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102 S. Sandri, J. Stolfi, L.Velho EMPREENDEDOR CORPORACIONAL NA ÁREA DE INFORMÁTICA Cleber C. Catão, Diego Fabrício. Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Medianeira – PR – Brasil clebercatao@gmail.com, diego.fabri1@gmail.com 102 S. Sandri, J. Stolfi, L.Velho Proceedings of the XII SIBGRAPI (October 1999) 101-104 Proceedings of the XII SIBGRAPI (October 1999) Abstract. This article seeks to describe the importance of the entrepreneur within organizations, identify the main characteristics of this entrepreneur and these are highlighted in the corporate environment. It is also rated the entrepreneurial profile in the IT field, by raising the profile offered by SEBRAE and what the main attributes defined by this survey to find which develop skills to enter the field of computer science with better prospects.. Resumo. Este artigo busca descrever a importância do empreendedor dentro das organizações, levantar as principais características desse empreendedor bem como estes se destacam no ambiente corporativo. Também é avaliado o perfil empreendedor dentro da área de TI, através do levantamento de perfil oferecido pelo SEBRAE e quais os principais atributos definidos através deste levantamento para encontrar que habilidades desenvolver para ingressar no ramo de informática com melhores perspectivas. Introdução Apresentação A globalização da economia, favorecida pela velocidade das inovações tecnológicas, sugere um clima de instabilidade e rápidas mudanças, constituindo no principal desafio para as organizações modernas. Elas buscam a obtenção de competitividade vivendo um ambiente permeado de incertezas. Com isto, necessitam aumentar sua capacidade organizacional para tornarem mais flexível e ágil. A sustentação de qualquer processo de mudança profunda requer necessariamente uma mudança fundamental na maneira de pensar. A mudança está ligada à inovação que, por sua vez, está atrelado à antecipação das ações. Estas mudanças dependem do comportamento humano, que também dependem do comportamento organizacional que na realidade é criado através do comportamento humano. A final, os prédios, as maquinas e equipamentos não decidem, não pensam, não falam. As organizações são, na verdade, grupos de pessoas que, arregimentadas, passam a buscar; trabalhar e relacionar as informações adquiridas de tal forma, que somadas e se bem trabalhadas podem se transformar em ativos intangíveis. A transformação das organizações passa necessariamente pela mudança na forma de relacionamento com o ambiente interno e externo à organização, por meio de crenças e valores consolidados na qual forma o seu alicerce. Neste contexto, a reavaliação da cultura da organização é uma das grandes dificuldades na formação pelas próprias organizações, de empreendedores corporativos, uma vez que elas próprias, muitas vezes, não estão preparadas para serem organizações empreendedoras. Encontrar dentro dessas organizações pessoas empreendedoras e capacitadas para lidar com as rápidas requisições da vida moderna é um grande facilitador tanto para as organizações quanto para aqueles que integram quanto os que as circundam. Metodologia Através de artigos, sites e livros relacionados ao objetivo final deste artigo, e a pesquisa de metodologia qualitativa foi utilizada para através de conhecimentos empíricos e através de pesquisas realizadas com empresários responsáveis por empreendimentos de sucesso em suas referentes áreas, sendo essas distintas, para que assim torne-se possível traçar um comparativo entre o empreendedor de TI e o empreendedor de outra área, sendo esta um estabelecimento comercial convencional. O método escolhido para o desenvolvimento do trabalho acadêmico foi baseado primeiramente nos resultados obtidos das pesquisas bibliográficas: publicações especializadas (livros, revistas e similares), artigos acadêmicos e redes eletrônicas; e em segundo lugar os resultados das pesquisas empíricas qualitativas baseadas nas entrevistas estruturadas com empresários da região, incluindo o preenchimento de um questionário desenvolvido especificamente pelo SEBRAE denominado “Levantamento do Perfil Empreendedor”. Desenvolvimento . Referencial Teórico . Empreendedorismo A Harvard