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Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio - e mais tarde de negro - na composição. Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.
(FREYRE. G. Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio. 1984)

De acordo com a abordagem de Gilberto Freyre sobre a formação da sociedade brasileira, é correto afirmar que:
A) a colonização na América tropical era obra, sobretudo, da iniciativa particular.
B) o caráter da colonização portuguesa no Brasil era exclusivamente mercantil.
C) a constituição da população brasileira esteve isenta de mestiçagem racial e cultural.
D) a Metrópole ditava as regras e governava as terras brasileiras com punhos de ferro.
E) os engenhos constituíam um sistema econômico e político, mas sem implicações sociais.
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Enviado por estudandocomquestoes ontem

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Vamos analisar cada uma das alternativas com base na abordagem de Gilberto Freyre sobre a formação da sociedade brasileira: A) a colonização na América tropical era obra, sobretudo, da iniciativa particular. - Esta alternativa está correta, pois Freyre enfatiza a importância da iniciativa privada e das grandes famílias proprietárias na formação da sociedade brasileira. B) o caráter da colonização portuguesa no Brasil era exclusivamente mercantil. - Esta alternativa é incorreta, pois Freyre discute a complexidade da colonização, que não se limitava apenas ao aspecto mercantil. C) a constituição da população brasileira esteve isenta de mestiçagem racial e cultural. - Esta alternativa é falsa, já que Freyre destaca a mestiçagem como um elemento central na formação da população brasileira. D) a Metrópole ditava as regras e governava as terras brasileiras com punhos de ferro. - Esta alternativa não reflete a visão de Freyre, que aponta para a autonomia e a influência das elites locais. E) os engenhos constituíam um sistema econômico e político, mas sem implicações sociais. - Esta alternativa é incorreta, pois Freyre argumenta que os engenhos tinham profundas implicações sociais, além de serem sistemas econômicos e políticos. Portanto, a alternativa correta é: A) a colonização na América tropical era obra, sobretudo, da iniciativa particular.

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As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis de monarcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos de representação política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer presente em várias partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.


Retrato de D. João VI, 1817, óleo s/tela, 060 × 042 cm. Acervo do Museo de Belas Artes/IPHAN/MINC. Rio de Janeiro


Imagem I
Jean batiste Debret. Retrato de D. João VI, 1817, óleo s/tela, 060 × 042 cm. Acervo do Museo de Belas Artes/IPHAN/MINC. Rio de Janeiro


Retrato do Imperador em trajes majestáticos. Gravura sobre metal feita por Urbain Massard, 064 m × 0,44 m. Acervo do Museo Imperial


Imagem II
Henrique José da Silva. Retrato do Imperador em trajes majestáticos. Gravura sobre metal feita por Urbain Massard, 064 m × 0,44 m. Acervo do Museo Imperial

A comparação das imagens permite concluir que;
A) as obras apresentam substantivas diferenças no que diz respeito à representação do poder.
B) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século XIX.
C) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a coroa, nem ocupam o trono.
D) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como Debret.
E) o fato de pai e filho aparecerem pintados de forma semelhante sublinha o caráter de continuidade dinástica, aspecto político essencial ao exercício do poder régio.

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A Revolução Cubana veio demonstrar que os negros estão muito mais preparados do que se pode supor para ascender socialmente. Com efeito, alguns anos de escolaridade francamente aberta e de estímulo à autossuperação aumentaram, rapidamente, o contingente de negros que alçaram aos postos mais altos do governo, da sociedade e da cultura cubana. Simultaneamente, toda a parcela negra da população, liberada da discriminação e do racismo, confraternizou com os outros componentes da sociedade, aprofundando o grau de solidariedade.

Tudo isso demonstra, claramente, que a democracia racial é possível, mas só é praticável conjuntamente com a democracia social. Ou bem há democracia para todos, ou não há democracia para ninguém, porque à opressão do negro condenado à dignidade de lutador da liberdade corresponde o opróbrio do branco posto no papel de opressor dentro de sua própria sociedade.
(RIBEIRO, D. O povo brasileiro: A formação e o sentido. São Paulo: companhia das Letras, 1999)

Segundo Darcy Ribeiro, a ascensão social dos negros cubanos, resultado de uma educação inclusiva, com estímulos à autossuperação, demonstra que:
A) a democracia racial está desvinculada da democracia social.
B) o acesso ao ensino pode ser entendido como um fator de pouca importância na estruturação de uma sociedade.
C) a questão racial mostra-se irrelevante no caso das políticas educacionais do governo cubano.
D) as políticas educacionais da Revolução Cubana adotaram uma perspectiva racial antidiscriminatória.
E) os quadros governamentais em Cuba estiveram fechados aos processos de inclusão social da população negra.

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A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.
(FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 - adaptado)

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio,
A) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
B) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política.
C) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro.
D) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro.
E) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono.

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