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��UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR CAMPUS DE PARANAVAÍ Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí Reconhecida pelo governo Federal conforme Decreto nº 69599 de 23/11/1971 CNPJ 80904402/0001-50 Campus Universitário “Frei Ulrico Goevert – Av. Gabriel Esperidião, S/N Caixa Postal, 306 – CEP 87703-000 – PARANAVAÍ – PARANÁ ����� Disciplina: Fund. Física Geral - 3ª Série – Noturno – Data: 11/04/2012 – Professor: Claudio Ichiba Colegiado do Curso de Matemática Acadêmico(a):______________________________________________________RA:________ AVALIAÇÃO DE FUND. FÍSICA GERAL – 1º BIMESTRE Orientações para a prova: Não se esqueça de colocar, nome e RA na folha impressa Faça à resolução a caneta preta ou azul; O uso do corretivo é proibido em qualquer circunstância nas questões da prova, caso erre anule onde há o erro; A interpretação da prova é parte integrante da mesma. � 01. A rejeição ao conhecimento pagão dos gregos aparece neste trecho do trabalho de Santo Agostinho, o Enchiridion, ou manual para os cristãos: “Quando, então, pergunta-se no que devemos acreditar com relação à religião, respondo que não é necessário investigar a natureza das coisas, como faziam aqueles a quem os gregos chamavam de ‘físicos’. Nem devemos ficar alarmados e amedrontados de que os cristãos ficariam ignorantes da força e número dos elementos, o movimento, ordem e eclipses dos corpos celestes; a forma dos céus; as espécies e a natureza dos animais, plantas, pedras, fontes, rios, montanhas; sobre cronologia e distâncias; os sinais que antecedem as tempestades; e um milhar de outras coisas que aqueles filósofos descobriram ou pensavam haver descoberto [...]. Para o cristão é suficiente acreditar que a única causa de todas as coisas criadas, sejam celestes ou terrestres, sejam visíveis ou invisíveis, é a bondade do criador, o único Deus; e que nada existe, exceto Ele próprio, que não deva sua existência à Ele”. (Agostinho, Enchiridion. apud Zanetic, 1995, p. 39). A respeito desse texto, segundo Santo Agostinho, assinale a alternativa correta: (A) Há claramente um posicionamento neutro de Santo Agostinho em relação ao conhecimento científico. (B) É evidente que a igreja pretende discutir com a ciência a sua nova visão de mundo. (C) Qualquer tratado científico é tão importante quanto às sagradas escrituras. (D) O posicionamento de Santo Agostinho certamente irá levar o cristão à luz do conhecimento obtendo o mesmo resultado que a investigação realizada pelos antigos físicos. (E) O pensamento dos físicos gregos é inútil. 02. “Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de súbito a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” (VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.) Com base no texto, assinale a alternativa correta. (A) Para explicar o que acontece no presente é preciso necessariamente compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original. (B) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais. (C) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente sem o uso de elementos sobrenaturais. (D) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana. (E) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas. 03. Aristóteles foi um dos grandes filósofos a tratar de questões relacionadas à física. Em seu livro Física, encontra-se a seguinte passagem: “Nós vemos o mesmo peso ou corpo movendo-se mais rápido que outro por duas razões: porque há uma diferença naquilo através do qual ele se move (como entre a água, o ar e a terra) ou porque, outras coisas sendo iguais, o corpo movente difere do outro devido ao excesso de peso ou leveza. Agora o meio causa uam diferença porque ele impede a coisa movente, principalmente se ela está se movendo na direção oposta, mas em um grau secundário, mesmo se ela está em repouso; e em especial um meio que não é facilmente divisível, isto é, um meio que é mais denso”. (Aristóteles, Física 214 (b). 25. in The Complete Works of Aristotle: The Revised Oxford Translation. Trad. Princeton University Press: Jonathan Barnes (ed.) p. 366). Considerando apenas o trecho da obra Física, de Aristóteles, acima transcrito, é correto afirmar que as variáveis relevantes para a descrição do movimento da física aristotélica são: (A) a velocidade do corpo, o peso do corpo e a densidade do meio no qual ele se movimenta. (B) a força aplicada ao corpo, a velocidade do corpo e o peso do meio no qual ele se movimenta. (C) a densidade do corpo, a densidade do meio no qual ele se movimenta e a força aplicada ao corpo. (D) a densidade do meio, o peso do corpo e a força aplicada ao corpo. (E) a densidade do corpo, o peso do corpo e a velocidade com que se movimenta. 