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Elaborado por Seção 15VERSÃO 2013-1 Administração de Recursos Humanos II Prof. Clovis Bueno de Azevedo Prof. Leopoldo Antonio de Oliveira Neto Seção 15 Conteúdo da Seção � O Executivo Global: – O que nos aguarda no futuro – Modelos emergentes de gestão • Empresas que operam com estratégias de custo baixo • Empresas que competem globalmente • Empresas com alto nível de envolvimento de seus empregados – Perfil dominante no Brasil 2 Seção 15 Conteúdo da Seção � O Executivo Global (cont.): – Mudanças nos sistemas de gestão • Grau do comprometimento dos funcionários no trabalho • Lidando com a tensão contínua entre criatividade e organização • Gestão 2.0 e a Web 2.0 • Influências no desenho dos novos modelos de gestão do futuro – O executivo global – desafios • Para onde vai a gestão de pessoas • O executivo global - desafios finais 3 Seção 15 Objetivos � Conhecer e refletir acerca dos cenários de atuação das empresas nos próximos anos � Conhecer e refletir acerca das mudanças necessárias nos modelos de gestão � Identificar os desafios a serem enfrentados pelos executivo global � Reconhecer as principais tendências para onde vai a gestão de pessoas no mundo globalizado. 4 Seção 15 O que nos aguarda no futuro? � Que mudanças significativas e de longo alcance devem ocorrer nas organizações nos próximos anos? � Quais seus impactos na forma como os gestores administram a mobilização e organização do esforço humano? � O que você pode fazer em sua empresa para se preparar para enfrentar tais desafios? 5 Seção 15 O que nos aguarda no futuro? � Novo desenho e gestão das organizações terão um forte impacto na cultura e nas pessoas que nelas trabalham � A sobrevivência organizacional depende da sua capacidade de se adaptar ao novo ambiente corporativo com a introdução de novas: – estratégias, estruturas, processos, políticas e práticas organizacionais requeridas por uma permanente transformação da empresa 6 Seção 15 Modelos emergentes de gestão � Três tipos de organização no cenário mundial – Empresas que operam com estratégias de custo baixo (CB), – Empresas que competem globalmente (CG) – Empresas de alto envolvimento de seus empregados (AE). � Condições empresariais favorecem mais a um ou a outro desses modelos � Empresa deve colocar em ação, no local de trabalho, políticas e práticas de gestão consistentes com o modelo escolhido, independentemente de qual tenha sido sua escolha. 7 Seção 15 Empresas que operam com estratégias de custo baixo � Procuram uma redução contínua dos custos de todas as suas operações. � Trabalho freqüentemente monótono, repetitivo. � Remuneração dos empregados da linha de frente próxima do salário mínimo � Mínimos: os benefícios, a segurança de emprego, a capacitação básica oferecida a estes trabalhadores e a oportunidade de crescer e se desenvolver como pessoa. 8 Seção 15 Empresas que operam com estratégias de custo baixo � Atraem: estudantes, trabalhadores jovens ou com menor nível educacional, aposentados e assalariados que não podem encontrar outros empregos � Atuam na sua maioria no mercado doméstico � Concorrem com empresas globais em termos de capital e investidores e na busca e retenção de talentos que atuem no nível executivo 9 Seção 15 Empresas que competem globalmente � Competem globalmente por capital financeiro, tecnologia e competências que possam dominar � São ágeis, movimentam seus produtos, serviços, capital, trabalho, operações, e pessoas rápida e freqüentemente além de fronteiras e continentes. � Executivos e trabalhadores com habilidades críticas trabalham em tempo integral e são bem remunerados. � Trabalham cada vez mais, em tarefas mais complexas e competem por recompensas e promoções mais rápidas e significativas. 10 Seção 15 Empresas que competem globalmente � Constantemente à procura de pessoas que tenham as competências e requisitos requeridos para investimentos que objetivam um rápido retorno. � Oferecem informações sobre o trabalho, quais serão e onde estarão os postos de trabalho no futuro, e as possibilidades de crescimento na organização � Pessoas passam a conhecer as posições que poderão vir a ocupar e as competências requeridas para desempenhá-las, sendo-lhes oferecidas oportunidades para desenvolvê-las. 11 Seção 15 Empresas que competem globalmente � Forte tendência de terceirização ou de realização de trabalhos fora do país, através de contratos por tempo determinado � Geram insegurança: não prometem a seus trabalhadores a continuidade do emprego após o termino do prazo do contrato � Continuidade no emprego dependerá dos desempenhos da empresa e do trabalhador, e do alinhamento entre as competências do trabalhador com as necessidades do negócio � A relação entre as empresas do tipo CG e os empregados é tipicamente transacional e não baseadas na lealdade. 