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Interação Antígeno e Anticorpo PatrPatríícia Nagibcia Nagib Imunologia Moderna • Três termos (não muito precisamente definidos): 1. Antígenos → substâncias reconhecidas pelos receptores de células B e T; 2. Imunógenos → substância capaz de estimular uma resposta imune; 3. Haptenos→ substâncias de baixo peso molecular capazes de se ligar a anticorpos (e, presumivelmente, receptores T) mas que apenas induzem resposta se estiverem covalentemente acoplados a uma molécula grande (carreadora). Propriedades e circunstâncias que influenciam a imunogenicidade: 1. Contribuição do imunógeno 2. Contribuição do sistema biológico 3. Modo de administração Contribuição do imunógeno: “não próprio” • Ser estranho. A molécula não foi exposta a linfócitos imaturos durante período crítico de maturação: - Relação filogenética entre organismos: moléculas de classe I são bons imunógenos → exceções: colágeno e citocromo C (moléculas altamente conservadas)/ córnea e esperma (moléculas seqüestradas) 1. Alo-antígenos: diferenciando membros de uma mesma espécie 2. xeno-antígenos: diferenciando indivíduos de duas espécies distintas. 3. auto-antígenos: antígenos presentes no indivíduo respondedor somente em situações anormais. Divisão de antígenos: de acordo com a distancia genética entre doador e receptor: Contribuição do imunógeno: Tamanho • Moléculas pequenas (aa ou monossacarídeos): não ativam linfócitos • Moléculas grandes : Contribuição do imunógeno : Natureza química • Proteínas: a vasta maioria dos imunógenos. Puras, glicoproteínas ou liproteínas; Grau de imunogenicidade varia com a composição de aa. • Polissacarídeos: puros ou lipopolissacarídeos são bons imunógenos para humanos e camundongos. Ativação de células B. • Àcidos Nucléicos: pobremente imunogênicos. Podem ser imunogênicos se de fita simples ou quando complexados com proteínas; • Lipídeos: não imunogênicos. Alguns glicolípídeos e fosfolipídeos podem estimular células T e produzir respostas imunes mediadas por células. Substâncias inorgânicas: falta de resposta; Contribuição do imunógeno : Complexidade Química • Quanto mais complexa uma molécula, melhor ela funcionará como antígeno: - moléculas compostas por sub-unidades de apenas um tipo (como aa em um polipeptídeo sintético): não funciona ou ativa pobremente linfócitos. - Via de regra: bons antígenos são compostos por diferentes sub-unidades. Contribuição do imunógeno : Conformação Contribuição do imunógeno: Degradabilidade Moléculas que são facilmente fagocitadas são mais imunogênicas: moléculas grandes e insolúveis: - a resposta imune, para a maioria das moléculas, requer que elas sejam fagocitadas, processadas e apresentadas aos linfócitos Th pelas APCs. Modo de Administração • Dose: muito baixa não induz resposta e muito alta induz tolerância; • Via de administração: intradérmica, subcutânea, intramuscular, intravenosa, intraperitoneal → linfonodos regionais ou baço • Esquema de imunização: algumas substâncias induzem resposta após uma única injeção, outras devem ser administradas repetidamente após períodos prolongados; • Adjuvantes: substâncias que aumentam a resposta(ACF; AlHO; polímeros sintéticos; surfactantes; lipossomos) → provável ação: prolongam a persistência do Ag aumentam sinais co-estimulatórios (citocinas) induzem formação de granuloma estimulam proliferação não específica de linfócitos • Imuno estimulantes: aumento transitório das respostas em geral (BCG e Corynebcterium parvum) → provável ação: estimular macrófagos atuam como agentes anti-tumorais Tipos de antígenos • T-independentes: estimulam células B diretamente. Ex: polissacarídeos - estrutura polimérica: mesmo determinante antigênico repetido várias vezes; - ativação policlonal de células B: muitos ativam clones de células B específicos para outros antígenos (antígenos T- independentes do tipo 1). Antígenos T-independentes do tipo 2 não são ativadores policlonais; - resistentes à degradação: persistem por longo período estimulando o SI. • T – dependentes: incapazes de estimular a produção de anticorpos sem a participação de células T. Ex.: proteínas Haptenos e Antigenicidade • Haptenos: moléculas orgânicas pequenas que são antigênicas mas não imunogênicas; • Hapteno-carreador: molécula imunogênica; Antígenos ativadores de células T e B: relação hapteno-carreador Epítopos • Células do SI → reconhecimento de epítopos; • Epítopos de uma proteína: 1. Regiões imunológicamente ativas de um antígeno que se ligam aos receptores de Ags na membrana dos linfócitos ou em anticorpos secretados; 2. Pode envolver elementos de suas quatro estruturas; 3. Células B → Ags solúveis → epítopos accessíveis; 4. Células T → MHC → epítopos processados. Reconhecimento antigênico •2 cadeias leves (região variável VL e constante CL) •2 cadeias pesadas (região variável VH e Constante CHs ) Ab Ag Anticorpo X Epítopo Antígenos X Epítopos Características • Interações não-covalentes: complementariedade “chave- fechadura” • Não causa alterações irrversíveis no antígeno ou anticorpo; • Anticorpos podem ser extermamente específicos: capazes de reconhecer pequenas diferenças na estrutura química do Ag. • Anticorpos podem reagir cruzadamente com Ag não realionados: - ocorre se o Ag compartilha determinantes idênticos /similares ComplementariedadeComplementariedade Reação Cruzada AC + epítopo AC + epítopo Ag diferente Epítopo compartilhado AC + epítopo Ag diferente Epítopo similar Forças de Ligação • Pontes de Hidrogênio • Forças Iônicas • Interações hidrofóbicas • Forças de Van der Waals Ligações fracas: Para se manterem devem estar pertoÆcomplementariedade! Valência de antígenos Afinidade e AvidezAfinidade e Avidez Afinidade: força de interação entre um Ag e um epítopo específico. Pode ser medida através da Kd. Avidez: média das forças de interação entre Ag e Ab em múltiplos sítios. Ags e Acs são multivalentes. Esta multivalência aumenta a força de interação → afinidade funcional ou avidez.