Business School considera que empreendedorismo é “a identificação de novas oportunidades de negócio, independentemente dos recursos que se apresentam disponíveis ao empreendedor” (ABRANCHES e PAULA, 2005). No entendimento de Dolabela (1999) o termo empreendedorismo tem um significado mais abrangente: “é uma tradução da palavra entrepreneurship, que tem significado amplo. Além do tema criação de empresas, abrange também a geração do auto emprego, empreendedorismo comunitário, intraempreendedorismo e políticas públicas para um determinado setor”. O empreendedorismo é o fator que mais contribui para o bem-estar econômico do país (FERNANDES e SANTOS, 2006), tanto em termos de crescimento econômico como no que diz respeito à geração de empregos. O empreendedorismo é uma força que se bem direcionada e gerenciada pode trazer muitos benefícios e criação de diferenciais as organizações. As definições mais abrangentes mostram que o empreendedorismo vai além do ato de abrir novas empresas e que pode estar relacionado a vários tipos de organizações, em vários estágios de desenvolvimento. Esta visão quebra-se o paradigma da necessidade de estar relacionada somente a novas empresas ou negócios. Neste contexto inclui-se o empreendedorismo corporativo. Para Bom Ângelo (2004) empreendedorismo “é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio de aplicação de criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que comumente se chamaria de risco”. Mas não existe empreendedorismo sem empreendedores. Como então, definir esta pessoa que é capaz de gerar esta energia que os estudiosos de todo o mundo afirmam “fazer a diferença?”. Para Dolabela (1999) o empreendedor é um ser social, produto do meio em que vive. Para ele, é um fenômeno que pode ser regional, visto que existem cidades, regiões, países mais – ou menos empreendedores do que outros. O perfil empreendedor pode variar de um lugar para o outro. Empreendedor é alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar oportunidades, buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócios de sucesso (RODRIGUES, 2008). Já Filion, ampliou um pouco a ação do empreendedor ao perceber que o empreendedor imagina, desenvolve e realiza visões (DOLABELA, 1999). . O empreendedorismo corporacional Toda organização possui certa “cultura” ou seja, um padrão típico de comportamento dos seus membros. A cultura organizacional é um conjunto de crenças, valores e normas partilhados pelos colaboradores de uma organização e que afetam seus comportamentos e atitudes (BLATTMANN, 1999). Isto está ligado à natureza do trabalho, os valores culturais, religiosos, morais e políticos do grupo, aos fatores de ambientação do trabalho, ao nível de integração da empresa com o ambiente externo, ao porte da organização ou seu tempo de existência e a seu nível e tipo de crescimento (FERNANDES e SANTOS, 2006). A partir do momento que essas crenças e valores se tornam parte da personalidade organizacional, passam a concretizar a filosofia, os princípios que irão determinar o posicionamento da empresa diante de seu ambiente externo e interno. Não existem organizações antigas. Todas são recentes, na medida em que estão sempre renascendo, II Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – reformulando-se a cada instante em função de novos paradigmas. Em síntese, toda organização tem a dinâmica própria. O grande desafio do terceiro milênio parece ser a nossa capacidade de mudanças drásticas na cultura organizacional, pois estamos vivendo a era das incertezas e ninguém se sente seguro com a rotina. Segundo Fernandes e Santos (2006), a organização deverá estar atenta aos “sintomas culturais”, tais como: - O perfil dos dirigentes (valores pessoais, carreiras e carismas). - O perfil dos colaboradores (meio sociocultural, profissional e pedagógico). - Os ritos e símbolos (atitudes recíprocas dos colaboradores e local dos postos de trabalho) - A comunicação (interna, externa, formais, informais, descendentes e ascendentes) - As estratégias (forma, conteúdo e eficácia). - A filosofia global de gestão. Assim, muitas culturas facilitam a comunicação, a partilha de experiências e de informação. Outras favorecem a centralização da informação, a competição exagerada e a manipulação. É necessário