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APOSTILA DE FOTOGRAFIA PROFESSOR: ALTAYR DEROSSI O QUE É FOTOGRAFIA? Fotografia é uma técnica de gravação por meios mecânicos e químicos ou digitais, de uma imagem numa camada de material sensível à exposição luminosa, designada como o seu suporte. A palavra deriva das palavras gregas ___ [fós] ("luz"), e ______ [grafis] ("estilo", "pincel") ou _____ [grafê], significando "desenhar com luz" ou "representação por meio de linhas", "desenhar". BREVE HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA A fotografia não tem um único inventor, ela é uma síntese de várias observações e inventos em momentos distintos. A primeira descoberta importante para a fotografia foi a Câmara Escura. O conhecimento do seu princípio ótico é atribuído, por alguns historiadores, ao chinês Mo Tzu no século V a.C., outros indicam o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) como o responsável pelos primeiros comentários esquemáticos da Câmera Obscura. 1520: Bacon observa a formação de uma imagem na parede, a partir de raios de luz entrando por um pequeno orifício; 1556: O alquimista Fabrício verificou que o cloreto de prata enegrecia quando exposto à luz; 1560: O físico J.B. Porta aperfeiçoou a câmara escura colocando na sua abertura uma lente biconvexa: as imagens se tornaram mais nítidas e brilhantes; 1777: O químico sueco Scheele estudou a ação do espectro sobre o cloreto de prata; 1780: O físico francês Charles projetava objetos em papel branco impregnado de cloreto de prata, obtendo grotescos retratos; 1802: O inglês Thomas Wedgewood conseguiu gravar imagens utilizando folhas e rendas sobre couro e papel molhados em nitrato de prata. As imagens eram formadas com a luz queimando o nitrato de prata e deixando brancas as partes protegidas. A luz, no entanto, acabava queimando as imagens. Posteriormente John Herschel descobriu o hipossulfito de sódio que tornou possível a retenção das imagens; 1824: O francês Josef Nicéforo Niepce verificou que o betume da Judéia branqueava o local onde recebia luz. Assim, utilizou uma placa de metal coberta de betume e a expôs ao foco de uma câmara escura, banhou a placa em uma essência de alfazema e espalhou ácido sobre o metal que cavou os lugares descobertos e removeu o betume. Essa técnica foi denominada heliografia; 1838: Daguerre continuando as experiências de Niepce, aperfeiçoou os processos e conseguiu um meio de fixar as imagens, denominado daguerrotipia: placas de prata polidas aplicadas sobre cobre eram sensibilizadas por vapores de iodo e revelados por meio de vapores de mercúrio e fixados por solução de hipossulfito de sódio (sal de cozinha). Por esse processo, Daguerre é considerado o pai da fotografia; 1839: William Henry Talbot inventou o calótipo, mais prático que o de Daguerre, o processo permitia reproduzir cópias das imagens em papel, através de negativos, empregando reveladores líquidos; 1851: O inglês Frederick Scott Archer empregou colódio como suporte para os sais de prata, no lugar do papel, conseguindo maior rapidez e nitidez; 1861: James Clerk Maxwell descobriu que, misturando luzes vermelhas, verdes e azuis em diversas proporções, era possível reproduzir qualquer outra cor. Expôs seu método a uma comissão de cientistas com a projeção de uma imagem colorida de um laço de tecido através da combinação de filtros vermelho, verde e azul; 1871: O inglês Richard Leach Maddox utilizou uma emulsão de brometo de prata em gelatina; 1873: O químico e fotógrafo Hermann Wilhelm Vogel, descobriu os sensibilizadores óticos, que permitiam a absorção dos raios amarelos, verdes e vermelhos - antes era só pelos azuis, criando figuras esquisitas e confusas - o filme ortocromático; 1888: O norte americano George Eastman popularizou o uso da fotografia com a invenção da máquina fotográfica Kodak, que utilizava um filme uma película em rolo, onde cabiam 100 exposições. Nesse ano foi também patenteada, por S.D. McKellen, a primeira máquina reflex, com espelho que se deslocava automaticamente durante a exposição; 1889 - Henry M. Reichenbach, um dos químicos da Kodak, conseguiu aperfeiçoar o espesso celulóide e, então, a Kodak passou a produzir o filme em celulóide transparente; 1890: Já existiam no mercado cinco modelos de câmaras que utilizavam filme de rolo; 1893: O irlandês John Joly inventou um processo que, em vez de três negativos, utilizava somente um para fotos em cores; 1895: A Kodak começou a produzir o rolo em cartucho, dispensando