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TRABALHO FEITO PARA CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
COMPILAÇÃO DE INFORMAÇÕES PINÇADAS DA INTERNET
O USO DO CONTEÚDO É SUA RESPONSABILIDADE TOTAL
SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 A ESCOLA FRENTE ÀS MUDANÇAS SOCIAIS E EDUCAIONAIS	�
3 O PROFESSOR E A FORMAÇÃO DO SUJEITO ÉTICO-POLÍTICO	5
4 A SOCIEDADE E O ESTADO FRENTE À VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR	6
75 CONCLUSÃO	�
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INTRODUÇÃO
Entre as profissões de destaque na sociedade, poucas enfrentam as transformações sociais e seus novos paradigmas, como a do magistério enfrenta.
Não se pode afirmar que o que se espera de um professor hoje em dia é igual ao que se esperava há uma década. Frente às novas tecnologias, novas mídias e realidades sociais o professor já entra defasado na práxis de ensino, quando comparado com o universo de novos alunos que encontra.
Segundo o professor Eduardo Deschamps:
Até pouco tempo, o bom professor era aquele que exibia um elevado grau de conhecimento de sua matéria aliado a uma grande capacidade de impor disciplina no ambiente escolar. Hoje, existe uma farta disponibilidade de informações nos meios digitais, uma alta conectividade e interatividades e uma nova forma de comportamento baseado na liberdade de expressão (DESCHAMPS, 2012).
De acordo com ele:
As características dos novos alunos exigem que o professor atue como um mediador de conhecimento e do uso da tecnologia para desenvolver habilidades que permitam aos estudantes serem inovadores, éticos, equilibrados emocionalmente e com conhecimentos que levem a seu sucesso profissional e, principalmente, se tornem seres humanos que façam a diferença no mundo. (DESCHAMPS, 2012).
Mas o professor tem essas habilidades? Sua formação atual possibilita adquiri-las? A escola dá suporte ao uso dessas necessárias habilidades?
As respostas, as quais se deseja que sejam favoráveis, encontram-se nas ações de toda a sociedade, engajada como um todo na busca de mudanças na carreira dos profissionais de educação, mudanças estas compatíveis com a dimensão das mudanças sociais. E isso implica em atitudes conscientes e esclarecidas por parte de todos os envolvidos. Discutir num nível básico esses pontos, é o escopo do presente trabalho.
A ESCOLA FRENTE ÀS MUDANÇAS SOCIAIS E EDUCACIONAIS
Não se pode negar que a sociedade e suas instituições passam por mudanças, em ritmo acelerado e – por que não dizer – de maneira desenfreada.
Em todos os grupos e classes sociais a percepção de uma nova realidade instiga ações de enfrentamento. No Brasil o programa de valorização do profissional da educação “Todos Pela Educação” é uma prova dessa nova realidade e das consequentes ações de enfrentamento. Esse movimento disseca em seu portal na internet, através de suas metas e bandeiras, os principais problemas dessa nova realidade e as propostas de soluções. Estimula também o engajamento de todos os potenciais interessados, através das redes sociais, blogs, portais de vídeos e campanhas nos mais diferentes veículos midiáticos.
Ao mesmo tempo, na torrente de iniciativas e ações decorrentes desses movimentos, surgem propostas que explicitam a maneira como as escolas precisam agir para lidar com essas mudanças.
Eduardo Deschamps expõe que:
O Professor de hoje, que frente à tecnologia pode ser classificado como um imigrante digital em comparação à nova geração de alunos que chegam às escolas, que podem ser classificados como nativos digitais, vive a necessidade de transformar sua forma de atuar em sala de aula. Até pouco tempo, o bom professor era aquele que exibia um elevado grau de conhecimento de sua matéria aliado a uma grande capacidade de impor disciplina no ambiente escolar. Hoje, existe uma farta disponibilidade de informações nos meios digitais, uma alta conectividade e interatividade e uma nova forma de comportamento baseado na liberdade de expressão. (DESCHAMPS, 2012).
Esse ponto de vista expressa bem a amplitude e abrangência dos novos desafios que escolas e professores precisam aceitar. A proposta do movimento Todos Pela Educação evidencia essa postura abrangente. Isso é o que se espera de escolas e professores e também da sociedade como um todo, como fica bem evidenciado em pronunciamentos de autoridades e especialistas em educação nos meios midiáticos, nas sessões plenárias do Congresso Nacional, nas manifestações em redes sociais e mecanismos afins.
Enfim, a escola – particularmente – precisa tomar iniciativas por si mesma, através de todas as suas instâncias, como forma de lidar com as mudanças na sociedade e nas práticas do cotidiano escolar.
O PROFESSOR E A FORMAÇÃO DO SUJEITO ÉTICO-POLÍTICO
A escola alçou um patamar além de sua natureza, conforme expõe Dora Leal Rosa:
De fato, o processo de socialização primária da criança tem sido uma tarefa familiar através da qual os pais representam a sociedade, agindo em seu nome com o objetivo de fazer do indivíduo recém-nascido um novo membro dessa sociedade. No entanto, desde a modernidade uma outra instituição social assumiu papel relevante nesse processo de socialização: a escola, locus privilegiado para a educação da criança, tanto na sua dimensão socializadora quanto de preparação para o trabalho (ROSA, 2001).