04. Aristóteles na Antiguidade elaborou um conceito chamado de antiperístase, no qual o ar deslocado pela frente de uma flecha, por exemplo, movia-se rapidamente ao longo da mesma para ocupar o "vazio" deixado pela mesma e, ao fazer isto, exercia uma força, empurrando-a para frente. Jean Buridan (1295 – 1385), membro da escola nominalista foi crítico a antiperístase. A respeito disso analise as duas asserções a seguir. Para Buridan, a explicação de Aristóteles, para o movimento rotacional de um pião que se mantém sem movimento por muito tempo, mesmo após ter sido abandonado; ou de uma lança que tenha na sua parte anterior uma ponta, fina (na forma de um cone), igual a sua parte posterior; ou de um barco que se move por muito tempo mesmo após um impulso inicial; não tinha muito valor, a antiperístase era falsa porque o meio não poderia sustentar o movimento se ele oferece resistência a isso (resistência do ar, por exemplo). A cerca dessas asserções, assinale a opção correta (A) As duas asserções são proposições falsas. (B) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. (C) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. (D) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. (E) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 05. Analise as afirmações abaixo a respeito dos modelos de Ptolomeu e de Copérnico sobre os planetas e o Sol. I - O modelo de Ptolomeu entrou em crise no início do Renascimento e a ciência da época já não mais utilizava esse sistema ultrapassado. II - Na época de Copérnico, o modelo de Ptolomeu se encontrava demasiadamente complexo, logo não atendia e forma satisfatória as necessidades da época. III - O modelo de Copérnico resgatou a concepção aristotélica do movimento absoluto. IV - O modelo heliocêntrico de Copérnico foi radicalmente diferente do modelo geocêntrico de Ptolomeu, portanto, não tinham elementos em comum. V - O modelo copernicano se diferenciava do ptolomaico, fundamentalmente por conter um número reduzido de hipóteses para sustentar uma visão heliocêntrica. Estão corretas apenas as afirmações: (A) II e V. (B) I e IV. (C) III, IV e V. (D) I, II, III e IV. (E) I, II, III e V. 06. No sistema ptolomaico, as estações do ano aconteciam devido ao movimento do Sol pela eclíptica ao redor da Terra durante um ano, neste contexto o Sol estaria durante um período mais ao norte e noutro mais ao sul. Qual das alternativas abaixo explica o mesmo fenômeno observado no sistema copernicano? (A) A rotação da Terra é diferente em cada estação o que produz dias mais longos no verão e dias mais curtos no inverno. (B) A Terra no periélio se encontra mais próxima do Sol e dá origem ao inverno e no afélio se encontra mais distante e dá origem ao verão. (C) A Terra no periélio se encontra mais próxima do Sol e dá origem ao verão e no afélio se encontra mais distante e dá origem ao inverno. (D) A Terra com o seu movimento de precessão altera a inclinação do eixo terrestre e faz a incidência da luz solar diferenciar ao longo do período de um ano. (E) A inclinação do eixo terrestre em relação a eclíptica faz a incidência da luz solar ser diferente em cada hemisfério e o movimento orbital do planeta ao redor do Sol durante um ano faz a alternância entre as estações. 07. Que modelo matemático foi proposto por Apolônio de Pérga (262 - 190 a.C.) para explicar e prever os laços retrógrados e que posteriormente foi utilizado por Claudius Ptolomeu (~87 – 150 d.C.)? 08. Nicolau Copérnico (1473-1543) propôs um modelo cosmológico na qual o Sol se encontrava no centro do universo. Este modelo apresentou resultados melhores do que o ptolomaico, todavia não convenceu a ciência da época. Cientificamente, o que ficou faltando para se provar o heliocentrismo? Provas conseguidas posteriormente por Galileu Galilei (1564 - 1642). 09. Na astronomia, a elongação de um planeta é o ângulo entre o Sol e o planeta, quando observado da Terra. Quando um planeta inferior é visível depois do pôr-do-sol, está próximo de sua elongação oriental máxima e quando é visível antes do nascer do sol, está próximo de sua elongação ocidental máxima. O valor da elongação máxima para Mercúrio é de 28º. Usando esse dado e o método elaborado por Copérnico, determine aproximadamente a distância relativa de Mercúrio ao Sol em comparação à distância da Terra ao Sol ( 1 U.A). 10. A figura ilustra o método da paralaxe defendido por Aristarco de Samos pela primeira vez na Antiguidade para a determinação da distância entre a Terra e a estrela Alfa Centauri. A distância entre a Terra e Alfa Centauri é da ordem de 400 bilhões de km, logo com base nesses dados determine o valor de α.