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Instalações e Equipamentos Unidade 5: Os requisitos básicos na construção de galpões são a simplicidade, execução rápida, seguro e durável, baixo custo, que permita um manejo eficiente e o condicionamento térmico natural. Normalmente, os galpões podem receber diferentes focos construtivos, dependendo do grau de tecnificação e do segmento de produção. Assim, galpões de aves de corte podem-se diferenciar dos empregados em aves de postura comerciais, como estes diferirão daqueles utilizados no segmento de ovos férteis. De modo geral, o que buscamos é o conforto da ave durante a criação. Ambiência A evolução nos programas de melhoramento genético de aves comerciais levou ao surgimento de linhagens mais produtivas. O grande desafio é dominar o dinamismo da genética, que tornou as aves muito mais exigentes, principalmente, sob os aspectos nutricional e ambiental, sendo necessário modernizar as práticas de manejo em instalações cada vez mais automatizadas, com ambiente controlado e maior número de aves por área. Fatores ambientais externos e o microclima dentro das instalações exercem efeitos diretos e indiretos sobre a produção das aves em todas as fases de produção, acarretando redução na produtividade, com consequentes prejuízos econômicos. Esse ramo, conhecido por ambiência, é definido como o conforto baseada no contexto ambiental, quando se analisa as características de meio ambiente em função da zona de conforto térmico, associado a características fisiológicas que atuam na regulação da temperatura interna da ave. A ambiência também leva em conta o bem-estar dos animais, através da redução de fatores estressantes como densidade animal, conforto e ausência de poluição sonora e ambiental. As aves são animais homeotérmicos, portanto mantêm a temperatura corporal dentro de certos limites relativamente estreitos, mesmo que a temperatura ambiente flutue e que sua atividade varie intensamente. A troca de energia térmica da ave se dá por meio de calor sensível, através da condução, convecção e radiação. Radiação é a transferência de energia térmica de um corpo a outro, através de ondas eletromagnéticas. Condução é o mecanismo de transferência de energia térmica entre corpos e entre partes de um mesmo corpo. O animal ganha ou perde calor por condução através de contato direto com substâncias frias ou quentes, incluindo o ar, a água e materiais sólidos. Convecção é a perda de calor através de uma corrente de fluído (líquido ou gasoso), que absorve energia térmica em um dado local e que, então, se desloca para outro local, onde se mistura com porções mais frias do fluído e para elas transfere a energia. A ventilação favorece as perdas de calor entre as aves e o ambiente. Instalações Existem, atualmente, diferentes modelos de aviários de norte a sul do país. Encontramos aviários convencionais, semiautomatizados, automatizados e os climatizados. Dependendo da região e do grau de tecnificação, o custo de um aviário pode ser o dobro de um outro ou até mais. Aviários convencionais: são os mais antigos, de instalações simples, com cobertura de telha de barro ou fibrocimento, de equipamentos normais e baratos, geralmente manejados pelos próprios proprietários. Apresentaram sucesso de produção e lucratividade em épocas anterior, onde a avicultura não era tão competitiva, se bem manejado, ainda geram excelentes resultados. São usados com êxito em zonas tropicais, como galpão aberto. As vantagens deste tipo de galpão é que requer menor capital e equipamento e ainda, a ventilação não depende da fonte de eletricidade. As desvantagens são a dificuldade de controlar a maturidade sexual do lote, roedores e fatores que possam propagar doenças. Aviários semiautomatizados: são modelos convencionais, mas com algum tipo de tecnologia, ou seja, painéis que controlam a ventilação, nebulização, bebedouro nipple e comedouros automático e até o sistema de aquecimento. Aviários automatizados: trata-se de instalações modernas, muitas delas com telhados isolantes, ventilação tipo túnel, equipamentos totalmente automáticos, controlados