É também palco de mudanças, no viés das mudanças sociais. O educando, vindo de um contexto social diferenciado, traz a exigência de se tornar um cidadão consciente de seus direitos e deveres, Esse “vir a ser” depende do empenho em fazê-lo capaz de usar seu senso crítico e usar valores morais e éticos.
Educar é tornar o sujeito apto para a vida e esta não é uma tarefa simples. Envolve ensinar a pensar o que é certo e o que não é, fazer escolhas baseando-se em valores próprios e habilidade de julgar, saber pensar, questionar, raciocinar e duvidar. Permite-se o sujeito crítico, capaz de construir seus próprios conceitos e conhecimento.
Nesse sentido o professor precisa se empenhar em fazer os alunos compreenderem que o futuro de todos é fruto do que todos fazem agora. O uso de exemplos do passado e sua influência presente é ferramenta para ensinar esses valores. Pode ainda mostrar que tudo em sociedade tem uma dimensão ética e política e usar uma ferramenta que eles dominam – as redes sociais na internet – como base, mostrando as consequências de se postar algo, por exemplo, sem a devida análise e julgamento prévios.
Não é sem razão que Paulo Freire diz que: “Mulheres e homens, seres histórico-sociais, nos tornamos capazes de comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de refletir, de romper, por tudo isso nos fizemos seres éticos” (FREIRE, 1996). Esse “se tornar” referido por ele tem nos professores uma contribuição imensa. Entretanto é preciso pensar a escola como uma aliada poderosa nesse processo, como Fernanda Santos Bastos propõe ao afirmar que “essa formação e educação moral extrapola o que usualmente se tem na família, igreja e instituições sociais” (BASTOS, 2010). A escola sozinha não pode alcançar essa meta.
a sociedade e o estado frente à valorização do professor
A carreira do magistério tem enfrentado crises sem precedentes nos últimos anos, face às diversas mudanças no cenário profissional e social, com a consequente desmotivação por parte dos atuais e futuros profissionais.
Soluções envolvem ações em todas as esferas sociais, empresariais, políticas e institucionais. Segundo o professor Mozart Neves Ramos “essa valorização passa necessariamente por quatro eixos: ‘salário inicial atraente, plano de carreira, formação inicial e continuada e boas condições de trabalho’ ” (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 1012). Pode-se ainda apontar soluções como inclusão digital para os profissionais da educação, atualização profissional dos docentes, investimentos na formação universitária e muitas outras.
Conforme visto em Todos Pela Educação (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2010), o senador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, apresentou um projeto de lei em 2010 (PL 8.035/10), o qual já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora vai à votação no Senado. Esse projeto cria
o Plano Nacional de Educação – PNE, que prevê dezenas de metas para a valorização do magistério, podendo-se citar entre as principais a melhoria progressiva dos salários até a equiparação com outras categorias, o estabelecimento de prazos para a criação de planos de carreira, a execução de uma política nacional de formação e muitas outras. Essas metas, na opinião de especialistas e dirigentes de classe e segundo o Movimento Todos Pela Educação, “são bem estruturadas e necessárias”.
Todos precisam fazer sua parte. Marcelo Batista de Souza expressa a visão de que “atribuir unicamente aos governantes a responsabilidade pela adoção de uma política nacional de valorização dos professores, será mais uma perda de tempo que a sociedade não pode desperdiçar” (SOUZA, 2012). Porém, isso implica em exigir a participação da sociedade como um todo, abandonando a opinião superada de que o governo é responsável. A proposta do movimento “Todos Pela Educação” evidencia essa postura. Isso é o que se espera de escolas e professores. É preciso haver, por parte de todos os envolvidos na tarefa de educar a consciência que não é uma obrigação exclusiva dos governos ou empresas educacionais. É antes de mais nada um longo e complexo processo que requer a adesão e ação de todos os setores da sociedade, comprometidos com uma educação e formação de qualidade.
CONCLUSÃO
Nota-se, pela realidade observada e no dia a dia da práxis escolar, que o professor e a escola há muito deixaram seus papéis tradicionais. Houve uma extrapolação na sua atuação, onde escola e professores passam atuar também como psicólogos e consultórios psicológicos, respectivamente, face aos muitos problemas trazidos pelos alunos e suas realidades individuais.
Muitas vezes atuando ainda como substitutos dos pais – que transferem à escola e aos professores a tarefa de educar – esses atores do teatro social sofrem as consequências de uma linha de fatos históricos geradores de gerações “perdidas” quanto aos valores morais e éticos ideais, tão necessários ao exercício real de cidadania.
As cobranças por parte da sociedade extrapolam a realidade dos fatos. Pais e alunos, num aparente conluio, parecem eleger as instituições educacionais e os professores como “bodes expiatórios” das falhas cometidas pelos que atuaram nas gerações antecedentes. Porém isso não se pode apreciar como justo perante as causas reais dessas falhas, as quais não se pôde discutir no presente trabalho.
Os desafios são muitos e de natureza dificílima e complexa. Porém, as iniciativas vindas da percepção das novas realidades e das consequentes necessidades de ação, acenam para soluções a médio e longo prazo. 
O desafio imposto por essas novas realidades exige a participação da sociedade como um todo, e não apenas das esferas governamentais. O indivíduo novo busca e exige formação mais integral, diversificada e contextualizada, embora não tenha consciência disso. A escola e os profissionais da educação devem integrar essas novas realidades convictos do tamanho do desafio, porém conscientes de que são os únicos capazes de enfrenta-lo e vencê-lo.

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