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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL ALEX SOARES SOUZA AMANDA BELIZAIRO OLIVEIRA CÁSSIO MELO DA SILVA DIONÍZIA MOURA AMORIM JOSIANE CELERINO DE CARVALHO LIDIANE CELESTINO DE FREITAS LOIRENA DO CARMO MOURA SOUSA NÁGILLA GABRIELLA BARBOSA SÔNIA DA CONCEIÇÃO DE ABREU VENA MOTA DE CASTRO RELATÓRIO TÉCNICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I ALTAMIRA – PARÁ JULHO DE 2011 2 ALEX SOARES SOUZA AMANDA BELIZAIRO OLIVEIRA CÁSSIO MELO DA SILVA DIONÍZIA MOURA AMORIM JOSIANE CELERINO DE CARVALHO LIDIANE CELESTINO DE FREITAS LOIRENA DO CARMO MOURA SOUSA NÁGILLA GABRIELLA BARBOSA SÔNIA DA CONCEIÇÃO DE ABREU VENA MOTA DE CASTRO RELATÓRIO TÉCNICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Relatório apresentado como requisito para avaliação na disciplina Estágio Supervisionado I, do curso de Bacharelado em Engenharia Florestal da UFPA, sob orientação dos professores Milquéias Calvi e Elisana Batista. ALTAMIRA – PARÁ JULHO DE 2011 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 8 1. MÓDULO I – SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF) ...................................... 11 1.1. Objetivo ........................................................................................................... 12 1.2. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 12 1.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 12 1.3.1. Caracterização da Família e da Propriedade I .......................................... 12 1.3.2. Caracterização da Família e da Propriedade II ......................................... 15 1.4. Considerações FINAIS .................................................................................... 17 2. MÓDULO II – AVALIAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DE IMPACTO REDUZIDO (EIR) ............................................................................................................................... 18 2.1. Objetivo ........................................................................................................... 19 2.2. Material e Métodos .......................................................................................... 19 2.3. Resultados e Discussão .................................................................................... 21 2.4. Considerações finais ........................................................................................ 23 3. MÓDULO III – ECOLOGIA E DIVERSIDADE................................................... 25 3.1. Levantamento Dendrológico ............................................................................ 26 3.1.1. Objetivo .................................................................................................... 27 3.1.2. Material e Métodos ................................................................................... 27 3.1.3. Resultados e Discussões ........................................................................... 27 3.1.4. Considerações Finais ................................................................................ 35 3.2. Levantamento Fitossociológico ....................................................................... 36 3.2.1. Material e Métodos ................................................................................... 36 3.2.2. Resultados e Discussões ........................................................................... 37 3.2.3. Considerações Finais ................................................................................ 44 4. MÓDULO IV – FABRICAÇÃO DE MÓVEIS ARTESANAIS ............................ 45 5. VISITA TÉCNICA ÀS EMPRESAS DE ANAPU-PA .......................................... 46 5.1. ASSEFA – Associação Solidária Econômica e Ecológica de Frutas da Amazônia .................................................................................................................... 46 5.2. DI TRENTO .................................................................................................... 47 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 49 APÊNDICE A – Registros fotográficos do Módulo I .................................................... 54 APÊNDICE B – Registros fotográficos do Módulo II ................................................... 56 4 APÊNDICE C – Registros fotográficos do Módulo III .................................................. 58 APÊNDICE D – Registros fotográficos do Módulo IV ................................................. 60 APÊNDICE E – Registros fotográficos das visitas às empresas de Anapu-PA ............. 62 5 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Dona Regiane e seus filhos. .................................. Erro! Indicador não definido.2 Figura 2 – SAF da Propriedade I. ........................................... Erro! Indicador não definido.2 Figura 3 – Croqui da Propriedade I. ....................................... Erro! Indicador não definido.3 Figura 4 – Zé da Conceição e sua família. .............................................................................. 15 Figura 5 – SAF da Propriedade II. .......................................................................................... 15 Figura 6 – Croqui da Propriedade II ........................................................................................ 15 Figura 7 – Representação baseada na metodologia do IMAZON para mediçaõ de clareiras. .................................................................................................................................... 20 Figura 8 – Representação de uma tora de madeira. ................................................................. 20 Figura 9 – Representação esquemática da localização das clareiras estudadas.Erro! Indicador não definido.21 Figura 10 – Croqui da clareira I. ............................................................................................. 22 Figura 11 – Croqui da clareira II. ......................................... Erro! Indicador não definido.22 Figura 12 – Croqui da clareira III ............................................................................................ 23 Figura 13 – Croqui da clareira IV............................................................................................ 23 Figura 14 – Representação da diversidade de famílias botânicas da área estudada. ............... 29 Figura 15 – Representação gráfica quanto a base do fuste da família Annonaceae. ............... 30 Figura 16 – Representação gráfica quanto ao ritidoma da família Annonaceae. .................... 31 Figura 17 – Representçaõ gráfica quanto ao tipo de fuste da família Fabaceae...................... 31 Figura 18 – Representação quanto a forma de fuste da família Fabaceae............................... 32 Figura 19 – Representação gráfica quanto a base do fuste da família Fabaceae ..................... 32 Figura 20 – Representação gráfica quanto ao ritidoma da família Fabaceae .......................... 33 Figura 21 – Representação gráfica quanto a base do fuste da família Sapotaceae.................. 34 Figura 22 - Representação gráfica quanto ao ritidoma da família Sapotaceae....................... 34 Figura 23 – Representação gráfica quanto a forma da copa da família Lecythidaceae .......... 35 Figura 24 – Representação gráfica quanto ao ritidoma da família Lecythidaceae .................. 35 Figura 25 – Distribuição diamétrica da comunidade de árvores, em entervalos de 10cm de DAP ..................................................................................................................................... 38 Figura 26 – Gráfico da curva espécie/área. ............................................................................. 38 Figura 27 – Espécies com maior IVI (Indice de Valor de Importância). ................................ 39 Figura 28 – Demonstração do uso dos equipamentos da movelaria. ...................................... 45 Figura 29 – Banco fabricado de modo artesanal. .................................................................... 45 Figura 30 – Entrevista com a família II ................................................................................... 54 Figura 31 – Casa de farinha da Propriedade II. ....................................................................... 54 Figura 32 – Visita à área de SAF. ........................................................................................... 54 Figura 33 – SAF da Propriedade II. ........................................................................................ 54 Figura 34 – Criação de suinos da Propriedade II. ................................................................... 54 Figura 35 – Análise do SAF .................................................................................................... 54 Figura 36 – Área de queimada da Propriedade II. ................................................................... 55 Figura 37 – Área de APP ......................................................................................................... 55 Figura 38 – Igarapé da Propriedade II. .................................................................................... 55 Figura 39 – Consorcio de banana e cupuaçu. .......................................................................... 55 Figura 40 – Criação de aves da Propriedade II ....................................................................... 55 6 Figura 41 – Fmília II, Grupo 4, Prof. Elisana Batista e monitor Fredson Caitano .................. 55 Figura 42 – Apresentação da metodologia a ser utilizada no Módulo II................................. 56 Figura 43 – Medição da estrada secundária ............................................................................ 56 Figura 44 – Medição do pátio de estocagem ........................................................................... 56 Figura 45 – Medição dos disperdícios no pátio ....................................................................... 56 Figura 46 – Medição das clareiras ........................................................................................... 56 Figura 47 – Medição das trilhas de arraste .............................................................................. 56 Figura 48 – Medição do toco ................................................................................................... 57 Figura 49 – Medição das clareiras ........................................................................................... 57 Figura 50 – Árvore recém derrubada ...................................................................................... 57 Figura 51 – Regeneração Natural do pátio .............................................................................. 