o envio da máquina para que o laboratório colocasse o filme; 1907: O Autochrome, é lançado pelos irmãos Lumiére; 1924: Foi patenteada por Leopold Godowsky e Leopold Mannes uma emulsão de duas camadas, sendo uma sensível ao azul e verde, e a outra ao vermelho; 1925: Lançada a Leica, máquina precursora das câmeras 35mm; Inventadas também, as primeiras lâmpadas de flash; 1936: É comercializado o filme Kodachrome; 1949: Lançada a Polaroid em preto e branco; 1969: George Smith e Willard Boyle inventaram os sensores de imagens, os CCDs, nos laboratórios Bell; 1970: Os pesquisadores dos laboratórios da Bell construíram o primeiro CCD para videocâmara e, em 1975, apresentaram a primeira câmera equipada com CCD com imagem de qualidade suficiente para a televisão; 1981: A Sony lança no Japão a Mavica, uma câmera que, ao invés de filmes, utiliza discos magnéticos, que podem ser reutilizados, onde as imagens são gravadas por sinais eletrônicos. 1984: A Kodak lança, em parceria com a Apple, a primeira câmara digital amadora, a Quicktake. A CÂMERA FOTOGRÁFICA Existem muitos modelos e marcas disponíveis, e que se diferenciam basicamente por seu tamanho e qualidade, além de cada uma oferecer alguma limitação em relação à outra, razão pela qual cada tipo serve para alguma coisa diferenciada. As configurações possíveis são extremamente variadas, e por isso é difícil classificar todas. Mas, de maneira geral, é possível, genericamente, classificar as câmeras em 3 tipos básicos. São eles: Simples: São câmeras compactas em que todos os ajustes de foco e exposição têm pouca ou nenhuma opção de mudança; em geral já vêm de fábrica com a lente embutida e todos os mecanismos automáticos, inclusive (nas mais sofisticadas) flash. Por vezes o visor de enquadramento é separado da lente, o chamado visor direto, implicando num problema de paralaxe quando o assunto está muito próximo, ou seja, dependendo da distância entre a câmera e o assunto principal, corremos o risco de cortar partes deste assunto ou enquadrá-lo mal. Não permitem ajustes manuais de exposição, e, mesmo os automáticos, em geral não tem muita flexibilidade. Entretanto, se a objetiva for de boa qualidade, dentro dos limites da câmera, esta é capaz de produzir boas imagens Semi-Profissionais: Possuem uma gama variada de possibilidades de alteração, oferecendo ao fotógrafo a escolha dos valores de foco, tempo e exposição e quantidade de luz. As câmeras melhor projetadas para este fim geralmente trabalham com filmes 135 (comumente chamados 35mm) e permitem a mudança das objetivas, bem como a colocação de acessórios, como motor-drives e flashs mais poderosos. Existem modelos totalmente mecânicos, que possibilitam ao fotógrafo controle total das funções da câmera, e também modelos híbridos, que podem funcionar com padrões automáticos também à escolha do fotógrafo. Sobre esse último tipo, sua única desvantagem é a necessidade de pilhas e baterias, sem as quais ela não funciona. A maioria delas possui visor reflex, ou seja, visor através de um espelho que permite a visão exata da imagem enquadrada, tal como o negativo irá imprimir. Sua flexibilidade com acessórios, qualidade de imagem, versatilidade e mobilidade fazem dos modelos 35mm as câmeras mais populares de todas. Dois exemplos de corpos de câmera simples: Kodak 110 e Fujica Semi - Profissional no formato 135 (ou 35mm): Canon EOS 300 Profissionais: São câmeras de grande porte, pesadas e para uso em estúdio, que trabalham com formatos maiores que 35mm, os chamados médios formatos (filmes 120) ou grandes formatos, os filmes em chapa (4x5", 5x7" 8x10", etc.). Possuem altíssima precisão óptica e, no caso das câmaras de fole, permitem distorção de perspectiva, colocação de qualquer tipo de lente ou objetiva e tem seus ajustes todos manuais, dando ao fotógrafo liberdade total de criação. Sua única limitação é o tamanho, que dificulta ou mesmo impede totalmente o controle rápido de suas funções, não podendo ser utilizada para fotografias instantâneas, como no fotojornalismo. COMO FUNCIONA A CÂMERA Desde as mais simples até as mais complexas, que permitem ajustes automáticos e programações de exposição eletrônicas, todas compartilham dos mesmos elementos fundamentais, que são: Corpo Objetiva Mecanismo de Exposição, através do dispositivo duplo obturador/ diafragma CORPO DA CÂMERA Existe uma infinidade de corpos passíveis de receber a emulsão e a objetiva, a fim de formar e registrar uma imagem. Mas todos eles possuem características