por painéis eletrônicos. Aviários climatizados: os aviários climatizados tratam-se de galpões de ambiente controlado, que são muito bons durante o período de recria, porque facilitam o controle da maturidade sexual. Todos os galpões devem ser construídos de modo que possam ser limpos e desinfetado de maneira fácil e completa. Milhares de aves comerciais já se encontram alojadas em instalações modernas nos mercados nacionais e internacionais, com as seguintes características: alta densidade de alojamento; necessidade de pouco espaço físico; redução do percentual de ovos não aproveitáveis; menor custo de mão de obra; menor desperdício de ração; maior controle dos fatores ambientais e maior competitividade no mercado. Porém, estas instalações exigem maior custo de implantação e grandes lotes de reposição e há dificuldade no manejo de dejetos, controle sanitário e adaptabilidade das aves. Os tipos de instalações avícolas para aves de corte, postura e matrizes modificaram- se muito nos últimos dez anos. Os antigos galpões avícolas, fechados ou com muretas laterais de 0,60m ou mais de altura (própria de climas temperados), foram substituídos por instalações totalmente abertas e leves, pés direitos mais elevados, materiais de melhor comportamento térmico, etc. Simultaneamente, a partir da metade da década de 90, o acondicionamento térmico ambiente por meio natural e artificial passaram a compor o projeto dos aviários, quando também se iniciaram os primeiros galpões ventilados com sistema de ventilação negativa em modo túnel. O padrão atual contempla dois tipos dominantes e semi-climatizados: a) aviários abertos, com sistema de ventilação positiva em modo túnel e lateral; b) abertos, com sistema de ventilação negativa em modo túnel. O resfriamento, geralmente, ocorre por via evaporativa com uso de materiais porosos ou nebulizadores. Principais características construtivas Localização: a escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar os processos construtivos, de conforto térmico e sanitários. O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a insolação no interior da edificação. Ambiente climatizado Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Orientação: os galpões devem ser construídos com o seu eixo longitudinal orientado no sentido leste-oeste. Nessa posição, nas horas mais quentes do dia, a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pelo aviário será a menor possível. Disposição dos galpões: o afastamento entre galpões deve ser suficiente para que uns não atuem como barreira à ventilação natural de outros. Recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da construção para os dois primeiros galpões e 20 a 25 vezes essa altura do segundo galpão em diante. Dimensões: existe uma tendência mundial de se construir galpões com 12 m de largura x 100 m de comprimento. Para a largura de 12 m, o pé-direito ideal é de cerca de 4 m, tendo em vista o acondicionamento natural desejável para climas quentes, principalmente, se associado à presença do lanternin. Não se recomenda construir galpões com mais de 200m de comprimento. Além disso, é aconselhado fazer divisórias internas ao longo do aviário para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. O piso é importante para proteger o interior do aviário contra a entrada de umidade e facilitar o manejo. Este deve ser de material lavável, impermeável, não liso, com espessura de 6 a 8cm de concreto no traço 1:4:8 (cimento, areia e brita) ou 1:10 (cimento e cascalho), revestido com 2cm de espessura de argamassa 1:4 (cimento e areia). Pode ser construído em tijolo deitado, que apresenta boas condições de isolamento térmico. Deverá ter inclinação transversal de 2% do centro para as extremidades do aviário para facilitar a lavagem do galpão. Beiral: tem função de sombrear o ambiente próximo ao galpão, principalmente no período quente do dia, além de proteger o interior do galpão da água das chuvas. De maneira geral, recomendam-se beirais de 1,5 a 2,5m, de acordo com o pé-direito. Mureta: a altura da mureta de 20cm tem se mostrado satisfatória, pois permite a entrada de ar ao nível