área ótima. Antropometria: Superfícies horizontais 02/09/2013 5 Antropometria: Superfícies horizontais Altura da mesa para trabalho sentado Altura do cotovelo Altura dos olhos Tipo de trabalho a ser executado Antropometria: Superfícies horizontais Altura da mesa para trabalho sentado � A altura do cotovelo e dos olhos depende da altura do assento. � A altura do assento = altura poplítea � A altura do assento + altura do cotovelo acima do assento = altura da mesa � A altura final da superfície de trabalho será definida pelo compromisso entre a melhor altura para as mãos e a melhor posição para os olhos, que acaba determinando a postura da cabeça e do tronco. � A altura correta das mãos e do foco visual depende da tarefa, dimensões corporais e preferências individuais. Muitas tarefas exigem acompanhamento visual dos movimentos manuais. Antropometria: Superfícies horizontais Altura da mesa para trabalho sentado Antropometria: Superfícies horizontais Altura da mesa para trabalho sentado � Em princípio uma superfície baixa é melhor, porque os braços não precisam ser erguidos e, nesta posição é mais fácil aplicar forças. � Por outro lado, as superfícies mais altas permitem uma melhor visualização do trabalho, sem necessidade de curvar-se para frente. Antropometria: Superfícies horizontais Altura da mesa para trabalho em pé � Da altura do cotovelo � Tipo de trabalho a ser executado. Antropometria: Superfícies horizontais � Altura da mesa para trabalho em pé 02/09/2013 6 Antropometria: Assentos Homo- sapiens Homo- erectus Homo- sedens Antropometria: Assentos Suporte para o peso do tronco Antropometria: Assentos Suporte para o peso do tronco � Em apenas 25 cm2 de superfície da pele sob essas tuberosidades concentram-se 75% do peso total do corpo sentado. Antropometria: Assentos Suporte para o peso do tronco � Atualmente as características recomendadas para assentos são: estofado, pouco espesso, colocado sobre uma base rígida que não afunde com o peso do corpo. � Essas características ajudam a distribuir a pressão, além de proporcionar maior estabilidade ao corpo, contribuindo para a redução do desconforto e da fadiga. Antropometria: Assentos • Existe um assento mais adequado para cada tipo de função • As dimensões do assento devem ser adequadas às dimensões antropométricas do usuário • O assento deve permitir variações de postura • O encosto deve ajudar no relaxamento • Assento e mesa formam um conjunto integrado Princípios gerais sobre os assentos Antropometria: Assentos Existe um assento mais adequado para cada tipo de função � Os braços ajudam a suportar o peso do tronco e dos membros superiores e auxiliam nas mudanças de posturas e servem como apoio na hora de se levantar. � Devem ser curtos para permitir que a cadeira possa aproximar-se da mesa. 02/09/2013 7 Antropometria: Assentos As dimensões do assento devem ser adequadas às dimensões antropométricas do usuário � A dimensão antropométrica crítica é a altura poplítea, que determina a altura do assento. � A largura do assento deve ser adequada à largura torácica do usuário. � O comprimento deve ser tal que a borda do assento fique pelo menos 2 cm afastada da parte interna da perna. Antropometria: Assentos As dimensões do assento devem ser adequadas às dimensões antropométricas do usuário Antropometria: Assentos O assento deve permitir variações de postura � Servem para aliviar as pressões sobre os discos vertebrais e as tensões dos músculos dorsais de sustentação, reduzindo-se a fadiga. � Colocar apoio para os pés, com duas ou três alturas diferentes, para facilitar as mudanças de posturas. � Outra possibilidade é fazer o encosto móvel, para que a pessoa possa reclinar-se para trás, periodicamente, a fim de aliviar a fadiga. Antropometria: Assentos O encosto deve ajudar no relaxamento � Apoio para a região lombar, na altura do abdome (mais precisamente entre a 2a e 5a vértebras lombares). � É necessário um espaço vazio de 10 a 20 cm entre o assento e o encosto. � O encosto deve ter uma altura de 30 cm, somando-se a isto o espaço vazio (entre 10 e 20 cm), a altura total oscila entre 40 e 50 cm. Antropometria: Assentos Assento e mesa formam um conjunto integrado � Entre o assento e a mesa deve haver espaço para acomodar os membros inferiores. � A largura mínima desse espaço é de 60 cm. � A profundidade deve ser de, pelo menos 40 cm na parte superior e 100 cm na parte inferior. � Para acomodar as coxas é necessária uma altura mínima de 20 cm entre assento e parte inferior da mesa. Antropometria: Assentos � Grandjean e Hüting (1977) observaram 378 pessoas trabalhando em um escritório e constataram que em apenas 33% dos casos as pessoas mantêm a postura ereta, ocupando toda a área do assento. � Mais frequentes se o assento for desconfortável ou inadequado para o trabalho, chegando a haver 83 mudanças de postura por hora. ENG PROD_PE_ERG HIG SEG TRAB_CELINA CORDEIRO2013.2.doc Universidade Salgado de Oliveira - Pró-Reitoria Acadêmica Direção Acadêmica – Campus RECIFE - Plano de Ensino Curso: Engenharia de Produção Disciplina: 6406 Ergonomia, Higiene e Segurança do Trabalho Turma: N2 Período: 4º Carga Horária: 60h Nº de aulas programadas: 60 Professor: Celina Cordeiro de Carvalho Semestre/ano: 2º/2013 Pré-requisito: Ementa: Ergonomia: Abordagem e Pesquisa; Organismo Humano e Biomecânica Ocupacional; Antropometria: Medidas e Aplicações; Postos de Trabalho, Manejos e Controle; Condições Ambientais; Fatores Humanos, Organização e Segurança do Trabalho; Ergonomia do Produto, na Industria, nos Serviços e na Vida Diária; Introdução a Higiene do Trabalho; Acidentes; Risco e Legislação e Normas Regulamentadora. Objetivos: Transmitir ao aluno uma visão panorâmica e didática da ergonomia e da legislação sobre higiene e segurança do trabalho, bem como capacitar o desenvolvimento de uma mentalidade de prevenção e responsabilidade aos futuros profissionais de engenharia. Objetivos Específicos: Mostrar ao aluno a importância da ergonomia e higiene e segurança do trabalho que gira em torno do profissional da área de engenharia. Delineando os postos de trabalho às capacidades e limitações humanas. Trabalhos Discente Efetivo (TDE): Pesquisas bibliográficas e on line sobre temas de aplicação da Ergonomia, Higiene e Segurança do Trabalho; Resenha de um artigo científico sobre Antropometria; Visita técnica de observacional sobre as Condições Ambientais; e Estudo de caso sobre Legislação e Normas Regulamentadoras (12h). Procedimentos de Avaliação (MIA): o aluno será submetido a três avaliações no semestre, que constarão de: a) V1 = verificação do conhecimento de toda matéria dada até a data da prova (valor de 0 a 10); b) VT = verificação de trabalhos individuais ou em grupo, seminários, debates, etc. (valor de 0 a 10); c) V2 = verificação de toda a matéria ministrada no semestre (valor de 0 a 10). A média do semestre (MS) que deverá ser igual ou superior a 4,0, será apurada da seguinte forma: a) (V1*2+VT+V2*2)/5=MS; b) Se o aproveitamento na MS for igual ou superior a 7,0, o aluno será aprovado sem necessidade de efetuar a Verificação Suplementar (VS); c) Se a MS for igual ou superior a 4,0 e inferior a 7,0, o aluno será submetido à VS. A VS deverá ter valor igual ou superior a 5,0. Em qualquer caso, o aluno deverá ter o mínimo de 70% de freqüência. Bibliografia Básica: 1. BARBOSA FILHO, A. N. Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental. São Paulo: Atlas, 2001. 2. DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia Prática. São Paulo: Edgard Blücher , 2001. 3. MICHEL, O. Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais. São Paulo: LTR, 2001. Bibliografia Complementar: 1. IIDA, I. Ergonomia Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blücher , 2003. 2. GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia: Adaptando o Trabalho ao Homem. Porto Alegre: Bookman, 1998. 3. GONÇALVES, E. A. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. SãoPaulo: LTR. 4. MINICUCC, A.; OLIVEIRA, C. L. Prática da Qualidade da Segurança no Trabalho: Uma Experiência Brasileira. São Paulo: LTR. Semana Data Nº Aulas Conteúdo Programático Procedimentos de Ensino 1 05 /08 3 Apresentação da disciplina Apresentação da disciplina e da programação das atividades do semestre (plano de ensino, cronograma, sistema de avaliação, atividades de VT). 