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CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
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Aula 0 
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
É com enorme satisfação que inicio este novo Curso de Administração 
Financeira e Orçamentária (AFO) para Analista e Técnico Administrativo 
do Ministério Público da União e cada vez mais feliz por integrar esta 
renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! Ressalto que em 
AFO os tópicos são idênticos para os dois cargos, logo é uma oportunidade 
única que vai facilitar muito sua preparação! 
E já começo falando do nosso curso: 
• Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e Orçamentária 
com foco total no edital para Analista e Técnico Administrativo do 
Ministério Público da União (MPU). 
• Questões comentadas contextualizadas com a teoria; 
• Todas as aulas com um Simulado apenas com questões recentes 
do CESPE; 
• Fórum de dúvidas; 
• Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail: 
sergiomendes@pontodosconcursos.com.br 
• Resumos (mementos) ao final de cada aula. 
Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir 
conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que 
muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de 
excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de 
ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto. 
Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes 
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motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de fazer a 
diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno. 
Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante 
como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil 
do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a 
aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que 
o professor está próximo, falando com você. 
Meu nome é Antônio Sérgio Mendes Júnior. Para que me conheçam melhor, 
minha experiência em concursos começou quando eu tinha 17 anos. Fui 12° 
lugar no concurso público nacional para ingresso na Escola Preparatória de 
Cadetes do Exército. Cursei, a seguir, a Academia Militar das Agulhas Negras, 
concluindo meu curso de Ciências Militares em 4° lugar, com ênfase em 
Intendência (Logística e Administração). Lá tive meus primeiros contatos com 
administração pública, orçamento e execução financeira. Como Oficial do 
Exército, desempenhei, entre outras diversas funções tipicamente militares, as 
funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e 
Contratos, nas quais tive contato constante com a ponta da linha do gasto 
público, que é a execução financeira. 
Comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal, buscando um novo 
horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas frentes. Surgiu o 
concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções desempenhadas, 
quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas 
preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o 
foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a aprovação, 
a qual consegui muito em função do conhecimento de Administração 
Financeira e Orçamentária - AFO que sempre tem um peso significativo nesta 
prova. Por isso considero AFO tão importante. 
Quanto a meu concurso, hoje estou realmente realizado como Analista de 
Planejamento e Orçamento (APO) do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão. Estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde convivo 
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diariamente com esse assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa 
matéria. 
A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e 
ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público, 
pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim, 
compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente 
“gastam”. 
Além de Analista de Planejamento e Orçamento, atualmente sou Instrutor da 
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), das Semanas de 
Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas pela 
Escola de Administração Fazendária (ESAF) e pós-graduando em Orçamento 
Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União 
(ISC/TCU). 
 