57 Figura 52 – Gruppo 4 e os monitores Olair Nascimento e Victor Cabreira. ........................... 57 Figura 53 – Análise da casca viva ........................................................................................... 58 Figura 54 – Análise de exsudato. ............................................................................................ 58 Figura 55 – Análise da raiz. ..................................................................................................... 58 Figura 56 – Análise da sapopema. ........................................................................................... 58 Figura 57 – Análise de fitossociologia. ................................................................................... 58 Figura 58 – Análise da casca viva. .......................................................................................... 58 Figura 59 – Casca viva em anéis. ............................................................................................ 59 Figura 60 – Casca viva fibrosa. ............................................................................................... 59 Figura 61 – Análise fitossociológica. ...................................................................................... 59 Figura 62 – Ritidoma rugoso. .................................................................................................. 59 Figura 63 – Ritidoma sujo ....................................................................................................... 59 Figura 64 - Ritidoma fissurado. ............................................................................................... 59 Figura 65 – Movelaria da Asssociação Virola Jatobá. ............................................................ 60 Figura 66 – Fabricação de móveis artesanais. ......................................................................... 60 Figura 67 – Métodos artesanais de fabricsção. ........................................................................ 60 Figura 68 – Móvel artesanal pronto. ....................................................................................... 60 Figura 69 – Utilização da lixadeira ......................................................................................... 60 Figura 70 – Inchó e goiva ........................................................................................................ 60 Figura 71 – “Bolachas” de madeira ......................................................................................... 61 Figura 72 – Fabricação de máveis. .......................................................................................... 61 Figura 73 – Visita à movelaria. ............................................................................................... 61 Figura 74 – Demonstração de uso da motosserra. ................................................................... 61 Figura 75 – Visita à ASSEFA ................................................................................................. 62 Figura 76 – Câmara fria da ASSEFA ...................................................................................... 62 Figura 77 – Túnel de congelamento ........................................................................................ 62 Figura 78 – Tanques para lavagem das frutas ......................................................................... 62 Figura 79 – Visita à serraria DI TRENTO .............................................................................. 62 Figura 80 – Madeira processada .............................................................................................. 62 Figura 81 – Toras no pátio de estocagem ................................................................................ 63 Figura 82 – Processamneto das toras ...................................................................................... 63 Figura 83 -.Transporte da madeira processada para a camara de secagem ............................. 63 Figura 84 – Empacotamento da madeira seca – para exportação ............................................ 63 7 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Espécies de cultivo anual e perene encontradas na Propriedade I ................ 14 Tabela 2 – Espécies encontradas da área de SAF‟s da Propriedade II ........................... 16 Tabela 3 – Área aberta por clareira estudada.................................................................. 22 Tabela 4 – Espécies levantadas....................................................................................... 28 Tabela 5 – Famílias com maior número de indivíduos ................................................. 29 Tabela 6 – Espécies com índice de maior importância e suas relativas ......................... 39 Tabela 7 – Lista de todos os indivíduos ........................................................................ 40 Tabela 8 – Principais frutas comercializadas pela ASSEFA ......................................... 47 Tabela 9 – Principais espécies processadas pela serraria DI TRENTO ........................ 47 8 INTRODUÇÃO O projeto de colonização da Amazônia concebido pelo Governo Militar na década de 1970 com o slogan “Homens sem terras para terras sem homens”, trouxe centenas de agricultores oriundos principalmente das regiões Sul e Sudeste do País para o norte. Nesse contexto surge a Transamazônica (BR 230), planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país. O projeto previa a criação de agrovilas, pequenas comunidades à beira da Transamazônica. No papel, cada uma teria até 64 famílias, escola, igreja ecumênica, posto médico e pequeno comércio, porém a realidade era bem diferente. Muitos agricultores acabaram vendendo ou abandonando suas propriedades devido às precárias condições de vida encontradas. Para os que persistiram, foi lhes dada à missão de desmatar em até cinco anos 50% da propriedade (módulo de 100 há-agricultura familiar) para torná-la produtiva. Tal imposição era fundamentada no Código Florestal Brasileiro (Lei 4.771/1965) que previa uma reserva legal de 50% da propriedade. O governo ficou responsável pela abertura das estradas, “compromisso não cumprido”. Na década de 1980 houve um intenso fluxo migratório espontâneo (sem auxílio do INCRA) de agricultores para a região, porém não havia propriedades disponíveis para agricultura familiar. Em 1989 a área de reserva legal na Amazônia aumentou e passou a ser de 80% (Lei nº 7803/1989-Código Florestal) e o governo precisou retroceder e adotar medidas de contenção do desmatamento provocado pelo avanço da fronteira agrícola. Títulos de lotes de 3.000ha foram no inicio da colonização da Transamazônica vendidos às famílias de poder aquisitivo maior que não precisavam ocupar imediatamente a área. Essas terras passaram então a ser ocupadas por agricultores que já não conseguiam terras, iniciando uma série de conflitos ainda marcantes nos dias atuais. O PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Virola Jatobá surge em meio a um destes conflitos que culminou com o assassinato de Irmã Dorothy Stang em 2005. Graças a seu esforço e dos movimentos sociais da região, foi possível não só a criação, mas a efetivação deste projeto. Atualmente 400 famílias residem no PDS, sendo que apenas 182 são cadastradas no INCRA. Desde sua criação Várias entidades apoiaram significativamente a criação do Virola Jatobá dentre elas, FETRAGRI (Federação dos Trabalhos em Agricultura) , MPF (Ministério Público Federal), FVPP (Fundação Viver 9 Produzir e Preservar), IDEFLOR (Instituto de Desenvolvimento Florestal-PA), SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), CPT (comissão pastoral da Terra), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos). A modalidade de Projeto de Reforma Agrária (PDS) foi criado em 04 de novembro de 1999 pela Portaria/INCRA/P Nº477 é destinado às populações que baseiam sua subsistência no extrativismo, na agricultura familiar e em outras atividades de baixo impacto ambiental. O apoio à instalação e de crédito, infraestrutura básica (estradas de acesso, água e energia elétrica) e a titulação são responsabilidade do INCRA. O Virola Jatobá é um projeto baseado no Manejo Florestal Comunitário que consiste em conjunto de procedimentos que visam o gerenciamento comunitário da extração de madeira e produtos não-madeireiros com o mínimo de danos à floresta. É assumido pela comunidade e se diferencia da visão puramente econômica e de mercado que orienta o manejo empresarial. Os comunitários do PDS ainda não dispõem de técnicas para gerir o Plano de Manejo, executado pela empresa Vitória Régia Exportadora Ltda. que adota o sistema de exploração de impacto reduzido na área de 21.000ha do PDS Virola Jatobá. A exploração de impacto reduzido é assim chamada por comparação com as explorações de alto impacto e de baixo impacto. Por alto impacto entende-se a exploração convencional, destrutiva, e por baixo impacto a exploração tradicional, realizada há séculos principalmente pelas populações ribeirinhas, que retiram baixo volume de madeira e causam poucos danos à mata. As atividades da empresa são monitoradas pelo Engenheiro Florestal contratado pela Associação Virola Jatobá do PDS de Anapu a qual pertencem todos os moradores do PDS com nome em RB (Relação de beneficiários do INCRA). O PDS conta com a COOPAF - Cooperativa de Produtores Agrícolas Orgânicos e Florestais de direito privado e natureza civil Ltda. que tem por objetivo o fomento e a difusão das alternativas econômicas e comunitárias. O Estágio supervisionado I, realizado no período de 26 de junho a 02 de julho de 2011 no PDS Virola Jatobá objetivou proporcionar aos acadêmicos do curso de Engenharia Florestal turma 2010, uma maior interação entre o conhecimento técnico das 10 disciplinas cursadas até então e o conhecimento empírico praticado pela comunidade, assim como estabelecer um primeiro contato prático com as atividades profissionais de um Engenheiro Florestal. Tal estágio só foi possível graças à parceria entre a Universidade Federal do Pará, Associação Virola Jatobá do PDS de Anapu, Associação Solidária Econômica e Ecológica de Frutas da Amazônia (ASSEEFA) e da empresa Vitória Régia LTDA. As atividades do estágio foram desenvolvidas em 3 módulos, a saber: Módulo I Sistemas Agroflorestais – SAF‟s; Módulo II- Avaliação da Exploração de Impacto Reduzido; Módulo III- Ecologia e Diversidade, visita técnica à empresa de exportação madeireira Di Trento e a ASSEFA. Foi apresentada também a produção de móveis artesanais na comunidade com os resíduos da madeira da exploração florestal. 