adequar-se a cultura para a obtenção dos objetivos. Blattmam (1995) salienta a importância dos valores culturais, sociais e históricos impregnados nas pessoas, são estes valores que interagem na escolha do livre arbítrio e interferem na organização e na sociedade. As diferenças relativas aos valores que cada pessoa tem, interferem na percepção e consequentemente em seus pensamentos e atos. Por este motivo, valores e crenças das pessoas exercem forte impacto sobre o comportamento organizacional, pois as organizações são constituídas de pessoas. Cada vez mais as empresas serão diferenciadas com base naquilo que sabem e como vão agir. As empresas não podem mais esperar que os produtos e práticas que fizeram seu sucesso no passado possam mantê-las viável no futuro. Uma empresa que busca a prosperidade nesta década deve ser “uma organização que sabe como fazer bem e rápido novas coisas”. Neste contexto, cada vez mais as atividades baseadas no comportamento empreendedor, estarão obtendo vantagens competitivas. Um dos grandes desafios dos gestores de organizações é desenvolver e expandir seus ativos. Os ativos tangíveis em que sempre foram fatores determinantes para o desempenho no balanço patrimonial como as maquinas, equipamentos e mobiliários. Os ativos intangíveis que tem sua relevância através da competência de seus funcionários, oriundos da geração, disponibilização e transferência do conhecimento na qual possibilita ao funcionário agir em diversas situações. Torna-se evidente que os profissionais que não buscar enquadrar-se neste perfil, irá aos poucos perder espaço num mercado cada vez mais voltado para o conhecimento e atitudes empreendedoras e menos para simplesmente a informação. Este novo profissional é produto de um contínuo processo de renovação de sua base de conhecimento e de seu comportamento dentro da organização (SCHMIDT e BOHNENBERGER, 2009). O comportamento é o mecanismo que um indivíduo utiliza para dar resposta a um determinado evento, na busca de satisfazer seu conjunto de necessidades. O comportamento humano depende das características de sua personalidade. Simplificando, a definição de personalidade é como a soma total de maneiras pelas quais um indivíduo reage e interage com os outros. É descrita mais frequentemente em termos de traços mensurados que uma pessoa exibe. O reconhecimento da importância de desenvolver habilidades interpessoais em colaboradores, está firmemente ligado à necessidade das organizações de conseguir atrair e mantê-los com alto nível de desempenho (FREITAS, MARTENS, et al., 2012). As habilidades técnicas são necessárias, mas insuficientes, para se ter sucesso. Cada vez mais em nossa sociedade, a evolução dos negócios está representada pela tendente valoração de ativos intangíveis em demérito a ativos físicos, pois nesta era do conhecimento a dimensão do trabalho passou-se de manual para intelectual. Com isto, necessariamente as crenças e valores tornam parte da personalidade organizacional (BLATTMANN, 1999). Cada vez mais, as empresas estão visualizando o conhecimento e o perfil de seus colaboradores como chave da vantagem competitiva sustentável. O ativo material de uma empresa, só terá valor real se as pessoas souberem o que fazer com ele. Se o “souber fazer” define o que a empresa é, então o conhecimento realmente é a empresa num sentido importante. Há vários ativos tangíveis que quando mais se usa menos tem valor (BAMBINI, MENDES, et al., 2007). Já o conhecimento como ativo intangível, quanto mais se usa mais se valoriza. Todos os ativos e estrutura – querem tangíveis ou intangíveis – são resultados das ações humanas. Todos dependem das pessoas, em última instância, para continuar a existir (RICCA, 2004). Para Bom Ângelo (2004) para existir colaboradores com perfil empreendedor dentro das empresas, algumas condições se fazem necessárias, como o estímulo a novas ideias, autonomia, pró-atividade e incentivo para que os funcionários assumam riscos calculados. Para este autor, essas condições ajudam aqueles que possuem um perfil empreendedor a desenvolverem projetos, ideias, mudanças e transformações dentro das corporações. Na verdade, um talento com espírito empreendedor não fica por muito tempo em uma empresa que não valoriza suas iniciativas. Uma