Assim, numa divisão mais didática que o edital, buscando ser o mais completo 
e objetivo possível, serão 7 aulas (0 a 6), desenvolvidas da seguinte forma: 
• Aula 0 – Tópico: 6 Orçamento na Constituição da República. 
1º Simulado. 
• Aula 1 – Tópico: 3 O ciclo orçamentário. 2º Simulado. 
• Aula 2 – Tópicos: 1 Orçamento público. 2 Orçamento público no Brasil. 
10 Tipos de créditos orçamentários. 3º Simulado. 
Aproveito a oportunidade para informar sobre o lançamento 
de mais um livro com o selo Vicente & Marcelo: 
Administração Financeira e Orçamentária, Teoria e 
Questões, Sérgio Mendes, Editora Método. Cobre todo o 
edital do MPU da nossa matéria. Acompanhe os meus 
artigos na parte aberta do site, que em breve trarei a relação 
entre os tópicos do edital e os capítulos do livro, bem como a 
data do lançamento oficial. No entanto, informo que o livro já 
está disponível nas melhores livrarias de todo o país. 
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• Aula 3 – Tópicos: 4 Orçamento-programa. 5 Planejamento no orça-
mento-programa. 1 Orçamento público (Princípios). 4º Simulado. 
• Aula 4 – Tópicos: 7 Conceituação e classificação de receita pública. 
8 Classificação orçamentária de receita pública por categoria econômica 
no Brasil. 5º Simulado. 
• Aula 5 – Tópico: 9 Classificação de gastos públicos. 6º Simulado. 
• Aula 6 – Tópico: 11 Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 
n° 101/2000. 7º Simulado. 
Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua 
efetividade. Sou natural de Juiz de Fora – MG e estava morando e trabalhando 
lá. Embora seja uma cidade de porte médio (mais de 500 mil habitantes), os 
cursinhos preparatórios de lá, apesar de bons, praticamente só ofereciam 
cursos para Escolas Militares, Receita Federal e Polícia Federal. Se hoje sou 
Analista de Planejamento e Orçamento, devo muito aos cursos on-line. 
E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido 
profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos 
ares? Quer fazer parte de uma das carreiras do Ministério Público da 
União? 
Como motivação lei esta pequena crônica cujo autor eu desconheço: 
A mamãe e seu filhote camelo estavam à toa, quando de repente o bebê 
camelo perguntou: 
__ Mãe, mãe, posso lhe perguntar algumas coisas? 
__ Claro! O que está incomodando o meu filhote? 
__ Por que os camelos têm corcova? 
__ Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corco-
vas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver 
sem água! 
__ Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas? 
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__ Filho, certamente elas são assim para nos permitir caminhar no deserto. 
Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar pelo deserto melhor do que 
qualquer um! 
__ Tá... Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles 
atrapalham minha visão. 
__ Meu filho, esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para 
os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia 
e pelo vento do deserto! 
__ Ahhh! – concordou o camelinho. 
__ Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as 
pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus 
olhos do deserto. 
__ Isso mesmo, meu filho! 
__ Então... o que estamos fazendo nesse tal de zoológico? 
MORAL DA HISTÓRIA 
Não adianta você ter tudo se não está no lugar certo. 
Venha comigo nesta empreitada! Busque seus objetivos! 
“As ideias e estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a 
sua execução”. (Percy Barnevick) 
Nesta aula estudaremos o Orçamento na Constituição da República, tema que 
compreende os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição 
Federal. 
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei 
Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o 
orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis 
constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um 
planejamento estrutural das ações governamentais. 
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Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 
(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de 
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na 
administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por 
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O 
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da 
CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o 
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal 
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o 
planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo 
operacionalizada por meio de diversos programas. 
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Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já 
existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros 
instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano 
Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos 
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício 
financeiro. 
1. PLANO PLURIANUAL 
O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo 
Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de 
quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. 
Segundo o § 1.o do art. 165 da CF: 
§ 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas 
aos programas de duração continuada. 
Caiu na prova: 
(FCC – APO/SP – 2010) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de 
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública 
federal para as despesas: 
(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos de 
investimentos. 
(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração predeterminada. 
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(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas-
meio do governo. 
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
Resposta: Letra D 
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do 
planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de 
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, 
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do 
país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As 
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer 
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas 
associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais 
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e 
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na 
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual 
nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de 
longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo 
encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua 
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de 
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os 
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao 
caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos 
territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um 
processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. 
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As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser 
seguido na gestão dos recursos pelos próximos
quatros anos. Grandes 
diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a 
redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com 
sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração 
nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de 
produção e inovação e a inserção competitiva externa; a 
conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação 
dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de 
cidades. 
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo 
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão 
estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim 
acompanhados de indicadores e metas que permitam o monitoramento e a 
avaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles 
associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos. 
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a 
formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a 
pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se 
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar 
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, 
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as 
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste 
mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos 
com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital 
pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa 
de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente 
relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. 
Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja 
prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração 
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continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita 
a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no 
PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração 
continuada. 
Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a 
uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. 
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto 
em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com 
softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a 
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e 
com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 
Exemplo: construção de um prédio público. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nen-
huma hipótese um investimento com duração superior a um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA. 
Já vimos que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem 
lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Logo, há uma hipótese de um investimento com duração superior a um 
exercício financeiro ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA: existência de 
uma lei que autorize a inclusão. 
Resposta: Errada 
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A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os 
quais são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos 
orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de 
organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações 
orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de 
um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à 
solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou 
demanda da sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por 
diferentes Ministérios. Exemplos de programas: Brasil Universitário, 
Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo, 
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e 
Efetivação do Direito das Mulheres. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os objetivos 
básicos do PPA incluem a organização em programas das ações que resultem 
em incremento de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade. 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de 
um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em 
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos 
para o período do PPA. 
Resposta: Certa 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto 
não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
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orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
Estudaremos tal Lei Complementar na aula sobre ciclo orçamentário. 
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no 
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando 
no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser 
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao 
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão 
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O 
PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo 
ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato 
seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas. 
Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar 
durante todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo 
seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos 
diferentes. 
QUADRO DO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado 
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
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2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando 
ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento 
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988: 
§ 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e 
Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as 
metas e prioridades para cada ano. 
a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. 
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b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. 
e) A Lei Orçamentária Anual. 
Atenção: os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e 
metas” que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” que se refere 
à LDO. 
PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) 
LDO Metas e Prioridades 
Logo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias explicita as metas e prioridades para 
cada ano. 
Resposta: Letra C 
A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Toa, a 
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o 
encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no 
segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem 
executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a 
LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a 
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a 
execução orçamentária. 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio 
antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao 
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa (17 de julho). 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, 
entre eles as metas e prioridades da administração pública. 
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A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as 
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as 
metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as 
metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos 
na LOA. 
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a 
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é 
um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as 
metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação 
tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm 
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para 
arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que 
o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, 
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do 
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária 
e se justifica sua presença na LDO. 
Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais 
de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o 
desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão 
econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal 
(CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do 
Estado do Amazonas (AFEAM). 
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Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a 
Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol 
de funções da LDO: 
Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 
da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses 
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º 
do art. 31; 
(...) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos 
programas financiados com recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. 
Assim: 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados 
com recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: 
§ 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas 
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Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primário e 
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e 
as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos 
juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é 
mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas 
arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas 
do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. 
Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá: 
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as 
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com 
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, 
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de 
ativos; 
IV – avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e 
do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois exercícios. 
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Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão 
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência 
dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e 
dívidas em processo de reconhecimento. 
Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo 
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem 
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, 
e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Os riscos 
fiscais que devem ser incluídos em anexo da LDO abrangem os riscos orça-
mentários e os riscos da dívida. 
Integra a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os passivos 
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando 
as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Os riscos fiscais 
abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Resposta: Certa 
Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o 
Anexo de Riscos Fiscais: 
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INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, 
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se 
referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que 
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios 
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da 
política econômica nacional. 
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a 
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de 
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
INTEGRARÁ O PROJETO DA LDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as 
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do art. 
169 da CF/1988: 
§ 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a 
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, 
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos 
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
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de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de 
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, 
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a 
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e 
para as sociedades de economia mista. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A alteração 
da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser realizada 
se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este exercício 
contiver a respectiva autorização. 
A alteração da estrutura de carreira do pessoal do Ministério da Previdência 
Social (MPS) ou dos demais órgãos e entidades da administração direta ou 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só 
poderá ser realizada se a LDO aprovada para este exercício contiver a 
respectiva autorização. 
Resposta: Certa 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a 
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de 
um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente 
dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas 
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estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em 
consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas 
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem 
executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.
Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária 
anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término 
do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o 
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua 
elaboração. 
Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988: 
§ 5.º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De 
acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil, 
a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos: 
a) participativo, previdenciário e atuarial. 
b) misto, derivado e legislativo. 
c) plurianual, monetário e de investimentos. 
d) previdenciário, monetário e social. 
e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. 
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Os orçamentos que compõem a LOA são denominados de orçamento fiscal, 
orçamento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e orçamento da 
seguridade social. 
Resposta: Letra E 
Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio 
simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento 
monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação 
entre eles. 
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O 
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle 
e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais 
importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se, 
praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal 
e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central 
e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. 
Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade 
social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário, 
porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais 
orçamentos paralelos. 
Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de 
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. 
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de 
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
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relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na 
ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime 
geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência 
social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a 
quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. 
Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social 
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, 
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a 
gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União. 
Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que 
possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social 
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente 
relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema 
Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui 
despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa 
faz parte do orçamento da seguridade social. 
A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos 
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os 
próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade 
social. 
Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos 
três 
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orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade social e 
investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs. 
Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado, 
constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social – 
são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e 
apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido 
críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria 
pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como 
praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois 
orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável. 
Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos 
fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na 
verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na lei 
orçamentária anual (LOA) de 2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS 
FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE 
INVESTIMENTO”. Nos volumes que compõem a LOA o orçamento de 
investimento também está separado. Esta é a razão da crítica. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista – SERPRO – 2008) De acordo com o art. 165 
da Constituição Federal, a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o 
orçamento de investimentos das empresas estatais e o orçamento da 
seguridade social. A respeito do orçamento de investimentos das empresas 
estatais, julgue o item abaixo. 
Terá entre suas funções a de reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de 
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional.
Resposta: Certa 
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3.2 Empresa estatal dependente 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, 
precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. Primeiro, 
temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade cuja 
maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou 
indiretamente, a ente da Federação. 
Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada, 
mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de 
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no 
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. 
Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal 
considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade 
Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas 
estatais não dependentes. 
Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz 
parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a 
LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha 
liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre 
os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de 
Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF 
porque tem que ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro 
lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus 
investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o 
Orçamento de Investimentos. 
Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter, 
portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de 
mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é 
relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa 
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Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). 
Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do 
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é 
responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de 
Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança 
das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes 
integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada 
dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente 
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas: 
I. com pessoal. 
II. de custeio em geral. 
III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
a) I ou II ou IV. 
b) I e II e III. 
c) II ou III ou IV. 
d) I e II e IV. 
e) I ou II ou III. 
Vamos interpretar o conceito de empresa estatal dependente da LRF: 
QUADRO: EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE 
É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital 
social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação. 
Porém, que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento 
de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital. 
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Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes 
de aumento de participação acionária, não será considerada estatal dependente. 
Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos. 
I) II) e IV) Corretos. O recebimento de recursos financeiros pela empresa 
controlada para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em 
geral ou de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação 
acionária, a torna empresa estatal dependente. 
III) Errado. Devem ser excluídas as despesas de capital provenientes de 
aumento de participação acionária. 
Logo, I ou II ou IV é a alternativa que responde o item. 
Resposta: Letra A. 
3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF 
A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o 
projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano 
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da 
LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das 
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, 
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos 
fiscais imprevistos. 
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A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as 
despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que 
as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará 
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. 
Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei 
orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e 
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e 
assistência aos servidores, e a investimentos. 
Caiu na prova: 
(FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, é 
correto afirmar que: 
(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual. 
(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto 
do plano plurianual. 
(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de 
diretrizes orçamentárias. 
(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei 
de diretrizes orçamentárias. 
(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 - 
Lei de Responsabilidade Fiscal. 
a) Errada. O projeto da LOA será acompanhado do demonstrativo 
regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
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creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. 
b) Errada. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da 
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
c) Correta. A orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei 
de diretrizes orçamentárias. 
d) e) Erradas. Segundo o art. 165 da CF/88, a lei que instituir o plano 
plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Resposta: Letra C 
E aqui terminamos nossa aula demonstrativa. 
Conforme combinamos, segue ao final de cada aula o “memento do 
concurseiro”, a lista de questões comentadas nesta aula e o 1° simulado com 
seus respectivos gabaritos. Lembro que o memento é apenas um lembrete 
dos principais pontos do conteúdo abordado. Logo, é uma diretriz para o 
estudante, porém recomendo que você o complemente de acordo com suas 
necessidades e não deixe de constantemente consultar o conteúdo da aula. 
Não se prenda apenas ao memento. 
Na próxima aula trataremos do Ciclo Orçamentário. 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
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MEMENTO 0 
PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública 
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
LDO 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com 
recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
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Integrará o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conterá: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os 
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a 
consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. 
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação 
dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Integrará o PLDO o Anexo de Riscos Fiscais 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, 
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
LOA 
SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDERÁ: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
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Público. 
Seu projeto será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive 
daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade 
social. 
SEGUNDO A LRF, A LOA: 
Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO. 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os 
objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente 
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem 
como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de 
caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita 
corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros 
riscos e eventos fiscais imprevistos. 
Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as 
atenderão. 
O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na LOA e nas de crédito adicional. 
EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE 
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É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação. 
Porém, que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou 
de custeio em geral ou de capital. 
Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de 
participação acionária, não será considerada estatal dependente. 
Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos. 
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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1) (FCC – APO/SP – 2010) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, 
de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública federal para as despesas: 
(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos de 
investimentos. 
(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração predeterminada. 
(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos pro-
gramasmeio do governo. 
2) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma 
hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA. 
3) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os objetivos 
básicos do PPA incluem a organização em programas das ações que resultem 
em incremento de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade. 
4) (ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento 
e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as 
metas e prioridades para cada ano. 
a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. 
b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. 
e) A Lei Orçamentária Anual. 
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5) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Os riscos fiscais 
que devem ser incluídos em anexo da LDO abrangem os riscos orçamentários 
e os riscos da dívida. 
6) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A 
alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser 
realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este 
exercício contiver a respectiva autorização. 
7) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De 
acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil, 
a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos: 
a) participativo, previdenciário e atuarial. 
b) misto, derivado e legislativo. 
c) plurianual, monetário e de investimentos. 
d) previdenciário, monetário e social. 
e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. 
8) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) De acordo com o art. 165 da 
Constituição Federal, a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de 
investimentos das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. A 
respeito do orçamento de investimentos das empresas estatais, julgue o item 
abaixo. 
Terá entre suas funções a de reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
9) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada 
dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente 
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas: 
I. com pessoal. 
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II. de custeio em geral. 
III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
a) I ou II ou IV. 
b) I e II e III. 
c) II ou III ou IV. 
d) I e II e IV. 
e) I ou II ou III. 
10) (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, 
é correto afirmar que: 
(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual. 
(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto 
do plano plurianual. 
(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de 
diretrizes orçamentárias. 
(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei 
de diretrizes orçamentárias. 
(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 - 
Lei de Responsabilidade Fiscal. 
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1° SIMULADO 
1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O orçamento da seguridade social 
abrange a chamada área social e, destacadamente, previdência, saúde e 
educação. 
2) (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) A lei orçamentária anual 
compreende três tipos de orçamento: fiscal, seguridade social e de 
investimentos. 
3) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas de 
duração continuada, constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem 
despesas de capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio 
dos órgãos e entidades integrantes do orçamento público. 
4) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A lei orçamentária anual (LOA) contém, 
destacadamente, as despesas de custeio das empresas estatais não 
dependentes. 
(CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) A respeito das disposições 
da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), julgue o item a seguir. 
5) A LDO dispõe acerca das normas relativas ao controle de custos e à 
avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos. 
6) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O período de vigência 
do PPA coincide integralmente com o do mandato do chefe do Poder 
Executivo. 
7) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O critério adotado para a redução 
das desigualdades interregionais, no orçamento fiscal, levava em conta o 
fator populacional. 
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8) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Enquanto o 
orçamento de investimento das empresas estatais é individualizado, 
constituindo documento separado, os orçamentos fiscal e da seguridade social 
são apresentados conjuntamente no mesmo documento, o que tem ensejado 
críticas por parte dos que entendem que a falta de separação dos dois últimos 
compromete a necessária transparência dos respectivos valores, como, por 
exemplo, os referentes à previdência social. 
9) (CESPE - Analista Judiciário – TJDFT - 2008) A fixação de diretrizes 
orçamentárias tem entre seus objetivos fixar
as prioridades e metas da 
administração pública e orientar a elaboração da lei orçamentária anual. 
10) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) As metas fiscais 
constantes da LDO devem ter o seu efeito obrigatoriamente regionalizado. 
11) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A avaliação da evolução do 
patrimônio líquido por unidade administrativa é parte integrante da lei de 
diretrizes orçamentárias, destacando-se a origem e a aplicação dos recursos 
obtidos com a alienação de ativos. 
12) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) É vedado o início de programas ou 
projetos não incluídos na LOA. 
13) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o Banco do 
Brasil S.A. pretende conceder, em 2009, aumento salarial para seus 
empregados, então tal elevação somente poderá ser efetivada se prevista na 
LDO que tramitou no Congresso Nacional em 2008. 
14) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A partir da LRF, 
além de opcional, a reserva de contingência terá o seu montante fixado na 
LPPA, discriminado o valor de cada exercício financeiro, em percentual da 
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receita corrente líquida, e os seus recursos serão destinados exclusivamente 
ao atendimento dos passivos contingentes relacionados no anexo de riscos 
fiscais da LDO. 
15) (CESPE –Planejamento e Execução Orçamentária –Min. da Saúde – 2008) 
A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal, o orçamento de 
investimentos e o orçamento da seguridade social. 
16) (CESPE – Contador – DPU – 2010) As disposições relativas às alterações 
na legislação tributária para o exercício subsequente devem constar 
detalhadamente da LDO, no anexo de metas fiscais. 
17) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O TRE/BA 
recebe dotações de recursos unicamente do orçamento fiscal, não podendo 
executar despesas que são do orçamento da seguridade social, pois não é 
órgão ou entidade das áreas de saúde, previdência social nem de assistência 
social. 
18) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) 
A instituição do PPA teve por objetivo, entre outros, substituir os Orçamentos 
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício 
financeiro. 
(CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Julgue os itens 
seguintes em conformidade com o que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF). 
19) Para efeitos da LRF, uma sociedade cuja maioria do capital social com 
direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a um município, enquadra-se 
no conceito de empresa controlada. 
20) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Metas fiscais são 
valores projetados para o exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo 
Poder Legislativo, servem de parâmetro para a elaboração e a execução do 
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orçamento. Para obrigar os gestores a ampliar os horizontes do planejamento, 
as metas devem ser projetadas para os próximos três anos, isto é, o exercício 
a que se referem e os dois seguintes. 
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D E C C C C E C A C 
GABARITO DO 1° SIMULADO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E C E E C E C C C E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C C E E C E E C C C 
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Aula 1 
CICLO ORÇAMENTÁRIO 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de 
que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o 
curso, onde farei imediatamente o possível para atender as suas expectativas, 
já que como diria um famoso primeiro-ministro inglês: 
"Iremos fazer imediatamente aquilo que é possível, o impossível irá demorar 
um pouco mais de tempo". (Winston Churchill) 
Na aula inaugural comentei sobre o livro. Permita-me apenas fazer um convite 
àqueles que estiverem em Brasília às 19h de sexta-feira, 16 de julho de 2010: 
Por favor, repasse o convite aos seus amigos e aos colegas de cursinho e peça 
para enviar o e-mail com o nome para livrosergiomendes@gmail.com 
confirmando presença, pois dará direito a um desconto para quem quiser 
adquirir o livro no lançamento. Para os que não estiverem em Brasília na 
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referida data ou não puderem comparecer, informo que o livro já está à venda 
nas melhores livrarias de todo o país. Não se preocupe que não falo mais de 
livro neste curso, desta vez foi apenas para divulgar uma oportunidade de 
confraternização com os que estão mais próximos, já que pelo menos por 
enquanto não será possível conhecer todos os alunos. 
Nesta aula estudaremos o ciclo orçamentário, o qual corresponde ao período 
de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, 
desde sua concepção até a apreciação final. 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se 
elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios 
do setor público nos aspectos físico e financeiro. 
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de 
janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o 
art. 34 da Lei 4.320/1964. 
Atenção: o ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. 
Aquele envolve um período muito maior, iniciando com o processo de 
elaboração do orçamento, passando por discussão, execução e encerramento 
com o controle. 
No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo 
orçamentário: 
• elaboração/planejamento da proposta orçamentária; 
• discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; 
• execução orçamentária e financeira; e 
• avaliação/controle. 
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Caiu na prova: 
(FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRT 5° Região – 2008) 
Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das 
etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado: 
(A) plano de diretrizes orçamentárias. 
(B) plano plurianual. 
(C) ciclo orçamentário. 
(D) plano de orçamentos anuais. 
(E) sistema de planejamento integrado. 
Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das 
etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado ciclo 
orçamentário. O PPA, a LDO e a LOA integram o ciclo orçamentário, ou seja, 
são partes dele. 
Resposta: Letra C. 
1. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO 
1.1 Alocação de recursos e o papel dos agentes no processo 
O primeiro ponto do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta, a qual 
consiste nas atividades preliminares relacionadas à alocação de recursos, 
considerando o cenário fiscal. Assim, o Manual de Elaboração do PPA, ao 
tratar do tema Cenário Fiscal, esclarece como ocorre a alocação de recursos. 
A consistência fiscal é elemento central para sua posterior execução, motivo 
pelo qual o cenário fiscal é uma das etapas mais relevantes do processo de 
elaboração. A compatibilidade entre capacidade
de financiamento e dispêndio 
dos recursos previstos ocorre em função de um processo de alocação de 
recursos que se compõe das seguintes etapas: fixação da meta fiscal, projeção 
das receitas, projeção das despesas obrigatórias e apuração das despesas 
discricionárias. 
Na etapa de fixação da meta fiscal, as metas de resultado fiscal para o 
período são definidas. Dada a orientação da política fiscal, de estimular o 
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crescimento da economia sem que isso represente riscos à sua estabilidade, 
as metas fiscais são definidas tendo em vista a produção de resultados 
primários positivos compatíveis com a redução da relação dívida pública sobre 
o Produto Interno Bruto – PIB. 
O passo seguinte refere-se à projeção das receitas não financeiras. De 
maneira geral, as receitas não financeiras são as receitas administradas 
(impostos e contribuições em geral), a arrecadação líquida do INSS e as 
receitas não administradas (dividendos, receitas próprias, etc.). Para estimativa 
da receita líquida disponível para alocação, desconta-se da receita total o 
montante das transferências para Estados e Municípios, previstas na 
Constituição. 
A etapa seguinte de construção do cenário fiscal refere-se à projeção de 
recursos destinados às despesas obrigatórias, as quais constituem 
obrigações constitucionais ou legais da União. 
As principais despesas obrigatórias estão associadas ao pagamento de 
pessoal e encargos, de benefícios da previdência e assistenciais vinculados ao 
salário-mínimo e subsídios e subvenções, entre outros. A alocação das 
despesas obrigatórias é realizada posteriormente de forma diferenciada, dado 
que, por força de determinação legal, não existe discricionariedade por parte do 
gestor público quanto ao montante de recursos a ser associado a essas 
despesas. 
Projetada a receita líquida, descontado o montante de recursos correspondente 
à meta de resultado primário e da previsão das despesas obrigatórias, tem-se 
então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar para 
alocação no seu conjunto de programas para o período do plano. Essa etapa é 
denominada de apuração das despesas discricionárias. 
O montante de recursos previstos para a realização das despesas 
discricionárias será distribuído pelo Ministério do Planejamento entre os órgãos 
setoriais, tendo como base para essa repartição o perfil de gasto de cada órgão 
e as prioridades de governo. Definido o limite de gasto discricionário para o 
período, cada Ministério procederá à alocação desses recursos em seus 
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respectivos programas, devendo ter como parâmetro para essa repartição a 
orientação estratégica de governo e as orientações estratégicas dos 
ministérios. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Inspetor de Controle Externo - TCE/RN – 2009) A primeira etapa do 
processo de elaboração orçamentária deve ser sempre o estabelecimento 
da meta de resultado fiscal. 
A primeira etapa do processo de elaboração orçamentária é a fixação da meta 
fiscal, em que as metas de resultado fiscal para o período são definidas. Dada 
a orientação da política fiscal, de estimular o crescimento da economia sem 
que isso represente riscos à sua estabilidade, as metas fiscais são definidas 
tendo em vista a produção de resultados primários positivos compatíveis com a 
redução da relação dívida pública sobre o Produto Interno Bruto – PIB. Res-
posta: Certa 
O Manual Técnico de Orçamento - MTO determina o papel dos agentes no 
processo de elaboração do Orçamento, individualizando as atribuições da 
Secretaria de Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das unidades 
orçamentárias. A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a 
consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, 
compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. O orçamento de 
investimentos cabe ao Departamento de Coordenação e Governança das 
Empresas Estatais (DEST), órgão de assistência direta e imediata ao Ministro 
de Estado do Planejamento, sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva. 
Assim, o DEST é responsável pela elaboração do Programa de Dispêndios 
Globais – PDG – e da proposta do Orçamento de Investimentos das empresas 
estatais não dependentes. 
A classificação institucional, estudada em aula sobre Despesas Públicas, 
reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está 
estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade 
orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de 
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programação em seu menor nível são consignadas às unidades orçamentárias, 
que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela 
realização das ações. 
Secretaria de Orçamento Federal: o trabalho desenvolvido pela SOF, no 
cumprimento de sua missão institucional, como órgão específico e singular de 
orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento 
Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, compreende: 
• definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; 
• coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de 
Diretrizes Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da 
União; 
• análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura 
programática dos órgãos e unidades orçamentárias no exercício; 
• fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; 
• orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de 
orçamento; 
• fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação 
das propostas orçamentárias setoriais; 
• análise e validação das propostas setoriais; 
• consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e 
• coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações 
orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do 
sistema orçamentário federal. 
Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu 
âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos 
gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua 
atuação no processo de elaboração envolve: 
• estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta 
orçamentária; 
• avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das 
alterações necessárias; 
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• formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da 
estrutura programática; 
• coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da 
qualidade das informações constantes do cadastro de programas e 
ações; 
• fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais 
monetários para apresentação das propostas orçamentárias das 
unidades orçamentárias; 
• definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados 
no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta 
orçamentária; 
• coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no 