das aves e não evita a entrada de água da chuva e que a cama seja jogada para fora do aviário. Entre a mureta e o telhado deve ser colocado tela. A tela tem a finalidade de proteger a cortina e evitar a entrada de pássaros, que, além de trazerem enfermidades, poderão consumir ração das aves. A malha da tela deve ser de 2,5 cm, fio 16. Aviário construído na orientação leste-oeste Detalhe do beiral Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Detalhe da mureta Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Cortinas: as cortinas poderão ser de plástico especial trançado ou lona, confeccionadas em fibras diversas, porosas para permitirem a troca gasosa com o exterior, funcionando apenas como quebra-vento, sem capacidade de isolamento térmico. Devem ser fixadas para possibilitar ventilação diferenciada para condição de inverno e verão. Para atender ambas situações, é ideal que seja fixada a dois terços da altura do pé direito e que seja aberta das extremidades para o ponto de fixação. Oitões: as paredes das extremidades do aviário, conhecidas como oitões, devem ser fechadas até o teto. Para climas quentes, que não possuem correntes de ventos provindas do sul, recomenda-se que os oitões sejam de tela como nas laterais e providos de cortinas. Os oitões devem ser protegidos do sol nascente e poente, pintando as paredes com cores claras, sombreando-os por meio de vegetação, beirais ou sombrites. Dependendo da região, os oitões podem ser de madeira, telhas onduladas, fibra de vidro, lâminas de isopor ou alvenaria. Cobertura: esta parte tem tido grande importância por reduzir a carga térmica radiante do sol. Nas regiões tropicais, onde a intensidade de radiação é alta em quase todo o ano, recomenda-se escolher telhado de grande resistência térmica, como o sapé ou a telha cerâmica. Contudo, por comodidade e economia, é comum o emprego de telhas de cimento amianto, que é material de baixo conforto para as aves. O telhado pode ser de telhas de cimento amianto, que são de fácil colocação e necessitam de menor madeiramento, desde que recebam material para melhorar a sua eficiência térmica, como isolantes (forro), pinturas refletoras, aspersão. O forro atua como uma segunda barreira física, a qual permite a formação de uma camada de ar móvel junto à cobertura. Nas pinturas, buscamos a reflexividade solar da cor branca da parte superior e a preta, da parte interna do material de cobertura. Para regiões quentes, utilizar telhas com isolamento térmico, como o poliuretano, telhas cerâmicas ou telhas de fibrocimento, pintadas com tinta acrílica branca. No entanto, em termos de conforto térmico, a telha de cerâmica ainda é a mais indicada. Lanternim: é a abertura na parte superior do telhado. Permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão, resultando em ambiente confortável. Este deve permitir abertura mínima de 10% da largura do aviário. O aviário ainda deverá ter portas nas extremidades para facilitar, ao avicultor, o fluxo interno e as práticas de manejo. Estas devem ter pedilúvio fixo, que ultrapasse a largura das portas em 40cm de cada lado, largura de 1m e profundidade de 5 a 10cm. Para facilitar o carregamento de aves, a carga nova e a descarga de cama velha, é conveniente também a instalação de uma porta em cada extremidade do aviário, que permita a entrada de um veículo ou trator. Sistema de acondicionamento térmico artificial Vários são os tipos de sistemas de acondicionamento térmico artificiais, possíveis de uso em galpão avícola aberto. No entanto, para o emprego desses sistemas, é conveniente Oitão de um aviário Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Cobertura de telhas de cerâmica (barro) Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Vista frontal de um galpão com lanternim que a instalação atenda às recomendações do acondicionamento térmico natural, tais como aquelas relativas à localização, orientação, paisagismo circundante e aspectos arquitetônicos. Ventilação forçada: a ventilação forçada simples corresponde ao sistema mais comum de acondicionamento térmico artificial, utilizado na avicultura brasileira. A