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Prat cont informatizada 1 LEGALIZAÇÃO-NCC 10406-2002 (2)

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Enviado por Adriano Franco em

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ENTIDADES - LEGALIZAÇÃO 
Novo código civil - Lei 10.406/2002 
I – INTRODUÇÃO 
 
Com a entrada em vigor do Novo Código Civil brasileiro em 11 de janeiro de 2003, 
deixa de existir a clássica divisão existente entre atividades mercantis (indústria ou 
comércio) e atividades civis (as chamadas prestadoras de serviços). Para melhor 
compreensão do assunto, faz-se necessário uma rápida abordagem do sistema que 
vigeu por mais de um século entre nós. 
 
Como se dividiam as empresas? 
 
O nosso Código Comercial de 1850, e o Código Civil de 1916, que regulavam o direito 
das empresas mercantis e civis no Brasil até 11 de janeiro de 2003, adotaram, como 
critério de divisão das empresas, as atividades exercidas por elas, isto é, dispunham 
que a sociedade constituída com o objetivo social de prestação de serviços (sociedade 
civil), tinha o seu contrato social registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas (exceto as Sociedades Anônimas e casos específicos previstos em lei), 
enquanto que uma sociedade mercantil, constituída com o objetivo de exercer 
atividades de indústria e/ou comércio, tinha o seu contrato social registrado nas Juntas 
Comerciais dos Estados (inclusive todas as Sociedades Anônimas e raras exceções 
previstas em lei, na área de serviços). 
 
Tratamento semelhante era conferido às firmas individuais e aos autônomos. O 
empreendedor que desejava atuar por conta própria, ou seja, sem a participação de 
um ou mais sócios em qualquer ramo de atividade mercantil (indústria e/ou comércio, 
ainda que também prestasse algum tipo serviço), deveria constituir uma Firma 
Individual na Junta Comercial, ou, caso quisesse atuar, exclusivamente, na 
prestação de serviços em caráter pessoal e com independência, deveria registrar-se 
como autônomo na Prefeitura local. 
 
Como ficou com o novo Código Civil? 
 
Ocorre, porém, que estas divisões não fazem parte mais de nossa realidade. O nosso 
sistema jurídico passou a adotar uma nova divisão que não se apóia mais na atividade 
desenvolvida pela empresa, isto é, comércio ou serviços, mas no aspecto econômico 
de sua atividade, ou seja, fundamenta-se na teoria da empresa. 
 
Dependendo da existência ou não do aspecto “econômico da atividade”, se uma 
pessoa desejar atuar individualmente (sem a participação de um ou mais sócios) em 
algum segmento profissional, enquadrar-se-á como EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO, 
conforme a situação, ou, caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas para, juntos, 
explorarem alguma atividade, deverão constituir uma sociedade que poderá ser 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA ou SOCIEDADE SIMPLES, conforme veremos as diferenças 
entre uma e outra, mais adiante. 
 
Portanto, devemos nos acostumar a conviver com a nova divisão entre: 
EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO e SOCIEDADE EMPRESÁRIA ou SOCIEDADE 
SIMPLES. 
 
 
EMPRESÁRIO / AUTÔNOMO 
 
A Firma Individual foi substituída pela figura do Empresário. Portanto, todos os 
empreendedores que, antes de 2003, estavam registrados nas Juntas Comerciais como 
“Firma Individual” passaram a ser “Empresários”. Além destes, muitos dos que 
atuavam na condição de “autônomo”, também passaram à condição de “Empresário”, 
pois foram recepcionados em seu conceito, conforme transcrito a seguir: 
 
CONCEITO DE EMPRESÁRIO: Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou 
circulação de bens ou de serviços. (Art. 966) 
 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
 
A Sociedade Empresária tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário 
sujeito a registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente de seu objeto, 
devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. (art. 982 e § único) 
 
sociedade empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, constituindo 
elemento de empresa. 
 
Desta forma, podemos dizer que “sociedade empresária” é a reunião de dois mais 
empresários, para a exploração, em conjunto, de atividade(s) econômica(s). 
 
SOCIEDADE SIMPLES 
 
Sociedades Simples são sociedades formadas por pessoas que exercem profissão 
intelectual (gênero), de natureza científica, literária ou artística (espécies), 
mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa. 
 