âmbito do órgão setorial; 
• análise e validação das propostas orçamentárias
provenientes das 
unidades orçamentárias; e 
• consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. 
• Exemplos: Setorial do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde, 
etc. 
Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de 
coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu 
âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades 
administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual 
dependerá a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas, 
valores e justificativas que fundamentam a programação. 
De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o 
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que 
serão consignadas dotações próprias. Em casos excepcionais, serão 
consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo 
órgão. 
As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da 
programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação 
orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo de elaboração 
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compreende: 
• estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para 
elaboração da proposta orçamentária; 
• estudos de adequação da estrutura programática do exercício; 
• formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura 
programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas; 
• coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das 
informações constantes do cadastro de ações orçamentárias; 
• fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para 
apresentação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas; 
• análise e validação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas; e 
• consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade 
orçamentária. 
• Exemplos: cada uma das Universidades Federais, cada um dos 
Institutos Federais de Educação, etc. 
São muitas atribuições. O mais importante é entender como funciona o 
processo, o que facilita a compreensão. 
O que vem a seguir é para facilitar o entendimento de todas as atribuições 
acima, não para escrever em uma prova discursiva. É uma explicação bem 
simplificada: 
Exemplo: Ministério da Defesa 
Exemplo: Comando do Exército 
Exemplo: Batalhão 
UO 
UA 
SOF 
SETORIAL 
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SOF: coordenação, diretrizes e consolidações gerais. Todos os órgãos 
setoriais seguem a SOF e sugerem alterações a ela. A SOF analisa e valida o 
que vem de todos os órgãos setoriais. 
Órgão Setorial: meio-de-campo entre a SOF (geral) e a UO (específica). 
Coordenação, diretrizes e consolidações intermediárias, ou seja, apenas no 
seu âmbito. Segue as regras gerais da SOF. O Setorial analisa e valida o que 
vem de todas as suas UOs. 
Unidade Orçamentária (UO): é quem efetivamente recebe a dotação 
diretamente na LOA. É onde você vê o crédito consignado. Coordenação, 
diretrizes e consolidações específicas, ou seja, apenas no seu âmbito restrito. 
Segue as regras gerais da SOF e as regras intermediárias do órgão setorial a 
que está ligado. A UO analisa e valida o que vem das suas UAs. 
Unidade Administrativa (UA): não tem dotação consignada diretamente na 
LOA. Depende da UO, que descentraliza o crédito para a UA. Segue as regras 
gerais da SOF, as intermediárias do Órgão Setorial e as específicas da UO a 
que está ligada. 
Agora releia as atribuições segundo o MTO tentando relacionar com a 
explicação bem simplificada. 
Caiu na prova: 
(CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) 
Cabe aos órgãos setoriais de orçamento a análise e validação das propos-
tas orçamentárias das unidades administrativas. 
Cabe às Unidades Orçamentárias a análise e validação das propos-
tas orçamentárias das unidades administrativas. 
Resposta: Errada 
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1.2 Iniciativas 
Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do 
Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos. 
Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que 
a iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente da 
República: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
(...) 
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição. 
Importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. Embora ela 
seja do titular do Executivo, seu chefe está obrigado a seguir o prazo 
determinado sob pena de crime de responsabilidade. Segundo o art. 85 da 
CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos do Presidente da 
República que atentem contra a lei orçamentária. 
Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos 
demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo 
final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as 
estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente 
líquida, e as respectivas memórias de cálculo. 
Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério 
Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o 
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Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da 
proposta consolidada ao Legislativo. 
Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada autonomia 
administrativa e financeira. O § 1.º ressalta que os tribunais elaborarão suas 
propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os 
demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
De acordo com o art. 127, ao Ministério Público é assegurada autonomia 
funcional e administrativa. O § 3.º ressalta que o Ministério Público elaborará 
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
Caiu na prova: 
(CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A CF assegura autonomia 
administrativa e financeira ao Poder Judiciário; com isso, a proposta 
orçamentária elaborada pelo STJ não precisa obedecer aos limites estipulados 
aos poderes na LDO. 
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. No 
entanto, os tribunais, como o STJ, elaborarão suas propostas orçamentárias 
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na 
Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
Resposta: Errada 
1.3 Prazos e Lei Complementar (art. 165, § 9.º, da CF/1988) 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III, 
do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): 
§ 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 
9.º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas: 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro 
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meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito 
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar, 
respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. 
O prazo de encaminhamento corresponde à data limite para o Executivo enviar 
ao Legislativo os projetos dos instrumentos de planejamento. Já o prazo de 
devolução corresponde à data limite para o Poder Legislativo retornar os 
projetos para a sanção. 
Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar 
prevista nos incisos I e II do § 9.o do art. 165 da CF/1988: 
§ 9.º Cabe à lei complementar: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e 
a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da 
lei orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
Repare que desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei 
complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi 
editada, logo, não existe um modelo legalmente constituído para organização, 
metodologia e conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. Assim, é ainda a Lei 
4.320/1964, recepcionada com status de lei complementar, que 
estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e 
controle dos 
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orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal. Porém ela não atende mais às nossas necessidades. Desta forma, 
quem cumpre esse vácuo legislativo e complementa a Lei 4.320/1964 é a Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que todo ano acaba tendo, entre suas 
diversas atribuições que veremos a seguir, que legislar como se fosse a lei 
complementar prevista na CF/1988, o que a transforma num “calhamaço” de 
artigos. 
Cuidado: a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei 
de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de 
preencher as lacunas da Lei 4.320/1964. Ela também não é a Lei prevista no § 
9.º do art. 165, apesar de tratar de alguns temas comuns. Outra lei 
complementar deve ser editada. Atualmente, na ausência dessa lei, naquilo 
que a Lei 4.320/1964 não dispõe, é a LDO que preenche esse vácuo 
legislativo. 
Caiu na prova. 
(CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) Dependerá de lei complementar 
a regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a 
exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A referida 
lei deverá estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da admin-
istração direta e indireta e condições para instituição e funcionamento dos 
fundos. Enquanto isso, na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário 
estão estabelecidos no ADCT. 
Vamos montar um quadro para a lei complementar: 
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QUADRO DA LEI COMPLEMENTAR 
Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF e ainda não editada: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do 
PPA, LDO E LOA; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta 
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165. 
Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO. 
Porém, na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT. 
Tal Lei Complementar ainda não foi editada. Enquanto isso, na esfera federal, 
os prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
Resposta: Certa. 
Importante: diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: 
A legislatura, segundo a CF/1988, é o período de quatro anos. Cada legislatura 
possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 
22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos 
legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1.º de 
agosto a 22 de dezembro. Em suma: 
QUADRO: LEGISLATURA 
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. 
Sessão Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. 
Período Legislativo 
1.º período: 02 Fev a 17 Jul 
2.º período: 1.º Ago a 22 Dez 
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A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua 
proposta para apreciação do Legislativo: 
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas 
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo 
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. 
Assim, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento vigente 
como se fosse uma nova proposta! Ignora que diversos programas se exaurem 
ao longo do exercício, mas essa é a única previsão legal, já que a CF/1988 não 
traz nenhuma diretriz. 
Atenção: tal previsão está na Lei 4.320/1964 e não na Constituição Federal. 
Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder 
Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem 
ser devolvidas para a sanção, ficando afastada a possibilidade de rejeição. 
Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. 
Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8.o do art. 166: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto 
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
O caso do Legislativo não devolver o PLOA para a sanção é tratado apenas 
nas LDOs, que estabelecem regras para a realização de despesas essenciais 
até que ele seja devolvido ao Executivo. 
A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária – 
PLOA não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do 
ano corrente, a programação dele constante poderá ser executada até o limite 
de 1/12 (um doze avos) do total de cada ação prevista no referido Projeto de 
Lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva 
lei.
Por exemplo, se o PLOA não for aprovado até o fim de março (3 meses) do 
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ano que deveria estar em vigor, cada ação poderá ser executada em 3/12 do 
valor original. 
No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de 
algumas despesas, de acordo com o que determinar a LDO daquele ano. Por 
exemplo, as despesas com obrigações constitucionais ou legais da União e o 
pagamento de bolsas de estudos podem ser dispensadas da regra pela LDO e 
serem executadas como se o PLOA já tivesse sido aprovado. 
Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias e o não 
cumprimento de prazos nos trazem diversos problemas. 
Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei 
Complementar sobre o assunto. Temos que no 1.° ano do mandato do 
Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E 
mais, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA! Veja que 
incongruência, pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria 
sempre seguir o planejamento do PPA. 
Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já 
houve ano em que a LOA foi aprovada pelo congresso no fim do ano 
subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. Para a 
LOA-2010 isso não ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento às 23h30 do 
dia 22 de dezembro de 2009, meia hora antes do prazo final. A falta de rigor nos 
prazos também compromete a integração entre PPA e LOA. 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Se o 
Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei 
orçamentária, será considerado como proposta: 
a) a Lei de Orçamento vigente. 
b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior. 
c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos. 
d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da 
proposta. 
e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento. 
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A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua 
proposta para apreciação do Legislativo. Caberá ao Poder Legislativo apreciar 
novamente o orçamento vigente como se fosse uma nova proposta! Ignora 
que diversos programas se exaurem ao longo do exercício, mas essa é a única 
previsão legal, já que a CF/1988 não traz nenhuma diretriz. 
Resposta: Letra A 
2. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO 
A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a 
proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação 
final e proposição em plenário. 
Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, 
às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o 
Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de 
encaminhar os projetos do PPA e da LOA. A elaboração da mensagem 
presidencial referente ao PPA é coordenada pela SPI/MP. Já a elaboração da 
mensagem presidencial referente à LOA é realizada sob a coordenação da 
SOF/MP. 
No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e 
dos créditos adicionais transitam por uma comissão mista permanente 
composta por senadores e deputados, denominada de Comissão Mista de 
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Nos demais entes é uma 
comissão comum, pois possuem apenas uma casa legislativa, composta por 
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deputados nos estados e vereadores nos municípios. 
Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e 
Deputados: 
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, 
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo 
Presidente da República; 
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais 
e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a 
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do 
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. 
Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que 
emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas 
casas do Congresso Nacional. 
Cada parlamentar poderá apresentar emendas. As Comissões Permanentes do 
Senado Federal e da Câmara dos Deputados, cujas competências estejam 
direta e materialmente relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura da 
administração pública federal, também poderão apresentar emendas. Ainda, as 
Bancadas Estaduais no Congresso Nacional poderão apresentá-las, desde que 
relativas a matérias de interesse de cada Estado ou Distrito Federal. Assim, as 
emendas podem ser individuais, de comissão e de bancada estadual. 
Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da 
despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da 
República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou 
aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no 
projeto de lei do Plano Plurianual. 
Importante: diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando 
ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, os parlamentares se 
reúnem no mesmo espaço para apreciarem juntos os projetos, porém, havendo 
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a fase de votação, a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores 
quanto no âmbito dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na 
hora da votação, procede-se como se houvesse votação simultânea na 
Câmara e no Senado. Na verdade, a sessão é conjunta, porém a votação é 
bicameral. 
Ao contrário, na sessão unicameral, a votação é “por cabeça”. Considera-se o 
todo, independentemente de o parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada 
parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita considerando que há 
uma única votação. Por exemplo, se estiverem presentes os 594 congressistas 
(senadores + deputados), a maioria será alcançada pela metade +1, não 
importando se é voto de senador ou deputado. A votação unicameral 
aconteceu na revisão constitucional. 
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser 
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal
e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou 
III – sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de 
redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso). 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988 
enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é 
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proposta. 
Cuidado: o Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao 
Congresso Nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua 
vez, as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de 
emendas. 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia 
tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas 
apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1.o do art. 12 
da LRF determina: 
§ 1.º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se 
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
Atenção: repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita 
pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou 
legal. 
A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei 
aprovado no Legislativo. Ou seja, corresponde à concordância do Chefe do 
Executivo com o que foi discutido e aprovado no parlamento. Já o veto 
corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no 
Legislativo. Essa discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou 
com todo o projeto (veto total). Pode ocorrer caso o titular do Executivo 
considere o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público. De 
qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado pelo parlamento, 
podendo ser confirmado ou rejeitado. 
A Constituição Federal dispõe que a sessão legislativa não será interrompida 
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sem a aprovação da LDO. Tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA. 
Vamos elaborar um quadro sobre emendas: 
QUADRO: EMENDAS 
Serão apresentadas também na Comissão Mista, que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional. 
As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. 
As emendas ao PLOA ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o PPA e a LDO; 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou 
III – sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do PLOA, ficarem sem despesas 
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou 
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
Caiu na prova: 
(FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Emendas legislativas ao orçamento podem 
financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a: 
(A) serviços de terceiros. 
(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência. 
(C) juros, encargos e principal da dívida. 
(D) despesas de pessoal. 
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(E) transferências tributárias constitucionais. 
Vamos fixar o conteúdo porque nem sempre a questão apresentará 
literalmente as despesas que não são passíveis de anulações. Voltando ao 
nosso Quadro, as emendas apresentadas somente podem ser aprovadas caso 
indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
• Dotações para pessoal e seus encargos; 
• Serviço da dívida; 
• Transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF. 
a) Correta. Se não está entre as exclusões, é porque se admite a anulação da 
despesa decorrente de recursos vinculados a serviço de terceiros para a 
apresentação de emendas. 
b) Errada. Repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência são 
encargos de pessoal, logo não é admitida anulação de despesa que incida 
sobre esses itens para a apresentação de emendas. 
c) Errada. Juros, encargos e principal da dívida são serviços da dívida, assim 
também não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens 
para a apresentação de emendas. 
d) e) Erradas. Recursos vinculados às despesas de pessoal e transferências 
tributárias constitucionais estão literais na proibição de anulação para a 
apresentação de emendas. 
Resposta: Letra A 
3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das 
receitas e realização das despesas. É a transformação, em realidade, do 
planejamento elaborado pelos chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo. 
Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às 
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e 
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especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em 
duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na 
forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada. 
A LRF trata do assunto “execução orçamentária e cumprimento das metas” nos 
seus arts. 8.º e 9.º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos 
termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação 
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. 
Destaca, ainda, que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda 
que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não 
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os 
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder 
Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, 
Judiciário e Ministério Público. 
Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações 
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento
do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. 
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a 
recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de 
forma proporcional às reduções efetivadas. 
Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo 
demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada 
quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na 
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. 
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A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos arts. 11 a 13. 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. 
Atenção: É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que 
não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. 
A previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do 
Orçamento, durante o processo de elaboração. Assim, na execução 
orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário 
limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. 
As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão 
os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do 
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da 
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de 
cálculo e premissas utilizadas. 
Já vimos na elaboração que o Poder Executivo de cada ente colocará à 
disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias 
antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas 
orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício 
subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de 
cálculo. 
Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas 
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de 
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas 
de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações 
ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante 
dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. 
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Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Os recursos 
legalmente vinculados a uma finalidade específica devem ser utilizados 
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em 
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
Segundo a LRF: 
Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que 
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do 
inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o 
cronograma de execução mensal de desembolso. 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, 
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
Resposta: Certa 
4. AVALIAÇÃO E CONTROLE 
4.1 Avaliação 
A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a 
eficácia e eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos 
de juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas 
tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos 
colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de 
administração orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a 
qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um 
novo ciclo orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de 
eficiência e o de eficácia. 
• Análise da eficiência: é a medida da relação entre os recursos 
efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, 
atividade ou programa frente a padrões estabelecidos. O teste da 
eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os 
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resultados em face dos recursos disponíveis. 
• Análise da eficácia: é a medida do grau de atingimento das metas 
fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação 
ao previsto. Procura considerar o grau em que os objetivos e as 
finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de 
realizações governamentais. 
Pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos são possíveis as 
análises da eficácia e da eficiência. A explicitação das metas físicas 
orçamentárias e a classificação por programas e ações (projetos e atividades) 
viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos 
estimativos no orçamento e custos efetivos durante a execução auxilia as 
avaliações da eficiência. 
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os 
resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos 
esperados) que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de 
atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado 
programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos 
indicadores estabelecidos. Permite verificar se um dado programa produziu 
efeitos no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos, 
socioculturais, institucionais ou ambientais. Assim, define-se como a 
capacidade de se transformar uma realidade a partir do objetivo estabelecido 
e sua continuidade ao longo do tempo. 
Como exemplo, vamos supor a vacinação em um posto de saúde. Se o 
Governo preparou toda a logística (compra de vacinas, transporte, pessoal, 
etc.) com melhor custo-benefício, foi eficiente. Se o percentual de crianças 
vacinadas foi atingido, a campanha foi eficaz, cumpriu a meta física. Se 
conseguiu erradicar a paralisia infantil, foi efetivo, pois teve o impacto esperado 
na sociedade, mudando uma realidade existente. 
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Caiu na prova: 
(ESAF – APO/SP - 2009) A realidade que surge da atuação do Estado 
moderno exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do 
setor público. A avaliação também é instrumento de promoção do 
aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos humanos, 
financeiros e materiais utilizados na execução dos programas. Uma das opções 
abaixo é incorreta. Identifique-a. 
a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca 
considerar os resultados obtidos em face dos recursos disponíveis. 
b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram 
a constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à 
variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. 
c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um 
determinado projeto, atividade ou programa em relação ao
previsto. 
d) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na 
execução), auxilia as avaliações da eficácia. 
e) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados 
para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente 
a padrões estabelecidos. 
a) Correta. O teste da eficiência na avaliação das ações governamentais busca 
considerar os resultados em face dos recursos disponíveis. 
b) Correta. A efetividade mede o grau de atingimento dos objetivos relacionado 
à variação alcançada dos indicadores, visualizando se o programa foi capaz ou 
não de transformar uma realidade. 
c) Correta. A avaliação da eficácia procura considerar o grau em que os 
objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados dentro da 
programação de realizações governamentais. Visa, especificamente, à 
consecução dos objetivos colocados pelo governo em cada programa ou 
atividade. 
d) É a incorreta. A classificação por programas, projetos e atividades e a 
explicitação das metas físicas orçamentárias viabilizam os testes de eficácia, 
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enquanto a incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos 
(na execução), auxilia as avaliações da eficiência. 
e) Correta. Na análise da eficiência busca-se representar as realizações em 
índices e indicadores, para possibilitar a comparação com parâmetros técnicos 
de desempenho e com padrões já alcançados anteriormente. 
Resposta: Letra D 
4.2 Controle 
O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é 
uma forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo 
(controle externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e 
segundo as leis. Atualmente, além desse controle legal, busca-se o controle 
de resultados, em uma visão mais completa da efetividade das ações 
governamentais. 
Segundo a Lei 4.320/1964: 
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: 
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a 
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens 
e valores públicos; 
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e 
em termos de realização de obras e prestação de serviços. 
A Lei 4.320/1964 determina a coexistência de dois sistemas de controle da 
execução orçamentária: interno e externo. O controle interno é aquele realizado 
pelo órgão no âmbito da própria Administração, dentro de sua estrutura. O 
controle externo é aquele realizado por uma instituição independente e 
autônoma. 
Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário 
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a 
finalidade 
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de: 
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito privado; 
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como 
dos direitos e haveres da União; 
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da 
União, sob pena de responsabilidade solidária. 
Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do Congresso 
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual 
compete: 
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar 
de seu recebimento; 
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as 
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as 
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de 
que resulte prejuízo ao erário público; 
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as 
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das 
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias 
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de 
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natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas 
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e 
demais entidades referidas no inciso II; 
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital 
social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado 
constitutivo; 
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União 
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a 
Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer 
de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e 
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; 
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre 
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; 
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a 
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos 
apurados. 
A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, 
diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle 
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das 
normas da LRF, com ênfase no que se refere a: 
• atingimento das metas estabelecidas na LDO; 
• limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição 
em Restos a Pagar; 
• medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal; 
• providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas 
consolidada e mobiliária aos respectivos limites; 
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• destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos; 
• cumprimento do limite de gastos totais
dos legislativos municipais, 
quando houver. 
Compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao 
Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Auditor – Casa da Moeda – 2009) Sob a ótica da 
Constituição da República e da Lei n. 4.320/64, no que tange aos sistemas de 
controle interno e externo da administração pública federal, considere as 
afirmações a seguir. 
I. O controle externo das contas públicas é exercido pelo Poder Judiciário, com 
o auxílio do Tribunal de Contas. 
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à 
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e das 
entidades da administração pública federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado, compete ao sistema de 
controle interno. 
III. Compete ao Tribunal de Contas apreciar, para fins de registro, a legalidade 
dos atos de admissão de pessoal, assim como os de concessão de 
aposentadoria, reforma e pensão dos servidores em cargo de provimento 
efetivo. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
I) Errado. Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da 
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União. 
II) Correto. Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a 
finalidade, entre outros, de comprovar a legalidade e avaliar os resultados, 
quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial 
nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado. 
III) Correto. Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da 
União, ao qual compete, entre outros, julgar as contas dos administradores e 
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração 
direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas 
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
Logo, apenas os itens II e III estão corretos. 
Resposta: Letra D 
E assim terminamos a aula 1. 
Seguem o memento, a lista de questões comentadas, o 2° Simulado e os 
gabaritos. 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
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MEMENTO I 
ELABORAÇÃO 
O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. 
O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no 
mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os 
estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as 
respectivas memórias de cálculo. 
Todos os poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas 
propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo. 
Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão 
de ordem técnica ou legal. 
PRAZOS 
PPA: 
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do 1.° exercício financeiro (31.08). 
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12). 
LDO: 
Encaminhamento ao CN: até 8 meses e 1/2 antes do encerramento do exercício financeiro (15.04). 
Devolução para sanção: até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17.07). 
LOA: 
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro (31.08). 
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12). 
LEI COMPLEMENTAR 
Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF e ainda não editada: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, LDO 
e LOA; 
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II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165. 
Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO. 
Porém na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT. 
DISCUSSÃO 
Os projetos de lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas 
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
COMISSÃO MISTA 
Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre 
as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; 
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na 
Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das 
demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. 
Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas 
do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos 
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja 
alteração é proposta. 
O Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao Congresso nacional propondo as 
modificações nas LOAs. Já as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. 
EMENDAS 
Serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional. 
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As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. 
As emendas ao PLOA ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I – sejam compatíveis com o PPA e LDO; 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou 
III – sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do PLOA, ficarem sem despesas 
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
CONTROLE 
O controle da execução orçamentária compreenderá: 
I. A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a
realização da despesa, o nascimento 
ou a extinção de direitos e obrigações. 
II. A fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos. 
III. O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de 
obras e prestação de serviços. 
Segundo a CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, 
sistema de CONTROLE INTERNO com a finalidade de: 
Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de governo e das LOAs; 
Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
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financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado; 
Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; 
Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
Segundo a CF/1988, o CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com 
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que 
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da 
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder 
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que 
resulte prejuízo ao erário público; 
Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento 
legal do ato concessório; 
Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de 
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, 
nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; 
Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de 
forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou 
outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 
Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer 
das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; 
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Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções 
previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da 
lei, se verificada ilegalidade; 
Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e 
ao Senado Federal; 
Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
Ainda segundo a CF/1988: 
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das 
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e 
pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRT 5° Região – 2008) 
Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das 
etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado: 
(A) plano de diretrizes orçamentárias. 
(B) plano plurianual. 
(C) ciclo orçamentário. 
(D) plano de orçamentos anuais. 
(E) sistema de planejamento integrado. 
2) (CESPE – Inspetor de Controle Externo - TCE/RN – 2009) A primeira etapa 
do processo de elaboração orçamentária deve ser sempre o estabelecimento 
da meta de resultado fiscal. 
3) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) 
Cabe aos órgãos setoriais de orçamento a análise e validação das propostas 
orçamentárias das unidades administrativas. 
4) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A CF assegura autonomia 
administrativa e financeira ao Poder Judiciário; com isso, a proposta 
orçamentária elaborada pelo STJ não precisa obedecer aos limites estipulados 
aos poderes na LDO. 
5) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) Dependerá de lei complementar 
a regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a 
exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A referida lei 
deverá estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta e condições para instituição e funcionamento dos fundos. 
Enquanto isso, na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão 
estabelecidos no ADCT. 
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6) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Se o 
Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei 
orçamentária, será considerado como proposta: 
a) a Lei de Orçamento vigente. 
b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior. 
c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos. 
d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da 
proposta. 
e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento. 
7) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Emendas legislativas ao orçamento podem 
financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a: 
(A) serviços de terceiros. 
(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência. 
(C) juros, encargos e principal da dívida. 
(D) despesas de pessoal. 
(E) transferências tributárias constitucionais. 
8) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Os recursos 
legalmente vinculados a uma finalidade específica devem ser utilizados 
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em 
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
9) (ESAF – APO/SP - 2009) A realidade que surge da atuação do Estado 
moderno exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do 
setor público. A avaliação também é instrumento de promoção do 
aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos humanos, 
financeiros e materiais utilizados na execução dos programas. Uma das opções 
abaixo é incorreta. Identifique-a. 
a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais,
busca 
considerar os resultados obtidos em face dos recursos disponíveis. 
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b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram 
a constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à 
variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. 
c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um 
determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto. 
d) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na 
execução), auxilia as avaliações da eficácia. 
e) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados 
para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente 
a padrões estabelecidos. 
10) (CESGRANRIO – Auditor – Casa da Moeda – 2009) Sob a ótica da 
Constituição da República e da Lei n. 4.320/64, no que tange aos sistemas de 
controle interno e externo da administração pública federal, considere as 
afirmações a seguir. 
I. O controle externo das contas públicas é exercido pelo Poder Judiciário, com 
o auxílio do Tribunal de Contas. 
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à 
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e das 
entidades da administração pública federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado, compete ao sistema de 
controle interno. 
III. Compete ao Tribunal de Contas apreciar, para fins de registro, a legalidade 
dos atos de admissão de pessoal, assim como os de concessão de 
aposentadoria, reforma e pensão dos servidores em cargo de provimento 
efetivo. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
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2° SIMULADO 
1) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A rejeição ao 
projeto de lei orçamentária anual é inadmissível, devendo as deliberações 
continuar até a sua aprovação. 
2) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Com base no projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias, a SOF elabora a proposta orçamentária para 
o ano seguinte, em conjunto com os ministérios e as unidades orçamentárias 
dos poderes Legislativo e Judiciário. 
3) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) Em atendimento ao 
disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei 
complementar em matéria orçamentária, editou-se a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF), que preencheu as lacunas da Lei nº 4.320/1964. 
4) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Cada unidade gestora, 
no seu âmbito de atuação, desempenha papel de coordenadora do processo 
de alterações orçamentárias. 
5) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A competência 
para rejeição do projeto de lei de diretrizes orçamentárias é do Congresso 
Nacional, que pode entrar em recesso por ocasião da sua aprovação ou 
rejeição. 
6) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Tem-se observado, no Brasil, 
que o calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento 
dos prazos comprometem a integração entre planos plurianuais e leis 
orçamentárias anuais. 
7) (CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) Acerca do processo de 
elaboração do projeto de lei orçamentária anual (PLOA), julgue o item seguinte. 
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O processo de elaboração do PLOA se desenvolve no âmbito do Ministério da 
Fazenda e envolve um conjunto articulado de tarefas complexas, 
compreendendo a participação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, 
o que pressupõe a constante necessidade de tomada de decisões nos seus 
vários níveis. 
8) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008) 
No primeiro ano do mandato presidencial, não há condições objetivas de 
compatibilizar a LDO com o PPA. 
9) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O processo 
orçamentário é autossuficiente: cada etapa do ciclo orçamentário envolve 
elaboração e aprovação de leis independentes umas das outras. 
(CESPE – Analista – SERPRO – 2008) A lei orçamentária anual (LOA), a lei 
das diretrizes orçamentárias (LDO) e o plano plurianual (PPA) são instrumentos 
de planejamento da ação governamental. Com relação às características 
desses instrumentos, julgue o item a seguir. 
10) As emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando forem 
incompatíveis com o PPA. 
11) (CESPE – Promotor – MPE/RN – 2009) O MP, apesar de dotado de 
autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
12) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O órgão setorial 
desempenha papel de articulador no processo de elaboração do orçamento, 
atuando horizontalmente no processo decisório e integrando os produtos 
gerados no nível setorial. 
13) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) O Poder 
Executivo Federal tem o dever de, até 31 de agosto do primeiro ano do 
mandato presidencial, enviar ao Congresso Nacional a proposta de LDO. 
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(CESPE - Analista Judiciário – TRT - 17ª Região - 2009) O ciclo orçamentário, 
também denominado processo orçamentário, corresponde ao período de 
tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde 
sua concepção até sua apreciação final. Com relação ao período de discussão, 
votação e aprovação do orçamento público, julgue o item que se segue. 
14) A LRF não permite que o produto da reestimativa da receita orçamentária, 
feita no âmbito do Poder Legislativo, seja utilizado como fonte de recursos para 
a aprovação de emendas parlamentares. 
15) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008) 
Segundo a Constituição Federal, a definição sobre o que deve acontecer na 
hipótese de o Congresso Nacional não votar a proposta de lei orçamentária 
anual até o final do exercício financeiro deve constar da LDO. 
16) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O controle da 
execução orçamentária deve compreender, simultaneamente, a legalidade dos 
atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o 
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional dos 
agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; e o 
cumprimento do programa de trabalho, expresso em termos monetários e em 
termos de realização de obras e prestação de serviços. 
17) (CESPE – Administrador – Ministério dos Esportes - 2008) Se o projeto de 
lei orçamentária não for aprovado pelo Congresso Nacional antes do início do 
exercício financeiro a que se refere, a programação de todas as dotações dele 
constantes poderá ser executada, desde que respeitado o limite de um doze 
avos do total de cada ação, multiplicado pelo número de meses decorridos até 
a sanção da respectiva lei. 
18) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) A administração do 
processo de elaboração do projeto de lei
orçamentária por meio de cronograma 
gerencial e operacional, com etapas claramente especificadas e produtos
definidos e configurados, é desejável porque envolve a necessidade de 
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articulação de tarefas complexas e a participação de diferentes órgãos — 
central, setoriais e unidades orçamentárias. 
19) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Ao examinar o 
projeto de lei relativo ao orçamento anual da União, os deputados federais 
podem apresentar emendas modificando os recursos destinados de dotações 
para pessoal e serviço da dívida. Já os senadores podem aprovar emendas 
modificando a dotação orçamentária referente às transferências tributárias 
constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal. 
20) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) O 
calendário estabelecido no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
para a tramitação do plano plurianual (PPA), da LDO e da lei orçamentária 
anual (LOA) provoca distorções, como, por exemplo, o fato de somente para o 
terceiro ano do mandato presidencial o projeto da LDO ser encaminhado após 
a aprovação do respectivo PPA. 
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
C C E E C A A C D D 
GABARITO DO 2° SIMULADO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E E E E E C E C E C 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
E E E E E C E C E C 
 
