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CURSO DE DIREITO DIREITO DOS CONTRATOS PROFESSOR: LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA Plano de aula 5 – Estipulação em favor de terceiro 1. Previsão legal (CC, arts. 436 a 438) a) Em regra, o contrato só produz efeitos em relação aos contratantes b) Trata-se do contrato através do qual se convenciona uma vantagem ou um benefício a favor de terceiro, alheio à formação do vínculo contratual c) Sujeitos da relação: Estipulante, promitente e beneficiário d) O terceiro torna-se credor do promitente e) O contrato proporciona uma atribuição patrimonial gratuita f) A eficácia do contrato fica condicionada à aceitação do beneficiário 2. Origem e evolução histórica a) Não foi reconhecido pelo Direito Romano b) O Código de Napoleão também não o admitia, mas aos poucos a jurisprudência foi reconhecendo sua validade. Ex: seguro de vida. c) Adotado pelo Código Civil de 1916 (arts. 1098 a 1100) e pelo Código Civil de 2002 (arts. 436 a 438) 3. Natureza jurídica a) Teoria da oferta – a estipulação será uma oferta ou proposta que depende da aceitação do terceiro� b) Teoria da gestão de negócios – seria uma administração de negócio de terceiro, sem a autorização do interessado�. c) Teoria da declaração unilateral de vontade – seria uma manifestação unilateral vontade capaz de obrigar o promitente� d) Teoria do contrato sui generis – mais aceita pela doutrina e adotada pelo Código Civil. A sua existência e validade não depende da vontade do terceiro, mas apenas a sua eficácia e) Trata-se de contrato consensual e de forma livre f) Ex: seguros, doações onerosas ou modais e nas constituições de renda 4. A regulamentação legal a) A obrigação pode ser exigida tanto pelo estipulante quanto pelo beneficiário (CC, art. 436). b) Se o terceiro puder exigir a execução do contrato, o estipulante não pode exonerar o promitente (CC, art. 437). c) No silêncio do contrato, pode o estipulante substituir o terceiro designado no contrato. � Entretanto, o proponente não é um promitente, pois já se encontra obrigado, o que rechaça essa teoria. � Contudo, o estipulante e o promitente agem em seu próprio nome e não em nome de terceiro, o que afasta essa teoria.. � Todavia, a promessa unilateral é indeterminada e anônima, enquanto que a estipulação em favor de terceiro é contraída em benefício de pessoa certa e determinada. �PAGE � �PAGE �1