11 1. MÓDULO I – SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF) Os sistemas agroflorestais (SAF‟s) devem incluir, pelo menos, uma espécie “florestal” arbórea ou arbustiva. Essas espécies podem ser associadas com uma ou mais espécies agrícolas e/ou animais. Nos SAF‟s, as espécies florestais, além de fornecer produtos úteis para o agricultor, desempenham um importante papel na manutenção da fertilidade dos solos (COSTA et al., 2002). Há várias tecnologias passíveis de uso com o propósito de recuperar a capacidade produtiva do solo. Entre outros, os sistemas agroflorestais também é uma alternativa sustentável, com possibilidade de auxiliar na redução do desmatamento, uma vez que rompe com o ciclo da agricultura migratória tão comum na região, a qual, em função de períodos de pousio muito curtos para a recuperação dos solos, aumenta a pressão sobre as áreas de floresta primária (SMITH et al., 1998 apud BRIENZA JÚNIOR, et al., 2009). O objetivo principal dos SAF‟s é de otimizar o uso da terra, conciliando a produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra para produção agrícola. Áreas de vegetação secundária, sem expressão econômica e social, podem ser reabilitadas e usadas racionalmente por meio de práticas agroflorestais (ENGEL, 1999). Os sistemas agroflorestais superam os sistemas de monocultivo ecológica e economicamente, entretanto, as lacunas supracitadas favorecem a continuidade da secular agricultura de corte e queima, ou de subsistência (BENTES- GAMA). Segundo BRIENZA JÚNIOR (2009), na Amazônia brasileira existem várias experiências sobre recuperação de áreas alteradas com SAF‟s, havendo predominância de dois grupos: Primeiro Grupo – Encontram-se os trabalhos realizados por instituições de pesquisa ou independentes cujas informações serão geradas de forma sistematizada e dentro de um rigor científico. Segundo Grupo – Predominam experiências empíricas realizadas por produtores dos mais variados setores. E, nesse caso, os produtores têm maior interesse no final e não se preocupam com os meios usados na “experimentação”. Devido a isso, as informações geradas são de difícil sistematização, mas relevantes, havendo necessidade 12 de serem reunidas, sistematizadas e analisadas de forma a serem submetidas à validação científica. 1.1.OBJETIVO Conhecer e estabelecer um contato direto com os agricultores do PDS Virola Jatobá, observando a utilização dos SAF‟s, com o intuito de verificar o manejo e a viabilidade da implantação desse sistema nas propriedades. 1.2.MATERIAL E MÉTODOS Para realização das atividades deste módulo, utilizou-se um questionário semiestruturado contendo questões socioeconômicas e de caracterização das propriedades para a entrevista com duas famílias. Foram identificadas nas áreas visitadas as culturas de cultivo anual e perene e qual dessas culturas é mais relevante para a subsistência das famílias. A equipe de trabalho foi composta de 10 pessoas com subdivisões de 5 por família entrevistada. Para a caracterização física das propriedades foi elaborado um croqui de cada propriedade. 1.3.RESULTADOS E DISCUSSÃO 1.3.1. Caracterização da Família e da Propriedade I Figura 1: Dona Regiane e seus filhos Figura 2: SAF da Propriedade I A composição familiar da primeira propriedade visitada é formada pelo Sr. Lucivaldo da Silva Araújo (vulgo Bal), sua esposa a Sra. Regiane de Oliveira dos Santos e quatro filhos. Chegaram ao PDS Virola Jatobá em 2008, antes residiam no Município de Tomé Açu Pará, onde não desenvolviam atividades agrícolas. A propriedade tem área de 4 alqueires, ou seja 20ha(área destinada a agricultura), relevo 13 fortemente acidentado, declividade superior a 45° graus caracterizando área de Preservação Permanente-APP. Segundo os produtores, o solo apresenta boa fertilidade. Não foram encontradas áreas degradadas na propriedade e a margem do igarapé presente na área se encontra preservada. Figura 3: Croqui da Propriedade I São oficialmente clientes de reforma Agrária, pois seus nomes constam na Relação de Beneficiários do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) Com relação a créditos fornecidos por este órgão até então, só tiveram acesso ao crédito fomento (apoio financeiro para compra de ferramentas e alimentação) Nesta área existe SAF‟s, mas os moradores não tem conhecimento algum do sistema, este foi implantado pelos proprietários que os antecederam e conta com diversificação entre frutíferas e essências florestais. Toda produção é destinada ao consumo havendo apenas vendas esporádicas de arroz (apenas 2 sacas a R$ 35,00 durante os dois anos que residem na área). Mesmo com uma maior produção de arroz, cultivado em 2 alqueires se destacam outras culturas anuais e perenes (Tabela 1). Durante o período em que residem na área não tiveram nenhuma assistência técnica. A produção agrícola é insuficiente para manter a família que complementa sua renda com a produção de cercas e das parcelas anuais do manejo repassados pela empresa licenciada para fazer a exploração florestal. Este valor em 2010 somou R$3.500,00. Não há criação de animais domésticos. 14 Tabela 1 – Espécies de cultivo anual e perene encontradas na propriedade NOME COMUM NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA CULTURA ANUAL Abacaxi Ananas comosus Bromeliaceae Arroz Oriza sativa Poaceae Mandioca Manihot esculenta Euphorbiaceae CULTURA PERENE Açaí Euterpe oleracea Arecaceae Banana Musa paradisíaca Musaceae Cacau Theobroma cacao Sterculiaceae Caju Anacardium occidentale Anacardiaceae Castanheira* Bertholetia excelsa Lecythidaceae Cedro* Cedrela odorata Meliaceae Coqueiro Cocos nucifera Arecaceae Cupuaçu Theobroma grandiflorum Schum. Sterculiaceae Gameleira* Ficus doliaria Moraceae Goiaba Psidium guajava Myrtaceae Graviola Annona muricata Annonaceae Ingá Inga sp. Fabaceae Jambo Syzyguim malaccense Myrtaceae Jenipapo Gênia americana Rubiaceae Mamão Carica papaya Euphorbiaceae Maracujá Passiflora edulis Passifloraceae Mogno brasileiro* Swietenia macrophyla Meliaceae Parapará* Jacaranda copaia Bignoniaceae Tatajuba* Bagassa guianenses Moraceae Urucum Bixa orellana Bixaceae *Espécies com valor florestal São utilizados os métodos de corte e queima para o plantio, em áreas anteriormente de mata primária e secundária. De acordo com a Sra. Regiane seria melhor se pudessem desmatar uma área maior da propriedade, pois a atual é insuficiente para a prática de agricultura. Com relação aos SAF‟s a mesma diz não ter verificado nenhuma vantagem naquele existente em sua área e não pretende investir no mesmo. Em 2012 pretendem iniciar uma pequena produção de leite para o consumo, de inicio comprarão 3 cabeças de gado. A área de pastagem destinada é de 2 alqueires, onde já se tem plantado o capim Mombaça. 15 1.3.2. Caracterização da Família e da Propriedade II Figura 4: Zé da Conceição e sua família Figura 5: SAF da Propriedade II Oriundos do estado Maranhão, exatamente da cidade de Zé Doca, a família do seu Zé da Conceição e dona Sebastiana migrou para a cidade de Anapu-PA no ano de 2004 em busca de melhorar sua situação econômica. Com o amparo da freira Irmã Dorothy Stang eles conseguiram através de uma relação beneficiário do INCRA (Instituto Nacional de Cadastro Rural e Ambiental) um lote de 20 hectares na comunidade (Figura 6). Figura 6: Croqui da Propriedade II 16 O sistema de produção principal da família de subsistência é de culturas anuais (arroz e mandioca), e também há cultura de consórcio de cupuaçu com banana, mas a cultura existente na propriedade de Seu Zé de grande destaque e com o futuro bem próspero é a cultura de SAF (sistemas agroflorestais). Esse Sistema Agroflorestal, presente na propriedade, possui uma grande diversidade de espécies tanto florestais como agrícolas (Tabela 2). Tabela 2: Espécies encontradas na área de SAF‟s da Propriedade II NOME COMUM NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Açaí Euterpe oleracea Arecaceae Abacaxi Ananas comosus Bromeliaceae Acapu Vouacapoua americana Fabaceae Andiroba* Carapa guianensis Meliaceae Bacaba Euterpe sp. Arecaceae Cacau Theobroma cacao Sterculiaceae Caju Anacardium occidentale Anarcadiaceae Café Coffea arabica Rubiaceae Cana-de-açúcar Saccharum officinarum Poaceae Cedro* Cedrela odorata Meliaceae Côco Cocos nucifera Arecaceae Cupuaçu Theobroma grandiflorum Sterculiaceae Cumaru Dipteryx odorata Fabaceae Goiaba Psidium guajava Myrtaceae Graviola Annona muricata Annonaceae Ipê* Tabebuia sp. Bignoliaceae Jaca Artocarpus heterophyllus Moraceae Jambo Syzygium jambos Myrtaceae Limão Citrus limonium Rutaceae Laranja Citrus aurantium Rutaceae Manga Mangifera indica Anarcadiaceae Marupá* Simarouba amara Simaroubiaceae Mogno Brasileiro* Swietenia macrophylla Meliaceae Mogno Africano* Khaya ivorensis Meliaceae Tatajuba* Bagassa guianensis Moraceae Teca* Tectona grandis Verbenaceae Urucum Bixa orellana Bixaceae *Espécies com valor florestal Essa característica de plantio favorece essa área, porque o solo é bastante acidentado e permite um trabalho agrícola sem causar a degradação do solo pelo processo de lixiviação. O incentivo para a implantação do SAF partiu da Irmã Dorothy 17 Stang, que forneceu as mudas para o plantio. O agricultor cria, também, animais em sua propriedade, mas somente para consumo próprio como galinhas e porcos. Para o Seu Zé da Conceição o mais importante é preservar para que as gerações futuras tenham de onde tirar o seu sustento. Mas, como ele não possui máquinas necessárias ao manejo da terra sem a utilização do método de corte e queima, continua a manter esse método mais antigo e comum de agricultura. 1.4.CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebeu-se que os agricultores das duas propriedades visitadas não dispõem de assistência técnica especializada, o que dificulta e diminui o aproveitamento da produção e também não conhecem as técnicas de implantação e manutenção do SAF‟s, apesar de que já o fazem empiricamente. É evidente que aquele que mais entende da agricultura de sua propriedade é o próprio agricultor, contudo certas observações são pertinentes no intuito de torna-las mais produtivas, como: Propriedade I - comercializar a produção de açaí e abacaxi; desbaste dos cacaueiros e manutenção e ampliação da área de SAF‟s; Propriedade II – recuperar as matas ciliares; desbaste dos cacaueiros; converter a área de pastagem em um sistema silvipastoril. 