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Aula 2 
TIPOS DE CRÉDITOS E ORÇAMENTO PÚBLICO 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um 
desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma 
pessoa para atingir uma meta. 
Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode 
surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. 
Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. 
Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu 
objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido 
— faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um 
grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e 
dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome 
na lista de aprovados. 
Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os 
mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas 
otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que 
todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto 
da Simplus, com adaptações). 
Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar os tipos de créditos 
orçamentários e, concluindo o item orçamento na CF/1988, as vedações 
constitucionais em matéria orçamentária. Dentro dos itens Orçamento Público e 
 
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Orçamento Público no Brasil, estudaremos o histórico, a natureza jurídica e as 
funções clássicas. 
A partir desta aula teremos breves comentários sobre as questões do 
Simulado. Como isso não ocorreu nas aulas 0 e 1, tais questões serão 
comentadas também ao final desta aula 2. 
PARTE I – TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 
1. INTRODUÇÃO 
Por crédito orçamentário inicial entende-se aquele aprovado pela lei 
orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de 
investimento das empresas estatais. O orçamento anual consignará 
importância para atender determinada despesa a fim de executar ações que 
lhe caiba realizar. Tal importância é denominada de dotação. 
O orçamento anual pode sofrer alterações qualitativas e quantitativas por meio 
de créditos adicionais. Por crédito adicional, entendem-se as autorizações de 
despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária. 
Segundo o MTO, as alterações qualitativas e quantitativas do orçamento 
viabilizam a realização anual dos programas mediante a alocação de recursos 
para as ações orçamentárias ou para a criação de novos programas, e são de 
responsabilidade conjunta dos órgãos central e setoriais e das unidades 
orçamentárias (UO). 
A necessidade de alteração orçamentária pode ser identificada pela UO ou 
pelo Órgão Setorial. Em qualquer caso, a solicitação de alteração deverá ser 
elaborada de forma a atender as condições dispostas nas Portarias da 
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) que estabelecem procedimentos e 
prazos para solicitação de alterações orçamentárias para o exercício. 
 