ventilação mecânica ou forçada, além de ser independente das condições atmosféricas, apresenta as vantagens de possibilitar o tratamento do ar (filtração, umidificação, etc.) e sua melhor distribuição. Geralmente, existe dois tipos de ventilação forçada, o sistema de ventilação positiva e o negativo. Sistema de ventilação de pressão positiva ou diluidora – neste sistema, os ventiladores forçam o ar externo para dentro da instalação, com aumento de pressão do ar. O gradiente de pressão interno-externo, assim gerado, movimenta por sua vez o ar interno para fora. É o sistema mais usado nas instalações avícolas. Sistema de ventilação positiva lateral: neste sistema os ventiladores usados nos galpões avícolas abertos devem ser dispostos na lateral desses galpões, de forma a promover o fluxo do ar no sentido da largura do galpão, succionando o ar fresco do exterior, injetando- o para o interior e expulsando o ar viciado pelo lado posterior. Além deste, o sistema de ventilação positivo pode ser associado à nebulização. Sistema de ventilação positiva em modo túnel: quando se deseja um maior controle e uniformidade da ventilação positiva, pode-se usar a ventilação em modo túnel. A ventilação em túnel consiste em possibilitar a entrada de ar por uma das extremidades do galpão e sua exaustão pela extremidade oposta, estando as laterais do galpão totalmente fechadas. Em regiões extremamente quentes, a ventilação simples, natural ou artificial, pode ser insuficiente para promover o arrefecimento de temperatura do ar. Quando isso ocorre, a temperatura interna das instalações costuma ser tão elevada que se torna necessário promover o pré-resfriamento do ar que entra no galpão. Uma das forma mais eficientes de resfriamento do ar que pode ser adotada em instalações abertas ou fechadas é o resfriamento adiabático evaporativo, o qual possibilita uma redução substancial da temperatura do ar, em media de 6 ºC nas condições brasileiras. O processo de resfriamento consiste em forçar a passagem do ar por material poroso umedecido por gotejador de água, utilizando para isto um ventilador. Com esse processo, o ar externo é resfriado antes de ser conduzido, por ventilação, ao interior do galpão. Sistema de ventilação positiva associado a nebulização: o sistema de nebulização consiste na formação de gotículas extremamente pequenas, que aumenta muito a superfície de uma gota dágua exposta ao ar, o que assegura evaporação mais rápida. A nebulização, associada ao movimento do ar ocasionado pelo ventilador, acelera a evaporação e evita que a pulverização ocorra em um único lugar, molhando a cama. Ao passar do estado líquido para o gasoso, a água retira do ambiente aproximadamente 584 kcal para cada kg de água evaporada, dependendo da temperatura. Na prática, poderíamos reduzir em cerca de 6 ºC com 5 min de uso dos nebulizadores. Além deste, o sistema de ventilação positiva pode ser associado com nebulizadores em modo túnel. Sistema de ventilação de pressão negativa ou exaustora – este sistema força a saída do ar, criando um vácuo parcial na instalação. Por sua vez, a diferença de pressão do ar, assim gerado entre o interior e o exterior do galpão, succiona o ar externo para o interior da Fonte: Manual de frango e corte AgRoss instalação. Esse é o sistema de ventilação mais comum para incubatórios e/ou galpões climatizados. A principal forma de admissão são os galpões climatizados com uso de ventilação negativa. O galpão climatizado é um sistema totalmente automatizado, que se utiliza de ventilação negativa para geração de um túnel de vento. Em um dos processos de climatização, nas extremidades laterais de uma das cabeceiras do galpão, são dispostas aberturas nas quais é instalado um sistema de placas evaporativas para resfriamento do ar que entra no alojamento. Na extremidade oposta devem ser colocados exaustores de todo o ar do galpão a cada min. Assim, com o sistema em funcionamento, o ar é succionado por uma das extremidades, percorre todo o galpão e sai através dos exaustores, na extremidade oposta. Equipamentos Os equipamentos necessários para o galpão de criação de aves