Desta forma, Sociedade Simples é a reunião de duas ou mais pessoas (que, caso 
atuassem individualmente seriam consideradas autônomas), que reciprocamente se 
obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a 
partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade 
própria de empresário. 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS DE LEGALIZAÇÃO 
1 – Consulta Prévia do Local de Funcionamento – 
(Prefeitura Municipal) 
a) se o imóvel está regularizado e se possui HABITE-SE; 
 
b) se as atividades a serem desenvolvidas no local, respeitam a Lei de 
Zoneamento do Município; 
 
 
c) os pagamentos do IPTU referente ao imóvel 
 
d) Verificar junto aos órgãos do Meio Ambiente e de Controle de Atividades 
Poluentes (Estadual e Municipal), a possibilidade de estabelecer-se na 
localidade; 
 
 
e) Verificar junto à Vigilância Sanitária Estadual e Municipal se o estabelecimento 
e a atividade pretendida – relacionado à saúde - (bar, restaurantes, farmácias 
etc.), atende as exigências para funcionamento; 
 
 
2 – Consulta de Nome Empresarial na JUNTA COMERCIAL. 
Para escolher o nome da empresa (firma ou denominação social) fazendo o pedido de 
busca de nome, evitando assim a coincidência de nomes de com empresa já existente. 
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNAEFiscal/cnaef.htm 
 
 
3 – Elaboração do contrato social e registro nos órgãos 
competentes. 
Contrato Social 
O Contrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, assim como as regras 
para o funcionamento e liquidação da Sociedade. Este documento deve ser registrado 
no órgão competente. 
Caso a empresa se enquadre como Microempresa e/ou Empresa de Pequeno Porte, 
conforme a Lei Complementar 123 de 14/12/06, fica dispensada do visto do advogado 
no Contrato Social. 
 
 
 
 Sociedades Empresárias – JUNTA COMERCIAL - NIRE é a sigla de Número 
de Identificação do Registro de Empresas. 
 
O NIRE é o registro de legalidade da empresa na Junta Comercial do Estado. É 
um número único que comprova que a empresa existe oficialmente. 
 
 Sociedades Simples – RCPJ – Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas 
 Sociedade de Advogados – OAB 
 
Obs. Ao elaborar o contrato social, observar as atividades conforme o CNAE – códigos 
nacional de atividades econômicas. 
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNAEFiscal/cnaef.htm 
4 – Inscrição no CNPJ (DBE) – site Receita Federal 
Todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas (empresário e pessoa física 
equiparada à pessoa jurídica), estão obrigadas a se inscrever na Receita Federal a fim 
de obter o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. 
 
Todas as informações sobre os procedimentos e documentação necessárias ao 
cadastro podem ser obtidas no site da Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br, 
por meio do programa PGD CNPJ, no qual deverá constar informações da sociedade e 
dos sócios. 
 
Ao gerar as informações no programa do CNPJ, transmitir a Receita, 
posteriormente imprimir o Documento Básico de Entrega (DBE) assinado com 
firma reconhecida, junto com o contrato ou estatuto e demais documentos dos 
sócios, entregando a Receita Federal, para aprovação e emissão do nº do CNPJ. 
 
5 – Corpo de Bombeiros – laudo de vistoria e certificado de 
aprovação 
Após vistoria no local, será emitido um laudo de exigências, que após o cumprimento
das mesmas, o Corpo de Bombeiros emitirá o Certificado de Aprovação. 
http://emolumentos.funesbom.rj.gov.br/DGST2/requerimento.zul 
6 – Alvará e registro da Fiscalização Sanitária - Junto a 
Prefeitura local 
O alvará é uma licença concedida pela prefeitura, permitindo a localização e o 
funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agrícolas, prestadores de 
serviços, bem como de sociedades, instituições e associações de qualquer natureza, 
vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas. 
A expedição da Licença ficará condicionada ao atendimento, por parte do munícipe, à 
legislação pertinente em vigor e, em especial, de uso e ocupação do solo, de 
segurança, higiene e sossego ao público, bem como o habite-se do Imóvel. 
 
7 – Inscrição Estadual junto a Secretaria de Estado de 
Fazenda. 
O registro na Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ) destina-se aos contribuintes 
do ICMS, de modo que possam obter a Inscrição Estadual – IE. Conforme dispõe o 
Regulamento do ICMS. O contribuinte do imposto é qualquer pessoa, natural ou 
jurídica, que de modo habitual ou em volume que caracterize intuito comercial, 
realizando operações relativas a circulação de mercadorias. 
 