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As solicitações de alterações orçamentárias que tiverem início na UO deverão 
ser elaboradas em seu momento específico, que em seguida deve encaminhar 
a solicitação para o respectivo Órgão Setorial. O Órgão Setorial 
correspondente procederá a uma avaliação global da necessidade dos créditos 
solicitados e das possibilidades de oferecer recursos compensatórios. Após a 
verificação do crédito e aprovação da sua consistência, os Órgãos Setoriais 
deverão encaminhar à SOF as solicitações de créditos adicionais de suas 
unidades. 
Ao receber a solicitação de crédito adicional a SOF elabora o pleito de créditos 
e, por meio de uma análise criteriosa da solicitação, decide por atendê-la ou 
não. Os Analistas de Planejamento e Orçamento (APOs) da SOF verificam se a 
solicitação está em conformidade com a metodologia utilizada e se atende aos 
parâmetros legais vigentes, fazem os ajustes necessários e avaliam a 
viabilidade de atendimento da solicitação. Caso seja aprovado o pedido de 
crédito adicional, serão preparados os atos legais necessários à formalização 
da alteração no orçamento. 
Em outras palavras, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem 
revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, ou pode 
ocorrer a necessidade de realização de despesa inicialmente não autorizada. 
Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de 
créditos adicionais. 
Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no 
orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as 
autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas 
na Lei de Orçamento. 
Relembro que, segundo o art. 166 da CF/1988, “os projetos de lei relativos ao 
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos 
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum”. 
 