grande ameaça, torna-se quando este fenômeno acontece e o ex-funcionário busca outro lugar onde possa explorar suas ideias e este lugar seja o concorrente, ou tornando-se um novo concorrente ao satisfazer sua necessidade de realização abrindo seu próprio (GOMPERS, KOVNER, et al., 2008). Quem já trabalhou em uma empresa de grande porte sabe que principais dificuldades para se consolidar uma cultura empreendedora é a rigidez dos processos de aprovação e decisões, liderança com perfil centralizador e dificuldades nas tratativas com as pessoas, excesso de burocracia, falta de sinergia e habilidades em negociação, pouca ou nenhuma tolerância a erros e fracassos, falta de orçamentos para empreendimentos em capital de riscos, entre vários outros. Segundo Ângelo (2004) o empreendedor corporativo tem uma nova postura de quem faz a diferença, tornando cada vez mais importante nas organizações porque ele é capaz de perceber oportunidade onde os outros enxergam dificuldades. O empreendedorismo corporativo, implementado de forma a sistematizar a inovação na empresa, tem sido a solução mais completa para este dilema, pois concilia os desafios atuais da organização com desafios futuros, sem perda de foco e com otimização dos recursos organizacionais. O empreendedorismo permite ainda à empresa apoiar as pessoas a pensar diferente, propor novas formas de se fazer certas as tarefas, estimulando-as a ter novas ideias de produtos e serviços. Estas pessoas com o espírito empreendedor podem fazer acontecer, mas a organização pode não ser muito empreendedora, ou seja, neste caso as inovações dependem muito de poucos indivíduos que rompem barreiras. Por este motivo, para implementação de uma cultura empreendedora em uma organização, faz-se necessário uma análise na cultura organizacional da empresa e identificar e planejar ações de preparação do ambiente e da cultura organizacional (BARLACH, 2010). . O empreendedorismo em TI Do surgimento da Máquina Diferencial de Charles Babbage até o primeiro computador eletrônico desenvolvido pela ideia visionária do instrutor de auto escola John W. Mauchly, que sugeriu que se utiliza-se de válvulas ao invés de componentes mecânicos para que os cálculos matemáticos fossem realizados, passaram-se mais de 100 anos (CAMPBELL-KELLY, 2004). Desde então, a computação evoluiu de forma a transformar o mundo. Após a segunda guerra mundial, o mundo viu uma série de aparatos tecnológicos surgirem em escala industrial. Aparatos estes desenvolvidos para uso militar que se tornariam fadados ao esquecimento caso empreendedores não percebessem a possibilidade de uso civil e irrestrito destes equipamentos. Continuando esse processo de avanço tecnológico, empresas surgiram nas décadas de 70 e 80, moldando o formato como hoje são comercializados computadores e "gadgets". Observando estas mesmas empresas, pode-se observar padrões entre os fundadores e as atitudes tomadas por estes até chegarem ao atual status de "gigante": iniciativa e persistência. Estes são considerados pontos importantes para o empreendedor (GOMPERS, KOVNER, et al., 2008). . Metodologia: Pesquisa de Campo e Análise Através da realização de entrevista escrita com um empreendedor do sudeste do estado de São Paulo, empresário de áreas comuns do comércio varejista, chamado aqui de VAREJISTA para garantir seu anonimato, e um empresário de TI da capital do estado do Paraná, chamado aqui de ETI pelas mesmas razões que o empresário anterior, procurar-se-á levantar o perfil do empreendedor e quais as características são destacadas entre o VAREJISTA e o ETI. Um formulário de levantamento de perfil elaborado pelo SEBRAE foi preenchido por estes empresários, que, conforme informações constantes do próprio formulário, deveriam respondê-lo de forma mais sincera possível, para garantir que os dados sejam os mais relevantes possíveis. O VAREJISTA é administrador de uma empresa de vendas de GLP(gás liquefeito de petróleo), a qual já foi proprietário, e devido a questões financeiras, à época, foi necessária a sua venda. Hoje, além de administrar a empresa, que já o faz a aproximadamente 7 anos, também é encarregado e equipe de logística e transbordo de carga em uma grande transportadora e concessionária de ferrovia. Já o ETI, empresário do ramo de