comuns, que engendram os mecanismos que permitem o controle de suas funções. Assim, é no corpo que se instalam a objetiva e a emulsão, controlando a relação entre eles pelo dispositivo obturador, em geral disposto no corpo. Duas condições são primordiais no corpo: que ele seja capaz de isolar a emulsão da luz e que possua um sistema de enquadramento eficiente. Basicamente, há 3 tipos de câmeras, de acordo com o tipo de filme que usam: pequeno, médio e grande formato. Outro grupo é o das câmeras digitais, que também podem ser de pequeno, médio e grande formato. Pequeno formato: As câmeras de pequeno formato usam filmes de 35 mm e costumam ser do tipo visor direto. É aquela cujo visor não tem relação nenhuma com a lente, geralmente encontrada na grande maioria das câmeras simples, as amadoras. Neste caso, há, conforme já explicado, o problema do erro de Paralaxe, ou seja, o assunto enquadrado não é exatamente o fotografado. Como a maioria dessas câmeras não faz foco a curtas distâncias, esse desvio não chega a ser comprometedor, mas para uma foto que exija precisão de enquadramento, ela apresenta limitações. Câmeras profissionais: Rolleiflex (de filme 120), Sinar f2 4x5 pol. e uma 5x7 pol. Médio formato: Usam filmes de formato 120 ou 220 (6x6, 6x7cm) e são muito usadas por fotógrafos profissionais de estúdio. Como o tamanho da imagem produzida no original (negativo ou slide) é maior, a qualidade do produto final é melhor, visto que temos que ampliar menos o original. É o equipamento ideal para fotos publicitárias, grandes ampliações e trabalhos que exigem alta definição e qualidade de imagem. Podem ser do tipo SLR (single-lens-reflex, o termo reflex indica que a imagem vista no visor é aquela refletida por um espelho no interior da câmera. A imagem que vemos no visor é a mesma que irá impressionar o filme fotográfico), ou TLR (Twins Lens Reflex). Neste tipo, há duas lentes, colocadas uma acima da outra, e cuja função da lente superior é fazer o enquadramento e o foco, enquanto que a inferior projeta a imagem no filme quando a câmera é disparada. Existe uma engrenagem que liga as duas lentes, fazendo o foco de uma coincidir com a outra. Esse é o sistema mais eficiente para filmes no formato 120, normalmente na proporção 6x6cm, pois uma câmera SLR para este formato seria muito grande e incômoda. Mas na TLR, ela vira uma pequena caixa retangular com a abertura do visor na parte superior do corpo, facilitando muito a movimentação do fotógrafo em relação ao assunto. Grande formato: usam filmes em folhas, no tamanho 12x18cm, por exemplo. São equipamentos pesados, usados basicamente em estúdios para trabalhos de altíssima resolução e qualidade, como campanhas publicitárias, imagens para outdoors, etc. Câmeras digitais: Não usam filme fotográfico e produzem as imagens através de sensores eletrônicos (CCD ou CMOS) que transformam a luz em impulsos elétricos e as gravam em formato digital. Teremos mais adiante um capítulo especial para estes equipamentos. A famosa Rolleiflex é uma câmera TLR. OBJETIVAS Ela é responsável por captar a imagem que se quer obter e reproduzi-la sobre a superfície onde o sensor (veremos mais adiante) se localiza. É o “olho” da câmera. A objetiva é composta de várias lentes internas, com a função de capturar a imagem de forma luminosa e projetá-la para o filme. A objetiva possui 2 importantes funções. *A objetiva permite controlar a intensidade da luz que a atravessa (abertura) através do diafragma, permitindo maiores ou menores exposições à luz. *A distância focal (medida em milímetros) de uma objetiva indica o seu grau de ampliação da imagem e o seu ângulo de visão. Há vários tipos de objetiva: Objetiva normal: Produz uma imagem com perspectiva que se aproxima da visão normal, em que a proporção dos assuntos enquadrados não sofre ampliação nem redução perceptível. Objetiva grande angular: Estas objetivas têm como característica principal uma capacidade de abarcar uma área de visão bem maior que as objetivas normais. E é mais apropriada para fotos de paisagem ou em ocasiões em que se tem pouca distância para fotografar em recintos pequenos como salas em que precisamos enquadrar o máximo de área possível. Objetiva Zoom: É aquela lente que pode variar a sua distância focal e assim pode funcionar por exemplo como se fosse uma lente normal, grande angular ou teleobjetiva. Sua utilização é vantajosa pois temos três lentes em uma, mas é mais pesada e mais cara do que uma lente comum de distância