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O ato que abrir o crédito adicional, que pode ser um decreto, uma medida 
provisória ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a 
importância, a espécie e a classificação da despesa até onde for possível. 
Segundo o art. 46 da Lei 4.320/1964: 
Art.
46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do 
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível. 
Os créditos adicionais classificam-se em: 
• Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação 
orçamentária; 
• Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não 
haja dotação orçamentária específica; 
• Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção intestina ou 
calamidade pública. 
Atenção: o crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à 
dotação orçamentária que deva reforçar, enquanto os créditos especiais e 
extraordinários conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas 
realizadas à conta destes, separadamente. 
Nesse sentido, entende-se que o reforço de um crédito especial ou de um 
crédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela abertura de créditos 
especiais e extraordinários. Ou seja, não se pode reforçar um crédito especial 
ou extraordinário que se mostrou insuficiente por meio de créditos 
suplementares. 
2. CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
São os destinados a reforço de dotação orçamentária. Os créditos 
suplementares terão vigência limitada ao exercício em que forem autorizados. 
Note que sua abertura depende da existência de recursos disponíveis e de 
exposição que a justifique. A LOA poderá conter autorização ao Poder 
Executivo para abertura de créditos suplementares até determinada 
importância ou percentual, sem a necessidade de submissão do crédito ao 
 
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Poder Legislativo. São autorizados por Lei (podendo ser a própria LOA ou 
outra Lei especial), porém são abertos por decreto do Poder Executivo. Na 
União, para os casos em que haja necessidade de outra lei específica, as 
LDOs a cada ano dispõem que são considerados autorizados e abertos com a 
sanção e publicação da respectiva lei. 
QUADRO DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
FINALIDADE Reforço de dotação orçamentária já prevista na LOA. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por lei (podendo 
ser já na própria LOA ou outra lei específica). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, para os casos 
em que haja necessidade de outra lei específica, são considerados 
autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei. 
INDICAÇÃO DA ORIGEM 
DOS RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados. 
3. CRÉDITOS ESPECIAIS 
São os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária 
específica, devendo ser autorizados por lei. Note também que sua abertura 
depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que a justifique. 
Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, 
poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. São 
autorizados por lei especial (não pode ser na LOA), porém são abertos por 
decreto do Poder Executivo. Na União, por meio de disposição das LDOs a 
cada ano, são considerados autorizados e abertos com a sanção e publicação 
da respectiva lei. 
 
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QUADRO DE CRÉDITOS ESPECIAIS 
FINALIDADE 
Destinados a despesas para as quais não haja dotação 
orçamentária específica. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por Lei 
específica (não pode ser na LOA). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União são 
considerados autorizados e abertos com a sanção e 
publicação da respectiva lei. 
INDICAÇÃO DA ORIGEM 
DOS RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, 
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos 
nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término 
do exercício financeiro subsequente. 
Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às 
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e 
especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em 
duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na 
forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Contador – DPU – 2010) A abertura de créditos suplementares e 
especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a 
despesa e será precedida de exposição justificada. 
 
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Como vimos, a abertura de créditos suplementares e especiais depende da 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de 
exposição justificada. 
Resposta: Certa 
4. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
São os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como em caso de 
guerra ou calamidade pública, conforme o art. 167 da CF/1988. Os créditos 
extraordinários podem reforçar dotações orçamentárias (como os 
suplementares) ou criar novas dotações (como os especiais), pois o que os 
define é a imprevisibilidade e urgência. Serão abertos por Medida Provisória, 
no caso federal e de entes que possuem tal instrumento, e por decreto do 
Poder Executivo para os demais entes, dando imediato conhecimento deles 
ao Poder Legislativo. Os créditos extraordinários não poderão ter vigência além 
do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, 
reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício 
financeiro subsequente. 
QUADRO DE CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
FINALIDADE Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
Independe de autorização legislativa prévia. Após a sua abertura 
deve ser dado imediato conhecimento ao Poder Legislativo. 
ABERTURA 
Abertos por Medida Provisória, no caso federal e de entes que 
possuem previsão deste instrumento; e por decreto do Poder 
Executivo, para os demais entes que não possuem medida provisória. 
INDICAÇÃO DA ORIGEM 
DOS RECURSOS 
Facultativa. 
 
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VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, salvo se o 
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, 
poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. 
Caiu na prova: 
(ESAF – AFC/CGU - 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a 
necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-
computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente, 
relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta. 
a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de 
recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição
justificada. 
b) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção 
interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal. 
c) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro 
em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da 
anualidade. 
d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários 
cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses 
do exercício financeiro. 
e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se 
recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do 
saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação 
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
A abertura de créditos adicionais ocorre em virtude da necessidade de cobrir 
despesas não-computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária 
Anual. A questão pede a opção incorreta sobre o assunto: 
 
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a) Correta. Tanto para a abertura de créditos suplementares como para a de 
créditos especiais é obrigatória a indicação dos recursos disponíveis utilizados. 
Ela deve, ainda, ser precedida de exposição justificada. 
b) Correta. Consoante dispõe a CF/88, a abertura de crédito extraordinário 
somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, 
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. 
c) É a incorreta. A vigência dos créditos especiais é limitada ao exercício em 
que forem abertos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus 
saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. 
d) Correta. Se abertos nos primeiros 8 meses do ano, a vigência limite para os 
créditos extraordinários será até o final do exercício financeiro. 
e) Correta. Uma das possibilidades de fontes de recursos para a abertura de 
créditos suplementares e especiais é o excesso de arrecadação, que é o saldo 
positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e 
a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
Resposta: Letra C 
5. FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS 
Para a abertura dos créditos suplementares e especiais, é necessária a 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa. Ela deve, ainda, ser 
precedida de exposição justificada. 
Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para esse fim, 
desde que não comprometidos: 
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; 
II – os provenientes de excesso de arrecadação; 
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou 
de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las. 
 
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Superávit financeiro é um conceito estudado na Contabilidade Pública, que 
corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as 
operações de crédito a eles vinculadas. 
Já excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês 
a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a 
tendência do exercício. 
Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos utilizáveis, 
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos 
créditos extraordinários abertos no exercício. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Quando órgão 
público necessita abrir créditos adicionais dos recursos disponíveis por excesso 
de arrecadação, a apuração dos recursos utilizáveis deverá deduzir a 
importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 
Uma das fontes para a abertura de créditos adicionais é o excesso de 
arrecadação, o qual corresponde ao saldo positivo das diferenças acumuladas 
mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, 
a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, 
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos 
créditos extraordinários abertos no exercício. 
Resposta: Certa 
Temos ainda mais uma fonte de recursos, segundo o § 8.o do art. 167 da CF: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto 
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão 
ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suple-
mentares, com prévia e específica autorização legislativa. 
 
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A Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001, alterada pelo Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 2.ª edição (Portaria Conjunta 
STN/SOF 2, de 6 de agosto de 2009), define ainda como fonte de recursos 
para créditos adicionais a reserva de contingência, que são os destinados ao 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais 
imprevistos. Relembro que a LOA conterá reserva de contingência, cuja 
forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, 
serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos 
contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
Art. 8.º A dotação global denominada Reserva de Contingência, permitida para 
a União no art. 91 do Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em 
atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos 
para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 
5º, inciso III, da Lei Complementar n. 101, de 2000, sob coordenação do órgão 
responsável pela sua destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de 
Previdência do Servidor – RPPS, quando houver, serão identificadas nos 
orçamentos de todas as esferas de Governo pelo código 
“99.999.9999.xxxx.xxxx”, no que se refere às classificações por função e 
subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificação das 
ações correspondentes e dos respectivos detalhamentos. 
Parágrafo único. As Reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à 
natureza da despesa, pelos códigos “9.9.99.99.99” e “7.7.99.99.99”, 
respectivamente. 
O referido manual destaca que a reserva do RPPS também poderá ser 
utilizada durante o exercício, caso necessário, para a abertura de créditos 
adicionais com o objetivo de atender a compromissos desse Regime. 
Assim, é uma fonte específica para atender ao RPPS, que não pode ser 
utilizada em outras situações. 
 
