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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PORTO NACIONAL CURSO DE HISTÓRIA SEMINÁRIO SOBRE ECONOMIA E SOCIEDADE DA GRÉCIA ANTIGA NO PERÍODO DE X A.C. à V A.C. Acâdemico: Isaque Nascimento De Jesus Carneiro Prof. Dra. Paulete Maria Cunha dos Santos Porto Nacional - TO Setembro de 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PORTO NACIONAL CURSO DE HISTÓRIA SEMINÁRIO SOBRE ECONOMIA E SOCIEDADE DA GRÉCIA ANTIGA NO PERÍODO DE X A.C. à V A.C. Introdução Esse trabalho tem o objetivo de analisar a participação do escravo na política na Grécia Antiga, perceber as funções desempenhas no dia-a-dia por eles, identificar a relevância do escravismo na ‘criação’ e fundamentação da democracia grega que perdura e influencia as democracias das sociedades atuais. DESENVOLVIMENTO Na Grécia Antiga durante o período denominado Homérico (1100-700 a.C.) haviam os escravos que eram feitos escravos através por despojos de guerra, podiam ser servos ou concubinas. Eles eram parte essencial na força de trabalho da família grega, o oikos(que era formado também por um chefe guerreiro, outros membros e servos) tendo sua participação no sustento alimentício, proteção e economia da família. Não havia uma separação entre os escravos e homens livres no que diz respeito à área de trabalho, podendo se encontrar ambos os tipos sociais trabalhando juntos. Aqueles que se destacavam e conquistavam a confiança do seu senhor conquistavam o direito de acumular o pecúlio e até mesmo de possuir escravos. Um exemplo é o escravo de Ulisses, Laertes, que almejava ganhar do seu senhor o direito de acumular bens próprios e de ter uma esposa. O escravo da Grécia Antiga não tinha uma tarefa tão árdua quanto o escravo do período colonial, pois sua produção era voltada para as necessidades do oikos e não para exportação e, devido ao solo da região não ser tão fértil, era utilizado um sistema de rotação de terras, ao contrário dos cultivos de açúcar e café que exigem um intenso cuidado. Juntamente com o inicio da colonização grega no Mediterrâneo dá se o inicio do período Arcaico, que finaliza com a invasão persa da Grécia em 480 a.C. A idade Clássica dura até a unificação no império macedônico de Alexandre o Grande. Nesse período há a urbanização da Grécia, surgimento das cidades-estados e separação da oligarquia possuidora de terras. Quase todos os cidadãos possuíam escravos, até mesmo os mais pobres economizavam para ter pelo menos um cativo. Quem possuísse de 3 a 5 escravos era um escravista de classe média, quem possuísse mais era considerado homem rico. Em Atenas, um polo comercial, havia entre 80000 a 150000 escravos no considerado apogeu do escravismo. Eles não possuíam nenhum direito político, exclusividade dos cidadãos, e eram encontrados em praticamente todas as atividades. Comprados pelo Estado existiam escravos que trabalhavam como “funcionários públicos” exercendo cargos de varredores, agentes policiais, escrivães, etc. Geralmente eram livres para morar onde desejavam e recebiam o suficiente para se vestirem e alimentarem (Maestri-filho, Mario Jose. 1996). O escravo podia conseguir sua liberdade, tornando-se assim um meteco, estrangeiro, havendo raros casos de metecos que se tornaram cidadãos. Mesmo livre o escravo não estava totalmente isente de deveres com seu ex-senhor. Durante o Governo de Sólon, durante o século VI a.C. foram feitos algumas reformas. A principal entre elas foi o fim da escravidão por dividas, o que ocorria muito com os pequenos proprietários de terra em relação aos grandes proprietários. Essa medida juntamente com outras propostas contidas na obra “As Constituições Atenienses” buscavam resolver problemas que causavam desigualdade entre os atenienses, um dos primeiros passos para a consolidação da democracia ateniense. CONSIDERAÇÕES FINAIS A escravidão na Grécia pode ser considerada uma “escravidão patriarcal”, onde o escravo fazia parte da família. Os escravos da Grécia tinha uma condição de vida que apesar de laboriosa poderia ser considerada superior à de muitos tetas, homens livres que trabalhavam de forma assalariada e não possuíam propriedades. Apesar de utilizarem a mão de obra escrava, o escravismo não era a base da economia Grega. A escravidão na Grécia esteve intimamente ligada à democracia, como conclui Moses Finley "um aspecto da história grega, resumindo, é o avanço lado a lado da liberdade e da escravidão." (Finley.1997., pp.170–171.). BIBLIOGRAFIA Garlan, Y. Les Esclaves en Grèce ancienne. Paris: La Découverte, 1982. 1982 ISBN 2-7071-2475-3, translated in English as Slavery in Ancient Greece. Ithaca, N.Y.: Cornell University Press, 1988 (1st edn. 1982) ISBN 0-8014-1841-0 http://www.memo.fr/en/article.aspx?ID=ant_gre_016 Acesso em 4 de setembro de 2013 Às 20:34 horas. FLORENZANO, Maria Beatriz O mundo antigo: economia e sociedade. São Paulo: Brasiliense, 1994