focal fixa. Objetiva Macro: Pode ter distância focal normal ou de uma meia teleobjetiva. Mas é capaz de focalizar objetos a pequenas distâncias, e assim proporciona ao fotógrafo a possibilidade de fotografar detalhes minúsculos de objetos, pequenos insetos, plantas ou micro organismos. Objetiva Olho de Peixe: Lente especial com características de uma grande angular mais poderosa, capaz de abarcar um ângulo de até 180 graus. Mas não sem provocar grandes distorções na imagem. Teleobjetiva: Estas objetivas de grandes distâncias focais são apropriadas para fotografar a longa distância. É uma boa escolha para se fazerem retratos de close, uma vez que o fotógrafo poderá ficar a uma maior distância. são produzidas para observar ou fotografar objetos numa distância mais elevada, e assim as distâncias relativas entre os objetos se tornam menores. Diferenças da mesma foto tiradas com diferentes distâncias focais: ILUMINAÇÃO A fotografia nada mais é do que a escrita através da luz. Para acertar a quantidade de luz a ser registrada, deve saber combinar elementos como: velocidade, abertura do obturador e sensibilidade. FOTÔMETRO O fotômetro é um aparelho que tem por função medir a intensidade da luz. Este pode ser de mão ou embutido na máquina. Existem duas formas de determinar o valor da exposição: medindo a luz incidente e a refletida. Luz Incidente – é a luz que incide sobre o sujeito ou objeto de acordo com o ambiente em que ele se encontra. Luz Refletida – é a luz refletida pelo sujeito ou objeto. As câmeras que tem fotômetro embutido utilizam esta segunda forma de medição. ISO FOTOGRÁFICO E SUA SENSIBILIDADE A sensibilidade é indicada normalmente por números ISO (International Organization for Standardization), que é uma fusão dos sistemas ASA (American Standards Association, americano) e DIN (Deutsches Institut für Normung, alemão). Há ainda um outro sistema denominado GOST, não sendo mais utilizado nos dias atuais. O sistema ISO de classificação da sensibilidade é aritmético: por exemplo um ISO 400 é duas vezes mais rápido do que o ISO 200, exigindo metade da exposição. Classificação do ISO A sensibilidade dos filmes mais comuns são: ISO 32, 50, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 1000 e 1600. E pode ser classificado em lento, médio e rápido: Baixa Sensibilidade (ISO Lento) – 32, 50, 64... São ideais para o trabalho com toneladas de luz (dias ensolarados, sol forte). São indicados para fotografar retratos, paisagens e de igual maneira temas ligados à natureza. Média Sensibilidade (ISO Médio) – 100, 125, 160, 200... Filmes de média sensibilidade: São os mais populares para os objetivos gerais. Indicados para dias ensolarados (ISO 100) ou nublados (ISO 200) e de igual maneira flashes de baixa potência (embutido na câmera). •Alta Sensibilidade (ISO Rápido) – 400, 800, 1600, 3200 São ideais para trabalhos com pouca luz (teatros) sem uso de flash (em museus) ou durante o período também em que se usa alta velocidade para "congelar" o movimento (fotos de ação). Os filmes de ISO acima de 800 geralmente destinam-se a serviços profissionais, pois permitem alterações desses índices também em condições extremas. ISO 200 ISO 400 ISO 800 Cógigo DX – É o código impresso na bobina do filme e indica a sua sensibilidade. Nos equipamentos digitais o ISO pode ser alterado manualmente pelo fotógrafo ou quando o equipamento é utilizado no módulo automático será feita a seleção de acordo com o ambiente. EXPOSIÇÃO NA FOTOGRAFIA PROFUNDIDADE DE CAMPO Consiste na extensão, à frente e atrás do objeto focado, que também apresenta nitidez de foco aceitável na imagem. Uma imagem com pequena profundidade de campo irá apresentar nitidez apenas nos objetos situados no plano de foco; com uma grande profundidade de campo, objetos situados à frente e atrás do plano de foco apresentarão nitidez aceitável para o olho humano, mesmo que não estejam absolutamente em foco. A profundidade de campo varia de acordo com: distância focal da objetiva - quanto maior a distância focal, menor a profundidade; abertura do diafragma - quanto maior a abertura, menor a profundidade; distância entre objeto e lente - quanto maior a distância, maior a profundidade; FILME FOTOGRÁFICO Filme fotográfico ou película fotográfica utilizado em fotografia, é constituído por uma base plástica, flexível e transparente, sobre a qual é depositada uma emulsão fotográfica. Esta é formada por uma fina camada de gelatina que contém cristais de sais de prata sensíveis à luz que