18 2. MÓDULO II – AVALIAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DE IMPACTO REDUZIDO (EIR) Manejo florestal é uma expressão utilizada para se referir a um conjunto de técnicas que são postas em prática com o sentido de ordenar ou manipular a exploração dos recursos florestais, conciliando conservação e utilização da floresta de acordo com objetivos propostos e dentro de um contexto físico e sócio-econômico (BELLEFONTAINE et al., 2000; DYKSTRA 2002). Sabe-se que na Amazônia brasileira, a maioria do volume de madeira extraído tem origem ilegal, e como consequência, o desmatamento, reduzindo a cobertura vegetal, afetando a qualidade do solo, danificando a biomassa viva, provocando erosões em estradas, degradação dos recursos hídricos e da diversidade de fauna e flora (FEARNSIDE, 2005). O manejo florestal de impacto reduzido surge como importante ferramenta para conciliar desenvolvimento econômico e conservação dos recursos naturais, pois cada uma das etapas (prospecção, planejamento, abertura de estradas, trilhas de arraste, pátios, operação de corte, pré-arraste e arraste, carregamento, transporte e descarregamento, controle das toras nos pátios e monitoramento da floresta remanescente) são realizadas para causar o menor impacto possível à floresta e ser sustentável ao longo de vários ciclos (MIL MADEIREIRA, 2004). Para tal, os danos causados pela colheita florestal devem ser cuidadosamente investigados, para detectar seus efeitos sobre a floresta remanescente, na tentativa de eliminá-los ou reduzi-los ao mínimo, evitando prejuízo às produções futuras. Assim, apesar de haver regeneração natural após a colheita, essa nem sempre é adequada ao rendimento futuro dessa floresta (MARTINS et al., 2003). Em suma, os processos de retirada das árvores no momento da exploração, em geral causam danos à regeneração e as árvores remanescentes. Dessa forma, é de fundamental importância determinar o impacto que a exploração madeireira causa sobre esses aspectos, bem como a capacidade de recuperação das espécies que ocorrem no local, principalmente as de elevado valor econômico e/ou ecológico, evitando o esgotamento dos recursos florestais e o empobrecimento da floresta. Segundo SALIM & PESSOA (2007), em um ambiente florestal a queda de árvores e ou a derrubada destas, ocasiona a formação de aberturas no dossel da floresta denominadas clareiras 19 que exercem influência sobre o estabelecimento e crescimento de espécies arbóreas e, portanto, de grande importância para a manutenção da diversidade da vegetação. A abertura dessas clareiras propicia o surgimento das espécies pioneiras que se encontram no banco de sementes. 2.1.OBJETIVO O objetivo do estudo foi avaliar os impactos sofridos em uma área manejada através do método de exploração de impacto reduzido (EIR) em uma UPA (Unidade de Produção Anual) no projeto de manejo do PDS Virola Jatobá e quantificar os desperdícios no pátio de estocagem e nas áreas de clareiras. 2.2.MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado na UPA-A, UT-2 do Projeto de Manejo Florestal do PDS Virola Jatobá, avaliando a área que a mesma utilizou para exploração de impacto reduzido (EIR), foi possível observar os impactos ocasionados nas áreas exploradas desde setembro de 2010. O método de avaliação foi o de medições da estrada principal, estradas secundárias e ramal de arraste, medindo de um lado a outro com a fita métrica de 50 m, o pátio de estocagem foi medido pelos seus extremos (comprimento e largura). Foi utilizado um método proposto pelo IMAZON (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) (VIDAL et al., 1998), para determinar o tamanho das clareiras e analisar a dimensão dos impactos sobre floresta, onde se tira um ponto central e mede oito raios com ângulos de 45º. 20 Figura 7: Representação baseada na metodologia do IMAZON para medição de clareiras. No pátio de estocagem foi possível à percepção de desperdícios de madeira, desses foram medidos diâmetro e comprimento da tora, e a dimensão do oco. Nas clareiras, também foi possível perceber desperdício de madeiras. Todas as medições e análises foram registradas com uma câmera digital. Em todos os tocos das clareiras foram feitas duas medições (corte direcional e corte interno de abate) do toco dos indivíduos arbóreos, para verificar se houve desperdício de madeira, verificado através da metodologia de Smalian, método rigoroso de cubagem de madeira. Segundo Couto et al. (1989), basta medir o diâmetro do tronco em diferentes posições e utilizar a fórmula de Smalian. Fonte: Couto et al., 1989. Figura 8: Representação de uma tora de madeira. Onde: A e a são a área da maior e menor secção da tora, respectivamente, e l é o comprimento da tora. Como a área da secção da tora é obtida através do diâmetro, a fórmula de Smalian fica: 21 V = (_/8)(D2 + d2) l Sendo que D e d são os diâmetros da maior e menor secção, respectivamente. 2.3.RESULTADOS E DISCUSSÃO Na área de exploração de impacto reduzido do PDS, explorada pela empresa Vitória Régia, foi possível constatar através das análises realizadas no local de acordo com a metodologia citada, que grande parte das atividades exercidas pela empresa visa os padrões de exploração de impacto reduzido e que a mesma busca enquadrar-se nos requisitos básicos, no intuito de reduzir de maneira significativa os danos à floresta, já que almejam pela Certificação Florestal. Foram encontradas quatro clareiras referentes à derrubada de três espécies de valor comercial: Piquiá (Caryocar villosun), Angelim vermelho (Dinizia excelsa), Muiracatiara (Astronium lecointe) e Acapu (Vouacapoua americana). Figura 9: Representação esquemática da localização das clareiras estudadas. Para execução do plano de manejo e exploração de impacto reduzido torna-se necessário a abertura de estradas principais, estradas secundárias, trilhas de arraste e pátio de estocagem que de acordo com as normas de Execução nº 1, de 24 de Abril de 2007-IBAMA, devem medir respectivamente 6 a 10 m, 4 a 6 m, 1,5 ou até 4,2 m e 20 x 25 m. O observado na área de acordo com as medições realizadas foi que a estrada principal apresentava uma média de 4,64 m, a secundária 3,81 m, as trilhas de arraste 22 3,25m e o pátio de estocagem 22,3 x 23,9 m o que nos leva a concluir que ambas estão de acordo com os padrões e normas estabelecidos. Foi possível constatar a regeneração natural no pátio de estocagem de Rabo de Camaleão (Bignoniaceae); Imbaúba (Cecropiaceae); Lacre Vermelho (Clusiaceae); Capim (Poaceae) e Tatajuba (Moraceae). Também foi possível observar que o solo do pátio de estocagem estava bastante compactado. No pátio de estocagem segundo o método Smalian (equação de volume) havia um desperdício de 3,174m 3 de madeira, isso através das medições realizadas em duas toras que foram abandonadas no local. Tabela 3 – Área aberta por clareira estudada Dist. 1 (m) Dist. 2 (m) Dist. 3 (m) Dist. 4 (m) Dist. 5 (m) Dist. 6 (m) Dist. 7 (m) Dist. 8 (m) ÁREA (m 2 ) ÁREA (ha) Clareira 1 8,7 10,40 14,48 6,10 9,60 10,30 6,40 7,10 260 0,026 Clareira 2 2,20 10,0 12,30 9,0 10,40 3,90 14,70 8,50 380 0,038 Clareira 3 11,75 7,64 4,40 4,40 6,90 6,24 1,80 4,70 110 0,011 Clareira 4 8,90 11,82 10,72 10,66 8,60 8,72 12,40 7,86 310 0,031 TOTAL: 1060 0.106 Como visto na Tabela, a área total produzida pelas quatro clareiras estudadas foi de 0,106 ha ou 1060 m 3 . Analisando as árvores adjacentes, podemos perceber que o impacto na clareira 1foi maior devido à árvore explorada ter derrubado uma árvore adjacente. Em relação às demais clareiras 2, 3 e 4 através da análise dos croquis das mesmas, podemos perceber que variam de tamanho, o que é caracterizado de acordo com a espécie que foi explorada. Figura 10: Croqui da Clareira I Figura 11: Croqui da Clareira II 23 Figura 12: Croqui da Clareira III Figura 13: Croqui da Clareira IV Fazendo uma análise das árvores adjacentes, constatou-se que as clareiras 1 e 4 sofreram mais danos pois apresentavam em sua maioria o fuste totalmente quebrado e não apresentavam copa, danos que foram ocasionados pelas operações de corte e derruba. As mesmas características foram perceptíveis nas árvores no interior das respectivas clareiras. Na clareira 2, as árvores adjacentes praticamente não sofreram danos, já as do interior da clareira apresentaram fuste totalmente quebrado e a ausência de copa. Na clareira 3, as árvores adjacentes não apresentaram danos, apenas uma árvore no interior da clareira não apresentava a copa. Visando um menor custo e tempo, a empresa pretende no próximo ciclo de corte utilizar-se das mesmas estradas e pátios, portanto, preocupa-se em não deixar o solo totalmente compactado, por esse motivo, procuram passar com apenas 10 toras de madeira (skidder) e 15 toras (trator de pneu) nas trilhas de arraste principais. Tem-se toda uma sinalização, utilizam pequenos piquetes com fitas coloridas para identificar os ramais principais e secundários, sendo estas distintas para cada ramal, para que não haja uma destruição desnecessária da floresta e não tenha o „esquecimento‟ de toras já cortadas, evitando desperdícios. 2.4.CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi constatado que a empresa Vitória Régia segue todas as normas exigidas, desde a implantação das estradas, instalação de parcelas permanentes, onde são realizadas medições para acompanhar a dinâmica e o crescimento da floresta juntamente 24 com a manutenção e preservação das estradas primárias, secundárias e pátios de estocagem. Vale ressaltar também que o processo regenerativo é relativamente alto, tanto nos pátios de estocagem quanto nos ramais de arraste, considerando que as atividades nesta UPA foram iniciadas em setembro do ano passado, sendo paralisadas por apenas alguns meses, devido ao período chuvoso, e foram retomadas recentemente, verificando um curto período de tempo. 25 3. MÓDULO III – ECOLOGIA E DIVERSIDADE O Brasil é um país detentor de uma grande diversidade biológica, encontrada nos diversos ecossistemas existentes com suas numerosas formas de vida. O conhecimento sobre a dinâmica dessas comunidades é de grande importância para sua conservação, pois esses remanescentes contem populações de animais e plantas que, atualmente, se tornaram raros ou em vias de extinção. A utilização dos recursos florestais pelo homem, através dos tempos, provocou uma redução drástica das diversas comunidades vegetais com características bastante peculiares, comprometendo a sustentabilidade e a posterior manutenção da diversidade biológica destas (NASCIMENTO et al, 2001). Esse estudo é de fundamental importância, pois, confere importância às interações entre comunidades florestais, além de servir coma uma medida que de certa forma garante uma exploração sustentável, pois avalia o potencial ecológico das espécies de interesse. O conhecimento da natureza das florestas e suas árvores, da forma como crescem, se reproduzem e respondem às mudanças do ambiente, constituem o amplo domínio do ramo da Engenharia Florestal, denominado Ecologia Florestal (DANIEL et al., 1982). A Amazônia apresenta um dos maiores índices de biodiversidade do mundo e que inclui grande potencial econômico. Estudos estruturais e florísticos desenvolvidos na Amazônia têm demonstrado que os ambientes florestais de terra firme apresentam alta diversidade, representada por poucos indivíduos de cada espécie (PRANCE et al., 1976; LIMA FILHO et al., 2001 apud SILVA et al, 2008) e alta dissimilaridade florística entre parcelas adjacentes (FERREIRA & PRANCE, 1998 apud SILVA et al, 2008). Assim, os crescentes desmatamentos de extensas áreas de cobertura vegetal na Amazônia, têm provocado perdas imensuráveis de recursos genéticos (NOBRE et al., 1991; HOUGHTON et al., 2000 apud SILVA et al, 2008). Estudos sobre a composição e a estrutura desses remanescentes florestais fornecem informações básicas para tomadas de decisões na aplicação de técnicas de manejo florestal ou conservação destes. A estrutura da Floresta Ombrófila Mista é complexa e os conhecimentos sobre os diversos tipos de comunidades, que existem dentro de sua área de distribuição natural, ainda não permitem uma política de conservação eficiente que mantenha a maior parte de sua diversidade vegetal pouco conhecida (NASCIMENTO et al, 2001). 