12 Seção 15 Empresas com alto nível de envolvimento de seus empregados � Oferecem aos trabalhadores postos de trabalho que permitem a realização de trabalhos desafiadores, significativos e a oportunidade de crescerem e se desenvolverem como pessoas. � Empregados vistos como associados, na sua maioria são trabalhadores assalariados que participam da distribuição de lucros ou de ganhos de produtividade. � Oferecem ambientes que estimulam a participação numa relação de trabalho de prazo longo, e de fazer parte de uma comunidade com relacionamentos que fornecem sustentação social. � Utilizam trabalho de equipe na maioria das operações. 13 Seção 15 Empresas com alto nível de envolvimento de seus empregados � Costumam ser generosos os benefícios que concedem aos empregados e suas famílias. � Dão aos empregados alguma autonomia na gestão das suas próprias tarefas � Oferecem oportunidades de treinamento, desenvolvimento e trilhas de carreiras claramente definidas � Preferem o aproveitamento do pessoal interno à contratação externa. � A relação entre as empresas do tipo AE e seus empregados se baseia na lealdade do trabalhador 14 Seção 15 Perfil Dominante no Brasil � Maiores oportunidades para a melhoria de trabalho dependem fortemente das condições oferecidas aos empregados. � Rápida recuperação do capital investido pelos acionistas tornou-se um valor de grande expressão que influencia grande parte das decisões estratégicas. – Executivos tendem a se comportar agradando mais aos acionistas do que aos outros stakeholders, especialmente aos empregados que dela fazem parte. – Perfil dominante no Brasil é o das empresas do tipo CB. – Algumas empresas já participam do mercado global como do tipo CG e outras empresas como do tipo AE. 15 Seção 15 Mudanças nos sistemas de gestão � Sistemas tradicionais de gestão têm contribuído para melhorar a eficiência das empresas, mas, colocam em risco a adaptabilidade organizacional: – Previlegiam hierarquias opressivas de administradores que desperdiçam imaginação e iniciativa não alinhadas com o “status quo” ou por não saberem como construir organizações em que a disciplina e a liberdade não se excluam mutuamente 16 Seção 15 Mudanças nos sistemas de gestão (Cont.) � Improvisamos, fazemos correções temporárias e aperfeiçoamos; � Criamos projetos e mecanismos de inovação, em vez de organizações que sejam inovadoras do topo à base; � Chamamos nossos empregados de "parceiros" e "membros da equipe",mas não ampliamos substancialmente a esfera de ação de sua autoridade. HAMEL, G., BREEN, B. O futuro da Administração, Rio de Janeiri:Editora Campus, 2008 17 Seção 15 Mudanças nos sistemas de gestão � Organizações atuam abaixo de seu desempenho potencial: – Criatividade e adaptabilidade são duas das principais características requeridas para enfrentarmos com sucesso o que nos espera no futuro. – Ainda que sejamos extremamente criativos e adaptáveis, grande parte das empresas em que trabalhamos não o são. 18 Seção 15 Grau do comprometimento dos funcionários no trabalho � Grau de concordância ou discordância em relação às declarações: – “Eu realmente me preocupo com o futuro de minha empresa. – Tenho orgulho de dizer às pessoas que trabalho em minha empresa. – Meu trabalho me proporciona um sentimento de realização pessoal. – Eu recomendaria minha empresa a um amigo como um bom lugar para – trabalhar. – Minha organização me inspira a fazer tudo que posso. 19 Seção 15 Grau do comprometimento dos funcionários no trabalho – Entendo como minha unidade/departamento contribui para o sucesso da organização. – Entendo de que forma minha função está relacionada a metas, objetivos e direção gerais de minha organização. – Estou disposto a despender esforços além do que normalmente se espera, para ajudar minha empresa a ser bem-sucedida. – Estou pessoalmente motivado a ajudar minha empresa a vencer.” 