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QUADRO DAS FONTES DE RECURSOS PARA 
 A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS 
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior. 
Excesso de arrecadação. 
Anulação total ou parcial de dotações. 
Operações de créditos.
Recursos sem despesas correspondentes. 
Reserva de contingência. 
Cuidado: não confunda fontes de recursos para créditos adicionais com fonte 
de recursos para emendas à LOA. Esta última terá como fonte apenas as 
anulações de despesas, excluindo a dotação para pessoal e seus encargos, 
serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para Estados, 
Municípios e Distrito Federal. 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a 
opção falsa a respeito dos créditos adicionais de que tratam os artigos 40 a 46 
da Lei n. 4.320/64. 
a) Crédito extraordinário é uma das classificações de créditos adicionais. 
b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei. 
c) Créditos suplementares não podem ser abertos sem a indicação da fonte de 
recursos. 
d) Os créditos suplementares abertos no exercício não podem exceder a um 
terço daqueles originalmente consignados na lei orçamentária. 
e) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial pode ser fonte de 
recursos para a abertura de créditos adicionais. 
 
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a) Correta. Os créditos adicionais se classificam em suplementares, especiais e 
extraordinários. 
b) Correta. Os créditos especiais e suplementares são autorizados por lei, 
podendo ser a própria LOA apenas no caso dos créditos suplementares. 
c) Correta. Para a abertura de créditos especiais e suplementares a indicação 
de recursos é obrigatória. 
d) Errada. Não há essa regra na Lei 4320/64. Os créditos suplementares 
autorizados na LOA seguem diversas regras que variam a cada ano, de acordo 
com o disposto nas LDOs e nas LOAs. 
e) Correta. O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial é uma das 
possíveis fontes de recursos para a abertura de créditos adicionais. 
Resposta: Letra D 
Artigo importante da LDO: segundo o art. 4.º da LRF, integrará o projeto da 
LDO o anexo de metas fiscais, que conterá as metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e 
para os dois seguintes. 
Consoante esse dispositivo, as LDOs todos os anos dispõem que as alterações 
promovidas na programação orçamentária têm que se compatibilizar com a 
obtenção da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas 
Fiscais. 
Usualmente, o crédito adicional é iniciativa do Executivo. No entanto, a cada 
ano, mesmo que com pequenas variações em seu texto, as LDOs prevêem 
situações em que o crédito adicional pode ser aberto no âmbito dos Poderes 
Legislativo e Judiciário e do Ministério Público por atos, respectivamente, dos 
Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de 
Contas da União; dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho 
Nacional de Justiça, do Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da 
Justiça do Trabalho, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e dos Territórios; e do Procurador-Geral da República e do 
Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público. Nesses casos, são ainda 
 
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maiores as restrições: deve ser aberto pelas autoridades citadas, ser do tipo 
suplementar, autorizado na respectiva LOA, com indicação de recursos 
compensatórios (anulação total ou parcial de dotações) e observar as normas 
da SOF. 
Ainda, para esse caso específico, as LDOs dispõem que as aberturas de 
créditos no âmbito do Poder Judiciário deverão ser enviadas ao Conselho 
Nacional de Justiça e, no âmbito do MPU, ao Conselho Nacional do Ministério 
Público, com exceção do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de 
Justiça, do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério 
Público. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os créditos suplementares 
autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do TST, serão abertos por 
ato do presidente do STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional 
de Justiça. 
Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do 
Tribunal Superior do Trabalho - TST, serão abertos por ato do presidente do 
próprio TST (já que se trata de um Tribunal Superior), com a manifestação do 
Conselho Nacional de Justiça. 
Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do STF, 
é que serão abertos por ato do presidente do STF. Neste caso, seria 
dispensada a manifestação do Conselho Nacional de Justiça. 
Resposta: Errada. 
Veja um tipo de questão que pode aparecer no concurso. Caiu na prova: 
 
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(CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Suponha-se 
que um ente público necessite da abertura de um crédito especial e que sua 
situação inclua os seguintes dados. 
Excesso de arrecadação acumulado no exercício: . . . . . . . . . . R$ 4.500.000,00 
Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00 
Deficit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior:. R$ 2.400.000,00 
Com base nesses dados, é correto afirmar que é possível propor a abertura do 
crédito de até R$ 3.400.000,00. 
Nota-se que desses três valores apenas o excesso de arrecadação é fonte 
para abertura de créditos adicionais: 
O item despesas contingenciadas não é fonte de recursos. O 
contingenciamento equivale a um congelamento, pois se deixa de efetuar o 
empenho, mas permanece a dotação. Não se confunde com reserva de 
contingência, a qual seria uma fonte. 
O superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é fonte de 
recurso, porém o valor do déficit financeiro não deve ser abatido das outras 
fontes. 
Assim, é possível propor a abertura de crédito especial de até 
R$ 4.500.000,00 da fonte excesso de arrecadação. 
Resposta: Errada. 
6. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA 
A CF/1988 estabelece diversas vedações em matéria orçamentária. Algumas 
dessas vedações nós já vimos nas primeiras aulas. Outras estudaremos nas 
próximas. No entanto, vamos consolidá-las: 
 
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São vedados: 
• O início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária 
anual. Estudamos em Orçamento na CF. 
• A realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos orçamentários ou adicionais. Estudamos nesta aula. 
• A realização de operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta. É a regra de ouro. Estudaremos 
em Despesas Públicas. 
• A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como 
determinado, respectivamente, pelos arts. 198,
§ 2.º, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste 
artigo. É o princípio da não vinculação de receitas. Estudaremos em 
Princípios Orçamentários. 
• A abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização 
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. Estudamos 
nesta aula. 
• A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem 
prévia autorização legislativa. É o princípio da proibição do estorno. 
Estudaremos em Princípios Orçamentários. 
• A concessão ou utilização de créditos ilimitados. É o princípio da 
quantificação dos créditos orçamentários. Estudaremos em 
Princípios Orçamentários. 
• A utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem 
 
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os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e 
da seguridade social. Estudamos em Orçamento na CF. 
• A instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização 
legislativa. 
• A transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, 
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais 
e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal 
ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
• A realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime 
geral de previdência social com recursos provenientes das contribuições 
sociais a seguir: do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; e do 
trabalhador e dos demais segurados da previdência social. 
A CF/1988 ainda ressalta que: 
• Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei 
que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Estudamos em Orçamento na CF. 
• Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, 
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento 
do exercício financeiro subsequente. Estudamos nesta aula. 
• A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender 
a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública. Estudamos também nesta aula. 
• É permitida a vinculação para a prestação de garantia ou contragarantia 
à União e para pagamento de débitos para com esta de receitas próprias 
geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos 
 
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recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, tudo da 
Constituição Federal. É uma das exceções ao princípio da não 
vinculação de receitas. Estudaremos em Princípios Orçamentários. 
Caiu na prova: 
(FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) No que diz respeito aos 
orçamentos, NÃO são vedadas, entre outras situações ou procedimentos, 
(A) a instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização 
legislativa. 
(B) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos adicionais. 
(C) a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
sem prévia autorização legislativa. 
(D) a iniciação de projetos não incluídos na lei orçamentária anual e a 
concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
(E) a abertura de crédito especial sem autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes. 
No que diz respeito aos orçamentos, é vedada a instituição de fundos de 
qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. Logo, não é vedada a 
instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização legislativa. 
Resposta: Letra A 
 
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PARTE II – ORÇAMENTO PÚBLICO E 
ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL 
1. INTRODUÇÃO1 
Em um processo de planejamento e orçamento integrados, ressalta a 
imperiosa necessidade de que os fins e os meios orçamentários sejam tratados 
de uma forma equilibrada. Considerando que, desde o Decreto-lei 200, de 25 
de fevereiro de 1967, a Administração Pública Federal estabeleceu o 
orçamento-programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia de 
discriminar a despesa pública por objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins, 
já é bastante familiar a todos nós que atuamos nessa área. 
Os processos de planejamento e orçamento assumiram, a partir do exercício 
de 2000, uma feição especial. A nova concepção de Estado, aliada à 
abordagem crítica da experiência acumulada nessa área, deu ensejo a que se 
introduzisse uma maneira diferente de pensar o planejamento e a 
orçamentação. 
O Decreto 2.829/1998 estabeleceu normas para a elaboração e execução do 
Plano Plurianual e dos orçamentos da União; a Portaria 117/1998, substituída, 
posteriormente, pela Portaria 42, de 14 de abril de 1999, com a preservação 
dos seus fundamentos, atualizou a discriminação da despesa por funções da 
Lei 4.320/1964 e revogou a Portaria 9, de 28 de janeiro de 1974 (Classificação 
Funcional – Programática); e a Portaria 51/1998 instituiu o recadastramento 
dos projetos e atividades constantes do orçamento da União. 
Na verdade, tais modificações, que em razão da Portaria 42/1999 assumiram 
uma abrangência nacional, com aplicação também para Estados, municípios e 
Distrito Federal, representam a segunda etapa de uma reforma orçamentária 
1 Introdução baseada no artigo de CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de 
planejamento e orçamento. In: GIACOMONI, J.; PAGNUSSAT, J. L. Planejamento e orçamento 
governamental. Brasília: ENAP, 2006. v. 2. 
 
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que se delineou pelos idos de 1989, sob a égide da nova ordem constitucional 
recém-instalada. 
A Constituição Federal de 1988, cumprindo a tradição das anteriores, ocupou-
se profusamente de matéria orçamentária, chegando até a definir instrumentos 
de planejamento e orçamento com elevado grau de detalhe. A atual 
Constituição optou por um modelo fortemente centralizado, a partir da 
constatação de que havia uma excessiva fragmentação orçamentária, inclusive 
com importantes programações e despesas inteiramente (previdência social, 
por exemplo) fora da lei orçamentária, sem a observância, portanto, do 
princípio da universalidade. 
Nesse sentido, a Constituição de 1988, em seu art. 165, na seção denominada 
“Dos Orçamentos”, introduziu o que se pode chamar de um processo integrado 
de alocação de recursos, compreendendo as atividades de planejamento e
orçamento, mediante a definição de três instrumentos. Para relembrar: 
I – Plano Plurianual (PPA), que estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, os objetivos e metas da Administração Pública Federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos 
programas de natureza continuada. 
II – Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que compreenderá as metas e 
prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei 
Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
III – Lei Orçamentária Anual (LOA), compreendendo o orçamento fiscal 
referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público; o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
e o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
 
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fundações instituídos e mantidos pelo poder público. 
Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder 
Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a 
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e 
outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a 
arrecadação das receitas já criadas em lei. 
2. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO 
2.1 Origens 
Historicamente, a Carta Magna, outorgada no início do Século XIII pelo Rei 
João Sem Terra, é considerada o embrião do orçamento, por meio de seu 
art. 12: 
“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho 
comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito 
cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis 
em seu montante”. 
Veja que esse artigo não trata da despesa pública, mas aparece como a 
primeira tentativa formal de controle das finanças do Rei, ou trazendo para a 
atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: já nasce 
com exceções! Veja que a ideia permanece a mesma do nosso conceito atual! 
O orçamento é elaborado pelo Executivo e aprovado previamente pelo 
Legislativo, sendo que hoje também há exceções. Por exemplo, temos os 
créditos extraordinários, os quais são destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, tais como em casos de guerra ou calamidade pública, e por isso 
são abertos pelo executivo antes da autorização do Poder Legislativo. Neste 
tipo de crédito, a comunicação ao Legislativo deve ser feita imediatamente 
após a abertura do crédito. 
 