26 Segundo PROCÓPIO et al., (2008), avaliação da área a ser explorada é feita a partir da lista de espécies e da quantidade de espécimes encontrados. Através desta avaliação, os órgãos de fiscalização permitem ou não a exploração. 3.1.LEVANTAMENTO DENDROLÓGICO A Amazônia apresenta uma grande diversidade de espécies e, portanto, possui um grande potencial econômico. O conhecimento da natureza das florestas e suas árvores, da forma como crescem, se reproduzem e respondem às mudanças do ambiente, constituem o amplo domínio do ramo da Engenharia Florestal, denominado Ecologia Florestal (DANIEL et al., 1982 apud CALDATO et al.). A identificação de árvores a partir de métodos que analisam caracteres vegetativos tais como casca externa e interna, tipo de folha, presença ou ausência de apêndices foliares, filotaxia, exsudatos, odores característicos, cores, sabores e texturas são ferramentas utilizadas pela Dendrologia para a identificação de indivíduos vivos, tanto em seu habitat natural como plantados (RIBEIRO, 1999). A dendrologia basicamente é um meio que oferece condições e informações para o reconhecimento de espécies já identificadas. Para a identificação de uma espécie vegetal, diversos caminhos podem ser adotados, entre eles as características morfológicas, a anatomia da madeira e a dendrologia (RODERJAN, 1983). De acordo com MARCHIORI & SOBRAL (1997 apud, MARUYAMA et al.) a Dendrologia é uma disciplina básica e indispensável à prática florestal, pois trata da identificação, das características morfológicas e da fenologia, além da distribuição natural e importância econômica das árvores. A dendrologia estuda os elementos arbóreos, e as características morfológicas dos indivíduos. A identificação dessas características e sua sistematização proporciona uma rápida identificação de espécies no levantamento de campo, como no inventario florestal, mesmo apesar da sua complexidade, já que as características são muito parecidos para várias espécies. A identificação de árvores a partir de métodos que analisam caracteres vegetativos tais como casca externa e interna, tipo de folha, presença ou ausência de apêndices foliares, filotaxia, exsudatos, odores característicos, cores, sabores e texturas são ferramentas utilizadas pela Dendrologia para a identificação de indivíduos vivos, tanto em seu habitat natural como plantados (MARUYAMA et al.). 27 Levando em consideração os estudos e análises dendrológicas de uma área, torna-se possível diferenciar espécies lenhosas do campo sem que seja necessário aprofundar-se em relação às características reprodutivas, tais como flores, frutos, pois para identificar em categorias como espécie, gênero e família uma boa analise dendrológica de uma área, possibilita a identificação de espécies em estudo (RIBEIRO, 1999; ENGEL & MARTINS, 2005 apud MARUYAMA). 3.1.1. Objetivo O objetivo principal consistiu no levantamento dendrológico no PDS Virola- Jatobá, no município de Anapu em uma Unidade de Produção Anual- UT 02, no intuito de gerar informações úteis sobre a diversidade de espécies, além gerar dados sobre suas principais características. 3.1.2. Material e Métodos Foram feitos levantamentos dendrológicos na UT 02, em áreas que ainda não foram exploradas, que se situam no PDS Virola-Jatobá no município de Anapu. A metodologia aplicada foi o de parcelas em transectos com dimensões de 50 x 10m, na qual proporcionam maior rapidez tanto para realizar a demarcação da parcela como o levantamento dos indivíduos. Dentre os materiais necessários se encontram: fita métrica e diamétrica, fita zebrada e fichas dendrológicas. Além das características dendrológicas foram analisadas o porte das árvores, sendo necessários a medida do DAP (Diâmetro à Altura do Peito) e a altura que foi estimada de modo empírico. A identificação no campo das espécies foi feita por um identificador botânico (Sr. Adalto), que tem apenas experiência prática e já trabalha a alguns anos no PDS. 3.1.3. Resultados e Discussões Foram identificados 133 indivíduos num total de 5 parcelas, na qual foram identificados 129 indivíduos, e através da analise do dados, ou seja, dos nomes vulgares das espécies fornecidos pelo mateiro, e comparação com a literatura cientifica chegou- se na determinação de 45 espécies distribuídas em 21 famílias (Tabela 4). 28 Tabela 4: Espécies levantadas. Nome vulgar Nome científico Família Envira Xylopia sp. Annonaceae Sorva Couma utilis Apocynaceae Imbaubão Schefflera morototoni Araliaceae Para-para Schefflera morototoni Araliaceae Frejó cinza Cordia goeldiana Boraginaceae Breu branco Protium nitidum Burseraceae Breu vermelho Protium heptaphyllum Burseraceae Embaúba branca Cecropia distachya Cecropiaceae Embaúba Cecropia sciadophylla Cecropiaceae Cupiúba Goupia glabra Celastraceae Caripé Lecania lata Chrysobalanaceae Caqui Diospyros praetermissa Ebenaceae Seringa branca Hevea brasiliensis Euphorbiaceae Seringueira Hevea guianensis Euphorbiaceae Macucu Aldina heterophylla Fabaceae Gema de ovo Apuleia leiocarpa Fabaceae Timborana Derris amazônica Fabaceae Angelim rajado Dinizia excelsa Fabaceae Ingá vermelho Inga paraensis Fabaceae Faveira branca Parkia oppositifolia Fabaceae Pau jacaré Piptadenia gonoacantha Fabaceae Tachi branco Pithecellobium incuriale Fabaceae Angelim amargoso Vatairea paraensis Fabaceae Acapu Vouacapoua pallidior Fabaceae Uxi Endopleura uchi Humiriaceae Uxirana Vantanea parviflora Humiriaceae Louro itaúba Mezilaurus itauba Lauraceae Louro preto Ocotea neesiana Lauraceae Tauari Cariniana micrantha Lecythidaceae Matamatá preto Lecythis idatimon Lecythidaceae Matamatá branco Eschweilera coriacea Lecythidaceae Matamatá Eschweilera novata Lecythidaceae Andirobarana Guarea kunthiana Meliaceae Catuaba Trichilia sp. Meliaceae Momuré Brosimum acutifolium Moraceae Inharé Helicostylis pedunculata Moraceae João-mole Neea oppositifolia Nyctaginaceae Pitomba de macaco Talisia esculenta Sapindaceae Goiabão Pouteria pachycarpa Sapotaceae Maçaranduba Manilkara triflora Sapotaceae Abiu branco Pouteria oppositifolia Sapotaceae Abiu vermelho Pouteria caimito Sapotaceae 29 Abiurana Pouteria cuspidata Sapotaceae Canela de jacamim Rinorea flavescens Violaceae Caferana Erisma calcaratum Vochysiaceae Algumas famílias apresentaram maior diversidade, enquanto outras tinham maior número de indivíduos, no entanto apresentaram menos diversidade (Tabela 5). Tabela 5: Famílias com maior número de indivíduos. FAMÍLIA Nº DE ESPÉCIES Nº DE INDIVIDUOS Annonaceae 1 10 Fabaceae 10 24 Lecythidaceae 4 12 Sapotaceae 6 16 Dentro da parcela das parcelas apresentaram vinte uma famílias botânicas e várias espécies divididas no espaço estudado, o que demonstra a riqueza vegetativa existente na área do PDS Virola-Jatobá. Nesta amostra, houve destaque para as Fabáceas, com maior número de indivíduos por família, seguido por Sapotáceas, lecythidaceae dentre as outras de grande valor comercial. Figura 14 - Representação da diversidade de famílias botânicas da área estudada. FABACEAE 18% SAPOTACEAE 12% LECYTHIDACEAE 9% ANONNACEAE 7% VOCHYSIACEAE 8% VIOLACEAE 7% BURSERACEAE 7% OUTRAS 29% NÃO IDENTIFICADA 3% Nº DE INDIVÍDUOS 30 3.1.3.1.Família Annonaceae Segundo Ribeiro (1999), a família possui hábito arbóreo, e pode ser identificada pelo odor forte característico do tronco ou de ramos, geralmente possui casca com fibras longas e resistentes, conhecida popularmente como Envira, presença de marcas de chamas no corte transversal do tronco e pela folhas dísticas. No levantamento dendrológico no PDS Virola-Jatobá, observou-se uma quantidade relativamente alta em relação ás outras famílias (10 indivíduos), mas de uma única espécie (Tabela 2). As características predominantes foram, fuste acanalado (50%), tortuoso (50%), com base digitada (70%), copa flabeliforme (60%), múltipla (50%) com ramificação simpodial (80%), ritidoma escamoso (40%) e cheiro desagradável (60%). Figura 15: Representação gráfica quanto a base do fuste 31 Figura 16: Representação gráfica quanto ao ritidoma 3.1.3.2.Família Fabaceae Nessa família é característica a presença de glândulas entre os folíolos, sendo bifoliolada, presença de exsudatos, dentre eles: seiva vermelha, goma marrom e gotas marrons, além dos frutos serem em vagens (Ribeiro, 1999). No levantamento dendrológico no PDS Virola-Jatobá, observou-se uma quantidade alta de indivíduos (24), distribuídos em 10 espécies. As características predominantes foram fuste cilíndrico (50%), inclinado (29%), com base digitada (59%), copa flabeliforme (46%), simples (50%) com ramificação simpodial (67%), ritidoma reticulado (25%) e cheiro agradável (96%). Figura 17: Representação gráfica quanto ao tipo de fuste 32 Figura 18:Representação gráfica quanto a forma de fuste Figura 19: Representação gráfica quanto a base do fuste 33 Figura 20:Representação gráfica quanto ao ritidoma 3.1.3.3.Família Sapotaceae Segundo Ribeiro (1999) essa família é formada por cerca de 450 espécies, distribuídas em 11 gêneros Neotrópicos, tem ampla distribuição nas regiões tropicais americanas, além do fato de aparecer com uma alta diversidade em muitos ambientes, principalmente em florestas úmidas de baixa altitude. É caracterizada pela presença de látex branco geralmente branco em todas as partes da planta. Suas folhas são alternas e espiraladas, raramente opostas, agrupadas no ápice dos ramos ou dísticas, nesse caso a venação geralmente é estriada e paralela. As espécies de Sapotaceae com folhas opostas podem ser confundida com Clusiaceae, mas esta possui venação pouco evidente ou com Apocynaceae, cujo látex branco normalmente aparece de forma muito mais abundante ao fazer um pequeno corte na casca. Nessa família houve a ocorrência e 12 indivíduos num total de 4 espécies (tabela 2), na qual as características predominantes foram, fuste cilíndrico (65%), reto (62%), com base digitada (50%), copa flabeliforme (50%), múltipla (44%) com ramificação simpodial (56%), ritidoma com lâminas papiráceas (31%) e cheiro agradável com 100%. 