constam, essencialmente, de comedouros, bebedouros, campânulas e círculos de proteção. Outros equipamentos e acessórios ao bom manejo são gaiolas e ninhos, debicador, bomba de pulverização, caixas para transporte dos frangos e trator com reboque ou camioneta para transporte de rações e outros serviços. É importante lembrar que os equipamentos necessários à criação de poedeiras comerciais e à produção de pintos de um dia em fases de crescimento serão idênticos aos equipamentos requeridos na criação de frangos. No incubatório, serão necessárias máquinas de incubação, câmaras de eclosão, incinerador e caixas para transporte dos pintinhos, além de outros equipamentos menores, como ovoscópio para exame de ovos, tanque de lavagem, carrinhos transportadores de ovos, equipamento de limpeza e desinfecção. É necessário também uma ou mais camionetas para entrega de pintinhos, equipadas com renovação de ar. Campânulas: existem vários tipos de campânulas, quanto à forma e fonte de energia. No Brasil, as mais econômicas são as aquecidas a gás, já que a eletricidade ainda é muito cara. As que usam carvão como fonte de calor devem ser evitadas, pois expelem gases (CO2) tóxicos aos pintinhos. As campânulas a gás são fabricadas, geralmente com capacidade para 500 pintos. Círculo de proteção: Os círculos de proteção circundarão cada campânula para evitar que os pintinhos escapem para fora da área aquecida e como proteção contra as correntes de ar. São, na verdade, uma parede divisória de 40 a 60cm de altura feita, normalmente, com fibra de madeira prensada (eucatex, duratex). Este círculo de proteção será desmontável e estará situado a aproximadamente 60cm de distância da borda da campânula nos primeiros dias. Tipo de comedouros: A principal função dos comedouros é o fornecimento de ração, além de facilitar o consumo e diminuir ou evitar o desperdício. Existem vários tipos de comedouros, considerando a idade da ave, seu funcionamento e o grau de tecnologia empregado. Para pintinhos, usa-se, geralmente, o comedouro de bandeja. Para frangos, após as primeiras duas semanas dispomos de comedouros tubulares e automáticos. Comedouro tipo bandeja: utilizados para fornecer alimento a aves jovens (pintinhos), são recipientes rasos, de madeira ou zinco, nas dimensões de 50 x 65cm e com uma borda com 1cm de altura. Uma bandeja é suficiente para cada 100 pintos nos primeiros dias de vida. Neste tipo de comedouro, usado nos 10 primeiros dias, é necessário peneirar a ração diariamente, pois os pintos defecam sobre ela. Círculo de proteção em funcionamento Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Comedouro tubular: também chamado de semi- automático, são constituídos por um prato e um depósito de ração na forma de cone ou cilíndro. Este depósito, normalmente, pode armazenar ração suficiente para dois dias, já que a ração desce sob pressão e mantém o prato do comedouro sempre cheio. Um comedouro com 1,20m de circunferência é o suficiente para 20 a 30 frangos desde o 11º dia de idade até o abate. De preferência, distribuí-los em fileiras com equidistância de dois metros um do outro, alternado por bebedouro. O principal ponto para ajustar o nível de ração no prato é o volume de ração que colocamos no tubo. Como regra geral para manejo de comedouros, na primeira semana os pratos devem estar com 80 a 90% de sua capacidade, reduzindo de modo que, na última semana tenhamos um mínimo de ração no prato, suficiente para manter o consumo sem desperdício. Comedouro automático ou mecânico: existe e m duas formas básicas, uma de corrente aberta dentro de comedouros lineares e outra de tubos, que transportam a ração para comedouros tubulares. O comedouro mecânico de corrente consta de um depósito de ração central e de um motor que aciona uma corrente com elos transportadores, que conduzem a ração através do comedouro linear em circuito fechado por dentro de todo o galpão. Já o comedouro automático tubular conduz a ração por correntes transportadoras dentro de tubos aéreos que desembocam diretamente no depósito dos comedouros tubulares, estrategicamente dispostos dentro do galpão. Ao decidirmos