chega a ela através da lente da câmera. Os sais de prata, estão dispostos no filme em forma de grãos, que podem variar de tamanho a depender do tipo de filme utilizado. Quanto menor o grão, mais luz é necessária para registrar a imagem. A essa propriedade dáse o nome de sensibilidade. TIPOS DE FILME FILME PRETO E BRANCO A fotografia nasceu em preto e branco, ou melhor, preto sobre o branco, no inicio do século XIX. Os filmes atuais hoje têm uma grande gama de tonalidade, superior mesmo aos coloridos, resultando em fotos muito ricas em detalhes. Por isso as fotos feitas com filmes P&B são superiores às fotos coloridas convertidas em P&B. fotografias em preto e branco se destacam pela riqueza de passagens de tons; a fotografia colorida, entretanto, não capta apropriadamente as nuances sutis de mudanças tonais . FILME COLORIDO A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de slides (diapositivos) ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. A última é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de foto impressão automático. DIAFRAGMA O DIAFRAGMA é a estrutura que controla a quantidade de luz que passa através da lente (objetiva). É formado por uma série de lâminas que abrem e fecham permitindo a passagem de uma quantidade maior ou menor de luz. A quantidade de luz que passa pelo diafragma é medida pelos “números f” (f/x), o que se costuma chamar também de abertura da lente. Existe uma sequência fixa de números f, comum a todas as lentes. * QUANTO MAIOR O NÚMERO f MENOR A ABERTURA DA LENTE. * QUANTO MENOR O NÚMERO f MAIOR A ABERTURA DA LENTE. DIAFRAGMA E PROFUNDIDADE DE CAMPO QUANTO MAIOR O NÚMERO “f” DO DIAFRAGMA, MAIOR A PROFUNDIDADE DE CAMPO. E VICE –VERSA. Pequena profundidade de campo- f/2.8 Profundidade de campo médiaf 5.6 Grande profundidade de campo f /11 OBTURADOR DE VELOCIDADE O obturador é a estrutura responsável pelo controle do tempo em que a luz irá incidir sobre a película fotográfica, ou sobre o CCD, nas câmeras digitais. Enquanto o obturador está fechado, a luz não incide sobre o filme. Quando ele se abre, a luz impressiona o filme e produz a imagem. Quanto mais tempo o obturador estiver aberto, mais luz incide sobre a película, e vice-versa. A velocidade nada mais é do que o tempo em que o obturador fica aberto. Ela é medida em frações de segundo e obedece a uma sequência determinada, comum a todas as câmeras fotográficas. No controle de velocidade da câmera você irá encontrar, de maneira geral, os seguintes valores: Estes números indicam a fração de segundo em que o obturador fica aberto. Na câmera esses Números aparecem assim: 1” (referente a 1 segundo) 2” (referente a 2 segundos) 2 (referente a meio segundo) 4( referente a 1 quarto de segundo) velocidade B, 2”, 1”, 2, 4 , 8...... Velocidade B, 1 segundo, 1/2, 1/4, 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250, 1/500, 1/1000 de segundo. Em situações de pouca luz, na tentativa de evitar fotos escuras, devemos aplicar velocidades baixas (1 segundo a 1/60s) que é para o diagrama ficar aberto por mais tempo e a fraca luz ambiente agir mais prolongadamente sobre o sensor. O inconveniente é que este procedimento aumenta o risco de foto tremida ou borrada, na medida que aumenta o tempo em que câmera e assunto deverão permanecer imóveis. Por isso, ao fotografar em baixas velocidades, recomenda-se focar assuntos capazes de se manter imóveis, além do uso da câmera sobre tripé. 1 segundo 1/30 s Ao contrário, as altas velocidades são indicadas para assuntos em movimento: com seu obturador a uma velocidade de 1/2000s você será capaz de “congelar” um carro da Fórmula 1 em plena corrida, o que significa que ele estará completamente nítido na sua foto, como se estivesse imóvel. 1/800s A combinação entre a velocidade do obturador, a abertura e o fator ISO possibilitarão, aos que possuem câmeras com controle total da exposição, aplicar técnicas que vão acrescentar ainda mais criatividade às fotos. Há uma relação direta entre o Obturador (velocidade) e Diafragma (abertura). A relação é a seguinte: o dobro da velocidade do obturador pede a metade da abertura de diafragma indicado, e vice versa. FOCALIZAÇÃO A focalização é um dos responsáveis pela nitidez na imagem fotográfica. É AJUSTADA NO ANEL DE FOCO DA CÂMERA. FILTROS Na fotografia em preto e branco as vezes os contrastes não se apresentam de acordo com as cores naturais. Para compensar estas distorções podemos fazer uso de filtros coloridos para correção dos contrastes. Mas