34 Figura 21: Representação gráfica quanto a base do fuste Figura 22: Representação gráfica quanto ao ritidoma 3.1.3.4.Família Lecythidaceae Segundo Ribeiro (1999), Existem 200 espécies em 11 gêneros, neotropicais já identificadas, sendo uma das famílias de maior abundancia na mata especialmente em áreas não perturbadas, nunca em capoeira. Possui caracteres óbvios, com folhas simples, alterna, inteira ou serrapilhada, além de um padrão de venação típico da família. Dentre as características principais estão: casca fibrosa, cheiro de linhaça e fissuras profundas. As características desta família foram fuste cilíndrico (75%), reto (52%), com base reta (50%), copa flabeliforme (67%), simples (50%) com ramificação simpodial (83%), ritidoma rugoso (50%) e cheiro agradável (67%). 35 Figura 23: Representação gráfica quanto a forma da copa Figura 24: Representação gráfica quanto ao ritidoma 3.1.4. Considerações Finais De forma geral observamos que os indivíduos da mesma espécie apresentaram diferentes características dendrológicas. Desta forma não podemos afirmar com ampla certeza que determinada espécie sempre possuirá uma determinada característica dendrológica. Além do mais muitas famílias apresentaram características semelhantes, no entanto possuíam aspectos que eram mais típicos de cada família como a presença de sapopema, exsudato e fuste acanalado e fenestrado. 36 3.2.LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO O padrão de distribuição espacial de uma espécie é representado pela sua distribuição na área em estudo, em termos de frequência de ocorrência dentro das unidades amostrais coletadas (JANKAUSKIS, 1990 apud, NASCIMENTO et al., 2001). Uma espécie vegetal, embora apresente uma grande ocorrência em uma determinada área, sua distribuição espacial, nas diferentes classes de tamanho, pode ser bastante irregular. O grau de agregação pode apresentar diferentes valores, com as plantas das menores classes de tamanho apresentando tendência ao agrupamento e as plantas das maiores classes de tamanho podendo ocorrer de maneira fortemente agrupada (CARVALHO, 1983 apud, NASCIMENTO et al, 2001). Objetivo O seguinte trabalho objetiva contribuir para o maior conhecimento acerca da composição florística e estrutura fitossociológica de espécies arbóreas do PDS do Virola-Jatobá em Anapu. 3.2.1. Material e Métodos A amostragem dos indivíduos arbóreos foi feita ao longo de 8 transectos distribuídas aleatoriamente na UT2 (2º Unidade de Trabalho) da UPA A/2010 situada no PDS Virola-Jatobá em Anapu, com dimensões de 50x 10m, totalizando uma área total de 4000m 2 . Foi realizado o levantamento Fitossociológico com o auxilio de fichas fitossociológicas, que correspondeu ao DAP (Diâmetro à Altura do Peito), altura e identificação empírica das espécies por um identificador botânico (Sr. Adalto) durante a atividade de campo. A medida do DAP foi utilizada para determinar a distribuição diamétrica de uma espécie ou família, na qual, fornece informações úteis ao planejamento de ações sustentáveis após a realização do inventario florestal. Para o levantamento fitossociológico do conjunto de plantas em uma determinada área, se faz necessário conhecer as medidas de densidade, frequência e dominância. Essas medidas hoje são empregadas e consolidadas em todos os trabalhos de levantamento fitossociológicos realizados por vários pesquisadores da área florestal e biológica (LONGHI, 1997). Foram utilizadas as equações propostas por MÜLLER-DOMBOIS & ELLEMBERG (1974), na qual dentre elas estão: 37 Índice de Diversidade de Shannon (H‟): H‟= - pi Ln (pi), onde: pi = Nº de indivíduos da espécie i / Nº total de indivíduos H‟max = H‟máximo = Ln (S) Densidade relativa: Dri= nº de indivíduos da espécies i/área Nº total de indivíduos/área Dri(%)=nº de indivíduos da espécies i/área X 100 Nº total de indivíduos/área Frequência relativa: Fri = Fabi / Fab Fri (%) = Fabi / Fab X 100 Dominância relativa: Dori = Doabi / Doab Dori(%) = Doabi / Doab X 100 Índice de Valor de Importância (IVI): IVIi = Dri(%) + Fri (%) + Dori(%) IVI = IVIi = 300 IVI i (%) = IVIi / 300 *100 Vale ressaltar a importância da IVI, na qual é obtida pela soma das relativas, na qual oferece maior consistência para analisar, e interpretar os dados para determinar as espécies ou famílias mais importantes, na composição florística. 3.2.2. Resultados e Discussões Foram levantados 196 indivíduos e identificado 64 espécies distribuídas em 25 famílias, entretanto não foi possível identificar 6 indivíduos (Tabela 7). As espécies com maior número de indivíduos foram: Canela de Jacamim (Rinorea racemosa) com 14 indivíduos; Caferana (Coussarea paniculata (Vahl) Standl) 13; Breu Vermelho (Protium pernervatum) com 7; Inharé (Helicostylis podogyne Ducke), Embaúba (Cecropia) sp., Andirobarana (Guarea kunthiana A. Juss) com 6 indivíduos cada, e Uxirana (Endopleura uchi), Tauarí (Courataria sp.)., Matamatá Preto (Eschweilera longipes (Peit.) Miers), Matamatá (Eschweilera coreacea), Goiabão (Pouteria bilocularis (H.Winkl.) Baehni), Acapu (Vouacapoua americana), Abiu Branco (Pouterea sp.), Abiu Rosa (Pouterea sp.), Caripé (Licania apétala), com 5 indivíduos cada (Figura 25). Essas 16 espécies representam 54.1% dos indivíduos arbóreos levantados. 38 A distribuição diamétrica da comunidade se deu pelo J-invertido, o que significa uma grande quantidade de indivíduos jovens, demonstrando assim a ocorrência de regeneração natural das espécies na floresta (Figura 25). Figura 25: Distribuição diamétrica da comunidade de árvores, em intervalos de 10 cm de DAP. Ao se analisar a curva espécie-área (Figura 26) nota-se que não ocorre à estabilização da mesma, devido á grande diversidade de área, na qual, a soma das parcelas (soma de área, e soma das espécies) demonstra um crescimento no número de espécies. Isso significa relativamente uma grande diversidade, entretanto não se chegou á um nível de estabilização, o que requer um maior número de amostragem. Figura 26: Gráfico da curva espécie/área. O IVI (Índice de Valor Importância) é obtido pela soma das relativas: Frequência relativa (FRE%), Dominância relativa (DOM%) e Densidade relativa (DRI%). Na tabela 3, foram listados 8 espécies com maior IVI, na qual uma espécie com mais individuo poderá ou 0 20 40 60 80 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 N º d e e sp é ci e s Área em m2 Espécie/Área 39 não ter maior IVI, já que é relevante, pois, esse índice leva em conta tanto o número de espécimes como o tamanho do DAP, ou seja o espaço que a espécie ocupa na comunidade. Ao analisar a tabela 3 e observar o gráfico 3, nota-se que a Caferana e a Canela de jacamim, possuem maior frequência relativa, devido ao maior número de indivíduos dessas espécies. No entanto o Abiu branco possui maior índice de importância, pelo fato de alguns espécimes possuírem maior diâmetro ocupando maior espaço, detendo assim maior dominância relativa. O Jatobá encontrado na área possuía o maior diâmetro com 145.8cm de DAP, e mesmo sendo apenas um individuo, esta entre as oito espécies com maior IVI. Tabela 6: Espécies com índice de maior importância, e suas relativas. NOME FAMÍLIA Nº de indivíduos FRE% DOM% DRI% Abiu branco Sapotaceae 5 2.55 27.79 1.49 Breu vermelho Burseraceae 4 2.04 2.65 2.08 João mole Nyctaginaceae 2 1.02 0.76 2.38 Jatobá Fabaceae 1 0.51 0.38 1.19 Acapu Fabaceae 5 2.55 1.89 1.49 Caferana Rubiaceae 13 6.63 4.91 1.93 Cupiúba Goupiaceae 3 1.53 1.13 1.78 Canela de jacamim Violaceae 14 7.14 5.29 2.77 Figura 27: Espécies com maior IVI (Índice de Valor de Importância). A diversidade calculada pelo índice de Shannon, segundo alguns estudos realizados em florestas tropicais, varia de 3,83 a 5,85 (KNIGHT, 1975 apud SILVA, 2008). O seguinte estudo revelou um índice de diversidade de 3,85, o que representa está em ótimas condições de conservação, além do mais ainda não houve manejo na área, mas acredita-se que não haveria mudança nesse índice. 40 Tabela 7: Lista de todos os individuos FAMÍLIA NOME ESPÉCIE DAP (cm) DAP (m) Área Basal (G) ANACARDIACEAE MUIRACATIARA Astronium lecointei Ducke 51 0.51 0.2043 MARURÉ Brosimum acutifolium Huber 32.2 0.32 0.0813 MURURÉ Brosimum acutifolium Huber 18.7 0.19 0.0275 MURURÉ Brosimum acutifolium Huber 13.7 0.14 0.0147 ANNONACEAE ENVIRA BRANCA Xylopia nítida 14.8 0.15 0.0172 ENVIRA BRANCA Xylopia nítida 10 0.1 0.0079 ENVIRA BRANCA Xylopia nítida 13 0.13 0.0133 ENVIRA PRETA Guatteria procera 18 0.18 0.0254 ENVIRA PRETA Guatteria procera 12 0.12 0.0113 ENVIRA PRETA Guatteria procera 21.6 0.22 0.0366 ENVIRA PRETA Guatteria procera 15 0.15 0.0177 ENVIRA PRETA Guatteria procera 14.5 0.15 0.0165 ENVIRA PRETA Guatteria procera 10.5 0.11 0.0087 ENVIRA PRETA Guatteria procera 11.8 0.12 0.0109 ENVÍRA PRETA Guatteria procera 10.1 0.1 0.008 ENVIRA PRETA Guatteria procera 13.5 0.14 0.0143 ENVIRA QUIABO Sterculia speciosa 18.5 0.18 0.0268 ENVIRA QUIABO Sterculia speciosa 13.4 0.13 0.0141 APOCYNACEAE QUINARANA Gelssospermum sericeum Benth & Hook F. ex Miers 75.1 0.75 0.4432 QUINARANA Gelssospermum sericeum Benth & Hook F. ex Miers 53.5 0.53 0.2246 SORVA Couma guianensis Aublet 28.7 0.29 0.0647 BIGNONIACEAE PARAPARÁ Jacarandá copaia 17.5 0.18 0.0241 BORAGINACEAE FREIJÓ CINZA Cordia goeldiana Huber 18 0.18 0.0254 BURCERACEAE BREU BARROTE Tetragastris altíssima 19.9 0.2 0.0311 BREU BARROTE Tetragastris altíssima 15.3 0.15 0.0184 BREU BARROTE Tetragastris altíssima 16.6 0.17 0.0215 BREU BARROTE Tetragastris altíssima 33.1 0.33 0.0862 BREU BRANCO Trattinickia burseraefolia 10.5 0.11 0.0087 BREU BRANCO Trattinickia burseraefolia 20.5 0.21 0.033 BREU BRANCO Trattinickia burseraefolia 18.8 0.19 0.0277 BREU VERMELHO Protium pernervatum 12.6 0.13 0.0125 BREU VERMELHO Protium pernervatum 16.1 0.16 0.0204 BREU VERMELHO Protium pernervatum 152 1.52 1.8146 BREU VERMELHO Protium pernervatum 10.3 0.1 0.0083 BREU VERMELHO Protium pernervatum 11.2 0.11 0.0099 BREU VERMELHO Protium pernervatum 11.5 0.12 0.0104 BREU VERMELHO Protium pernervatum 11.8 0.12 0.0109 CECROPIACEAE EMBAUBA Cecropia sp. 54.1 0.54 0.23 EMBAÚBA Cecropia sp. 28.6 0.29 0.0642 EMBAUBA Cecropia sp. 17.9 0.18 0.0252 41 EMBAÚBA Cecropia sp. 17.2 0.17 0.0232 EMBAÚBA Cecropia sp. 23.6 0.24 0.0436 EMBAÚBA Cecropia sp. 13.1 0.13 0.0134 EMBAUBÃO Cecropia rudica 13.2 0.13 0.0137 EMBAUBÃO Cecropia rudica 26 0.26 0.0531 EMBAUBÃO Cecropia rudica 23.9 0.24 0.0448 EMBAUBÃO Cecropia rudica 14.6 0.15 0.0169 CHRYSOBALANACEAE CARIPÉ Licania apetala 21.8 0.22 0.0373 CARIPÉ Licania apetala 10.5 0.11 0.0087 CARIPÉ Licania apetala 22.6 0.23 0.0401 CARIPÉ Licania apetala 13.8 0.14 0.015 CARIPÉ Licania apetala 77.4 0.77 0.4705 