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NOMENCLATURA BOTÂNICA 
	O uso de nomes científicos é recomendável porque servem para indicar relações genéticas. Além disso, tem alcance internacional, são comuns a todas as línguas e são isentos de ambiguidade.
Os nomes vulgares são imprecisos:	
Exemplos: 
Vasssourinha – Bacharis cordifolia (Asteraceae), B. dracunculifolia 
(Asteraceae), Stylosanthes guyanensis (Fabaceae), Sida cordifolia 
(Malvaceae).
Tiririca – Cyperus cayensis (Cyperaceae), C. esculentus, Hypoxis 
decumbens (Hypoxidaceze)
Asclepias curassavica - oficial-de-sala, algodãozinho-do-campo, 
cega-olho, falsa-erva-de-rato, mané-mole, paininha e chibança. 
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Pequeno histórico da nomenclatura Botânica 
Antes da metade do século XVIII os nomes eram frequentemente polinomiais:
Nepeta floribus interrupte spicatis pedunculatis- Nepeta cartaria l.
= Nepeta com flores dispostas em espiga,verticilada e pedunculada)
Em 1753 Lineu estabeleceu o sistema binomial.
Aphonse de Candolle iniciou um movimento visando a unificação das regras de nomenclatura.
 Congresso de Viena (1905) - Primeiro congresso com caracter internacional
 - Estabeleceu o Species Palantarum como ponto de partida para a nomenclatura botânica
 - Exigência da diagnose latina
 Congresso de Paris (1867) – Regras de de Candolle
 Congresso de Congresso de Cambridge (1930) – Unificação dos Códigos de Nomenclatura.
 
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A nomenclatura botânica é composta de princípios, regras e recomendações
Princípios - base do sistema de nomenclatura, são imutáveis.
1- A nomenclatura botânica é independente da nomenclatura zoológica e bacteriológica. 
As aplicações de nomes de grupos taxonômicos são determinados por meio de tipos nomenclaturais.
Tipo nomenclatural é o material botânico utilizado pelo autor na descrição original.
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Classificação dos tipos
Holótipo: É o espécime ou ilustração usado pelo autor ou designado por ele 
como tipo nomenclatural. Ex: Simira pilosa Barbosa & Peixoto- Brasil, Mato 
Grosso, Cuiabá, estrada de Cuiabá, 10/1914 (fl.), J.G. Kuhlmann 1518 (SP).
Isótipo: É qualquer duplicata do holótipo. É sempre um espécime.
Parátipo: Material citado junto à descrição original ao lado do holótipo. 
Ex: Calyptranthes ursina Barroso & Peixoto – Rio de Janeiro, Reserva Biológica 
Tinguá, caminho do Reunião-Barrelão, lado esquerdo, 12/XII/1991, Silva-Neto, 
S.J. 4 (holótipo RBR). Rio de Janeiro, Reserva Biológica doTinguá, 9/XI/1993, 
Peixoto A.L. 1988 & Silva-Neto (parátipo RBR). 
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Síntipo – Qualquer um dos espécimes citados pelo autor, quando este não designa o holótipo. 
Ex: Bathysa gymnocarpa K. Schum. – Habitat in provinciae 
Rio de Janeiro prope Metropolim imperii, Burchel 1441. In 
Serra de Friburgo, Saldanha 7089. In Monte Corcovado, 
Shenk 2323.
Lectótipo – É um material selecionado dentre os síntipos que melhor represente o táxon. 
Ex: Bathisa nocholsonii K.Schum. – Habitat in Brasilia 
australi: near Rio de |Janeiro, IX.1879, Glaziou 1097 (K). 
Rio de Janeiro, Petrópolis, av. Morin 12/IX/1882, Glaziou 
13949 (lectótipo R).
Neótipo: É um espécime selecionado para tipo nomenclatural quando todos os outros tipos tiverem sido destruídos. 
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3- A nomenclatura de um grupo taxonômico é baseada na prioridade de publicação. 
O primeiro a ser publicado tem prioridade. 
 
Ex: Omphalobium ovatifolium Mart, em 1817.
 Omphalobium glabratum A. DC., em 1878.
4- Cada grupo taxonômico tem uma delimitação particular, não podendo
 comportar mais de um nome correto, prevalece o mais antigo e em
 conformidade com as regras, salvo exceções específicas, como os Nomina
 Conservanda (nomes conservados. São apenas oito famílias cujos nomes têm
 um segundo nome e são aceitos pelo Código Internacional de Botânica. 
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5- Os nomes científicos dos grupos taxonômicos são considerados latinos qualquer que seja a sua etimologia
6- As regras de nomenclatura têm efeito retroativo, salvo indicação contrárias.
REGRAS
São expressas em artigos que visam por em ordem aos nomes já existentes e orientar a criação de novos nomes. Nomes contrários as regras não podem ser mantidos.
Ex: Principais categorias taxonômicas: RENO, DIVISÃO OU FOLO, CLASSE, ORDEM, FAMÍLIA, GÊNERO E ESPÉCIE. Estas seguem as seguintes terminações:
Divisão: Phyta
Classe: opsida
Subclasse: idae
Ordem: ales
Família: aceae 
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Artigo 23.1 O nome de uma espécies é binomial sendo o 1º
 nome do gênero e o 2º o epiteto específico. Todo nome de 
espécie deve vir acompanhado do autor da mesma e deve 
aparecer destacado do texto. Ex: Coffea arabica L. 
Artigo 46. Quando uma espécie muda de gênero, o nome do
 autor do basiônimo (primeiro nome dado a uma espécie) 
deve ser citado entre parênteses, seguido pelo nome do 
autor que fez a mudança. Ex: Calliandra selloii (Sprenguel) 
Macbride - Basiônimo Acacia selloii Sprenguel
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Artigo 46.3. Quando a designação de uma espécie é
 seguida de nome de dois autores intercalados pela
 preposição ex, significa que o primeiro autor não
 publicou corretamente a espécie tendo sido feito
 posteriormente pelo segundo autor.
Ex: Copaifera cearensis Huber ex Ducke
 Poinsetia pulcherrima Willd. ex Klotzsch 
RECOMENDAÇÕES
As recomendações indicam a melhor forma de escolha 
de um nome. Os nomes contrários às recomendações 
não podem ser rejeitados, mas não constituem 
exemplos a seguir. 
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Recomendação 20 A. 1 - Os autores que formam nomes 
genéricos deveriam atender as seguintes sugestões: 
1- Usar terminações latinas tanto quanto possíveis;
2- Evitar nomes não facilmente adaptáveis à língua latina;
3- Não formar nomes muito longos ou difíceis de se pronunciar em latim;
 4- Não criar nomes pela combinação de palavras de línguas diferentes;
5- Não dedicar gêneros a pessoas estranhas à Botânica ou pelo menos as Ciências Naturais.

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