O registro e feito através do Programa Gerador do Formulário Eletrônico – DOCAD 
(Documento de Cadastro do ICMS) a ser baixado no site: 
 
http://www.fazenda.rj.gov.br/portal/index.portal?_nfpb=true&_pageLabel=cidadao_se
rv&file=/servico/cidadao_serv/docad_eletronico.shtml 
 
8 – Solicitação para uso de Nota fiscal Eletrônica junto a 
SEFAZ e ou Município . 
Atualmente, a legislação nacional permite que a Nota Fiscal Eletrônica substitua as 
notas fiscais modelo 1/1A, que são utilizadas para documentar transações comerciais 
com mercadorias entre pessoas jurídicas. Para consultar a obrigatoriedade de emissão 
de Nota fiscal Eletrônica modelo 1/1A para sua empresa, consulte o site: 
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/. 
 
Muitas prefeituras já utilizam o sistema de Nota Fiscal eletrônica de serviços, que 
elimina a AIDF - Autorização para impressão de Documentos Fiscais, uma vez que todo 
o procedimento é realizado por meio da internet. Em regra, basta apenas realizar um 
cadastro junto às prefeituras para acesso ao Sistema de Nota Fiscal Eletrônica. 
 
 
REGIN 
 
Sociedade Empresária com Regin 
Regin é um sistema informatizado que integra os órgãos públicos envolvidos 
no registro de empresas, visando à desburocratização dos processos de 
abertura, alteração e baixa. É utilizado por juntas comerciais, Receita Federal, 
Secretaria de Fazenda Estadual e prefeituras municipais. 
A utilização do Regin só é possível para a constituição de empresas localizadas 
em municípios conveniados com a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro 
(Jucerja). 
Com o Regin, todo o processo de abertura da empresa é realizado em um 
único lugar, conforme as etapas abaixo: 
 
 
Etapa 1: Consulta de viabilidade 
Para fazer a consulta, basta preencher o Pedido de Viabilidade com as 
informações necessárias para a abertura de empresa, no site da Junta 
Comercial (Jucerja) ou Prefeitura local. 
- A consulta prévia de nome é avaliada pela Junta Comercial do Estado do Rio 
de Janeiro. 
- A consulta prévia de local é avaliada pela prefeitura do município onde a 
empresa será aberta, para a permissão do exercício da atividade econômica 
pretendida no local informado. 
 
Etapa 2: Formalização da empresa 
Após obter a aprovação de viabilidade, dirija-se à Junta Comercial com a 
documentação necessária para registrar a empresa. Depois de registrada, 
obterá: 
- O número de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), 
Fornecido pela Receita Federal. 
* obs: a inscrição no CNPJ deverá ser solicitada após a preparação do contrato 
social, mas antes do registro. 
- O número da Inscrição Estadual, fornecido pela SEFAZ-RJ 
- Os protocolos da Solicitação de Alvará de Funcionamento da prefeitura, do 
Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e das outras instituições públicas 
necessárias no processo 
- Os valores do preço público, das taxas e documentos que deverá apresentar 
a cada instituição. 
 
Elaboração do Contrato Social /Declaração de Empresário 
Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ 
A utilização do convênio com a Junta Comercial deve ser informada no DBE; 
caso contrário, somente a Receita Federal poderá analisar a solicitação. 
 
Registro do contrato Social/Declaração Empresário 
De posse do DBE, do Contrato Social, do Protocolo de Viabilidade impresso e 
demais documentos necessários conforme a atividade, solicite o registro na 
Junta Comercial para receber o número do CNPJ e da Inscrição Estadual (caso 
necessário). Essas informações são enviadas, automaticamente, para a 
prefeitura do município, que realizará as vistorias e a liberação do alvará. 
Por meio do protocolo do Registro na Junta Comercial e do CNPJ, é possível 
acompanhar pela internet o andamento de seu registro na prefeitura. 
 
Declaração de Empresário 
O Empresário Individual não possuirá Contrato Social, mas necessita obter uma 
Declaração de Empresário. 
 
 
OUTRAS PROVIDÊNCIAS 
 
Inscrição no Cadastro Nacional de Seguro Social – INSS 
A inscrição da empresa no INSS é feita simultaneamente à sua inscrição no 
CNPJ. 
Se a atividade não for sujeita à inscrição no CNPJ, existe a obrigação de fazer 
a inscrição perante o Cadastro Específico do INSS – CEI no site da Receita 
Federal, dentro de 30 dias contados do início de suas atividades. 
 
- Certificação Digital para uso do Sistema SEFIP da CEF, que possibilitará a 
entrega da GEFIP mensal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Octavio S. Silva

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