também podemos usar os filtros para conseguirmos efeitos os mais diferentes. Vejamos alguns filtros coloridos e os principais resultados da sua utilização: Amarelo: quando a cena inclui o céu, este será escurecido e assim haverá o destaque das nuvens. Verde: também escurece o céu, e deixa os tons da vegetação claros. Vermelho: aumenta os contrastes, escurece o céu em maior proporção do que o filtro amarelo e se for vermelho escuro o tom do céu se tornará quase negro dando um aspecto dramático ao mesmo. Azul: muito usado para aumentar a névoa da paisagem. Polarizador: Usado principalmente para eliminar ou diminuir os reflexos em vidros, metais ou água. Densidade neutra: utilizado quando necessitamos reduzir a quantidade de luz da foto, no caso de estarmos utilizando filmes de alta sensibilidade (400ASA ou mais) em condições de sol intenso. Ultravioleta: apresenta ótimos resultados quando se deseja eliminar a névoa em fotos de natureza, melhorando assim a nitidez da imagem. TIPOS DE ILUMINAÇÃO FOTOGRÁFICA Tipos de Luz Luz dura A luz dura é aquela que tem a capacidade de deixar sombras bem definidas na imagem. Uma fonte de luz dura é, necessariamente, pequena (em área) em relação ao objeto iluminado e proveniente de um único ponto. Temos como exemplos de luz dura a lâmpada incandescente doméstica, velas e a luz do sol. * Para desfazer qualquer contradição: o sol é a maior fonte de luz que conhecemos, no entanto ele se encontra tão distante que fica pequeno em relação à terra. É importante discernir os conceitos de tamanho de fonte de luz e de intensidade de luz. Luz Suave (Difusa) Tem por característica não deixar na imagem sombras bem definidas. Uma fonte de luz suave é, necessariamente proveniente de uma fonte de luz grande em relação ao objeto iluminado. Temos como exemplos de luz suave as grandes luminárias fluorescentes (tipo calha), um dia nublado ou a luz do sol que passa através de uma cortina. * Existem várias formas de conseguirmos luzes suaves: podemos utilizar grandes cabeças de luz, podemos rebater a luz ou ainda usar difusores. Contraste Entende-se por contraste a diferença entre as altas luzes (zonas claras) e as baixas luzes (zonas escuras). Quando essa diferença entre as duas zonas é muito dura, temos uma imagem de alto contraste, mas quando essa diferença é mais suave, temos uma imagem de baixo contraste. Podemos dizer, então, que o contraste é determinado pela maior ou menor diferença da variação de luz em um mesmo objeto. Se pensarmos em uma imagem em tons de cinza, o entendimento do conceito se mostra mais fácil. Quanto maior o número de tons de cinza presentes na imagem, menor o contraste. Quanto menor o número de tons de cinza presentes na imagem, maior o contraste Contra Luz (Back Light) Esta é a luz responsável por destacar o objeto do fundo e por separar zonas de um mesmo tom. Esta luz deve ser dura, iluminando o objeto no eixo oposto da câmera, sempre o mais baixo possível (no limite do quadro). Caso não seja possível posicioná-la atrás do objeto, deve-se colocá-la ao lado da luz de preenchimento (onde temos a zona mais escura do objeto). É importante lembrar que essa não é uma luz que existe no cotidiano, logo devemos ficar atentos a ela, ou corremos o risco de conferir à cena uma artificialidade ímpar. ILUMINAÇÃO EM ESTÚDIO Luz Principal (Key Light) Esta é sempre a primeira luz a ser colocada em uma cena, pois é responsável por fatores importantes à fotografia como a dramaticidade, a estrutura da iluminação e a exposição. É esta a luz que define a existência ou não das sombras e o seu possível direcionamento. Essa luz pode ser suave, dura, frontal ou lateral, de acordo com a intenção do fotógrafo. Luz de Preenchimento (Fill Light) Esta é a luz responsável por determinar o contraste da cena (através da sua intensidade amenizando ou não o contraste causado pela luz principal) e por iluminar as áreas que a mesma não alcança. A luz de preenchimento deve partir do eixo da câmera em relação ao objeto, no sentido contrário da luz principal. Essa luz deve ser uma luz suave, para evitar a criação de novas sombras na imagem. Luz de Fundo Está é a luz responsável por iluminar ou destacar o fundo de uma cena. É esta a luz também responsável por dar profundidade à cena. A partir do momento em que conseguimos diferenciar os diferentes planos da composição através da luz, temos a sensação de profundidade. Se em um esquema de luz temos somente a luz de fundo, podemos observar que o objeto principal