TI, é sócio fundador de empresa de desenvolvimento de aplicativos de auditoria fiscal a mais de 20 anos no mercado, estabelecida e considerada em abril de 2013, através de pesquisa da RPCTV, como a criadora do aplicativo mais conceituado na área. Também foi informado a ambos os entrevistados que suas informações pessoais não seriam reveladas e que apenas tópicos básicos sobre as empresas seriam informadas para um levantamento adequando de seus perfis. Folha de Avaliação Ambos empreendedores preencheram a folha de entrevista relacionada ao Levantamento de Perfil do Empreendedor do SEBRAE, onde existem 5 opções para cada uma das 85 afirmações da entrevista: 1 - Nunca, 2 - Raramente, 3 - Algumas Vezes, 4 - A maioria das vezes e 5 - Sempre. Essas respostas foram transcritas em uma tabela para soma de pontos para cada tipo de competência observada pelo SEBRAE em sua cartilha que indicaram, para cada empreendedor, a Tabela 1 para o VAREJISTA e a Tabela 2 para o ETI, com os seguintes valores: Característica avaliada Valor 01 Tem iniciativa 18 02 Busca Oportunidades 15 03 Persistência 17 04 Busca Informações 21 05 Exigência de Qualidade 22 06 Cumprimento de Contratos de Trabalho 22 07 Orientação para Eficiência 20 08 Orientação para Objetivos 18 09 Planejamento Sistemático 14 10 Resolução de Problemas 17 11 Assertividade 18 12 Autoconfiança 20 13 Correr riscos moderados 15 14 Uso da estratégia de influência 18 15 Monitoramento 18 16 Preocupação com Gestões Financeiras 20 17 Fator de Correção 18 Tabela 1 - Resultados da folha de avaliação VAREJISTA Característica avaliada Valor 01 Tem iniciativa 17 02 Busca Oportunidades 23 03 Persistência 24 04 Busca Informações 22 05 Exigência de Qualidade 25 06 Cumprimento de Contratos de Trabalho 24 07 Orientação para Eficiência 24 08 Orientação para Objetivos 25 09 Planejamento Sistemático 23 10 Resolução de Problemas 24 11 Assertividade 24 12 Autoconfiança 23 13 Correr riscos moderados 20 14 Uso da estratégia de influência 24 15 Monitoramento 22 16 Preocupação com Gestões Financeiras 23 17 Fator de Correção 18 Tabela 2 - Resultados da folha de avaliação ETI Fator de Correção Para evitar que exista algum tipo de tentativa de valorização de características pessoas, as repostas das afirmações 17, 34, 51, 68 e 85 são utilizadas para evitar uma grande autovalorização da própria imagem. Assim sendo, deve-se subtrair pontos caso as soma dessas respostas ultrapassem a seguinte faixa de valores: 19 ou menos = sem correção 20 ou 21 = subtrai 3 22 ou 23 – subtrai 5 24 ou 25 = subtrai 7 Aplicando o fator de correção encontrado para ambos os empreendedores, obtém-se os seguintes valores indicando a pontuação final para cada empreendedor na Tabela 3 e Tabela 4: Item Característica avaliada Valor 01 Tem iniciativa 18 02 Busca Oportunidades 15 03 Persistência 17 04 Busca Informações 21 05 Exigência de Qualidade 22 06 Cumprimento de Contratos de Trabalho 22 07 Orientação para Eficiência 20 08 Orientação para Objetivos 18 09 Planejamento Sistemático 14 10 Resolução de Problemas 17 11 Assertividade 18 12 Autoconfiança 20 13 Correr riscos moderados 15 14 Uso da estratégia de influência 18 15 Monitoramento 18 16 Preocupação com Gestões Financeiras 20 Tabela 3 - Resultados da folha de avaliação após aplicação do fator de correção do VAREJISTA. Item Característica avaliada Valor 01 Tem iniciativa 17 02 Busca Oportunidades 23 03 Persistência 24 04 Busca Informações 22 05 Exigência de Qualidade 25 06 Cumprimento de Contratos de Trabalho 24 07 Orientação para Eficiência 24 08 Orientação para Objetivos 25 09 Planejamento Sistemático 23 10 Resolução de Problemas 24 11 Assertividade 24 12 Autoconfiança 23 13 Correr riscos moderados 20 14 Uso da estratégia de influência 24 15 Monitoramento 22 16 Preocupação com Gestões Financeiras 23 Tabela 4 - Resultados da folha de avaliação após aplicação do fator de correção do ETI. Análise de Perfil Continuando o processo de levantamento de perfil, seguindo os passos demonstrados no material fornecido pelo SEBRAE, efetuo-se a criação do Mapa de Identificação e Análise de Perfil, onde demarca-se no referido cruzamento entre o item avaliado e a pontuação obtida na resposta do questionário. Após a realização desta tarefa, linhas ligando as marcações para