se vamos instalar comedouros mecânicos automáticos ou comedouros tubulares, devemos sempre analisar o custo inicial de cada um dos sistemas e comparar com a economia da mão-de-obra no caso dos automáticos. Quanto à altura dos comedouros, temos que nos preocupar, pois antigamente trabalhávamos com pratos na altura do dorso das aves e, atualmente se sabe que quanto mais alto o comedouro, maior a tendência de aumento na conversão alimentar e menor o ganho de peso. Recomenda-se colocar os comedouros à altura imediatamente abaixo do papo das aves. Comedouros tipo helicoidal (rosca flexível): este comedouro possui bandejas semelhantes aos comedouros tubulares, as quais são abastecidas automaticamente, através de espiral que, por meio de um tubo, conduz a ração diretamente às bandejas. Capacidade de 20 a 30 aves. Tipo de bebedouros: Comedouro tubular Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Comedouro automático Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Os bebedouros são equipamentos que merecem receber a maior atenção, já que a composição do peso corporal das aves é fundamentalmente água (85% nos primeiros dias). Além disso, a água pode determinar o maior ou menor consumo de alimento. Essencialmente, existem três tipos de bebedouros encontrados no mercado: bebedouro infantil (de pintinhos), bebedouro pendular e nipple. Bebedouro copo pressão: os bebedouros para pintinhos nas duas primeiras semanas de vida são em geral do tipo “copo pressão”, com prato e copo invertido. A capacidade de armazenamento de água deste bebedouro de 3 a 4 litros, suficiente para 100 pintos. Esse tipo de bebedouro tem sido pouco usado em escala industrial, mais ainda, são úteis em pequenas propriedades. Bebedouro pendular: tem sido um dos mais utilizados na prática. O manejo dos bebedouros pendulares envolve pelo menos três pontos fundamentais: nível de água, altura e número de vezes que a água deve ser trocada e o bebedouro lavado. Nos primeiros dias de vida dos pintos, devemos regular o nível de água para que atinja pelo menos 50% da capacidade para facilitar o consumo de água. A regulagem da altura, no início, deve ser o suficiente para não se encostar ao chão e, à medida que a ave vai crescendo este ajuste é fundamental em função do modo com que a ave ingere água, ou seja, recolhe determinada quantidade no bico, levanta a cabeça e a água desce, fazendo a ingestão. Desta forma, quanto mais baixo o bebedouro, maior a dificuldade para ingestão, maior o desperdício, umidade de cama e maior tempo junto ao bebedouro para beber. A maior vantagem deste tipo de bebedouro é o volume de água que pode oferecer; e a desvantagem pode ser a possibilidade de contaminação da água, além da necessidade de limpeza diária. Bebedouro nipple: bebedouro que vem, atualmente, conquistando espaço no mercado. A vantagem deste bebedouro é uma maior economia de água, redução de mão de obra, qualidade de água e melhor saúde das aves, consequentemente. Recomenda-se de 12 a 15 aves/nipple. No manejo deste bebedouro, três pontos são relevantes: limpeza, altura e pressão. A limpeza do bebedouro deve ser feita semanalmente, ou com maior frequência se a água for de baixa qualidade; quanto à altura do bebedouro, precisamos fazer o melhor possível em termos de regulagem para que as aves possam satisfazer-se da melhor maneira possível; já a pressão do bebedouro nipple expõe vazões diferentes. Acredita-se que no uso de bebedouros nipples com vazão superior a 100 cm3/min, se faz necessário o parador para evitar umidade de cama. Bebedouro Sparkcup: segundo Cony & Zocche (2004), vem sendo usado na Europa um bebedouro que seria uma fusão do bebedouro nipple com o pendular. Entre as vantagens podemos encontrar: cama seca, redução do desperdício de água, bom volume de água, capacidade para abastecer cerca de 35 frangos. Gaiolas de postura: as gaiolas de arame galvanizado medindo (25x45x40cm) com capacidade para abrigar duas poedeiras, podendo alojar apenas uma galinha, considerando melhor área de espaço. Geralmente, quatro compartimentos formando um conjunto de um metro linear de gaiola. As gaiolas devem