20 Pesquisa Towers Perrin, 2005 Seção 15 Grau do comprometimento dos funcionários no trabalho � Calculada para cada entrevistado uma nota global, que indicava o seu grau de seu comprometimento com o trabalho, apontando se o indivíduo estava "muito empenhado", "moderadamente empenhado", ou "não- empenhado" no trabalho. � Resultados: – 85% dos profissionais davam de si menos do que seriam capazes - enorme desperdício da capacidade humana – 14% dos funcionários são muito empenhados no trabalho – 24% dos funcionários não são muito empenhados no trabalho 21 Seção 15 Lidando com a tensão contínua entre criatividade e organização � Necessitamos de sistemas de gestão que inspirem os empregados a colocarem em seu trabalho diário todas as competências e habilidades. � Precisaremos de trabalhadores que sejam mais que obedientes, dedicados, responsáveis e inteligentes - eles devem ser também entusiásticos, alegres e zelosos. � Devem ter iniciativa, buscar novos desafios e estar sempre à procura de novas formas de agregarem valor. � Devem ser curiosos, criativos e pessoas com paixão pois assim transpõem obstáculos, recusam-se a desistir e contagiam a todos. 22 Seção 15 Gestão 2.0 e a Web 2.0 � “A Gestão 2.0 vai se parecer muito com a Web 2.0.....a Internet é a coisa mais adaptável, inovadora e envolvente que os seres humanos já criaram...em muitos aspectos, ela é a nova tecnologia de gestão...” � Seu poder estaria na “sua capacidade de facilitar a coordenação sem os efeitos neutralizastes da hierarquia e da burocracia”. HAMEL, G., BREEN, B. O futuro da Administração, Rio de Janeiri:Editora Campus, 2008 23 Seção 15 Gestão 2.0 e a Web 2.0 � Para Hamel a Internet é tão adaptável, inovadora e envolvente: – “Todos têm o direito de opinar. – As ferramentas de criatividade são amplamente distribuídas. – É fácil e barato fazer experiências. – A capacidade conta mais do que cargos e credenciais. – O comprometimento é voluntário. 24 Seção 15 Gestão 2.0 e a Web 2.0 – O poder é concedido pela base. – A autoridade é fluida e depende do valor agregado. – As únicas hierarquias são as "naturais". – As comunidades são autodefinidas. As pessoas têm acesso a uma fonte abundante de informações. – Quase tudo é descentralizado. – As idéias competem em pé de igualdade.” 25 Seção 15 Influências no desenho dos novos modelos de gestão do futuro � Novas formas de gerenciar a colaboração, a mentalidade, a base de habilidades, valores e crenças, equipes virtuais e o tempo de reação; � Novas formas de organização das atividades fundamentadas em protocolos e disciplinas, alem de estruturas e processos; � Mudanças na hierarquia, com um número maior de subordinados para cada chefia; � Demanda maior de comunicação e coordenação, como decorrência de múltiplas subordinações e com o fim das descrições de cargos estáticos PRAHALAD, C. K., RAMASWAMY, V., O futuro da Competição: como desenvolver diferenciais inovadores em parceria com os clientes, Rio de Janeiri:Editora Campus, 2004) 26 Seção 15 O executivo global- desafios � Executivo global deve se perguntar se sua empresa está mudando tão rapidamente quanto o mundo a seu redor. � Principais desafios: – acelerar radicalmente o ritmo de renovação estratégica – participar da construção de organizações capazes de auto-renovação contínua – tornar a inovação uma função quotidiana de todos – criar um ambiente de trabalho altamente envolvente que inspire os funcionários a darem o melhor de si. HAMEL, G., BREEN, B. O futuro da Administração, Rio de Janeiri:Editora Campus, 2008 27 Seção 15 Pesquisa - Para onde vai a gestão de pessoas � Área de gestão de pessoas está pronta para alinhar as competências humanas às estratégias de negócio das empresas, com o gestor de RH engajado em sua formulação e implantação para dar um passo fundamental rumo ao futuro, em um ambiente em constante transição. Para onde vai a gestão de pessoas - Pesquisa da Fundação Instituto de Administração, USP, 2004 HSM Management, n˚44, ano 8, volume 3, maio-junho 2004 28 Seção 15 Pesquisa - Resultados � 88% dos entrevistados: seriam significativas as mudanças substanciais que se referem à gestão de pessoas � 47,8% dos entrevistados: elas deveriam incidir sobre “princípios, filosofia e estratégias” da área de RH nas empresas � 28% dos entrevistados: a dimensão mais afetada seria a de “práticas e e instrumentos de gestão 29 Seção 15 Alinhar as pessoas/desempenho/competências humanas às estratégias do negócio e objetivos organizacionais 82,30% Desenvolvimento e capacitação de gestores (novo perfil gerencial, gestores de pessoas etc.) 69,40% Alinhar a gestão de pessoas às estratégias do negócio e objetivos