demonstração dos resultados obtidos pelos entrevistados VAREJISTA e ETI respectivamente através da Figura 1 e Figura 2. Figura 1 - Mapa de Identificação e Análise de Perfil do VAREJISTA. Figura 2 - Mapa de Identificação e Análise de Perfil do ETI. Análise dos Resultados Com os dados obtidos pelo Mapa de Identificação e Análise de perfil das figuras 1 e 2, observa-se as siglas sobre cada intervalo de valores. Esses intervalos permitem mensurar a capacidade de cada empreendedor e verificar onde estão enquadradas suas características, seus pontos fortes e fracos, conforme a Tabela 5 de determinação de perfil: Determinação dos Perfis Pontuação PI Perfil Empreendedor Inferior Entre 01 a 05 pts. PMI Perfil Empreendedor Médio Inferior Entre 06 a 10 pts. PM Perfil Empreendedor Médio Entre 11 a 15 pts. PMS Perfil Empreendedor Médio Superior Entre 16 a 10 pts. PS Perfil Empreendedor Superior Entre 21 a 25 pts. Tabela 5 - Determinação de Perfil pela Pontuação . Resultados e Conclusões Pode-se observar uma diferença razoável entre as pontuações obtidas por cada empreendedor, onde a média atingida pelo VAREJISTA é de 18,3 pontos, e o ETI atingiu 22,9. Isso devido a vários fatores que modificam a forma como seus empreendimentos devem ser geridos e onde os maiores esforços devem ser aplicados. O VAREJISTA possui seu empreendimento em uma cidade do interior onde a concorrência, apesar de dura, é bem menor, solicitando bem menos esforços em determinados pontos avaliados, como a busca de oportunidades e o planejamento. Em caminho contrário, ETI possui índices indicadores bem maiores nesses pontos, demonstrando uma grande capacidade de gerenciamento. Ainda assim, verificamos que, tanto o VAREJISTA, que ficou com pontuação média na faixa de "Empreendedor Médio Superior", quanto ETI, com média na faixa "Empreendedor Superior" possuem os requisitos solicitados por seus empreendimentos que os mantém em uma situação confortável no mercado. Isso graças a suas habilidades. Pode-se, com resalvas, observar algumas características e atitudes provindas de seus perfis. Estilo de ação o impulso para a pró-atividade, o pioneirismo e a competitividade. A busca de resultados, autoconfiança e força de vontade. Possui também a inclinação à autonomia que permite aos empreendedores agirem com desenvoltura e liberdade. Também na esfera da comunicação apresenta aspectos que apontam a forte vocação para o empreendedorismo. Isto se revela pela forma expansiva e eloquente de se comunicar, capacidade de persuasão e extroversão. Provavelmente dispõe de boa fluência verbal e potencial para desenvolver uma argumentação convincente e bem articulada. Possui grande tendência para a sociabilidade, podendo se integrar com facilidade em qualquer ambiente, o que é ótimo para estabelecer novos contatos e “abrir portas”. A agilidade, o senso de urgência e de prontidão fazem parte deste padrão. Possui versatilidade que lhe permite fazer várias coisas ao mesmo tempo e capacidade de aprendizagem rápida. Todos estes atributos somados ao ritmo acelerado de atuação lhe trazem a aptidão para lidar com atividades de curto prazo e cronogramas apertados, comuns na atualidade e na vida de empreendedores. Seu posicionamento perante referenciais externos é igualmente obstinados. Audaz, original e independente, desta forma sempre que possível, busca soluções inovadoras e criativas. Visão de estratégica e capacidade de improviso e saber lidar com mudanças repentinas. . Considerações finais A busca constante de conhecimento é parte importante, tanto do empreendedor, para entender a realidade que o cerca e as necessidades de adaptações constantes para se manter ativo como empresário, e também, no âmbito educacional e acadêmico. Principalmente na área de TI, que se desenvolve com velocidade exponencial, graças ao advento que tecnologia ajuda a desenvolver tecnologia, e a grande demanda de mercado para esta área, demonstra a necessidade de efetuar pesquisas para adquirir novos conhecimentos tanto quanto a buscas de novas experiências, buscando sempre novas habilidades e aperfeiçoamento das que já possui, para quem sabe tornar-se um empreendedor. Referências Bibliográficas Proceedings of the XII SIBGRAPI (October 1999) 101-104 Proceedings of the XII SIBGRAPI (October 1999)