permitir que o ovo, recém posto, role naturalmente até a borda, facilitando o recolhimento do mesmo. O bebedouro, geralmente Bebedouro copo pressão Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Bebedouro pendular Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Bebedouro nipple Fonte: Prof. Jordão Filho, J. “nipple”, estará sempre localizado de lado oposto ao comedouro para evitar que a água respingue sobre a ração. O comedouro estará mais acima e poderá ser de madeira ou metal, com bordos nas beiras para evitar desperdício de ração. Tipo de ninhos: Ninhos convencionais: foram os primeiros a serem usados na avicultura industrial e ainda hoje são muito utilizados. Permitem bons desempenhos das aves e, como vantagem, apresenta baixo custo de implantação e versatilidade da produção. Ou seja, pode-se agregar maior número de ninhos em aviários com lotação de aves. Como desvantagem, os ninhos convencionais requer 30 a 40% a mais de mão de obra por dúzia de ovos coletado em relação aos ninhos automáticos, além de necessitar de reposição rotineira da cama. Nos ninhos convencionais, pode-se observar características peculiares como dificuldade de limpeza e desinfecção, maiores riscos sanitários, bem como possui problema de coluna que aflige tratadores, devido à postura nas coleta dos ovos. Ninhos automáticos: seu uso depende de fatores, tais como mão de obra, facilidade de manejo e biossegurança. Os tipos de ninhos mecânicos atualmente disponíveis no mercado são: ninhos de abertura individual com correia de coleta lateral; ninhos de abertura individual com correia de coleta central; e ninhos comunitários. Os ninhos automáticos coletivos apresentam-se basicamente em metal ou madeira com forro de plástico, com 2,4m de comprimento e 60cm de largura. As unidades possuem abertura dos dois lados, que não são individualizados. As correias de coleta são centrais ou laterais. As vantagens deste tipo de ninho são: automatização da coleta de ovos, redução da mão de obra e menor risco de problemas sanitários. Por outro lado, os ninhos automatizados apresentam a desvantagem do maior custo de implantação, da necessidade do controle térmico do aviário, devido ao aumento da temperatura de alojamento, manutenção complicada, além da limpeza e desinfecção cuidadosa. Geralmente, são utilizadas cerca de quatro galinhas para cada boca de ninho. Debicador: existem debicadores que cortam e, ao mesmo, tempo cauterizam o corte por meio da lamina quente. Esta lamina cortante e cauterizante é aquecida por um sistema elétrico. De preço razoável, um debicador é fundamental à prática da debicagem e é necessário nas granjas de postura e produção de ovos férteis, por evitar o canibalismo e a seleção da partícula de ração. Caixa de transporte: as caixas para transporte das aves da granja ao abatedouro ou outros manejos dentro da granja são fundamentais. Por medida de higiene, possuem um jogo de caixas em cada granja. Estas caixas serão preferencialmente de plástico, com um alçapão na parte superior, por onde passam as aves. Bomba de pulverização: uma pequena bomba de pulverização movida a gasolina, óleo diesel ou mesmo eletricidade será de grande utilidade nos trabalhos de limpeza e desinfecção dos galpões. Ligada à bomba, teremos uma mangueira de bom comprimento que termine num pico pulverizador capaz de produzir jatos direcionais de grande pressão, para limpeza inicial e finas pulverizações em forma de “spray”, para desinfecção do ambiente e paredes do galpão. Ninhos convencionais Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Caixa de transporte Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Criação com equipamentos definitivos: em criações de frangos de corte, em que se utilizam equipamentos modernos, não são necessários círculos de proteção, pois os pintinhos são contidos nas extremidades do galpão. Os equipamentos utilizados são definitivos, usados do primeiro dia até a saída do lote. Estes são: aquecedor infravermelho com capacidade para 1.000 a 2.500 pintinhos; bebedouro nipple e comedouro automático tipo helicoidal. Prof. José Jordão Filho UFPB virtual Avicultura