EUPHORBIACEAE SERINGA BRANCA Hevea sp. 11.2 0.11 0.0099 SERINGA BRANCA Hevea sp. 13 0.13 0.0133 SERINGA BRANCA Hevea sp. 11.1 0.11 0.0098 ERYTHROXYLACEAE CATUABA Trichilia catiguá 18 0.18 0.0254 FABACEAE ACAPU Vouacapoua americana 48.9 0.49 0.1878 ACAPU Vouacapoua americana 66 0.66 0.3421 ACAPU Vouacapoua americana 58.1 0.58 0.2651 ACAPU Vouacapoua americana 11 0.11 0.0095 ACAPU Vouacapoua americana 14.9 0.15 0.0174 ANGELIM AMARGOSO Vataireopsis speciosa Ducke 23 0.23 0.0415 ANGELIM RAJADO Pithecelobium racemosum 25.5 0.26 0.0511 TACHI Sclerolobium paraense Huber 18 0.18 0.0254 TACHI Sclerolobium paraense Huber 10 0.1 0.0079 TACHI Sclerolobium paraense Huber 36 0.36 0.1018 TACHI Sclerolobium paraense Huber 28.3 0.28 0.0629 TACHIARANA Lerolobiun paraenses 14.3 0.14 0.0161 TACHIARANA Lerolobiun paraenses 13.6 0.14 0.0145 TACHIARANA Lerolobiun paraenses 15.7 0.16 0.0194 MACUCU Aldina sp. 10 0.1 0.0079 MACUCU Aldina sp. 32.3 0.32 0.0819 MACUCU Aldina sp. 14.7 0.15 0.017 COPAÍBA Copaifera multijuga Hayne 15.5 0.16 0.0189 JATOBÁ Hymenaea courbaril L. 145.8 1.46 1.6696 JUTAÍ PORORÓCA Dialium guianense (Aubl.) Sandw 22.1 0.22 0.0384 INGÁ VERMELHO Inga capitata Desv. 48.6 0.49 0.1855 INGÁ VERMELHO Inga capitata Desv. 12.1 0.12 0.0115 INGÁ VERMELHO Inga capitata Desv. 60.5 0.61 0.2876 FAVA ORELHA DE MACACO Enterolobium schomburgkii 11 0.11 0.0095 FAVEIRA BRANCA Parkia paraenses 53 0.53 0.2206 GOUPIACEAE CUPIUBÁ Goupia glabra (Aubl.) 100.3 1 0.7896 CUPIÚBA Goupia glabra (Aubl.) 18.3 0.18 0.0263 42 CUPIÚBA Goupia glabra (Aubl.) 48.9 0.49 0.1878 HUMIRIACEAE UXIARANA Endopleura uchi 12 0.12 0.0113 UXIARANA Endopleura uchi 41.8 0.42 0.1372 UXIARANA Endopleura uchi 13 0.13 0.0133 UXIARANA Endopleura uchi 44 0.44 0.1521 UXIARANA Endopleura uchi 10.8 0.11 0.0092 LAURACEAE LOURO AMARELO Licaria brasiliensis (Nees) Kosterm. 14.6 0.15 0.0168 LOURO PIMENTA Ocotea fragantissima 33.1 0.33 0.086 LOURO PRETO Ocotea baturitensis Vattimo 17.5 0.18 0.0241 LOURO PRETO Ocotea baturitensis Vattimo 38 0.38 0.1134 LOURO PRETO Ocotea baturitensis Vattimo 35 0.35 0.0963 LECYTHIDACEAE MATAMATÁ Eschweilera coreacea 20.7 0.21 0.0336 MATAMATÁ Eschweilera coreacea 42 0.42 0.1387 MATAMATÁ Eschweilera coreacea 24.3 0.24 0.0464 MATAMATÁ Eschweilera coreacea 16.3 0.16 0.0209 MATÁMATÁ Eschweilera coreacea 22.5 0.23 0.0398 MATAMATÁ BRANCO Eschweilera 14.5 0.15 0.0165 MATAMATÁ BRANCO Eschweilera 19.3 0.19 0.0293 MATÁMATÁ BRANCO Eschweilera 11.7 0.12 0.0108 MATÁMATÁ BRANCO Eschweilera 27 0.27 0.0573 MATAMATÁ PRETO Eschweilera longipes (Peit.) Miers 17.8 0.18 0.025 MATAMATÁ PRETO Eschweilera longipes (Peit.) Miers 18.6 0.19 0.0272 MATAMATÁ PRETO Eschweilera longipes (Peit.) Miers 48.9 0.49 0.1878 MATÁMATÁ PRETO Eschweilera longipes (Peit.) Miers 13.8 0.14 0.015 MATÁMATÁ PRETO Eschweilera longipes (Peit.) Miers 34 0.34 0.0908 TAUARÍ Courataria sp. 10.6 0.11 0.0088 TAUARÍ Courataria sp. 24.8 0.25 0.0483 TAUARÍ Courataria sp. 37.6 0.38 0.111 TAUARÍ Courataria sp. 45.6 0.46 0.1633 TAUARÍ Courataria sp. 14.6 0.15 0.0169 MALVACEAE CUPUÍ Theobroma subincanum 15.7 0.16 0.0194 MELIACEAE ANDIROBA Carapa guianensis Aubl. 38.9 0.39 0.1188 ANDIROBA Carapa guianensis Aubl. 17.5 0.18 0.0241 ANDIROBA Carapa guianensis Aubl. 13.7 0.14 0.0147 ANDIROBARANA Guarea kunthiana A. Juss 12.5 0.13 0.0123 ANDIROBARANA Guarea kunthiana A. Juss 73.9 0.74 0.4289 ANDIROBARANA Guarea kunthiana A. Juss 20.4 0.2 0.0326 ANDIROBARANA Guarea kunthiana A. Juss 17.2 0.17 0.0232 ANDIROBARANA Guarea kunthiana A. Juss 28.3 0.28 0.063 ANDIROBARANA Guarea kunthiana A. Juss 20.7 0.21 0.0336 MIMOSACEAE TIMBORANA Newtonia suaveolens 11.3 0.11 0.01 TIMBORANA Newtonia suaveolens 66.7 0.67 0.3494 43 TIMBORANA Newtonia suaveolens 76 0.76 0.4536 MORACEAE INHARÉ Helicostylis podogyne Ducke 14.8 0.15 0.0172 INHARÉ Helicostylis podogyne Ducke 16.6 0.17 0.0216 INHARÉ Helicostylis podogyne Ducke 16 0.16 0.0201 INHARÉ Helicostylis podogyne Ducke 13.2 0.13 0.0137 INHARÉ Helicostylis podogyne Ducke 11.8 0.12 0.0109 INHARÉ Helicostylis podogyne Ducke 24.8 0.25 0.0483 MYRISTICACEAE VIRÓLA Virola melinonii (R.Benoist) A.C.Sm. 43 0.43 0.1452 MYRTACEAE GOIABÃO Pouteria bilocularis (H.Winkl.) Baehni 15.7 0.16 0.0194 GOIABÃO Pouteria bilocularis (H.Winkl.) Baehni 11.9 0.12 0.0111 GOIABÃO Pouteria bilocularis (H.Winkl.) Baehni 25.5 0.26 0.0511 GOIABÃO Pouteria bilocularis (H.Winkl.) Baehni 14.3 0.14 0.0161 GOIABÃO Pouteria bilocularis (H.Winkl.) Baehni 10.5 0.11 0.0087 NYCTAGINACEAE JOÃO MOLE Neea floribunda Poepp. & Engl. 17.8 0.18 0.0249 JOÃO MOLE Neea floribunda Poepp. & Engl. 13.4 0.13 0.0141 OLACACEAE QUARIQUARA Minquartia guianensis Aublet 15.3 0.15 0.0183 QUARIQUARA Minquartia guianensis Aublet 58.9 0.59 0.2724 QUARIQUARA Minquartia guianensis Aublet 27.4 0.27 0.059 RUBIACEAE CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 10 0.1 0.0079 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 10.5 0.11 0.0087 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 17 0.17 0.0227 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 29 0.29 0.0661 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 17.3 0.17 0.0235 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 28 0.28 0.0616 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 11.5 0.12 0.0104 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 28 0.28 0.0616 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 11.5 0.12 0.0104 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 10.7 0.11 0.009 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 14.6 0.15 0.0169 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 12.4 0.12 0.0121 CAFERANA Coussarea paniculata (Vahl) Standl 10 0.1 0.0079 SAPOTACEAE ABIU BRANCO Pouterea sp. 23.3 0.23 0.0426 ABIU BRANCO Pouterea sp. 15 0.15 0.0177 ABIU BRANCO Pouterea sp. 12 0.12 0.0113 ABIU BRANCO Pouterea sp. 13.2 0.13 0.0137 ABIU BRANCO Pouterea sp. 53.5 0.53 0.2246 ABIU ESCAMOSO Pouterea sp. 20 0.2 0.0314 ABIU ROSA Pouterea sp. 16.5 0.17 0.0214 ABIU ROSA Pouterea sp. 37.5 0.38 0.1104 ABIU ROSA Pouterea sp. 15.6 0.16 0.0191 ABIU ROSA Pouterea sp. 72.3 0.72 0.4106 ABIU ROSA Pouterea sp. 17 0.17 0.0227 ABI V ERMELHO Pouterea sp. 15 0.15 0.0176 ABIU VERMELHO Pouterea sp. 11.8 0.12 0.0109 44 ABIU VERMELHO Pouterea sp. 34.7 0.35 0.0946 ABIU VERMELHO Pouterea sp. 25.6 0.26 0.0515 ABIUARANA Pouteria guianensis Aubl. 29.8 0.3 0.0697 GUAJARÁ BOLACHA Syzygiopsis appositifolia 86 0.86 0.5809 GUAJARÁ PEDRA Neoxythece elegans 11.1 0.11 0.0097 MAÇARANDUBA Manilkara huberi (Ducke) Chevalier 91.4 0.91 0.6555 STERCULIACEAE CUPUÍ Theobroma subincanum 16.1 0.16 0.0204 VIOLACEAE CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 13 0.13 0.0133 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 12.5 0.13 0.0123 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 11.6 0.12 0.0106 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 11.6 0.12 0.0106 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 13 0.13 0.0133 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 10 0.1 0.0079 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 10 0.1 0.0079 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 11.5 0.12 0.0104 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 10 0.1 0.0079 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 10 0.1 0.0079 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 12.7 0.13 0.0127 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 10.8 0.11 0.0092 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 10.8 0.11 0.0092 CANELA DE JACAMIN Rinorea racemosa 11.1 0.11 0.0097 NI GEMA DE OVO NI 15 0.15 0.0177 GEMA DE OVO NI 10 0.1 0.0079 NI MOUFIN NI 47.7 0.48 0.1787 NI PITOMBA DE MACACO NI 12.5 0.13 0.0123 NI TARÁ PRETO NI 13 0.13 0.0133 NI PINHARA NI 15.6 0.16 0.0191 3.2.3. Considerações Finais Na área em estudo, podemos concluir que existe uma grande regeneração natural, com uma grande quantidade de indivíduos jovens, o que é fundamental em um plano de manejo, além disso, possui uma grande diversidade, que pode ser afirmado pelo índice de Shannon que deu 3,85. Vale ressaltar que apesar da pouca distancia entre as parcelas, houve a presença de muitas espécies diferentes. 45 4. MÓDULO IV – FABRICAÇÃO DE MÓVEIS ARTESANAIS A Associação Virola-Jatobá vem investindo na fabricação de móveis artesanais, que é uma ótima alternativa para o aproveitamento dos resíduos deixados pela exploração e corte raso da área destinada à agricultura. Mas, somente os desperdícios deixados pelo corte raso estão sendo aproveitados. Em abril de 2010, houve uma capacitação para um grupo de 15 pessoas, pertencentes à comunidade, que se interessaram e disponibilizaram-se para realização do trabalho. Porém, houve uma alta taxa de desistência e hoje contam com apenas 5 integrantes. Figura 28: Demonstração do uso dos Figura 29: Banco fabricado de modo artesanal equipamentos Os artesãos fazem uso de diversos equipamentos para fabricação dos móveis e proteção individual, dentre eles estão: motosserra; plaina elétrica; plaina manual; lixadeira; tico-tico; furadeira; maquita; inchó; formão; goiva; óculos; mascara; bota; protetor auricular. Todos os equipamentos foram adquiridos pela Associação. 46 5. VISITA TÉCNICA ÀS EMPRESAS DE ANAPU-PA 5.1.ASSEFA – ASSOCIAÇÃO SOLIDÁRIA ECONÔMICA E ECOLÓGICA DE FRUTAS DA AMAZÔNIA Associação Solidária Econômica e Ecológica de Frutas da Amazônia ASSEFA, localizada se na Rodovia BR 230 Transamazônica, km 120, Vila Sucupira – Anapu/PA. É uma organização com fins sociais e ecológicos de produção, assessoria técnica, social, ambiental e de comercialização que tem como objetivo contribuir na elevação da renda familiar por meio da produção, processamento e comercialização de frutas da região. Surgiu em 2001 por incentivo da Irmã Dorothy Stang. No inicio trabalhou apenas com produção de farinha. Recebeu apoio do governo para a infraestrutura e compra dos primeiros maquinários, porém para ampliar suas atividades com polpas de frutas foi necessário um capital maior, adquirido com envio de projetos a diversas organizações e entidades nacionais e internacionais. Entre as entidades parceiras destacam-se: MMA-SCA- Secretaria de coordenação da Amazônia, CNPq- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Irmãs de Notre Dame de Namur e amigos, POEMA- Programa Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia, Fundo DEMA e UFPA- Departamento de Engenharia Mecânica. A ASSEFA é composta de 5 sócios, mas apenas três estão atuando de fato. Segundo o Sr. Ivan Chagas da Silva, presidente da associação; a maior dificuldade enfrentada é devido à falta de manutenção especializada para alguns maquinários que se encontram inativos. Mesmo com as dificuldades advindas deste fato em 2010 a associação produziu 24 toneladas de polpas e obteve um lucro líquido de 26 mil reais. Atualmente possuem um contrato com a CONAB- Companhia Nacional de Abastecimento para fornecer 21 toneladas de polpas para escolas polo do município de Anapu. Como ainda não possuem embalagens adequadas não podem comercializar as polpas fora dos limites do município. Foi adquirida uma caminhonete para o transporte das polpas. No processo de armazenagem são utilizados: 1 túnel de congelamento a temperatura de -16ºC com capacidade de 3,5 toneladas de polpa; 1 câmara fria a temperatura de -14ºC com capacidade de 30 toneladas. A associação adquiriu um pasteurizador, 1 despolpadora,1 caldeira, 1 empacotadora, e 2 túneis de congelamento destes, apenas os 2 túneis, a despolpadora e a caldeira funcionam. 