2 12 /08 3 Ergonomia – Abordagem e Pesquisa: Conceitos, otimização e desenvolvimento de sistemas. Pesquisa em ergonomia. Aula expostiva/dialogada com uso de lousa e data-show. TDE: Pesquisa on line sobre Ergonomia. 3 19 /08 3 Organismo Humano e Biomecânica Ocupacional: O organismo humano e suas funções neuromuscular, metabólicas e sensoriais. Análise das posturas corporais. Levantamento e transporte de cargas. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. 4 26 /08 3 Antropometria – Medidas e Aplicações: Diferenças individuais, etnias e evolução. Medidas antropométricas. Usos e critérios para aplicações de dados antropométricos. O espaço de trabalho. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. TDE: Resenha de um artigo científico sobre Antropometria. 5 02 /09 3 Postos de Trabalho, Manejos e Controle: Análise de tarefa. Arranjo físico e dimensionamento de posto de trabalho. Movimentos de manejos e controle. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. 6 09 /09 3 Condições Ambientais: Temperatura, ruídos, vibrações e agentes químicos. Fotometria e efeitos fisiológicos da Iluminação. Planejamento da Iluminação. Característica e planejamento das cores. Aula expostiva/dialogada com uso de lousa e data-show. TDE: Visita técnica. 7 16 /09 3 Fatores Humanos, Organização e Segurança do Trabalho: Adaptações do trabalho. Monotonia, fadiga e motivação. Influência da idade, sexo e deficiências físicas. Humanização do trabalho. Seleção e treinamento. O erro humano. Segurança na indústria. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. 8 23 /09 3 V1 Prova escrita: avaliação do conteúdo teórico. 9 30 /09 3 Discussão, correção e entregados resultados de V1. Correção coletiva: Discussão do processo de avaliação e esclarecimento das questões da V1. 10 07 /10 3 Ergonomia do Produto, nas Indústrias, nos Serviços e na Vida Diária: Adaptação ergonômica de produtos. O processo de desenvolvimento de produtos. Treinamento industrial. Ergonomia nos setores de serviços, transporte e atividades domésticas. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. 11 14 /10 3 Introdução à Higiene e Segurança do Trabalho: Histórico do prevencionismo. Aspectos humanos, sociais e econômicos dos acidentes de trabalho. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. TDE: Pesquisa on line sobre Higiene e Segurança do Trabalho. 12 21 /10 3 Acidentes: Conceitos e classificação. Causa de acidentes. Consequências do acidente. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. 13 28 /10 3 Riscos: Riscos decorrentes de agentes físicos. Riscos decorrentes de agentes químicos. Riscos decorrentes de agentes biológicos. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. 14 04 /11 3 VT – apresentação de casos clínicos. Apresentação em grupos de protocolos de tratamento das situações estabelecidas (5,0 pontos). 15 11 /11 3 Legislação e Normas Regulamentadoras: Entidades públicas e privadas. Consolidação das leis trabalhistas. Normas regulamentadoras. Aula expositiva/dialogada com uso de lousa e data-show. TDE: Estudo de caso sobre o tema de aula. 16 18 /11 3 Revisão. Aula dialogada com uso de lousa e data-show. 17 25 /11 3 V2 Prova escrita: avaliação do conteúdo teórico. 18 02 /12 3 Discussão, correção e entregados resultados de V2. 2ª chamada Correção coletiva: Discussão do processo de avaliação e esclarecimento das questões da V2. Prova teórica: avaliação para os alunos que não realizaram prova teórica aplicada durante o semestre. 19 09 /12 3 Discussão, correção e entregados resultados de 2ª chamada. VS Correção coletiva: Discussão do processo de avaliação e esclarecimento das questões da 2ª chamada. Prova teórica: avaliação do conteúdo apreendido durante todo o semestre. 20 16 /12 3 Discussão, correção e entregados resultados de VS. Correção coletiva: Discussão do processo de avaliação e esclarecimento das questões da VS. _________________________ Gestor do Curso _____/_____/______ Data _________________________ Representante de Turma _____/_____/______ Data �PAGE � �PAGE �3