estará numa silhueta. ILUMINAÇÃO NATURAL Iluminação natural É proporcionada pela luz do sol, que pode incidir direta ou indiretamente no assunto. A "qualidade" da luz solar varia dependendo da posição do sol, cujos raios sofrem interferência na atmosfera terrestre. Ao amanhecer, provoca tons "quentes", avermelhados ou alaranjados: Pode, ainda, ser diluída -em maior ou menor grau- pela formação de nuvens. Observe os registros abaixo (os famosos "espigões" na Marginal Pinheiros, em São Paulo), obtidos com diferença de poucos minutos: A diferença no resultado final é notória: enquanto na foto à esquerda não há contraste (fora as nuvens), a foto à direita registra a cena com muito mais dramaticidade. Não adianta ter luz suficiente; é necessário ter luz apropriada. A iluminação como diferencial de suas fotos É essencial estudar o ângulo de incidência de luz na cena a fotografar. Observe a foto abaixo: Mato. Só isso. A foto não vale nada. Observe, agora, uma foto do mesmo local, tirada poucos instantes depois da anterior: A foto ganhou uma perspectiva totalmente diferente, que nada tem a ver com a foto anterior. Qual foi o truque? Não há truque nenhum; simplesmente dei a volta no local, e percebi que a iluminação a contraluz proporcionava um efeito muito agradável (uma avaliação totalmente subjetiva). Após ajustar a abertura, cliquei, obtendo o resultado acima. Além de estudar o ângulo de iluminação mais conveniente, você tem de ajustar sua câmera para registrar os elementos que lhe interessa destacar. Observe as fotos abaixo: na primeira as espigas da planta estão expostas corretamente; já os folículos estão "queimados". Observe agora o mesmo registro no qual as espigas estão subexpostas (escuras) mas os folículos corretamente iluminados. Qual das fotos anteriores é melhor? A avaliação é totalmente subjetiva; para mim, a de baixo representa o que eu quis registrar. O contraste adequado entre os elementos na foto também deve ser considerado. Observe, na foto ao lado, como o lírio é destacado, devido à sub-exposição das regiões circundantes: Iluminação natural em retratos Observe, abaixo, duas versões da "drag-queen" registradas com poucos minutos de diferença: A foto da esquerda foi registrada quando o sol estava oculto atrás das nuvens; o registro é correto, mas -para meu gosto- sem vida. Num instante que a luz do sol iluminou à cena, efetuei o registro à direita. A cor dos objetos na cena depende da iluminação que recebem. Se isto não fica claro neste exemplo, nem sei como explicar de outra forma. Há um inconveniente na iluminação natural em retratos: se a luz do sol incide frontalmente, o modelo vai fechar parcialmente os olhos. Uma solução comumente utilizada é situar o modelo na sombra, e compensar a falta de luz com iluminação artificial (flash de recheio). Veja um exemplo: EQUIPAMENTOS EM UM ESTÚDIO Rebatedor Qualquer superfície branca ou prateada - sombrinha teto, cartão laminado, isopor, etc. - usada para rebater a luz sobre o objeto ou cena a ser fotografada. Rebatedor de guarda-chuva ou sombrinha Dispositivo auxiliar construído em forma parabólica, como guarda-chuva com a superfície refletora na parte interna. Utilizado para produzir luz rebatida ou difusa sobre o objeto. Sombrinhas Refletoras São peças que refletem a luz, produzindo efeitos levemente duros, perfeitamente controláveis. Sombrinhas Difusoras Este tipo de sombrinha transmite uma luz difusa que caracteriza a iluminação suave e, também, perfeitamente controlável. Sombrinhas Prateada e dourada Sombrinhas especiais de superfícies metalizadas, aplicadas em casos especiais (fotos de jóias, cristais, peças metálicas, etc.). Refletores Estes acessórios permitem controlar o campo de abrangência, da fonte luminosa, existindo três tipos básicos de refletores: Para ângulos de 80º, 50º e 40º. A combinação sombrinha-refletor deverá ser cuidadosamente analisada para não termos perdas desnecessárias de luz. Haze Light (Caixa difusora de luz) Produz uma luz difusa e suave. É usado na finalidade de não mostar o fundo, e para ter uniformidade na iluminação, não causando brilhos indesejáveis ou altas diferenças de contraste. È uma tocha com vegetal na frente. Fundos Existem vários tipos de fundos, eles ajudam o fotografo a chegar ao seu objetivo estético. São cenário para completar a cena. Fundo Infinito: totalmente branco (OU OUTRA COR) que dá impressão de infinito. Fundo Preto: não reflete luz, pode ser qualquer coisa preta, como pano ou até um tablado de madeira. Mesa