organizacionais 33,30% Apoiar e promover processos de mudança organizacional e direcionamento estratégico (fusões e aquisições) 25,30% Desafios da gestão de pessoas - resultados 30 Seção 15 Altíssima relevância Relevância Dificuldade Gestão de recursos humanos contribuindo com o negócio da empresa 62,40% 52% Gestão por competências 55,40% 52% Alta relevância Comprometimento da força de trabalho com os objetivos organizacionais 44,60% 46% Gestão do conhecimento 41,40% 60% Criatividade e inovação contínuas no trabalho 39,30% 52% Modelo de gestão múltiplo, contemplando diferentes vínculos de trabalho 36,60% 60% Autodesenvolvimento 36,00% 46% Princípios que devem orientar a gestão de pessoas 31 Seção 15 Outras tendências apontadas pela pesquisa � Participação dos gerentes na formulação e implementação das estratégias corporativas (74,7%) � Profissionais de RH envolvidos no processo de concepção e disseminação das estratégias (66,1 %). � Criação de processos visando identificar, diferenciar e manter os talentos internos da organização (60,2%) � A área oferecer "apoio em processos de gestão da cultura e de mudanças organizacionais" (57%). � Considerar de altíssima relevância a necessidade de criar novos processos de gestão da compensação do desempenho dos funcionários (75,3%). 32 Seção 15 Outras tendências apontadas pela pesquisa � Implantação de sistemas de definição de salários baseados conceito de "competência" (63,4%) � Considerar competência como agregação de valor, que pode ser mensurada por meio do que o funcionário "entrega" para a organização, sendo que 60,7% (terceiro maior percentual) apontam para a tendência de se vincular remuneração à capacidade do funcionário de gerar resultados. � Utilizar a “gestão de treinamento, desenvolvimento e educação por competências (53,2%) � Promover “o feedback freqüente aos funcionários (52,2%) 33 Seção 15 Outras tendências apontadas pela pesquisa � Descentralização das decisões de gestão de pessoas para os gerentes de negócio da empresa (66,7%) , � Fornecimento de novos processos e conhecimento em gestão de pessoas para os clientes internos (65,6%) � Mudança para um perfil de atuação do profissional como consultor interno (61,8%) � Importância da atração e retenção de talentos, de estimular o comprometimento e à motivação do funcionário e da criação de um vínculo mais estreito entre desempenho e resultados organizacionais. 34 Seção 15 O executivo global desafios finais � Hamel(2008) coloca que cabe ao executivo global encontrar respostas, em seu local de trabalho, para estas difíceis questões: – Como se pode aumentar o âmbito da liberdade dos funcionários com menos gestão, sem sacrificar o objetivo, a disciplina e a ordem? – Como se pode construir uma empresa em que o espírito de comunidade, e não a máquina burocrática, una as pessoas? – Como se pode ampliar o sentido de missão percebido pelos funcionários em toda a empresa, de maneira que justifique uma contribuição extraordinária? 35 Seção 15 O executivo global desafios finais � O executivo global deve saber que iniciativa, criatividade e paixão são talentos. � São dádivas que não podem ser controladas e que os empregados, em seu dia-a-dia, decidem ofertar ou reter. � E deve se questionar se a empresa está comprometida com um objetivo que realmente mereça a iniciativa, a imaginação e a paixão de seus empregados. 36 Seção 15 Bibliografia � Básica: – LACOMBE, Francisco. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo, Saraiva, 2005. Caps. 11, 12 e 13 � Complementar: – HAMEL,Gary. BREEN, B. O futuro da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2008 – RICARDO, Eleonora Jorge. Gestão da Educação Corporativa: Cases, Reflexões e ações em Educação a Distância. São Paulo: Prentice Hall, 2007 37 Seção 15 Bibliografia � Complementar: – MOURA, D. L.; ZARDO, R.; DIAS, S.; DUTRA, J. S. Competências requeridas no mercado globalizado. Apud FISHER, A. L.; DUTRA, J. S.; AMORIM, W. A. C.(org) Gestão de Pessoas: desafios estratégicos das Organizações Contemporâneas, Parte IV, São Paulo: Editora Atlas, 2009 – SHELTON, Charlotte. Gerenciamento Quântico: Como reestruturar a empresa e a nós mesmos usando sete novas habilidades quânticas. São Paulo: Amana-Key, 1997 – GHOSHAL, S.; Bartlett, C. A Organização Individualizada: Talento e Atitude como vantagem competitiva – As melhores empresas são definidas por propósitos, processos e Pessoas, Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000 38