47 Tabela 8: Principais frutas comercializadas pela ASSEFA FRUTAS CUSTO (R$) VENDA (2 Kg) PRODUÇÃO/DIA (Kg) Abacaxi 1.00 (unidade) R$ 4.60 500 Açaí 10.00 (lata) R$ 4.90 200 Cacau 25.00 (mil unidades) R$ 3.90 350 a 400 Cupuaçu 0.80 (unidade) R$ 5.00 380 Manga Coletada sem custos R$ 5.20 500 a 600 na safra A maior parte das frutas é fornecida pelos agricultores do PDS Virola Jatobá. Apenas o cupuaçu é adquirido fora do município. É comprado no Km 80 BR 230, município de Medicilândia. A ASSEFA é um projeto que funciona e segundo o Sr. Ivan são pequenas iniciativas como esta que fazem a diferença na vida do pequeno produtor rural. 5.2.DI TRENTO A serraria Di Trento é uma empresa do ramo madeireiro, localizada no município de Anapu, área urbana. Atua no comércio de importação e exportação. A maioria das exportações é feita para a Europa e Estados Unidos. A referida empresa é de propriedade do Sr. Avelino Dedéia. Segundo com o Sr. Antônio Luiz, gerente de produção da área de secagem, a madeira utilizada para exportação é extraída de planos de manejo regularizados pela SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) o maior pertence ao Sr. Gaúcho e localiza-se no município de Pacajá. Para a produção de móveis são utilizadas árvores derrubadas em roçados ou por fenômenos naturais e não há compra da madeira do PDS Virola Jatobá. As toras ficam estocadas por espécie no pátio aguardando processamento. Tabela 9 – Principais espécies processadas pela Serraria Di Trento NOME COMUM NOME CIENTÍFICO FAMILIA Cumaru Dipteryx odorata Fabaceae Currupixa Micropholis melinoniana Sapotaceae Ipê* Tabebuia sp. Bignoniaceae Jatobá Hymenaea courbaril Fabaceae Tatajuba Bagassa guianensis Moraceae Tauari Courataria sp. Lecythidaceae Sumaúma Ceiba pentandra Bombacaceae Orelha de macaco Datura stramonium Solanaceae *Espécie de maior valor comercial 48 As espécies descritas na Tabela 9 passam pelo processo de secagem, este processo consiste no acondicionamento da madeira depois de processada em um galpão com 12 ventiladores que transportam calor para o interior do mesmo, deixando o ambiente com temperaturas que variam de 65º a 70ºC. Devido às especificidades de cada espécie, o tempo de secagem pode variar. De acordo com o Sr. Luiz, são aproveitados da madeira em tora apenas 60%, os resíduos são usados para alimentar os fornos, pois não se tem um planejamento que vise um melhor aproveitamento deles. Percebeu-se também que a maior parte dos funcionários não usava o equipamento de segurança apesar de ser norma da empresa. O setor madeireiro da região apesar de todas as implicações legais inerentes ao funcionamento do mesmo, se mostra próspero no município de Anapu. 49 CONCLUSÃO Durante o estagio foi possível perceber a verdadeira realidade da comunidade do PDS Virola-Jatobá, quanto a sua organização e seriedade por parte dos próprios comunitários, que mostraram está dispostos a se empenharem na conservação e no uso sustentável dos recursos disponíveis, entretanto, tem-se em mente que a maioria das pessoas não possuem conhecimento adequado sobre o uso correto desses recursos, e certamente não tiveram a oportunidade de adquiri-lo, mas que com o apoio de pessoas interessadas como a irmã Dorothy Stang e iniciativas de ideias inovadoras, e depois com o suporte técnico de várias empresas, essas famílias ou pelo menos boa parte delas começaram a ter uma visão relativamente diferente da maneira de como utilizar esses recursos. Com essa experiência constatou-se a importância não só de dar suporte a essas ideias, mas levar conhecimento e capacitar as pessoas que já estão de mente aberta. Quando as famílias da comunidade pararam de receber assistência técnica, ficaram desorientadas quanto à administração da sua propriedade rural e demonstraram a falta dessas assistências. Por isso a importância da capacitação dessas pessoas, tanto na área rural, dando ênfase aos Sistemas Agroflorestais do qual dependem para sua subsistência sendo de importância imediata, quanto na área florestal. No módulo de exploração de impacto reduzido, obteve-se contato direto com a floresta manejada, que facilitou uma melhor compreensão da importância dos diversos métodos aplicados, desde o planejamento de estradas, execução da exploração até estocagem e transporte de toras. Além disso, proporcionou aos discentes, como futuros profissionais, uma melhor dimensão do manejo em si. Durante essa atividade observou-se que a empresa Vitória Régia causa baixos impactos durante a exploração, com base em normas estabelecidas por órgãos como IBAMA e MMA (Ministério do Meio Ambiente). A empresa busca entre outras coisas o melhor posicionamento das estradas secundárias, ramais de arraste e o direcionamento da queda das árvores, preocupando-se com a regeneração natural. Além disso, vale ressaltar que o PDS é dividido em 29 UPA‟s, obedecendo um ciclo de corte de 30 anos, na qual as próximas UPA‟s são exploradas distantes da mais recente, visando a melhor recuperação da diversidade, viabilizando as trocas de material genético na área realizadas por dispersores de frutos e polinizadores. Outro aspecto de relevante durante o estagio, foi o módulo de ecologia e diversidade, que serviu de complementação fundamental para a parte teórica que 50 compreende a fitossociologia e a dendrologia vista em sala de aula, reforçando as aulas práticas já realizadas. De forma geral, os levantamentos fitossociológicos e dendrológicos estudam a diversidade florestal, as interações entre comunidades e sendo muito importantes no inventario florestal, na qual a dendrologia serve de auxílio para um rápido reconhecimento de espécies. Portanto, todas as atividades realizadas durante o estagio supervisionado I, permitiram aos acadêmicos as seguintes reflexões: mas do que adquirir conhecimento técnico é importante aprender a se organizar e trabalhar em grupo, gerando resultados para a comunidade, praticando assim as atividades próprias do engenheiro florestal. 51 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Samuel Soares de; AMARAL; Dário Dantas do; SILVA, Antônio Sérgio Lima da. Análise florística e estrutura de florestas de Várzea no estuário amazônico. Acta Amazônica, vol. 34(4) 2004: 513 – 524. BENTES-GAMA, Michelliny de Matos. Sistemas Agroflorestais: uma Técnica de Silvicultura que Favorece a Otimização do Uso da Terra. 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COUTO, Hilton Thadeu Z. do; BATISTA, João Luís Ferreira; RODRIGUES, Luiz Carlos E. Mensuração e Gerenciamento de Pequenas Florestas. Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz: Departamento de Ciências Florestais. Piracicaba (5): 1-37, nov.1989 COSTA, Reginaldo B.; ARRUDA, Eduardo J.; OLIVEIRA, Lincoln C.S. Sistemas Agrossilvipastoris como Alternativa Sustentável para a Agricultura Familiar. Revista Internacional de Desenvolvimento Local. Vol. 3, n. 5, p. 25-32, Set. 2002 DYKSTRA, D.P. Reduced impact logging: concepts and issues. In: Applying Reduced Impact Logging to Advance Sustainable Forest Management. International Conference Proceedings. Malaysia, 2002/Enters, T.; Durst, P.B.; Applegate, G.B.; Kho, P.C.S. & Man G. Eds. FAO, Thailand. ENGEL, Vera Lex. Sistemas Agroflorestais: Conceitos e Aplicações. Texto extraído de ENGEL, V.L. Introdução aos Sistemas Agroflorestais. Botucatu: FEPAF, 1999. 70p. FEARNSIDE, P. 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Manejo de Cipós para a Redução do Impacto da Exploração Madeireira na Amazônia Oriental. Série Amazônia, N° 13 - Belém: Imazon, 1998. 22 p. 54 APÊNDICE A – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DO MÓDULO I Figura 30: Entrevista com a Família II Figura 31: Casa de farinha da Propriedade II Figura 32: Visita à área de SAF Figura 33: SAF da Propriedade II Figura 34: Criação de suínos da Propriedade II Figura 35: Análise dos SAF‟s 55 Figura 36: Área de queimada da Propriedade II Figura 37: Área da APP Figura 38: Igarapé da Propriedade II Figura 39: Consórcio de banana e cupuaçu Figura 40: Criação de aves da Propriedade II Figura 41: Família II, Grupo 4, Prof. Elisana Batista e monitor Fredson Caitano 56 APÊNDICE B – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DO MÓDULO II Figura 42: Apresentação da metodologia a ser Figura 43: Medição da estrada secundária utilizada no Módulo II Figura 44: Medição do pátio de estocagem Figura 45: Medição dos desperdícios do pátio Figura 46: Medição das clareiras Figura 47: Medição das trilhas de arraste 57 Figura 48: Medição do toco Figura 49: Medição das clareiras Figura 50: Árvore recém derrubada Figura 51: Regeneração Natural do pátio Figura 52: Grupo 4 e os monitores Olair Nascimento e Victor Cabreira 58 APÊNDICE C – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DO MÓDULO III Figura 53: Análise da casca viva Figura 54: Análise de exsudato Figura 55: Análise de raíz Figura 56: Análise de sapopema Figura 57: Análise de fitossociologia Figura 58: Análise de casca viva 59 Figura 59: Casca viva em anéis Figura 60: Casca viva fibrosa Figura 61: Análise fitossociológica Figura 62: Ritidoma rugoso Figura 63: Ritidoma sujo Figura 64: Ritidoma fissurado 60 APÊNDICE D – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DO MÓDULO IV Figura 65: Movelaria da Associação VJ Figura 66: Fabricação de móveis artesanais Figura 67: Métodos artesanais de fabricação Figura 68: Móvel artesanal pronto Figura 69: Utilização da lixadeira Figura 70: Incho e goiva 61 Figura 71: “Bolachas” de madeira Figura 72: Fabricação dos móveis Figura 73: Visita à movelaria Figura 74: Demonstração de uso da motosserra 62 APÊNDICE E – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DAS VISITAS ÀS EMPRESAS DE ANAPU-PA Figura 75: Visita à ASSEFA Figura 76: Câmara fria Figura 77: Túnel de congelamento Figura 78: Tanques para lavagem das frutas Figura 79: Visita à serraria Di Trento Figura 80: Madeira processada 63 Figura 81: Toras no pátio de estocagem Figura 82: Processamento das toras Figura 83: Transporte da madeira processada Figura 84: Empacotamento da madeira seca – para para a câmara de secagem exportação