Still Funciona como um fundo infinito, é usado para fotografar livros, vidros, perfumes, etc. Tocha ou Lâmpada incandescente (Luz Amarela) Equipamento que quando ligado a um gerador, gera uma luz de acordo com sua potência. Este equipamento possui vários acessórios, como o cone (snoot), haze light, refletores, colméia, gelatina, texturas, etc… Esta luz gera uma temperatura de cor equivalente a 3400 K. Girafa Serve para iluminar lugares de difícil acesso, e lugares inalcançáveis. Este aparelho é uma espécie de tripé com uma barra de ferro em cima, que em uma ponta possui uma tocha e na outra uma contrapeso (algumas não possuem contrapeso, sim um parafuso para fixar). Snoot Concentra luz, funciona como um funil. Colméia Também conhecida como favo de mel, serve para colocar em frente da luz e criar um efeito de textura. Tripé O mesmo que o tripé para câmera Tripé para Câmera Tripé para iluminação MANIPULAÇÃO DE IMAGENS E O PHOTOSHOP MEGAPIXEL- RESOLUÇÃO E TAMANHO DAS FOTOS Algumas palavras fazem parte do vocabulário de um fotógrafo digital, e convém tratar desse assunto com um pouco mais de atenção. Megapixel, resolução, DPI - o que é isso??? Megapixels Em linhas gerais, Megapixel um milhão de pixels. O pixel é um ponto que contém uma espécie de foto ainda não terminada, similar a uma peça de um quebra-cabeça. Quando você junta as peças deste quebra-cabeça, elas formam uma imagem. Como a imagem de marigolds acima, note que a primeira imagem está mais clara. Na segunda nós tentamos mostrar como ela é formada por milhões de pequenos pixels. Nossos olhos processam a imagem como um todo, ao passo que um computador e uma câmera digital, quebra cada imagem em pixels. Quanto mais megapixels por imagem, mais clara e definida ela será. Câmeras digitais hoje em dia variam de 2 a 6 megapixels para cada foto tirada. Estas opções afetarão a qualidade de sua imagem e o tamanho do arquivo de cada imagem. Resolução A resolução diz respeito ao tamanho da imagem que sua câmera irá produzir. Normalmente fala-se em megapixels. Porém é também comum ver câmeras apresentando resoluções, por exemplo, de 1600 x 1200. Para descobrir quantos megapixels tem sua câmera, multiplique as dimensões: Por exemplo: 1600 vezes 1200 = 1.92 milhões de pixels ou 1.92 Megapixels. Arredondando equivale a uma câmera de 2 megapixels. Quanto maior o número de megapixels, mais definida será a imagem. Veja abaixo os seguintes exemplos da relação entre resoluções e megapixels. Resolução de 1839 x 1461 = 2.61 megapixels Resolução de 3200 x 2400 = 7.8 megapixels Resolução de 1024 x 768 = .78 megapixels DPI - Dots Per Inch (Pontos por Polegada) DPI é a sigla em inglês para pontos por polegada. Isto é o que sua impressora irá reconhecer quando imprimir a sua imagem. O monitor de seu computador está configurado para ver itens em PPI, ou Pixels per Inch (Pixels por polegadas). Isso pode causar uma grande disparidade ao tentar imaginar uma grande imagem em seu monitor, e o resultado da impressão de tal imagem. Uma imagem de 72 PPI parecerá de boa qualidade em seu monitor. Cada polegada da imagem contém 72 pixels. Porém o resultado da impressão desta imagem não será muito claro. De fato, ela pode parecer quadriculada e distorcida. Ao imprimir uma imagem ela será redimensionada a aproximadamente 25% do que você vê na tela. Será preciso ter um grande PPI para imprimir suas fotografias com qualidade. A melhor maneira de obter uma impressão de qualidade é ter sua imagem dimensionada a 300 DPI. Isto irá assegurar que sua imagem será corretamente dimensionada quando impressa. Tamanhos de impressão E o que tudo isso significa no resultado final? Para obter o melhor resultado final, será preciso ter uma alta resolução, mais megapixels, e um alto DPI. Infelizmente, isto também significa arquivos e impressões extremamente grandes. Como estimar o tamanho de suas imagens antes de preparar-se para imprimí-las? Veja aqui um guia prático para ser usado como referência: Tamanho final da impressão Megapixels Imagem da tela ou monitor 2.1" x 1.6" 0.3 640 x 480 4.25" x 3.2" 1.2 1280 x 960 5.3" x 4" 2.0 1600 x 1200 6.8" x 5.1" 3.0 2048 x 1536 10" x 6.5" 5.3 3008 x 1960 10.25" x 6.8" 6.3 3088 x 2056 13.5" x 9" 11.1 4064 x 2704 Como você pode ver, se você deseja obter uma impressão 8 x 10 de uma foto em particular, você precisará de muitos megapixels para atingir um bom resultado. Do contrário, sua impressão parecerá quadriculada, ou acinzentada, em não uma imagem clara e bem definida.