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No entanto, apenas por volta de 1822, na Inglaterra, o Orçamento Público 
passa a ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa época, 
tem-se o desenvolvimento do liberalismo econômico, o que acarretava em 
oposição a quaisquer aumentos de carga tributária, necessários para o 
crescimento das despesas públicas. Nesta visão de orçamento tradicional, 
típica do liberalismo, as finanças públicas deveriam ser neutras e o equilíbrio 
financeiro impunha-se naturalmente pelo próprio mercado. Para o estudante 
relacionar com outras matérias, esse posicionamento vem ao encontro do 
conceito de “mão invisível” de Adam Smith, para descrever que numa 
economia de mercado a interação dos indivíduos resulta numa determinada 
ordem, sem a necessidade de intervenção do Estado (laissez-faire). Assim, o 
aspecto econômico do Orçamento tinha posição secundária, privilegiando o 
aspecto controle. 
Antes do final do mesmo século XIX, percebe-se que o Orçamento elaborado 
com base na neutralidade não mais atendia às necessidades do Estado. 
Desenvolveu-se a tese de um Orçamento moderno, o qual deveria ser um 
instrumento de administração. 
2.2 Orçamento nas Constituições brasileiras 
Vamos falar agora resumidamente do Orçamento em nossas Constituições: 
A Constituição Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigências para 
elaboração de orçamentos formais. A competência da proposta era do 
Executivo e da aprovação do Legislativo (assembleia-geral composta 
pelos deputados e senadores). 
Com a República e a Constituição de 1891, a elaboração do orçamento 
tornouse privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos 
Deputados. Na Constituição outorgada de 1934, no governo de 
Getúlio Vargas, o orçamento passa a ter destaque, com capítulo 
próprio. Ao Presidente da República cabia a elaboração da proposta or-
çamentária e, ao Legislativo, a votação. Assim, havia participação conjunta 
dos poderes, já que a Constituição não trazia limitações ao poder de emendas 
do Legislativo. 
 
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Na Constituição de 1937, do Estado Novo, o orçamento passa a ser elaborado 
por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela Câmara 
e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo 
Presidente. Na prática, era elaborado e decretado pelo Executivo. 
Com a redemocratização na Constituição de 1946, voltamos à elaboração pelo 
Executivo e à votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. 
Na Constituição de 1967 do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta e 
cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a possibilidade de 
emendas. 
E chegamos à nossa Constituição atual de 1988. A competência para a 
elaboração do Orçamento é do Executivo e, ao Legislativo, cabe a votação e a 
proposição de emendas. Têm-se ainda novidades como a LDO e o PPA. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) Com a Constituição de 1891, que 
se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta orçamentária 
passou a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi transferida 
para o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934. 
Na Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da República, a 
elaboração da proposta orçamentária passou a ser privativa do Congresso 
Nacional e não do Poder Executivo. E, ainda, a competência foi transferida 
para o Presidente da República somente na Constituição de 1934. 
Resposta: Errada. 
3. ASPECTOS DO ORÇAMENTO 
Político: tem a característica do grupo partidário que detém a maioria, 
consoante a escolha dos cidadãos. O parlamento autoriza a despesa pública, 
levando em consideração as necessidades coletivas. Parte da ideia de que os 
recursos são limitados e as necessidades são ilimitadas, logo são definidas 
prioridades. 
Econômico: busca racionalizar o processo de alocação de recursos, zelando 
 
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pelo equilíbrio das contas públicas, com foco nos melhores resultados para a 
Sociedade. É ainda um instrumento de atuação do Estado na Economia, por 
meio do aumento ou diminuição do gasto público. 
Jurídico: o processo orçamentário
é regido por normas legais que compõem o 
ordenamento jurídico brasileiro. 
Financeiro: caracterizado pelo fluxo monetário na execução, por meio de 
entrada de receitas e saída de despesas. 
Técnico: relacionado à observância de técnicas e classificações claras, 
coerentes, racionais e metódicas. 
4. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO 
Antes de tratarmos da natureza jurídica do orçamento, vamos entender uma 
importante diferença entre lei em sentido formal e lei em sentido material. Lei 
em sentido formal representa todo o ato normativo emanado de um órgão com 
competência legislativa, sendo o conteúdo irrelevante. Todos os Poderes 
possuem a função legislativa. Por exemplo, o Executivo possui também a 
função legislativa, apesar de não ser a principal, o que fica claro quando o art. 
84 da CF/1988 enumera as competências privativas do Presidente da 
República, dispondo no inciso III que compete privativamente ao 
Presidente iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. Ele exerce a função legislativa por meio de Medidas 
Provisórias, Decretos Autônomos, Leis Delegadas, Leis Orçamentárias, etc. 
Assim, a Lei Orçamentária é uma lei formal. Já lei em sentido material 
corresponde a todo o ato normativo, emanado por órgão do Estado, mesmo 
que não incumbido da função legislativa. O importante agora é o conteúdo, que 
define qualquer conjunto de normas dotadas de abstração e generalidade, ou 
seja, com aplicação a um número indeterminado de situações futuras. 
Desta forma, a partir desses conceitos, nota-se que há leis que são 
simultaneamente formais e materiais. Por outro lado, há leis somente formais, 
mas não em sentido material. São estas as denominadas leis de efeitos 
concretos (ou leis individuais), pois seu conteúdo assemelha-se a atos 
 
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administrativos individuais ou concretos. 
Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento é uma lei formal, pois 
apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos. O orçamento não 
modifica as leis financeiras e tributárias, tampouco cria direitos subjetivos. O 
orçamento é uma condição, um pré-requisito para que a despesa seja realizada 
(ato-condição), já que a arrecadação de receitas e a realização de despesas, 
na maioria das vezes, decorrem de leis ou contratos anteriores (atos-regra). 
Assim, judicialmente, não se pode exigir que determinada despesa prevista no 
orçamento seja realizada. O orçamento é concreto, por exemplo, quando diz 
que com R$ 20 milhões pré-determinados o Governo poderá construir a 
Universidade Luso-afro-brasileira (UNILAB) no Ceará. Logo, é apenas uma lei 
formal, por isso é chamada de lei de efeitos concretos. 
As características da lei orçamentária são as seguintes: 
• Lei formal: a lei orçamentária não obriga o administrador público a 
realizar determinada despesa, apenas autoriza os gastos. Falta 
coercibilidade, pois nem sempre obriga o Poder Público, que pode, por 
exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. É 
considerada uma lei de efeitos concretos. 
• Lei temporária: vigência limitada ao período de um ano. 
• Lei ordinária: as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) e os créditos 
suplementares e especiais são leis ordinárias. Não se exige quorum 
qualificado para sua aprovação, sendo necessária apenas a maioria 
simples. 
• Lei especial: possui processo legislativo diferenciado, como vimos ao 
estudar o ciclo orçamentário. Possui iniciativa do Executivo e trata de 
matéria específica: previsão de receitas e fixação de despesas. 
A Lei Orçamentária é ainda denominada de Lei de Meios, porque possibilita os 
meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e 
entidades que integram a administração pública. 
 
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Os orçamentos públicos podem ainda ser classificados em orçamentos de 
natureza impositiva e de natureza autorizativa: 
• Orçamento impositivo: é aquele em que, uma vez consignada uma 
despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta 
visão, o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente 
cumprido. 
• Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das 
despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder Público 
tem a discricionariedade para avaliar a conveniência e oportunidade do 
que deve ou não ser executado. O STF entende que em nosso país o 
orçamento não é impositivo, mas sim autorizativo. O fato de ser fixada 
uma despesa na LOA não gera o direito de exigência de sua realização 
por via judicial. 
Os defensores do orçamento impositivo alegam que ele evita a superestimativa 
de receita. O intuito de superestimar a receita da LOA é para aumentar também 
a despesa, acomodando interesses políticos, já que pelo princípio do equilíbrio, 
os valores totais de receitas e despesas devem ser iguais. As superestimativas 
de receita em uma proposta orçamentária somente são possíveis porque a 
LOA tem o caráter autorizativo, ou seja, não existe obrigatoriedade de 
execução das despesas consignadas. 
Caso a LOA tivesse caráter impositivo, todas as despesas deveriam ser 
necessariamente executadas, logo não seria possível criar receitas fictícias que 
não se efetivariam para cobrir as despesas. 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) 
Segundo a doutrina majoritária, o regime orçamentário adotado no Brasil 
é denominado: 
(A) privativo. 
(B) executivo. 
(C) legislativo. 
(D) impositivo. 
 
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(E) autorizativo. 
O STF entende que em nosso país o orçamento não é impositivo, mas sim 
autorizativo, no qual não existe obrigatoriedade de execução das despesas 
consignadas no orçamento público, já que o Poder Público tem a 
discricionariedade para avaliar a conveniência e oportunidade do que deve ou 
não ser executado. O fato de ser fixada uma despesa na LOA não gera o 
direito de exigência de sua realização por via judicial. 
Resposta: Letra E 
5. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO 
O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados, 
utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o Estado. 
A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave, a qual se 
tornou clássica. Ele propôs uma classificação denominada de funções fiscais. 
Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de ação do 
Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias 
funções do Orçamento: 
Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos. 
É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e desejados 
pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. O setor 
público pode atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou via 
mecanismos que propiciem condições para que sejam viabilizados pelo setor 
privado. Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária 
eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens 
meritórios. Investimentos na infraestrutura econômica são fundamentais para o 
desenvolvimento, porém são necessários altos valores com retornos 
demorados que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor
privado nessa 
área. Quanto aos bens públicos e meritórios, suas demandas possuem 
características peculiares que tornam inviável seu fornecimento pelo sistema 
de mercado. Bens públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e 
 
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de uma forma indivisível, independentemente de o particular querer ou não 
usufruir desse bem. Já os bens meritórios excluem a parcela da população que 
não dispõe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo 
setor privado, no entanto podem e devem também ser produzidos pelo Estado, 
em virtude de sua importância para a sociedade, como a educação e a saúde. 
Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de 
renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado, 
inerentes ao sistema capitalista. Os instrumentos mais usados para o 
ajustamento são os sistemas de tributos e as transferências. Cita-se como 
exemplo de medida distributiva o imposto de renda progressivo, realocando as 
receitas para programas de alimentação, transporte e moradia populares. Outro 
exemplo é a concessão de subsídios aos bens de consumo popular, 
financiados por tributos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de 
rendas mais altas. 
Os tributos transferem recursos da iniciativa privada para o setor público. Já as 
transferências são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem 
ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de 
transferirem recursos do setor público para os mais necessitados do setor 
privado. 
Função estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, 
diferenciando-se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de 
recursos. O campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção 
de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se 
ainda a busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de 
crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação 
sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou serviços 
que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por 
determinado preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora 
age na demanda agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la. 
 
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Caiu na prova: 
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A intervenção do 
Estado na economia, justificada pela função distributiva, tem por objetivo 
complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com 
investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios. 
A intervenção do Estado na economia, justificada pela função alocativa, tem 
por objetivo complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com 
investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios. Ou seja, tal 
função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária eficiência 
de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios. 
Resposta: Errada 
E assim terminamos a aula 2. 
Até o nosso próximo encontro! 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
 
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MEMENTO II 
CRÉDITOS ADICIONAIS 
QUADRO COMPARATIVO DOS CRÉDITOS ADICIONAIS 
CRÉDITOS 
ADICIONAIS 
SUPLEMENTARES ESPECIAIS EXTRAORDINÁRIOS 
FINALIDADE 
Reforço de dotação 
orçamentária já prevista 
na LOA. 
Destinados a despesas 
para as quais não haja 
dotação orçamentária 
específica. 
Destinados a despesas 
urgentes e imprevisíveis. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do 
crédito. São autorizados 
por lei (podendo ser já 
na própria LOA ou em 
outra lei específica). 
É anterior à abertura 
do crédito. São 
autorizados por Lei 
específica (não pode 
ser na LOA). 
Independe de autorização 
legislativa prévia. Após a 
sua abertura deve ser dado 
imediato conhecimento ao 
Poder Legislativo. 
ABERTURA 
Abertos por decreto do 
Poder Executivo. Na 
União, para os casos em 
que haja necessidade de 
outra lei específica, são 
considerados 
autorizados e abertos 
com a sanção e 
publicação da respectiva 
lei. 
Abertos por decreto do 
Poder Executivo. Na 
União são considerados 
autorizados e abertos 
com a sanção e 
publicação da 
respectiva lei. 
Abertos por Medida 
Provisória, no caso federal 
e de entes que possuem 
previsão deste instrumento; 
e por decreto do Poder 
Executivo, para os demais 
entes que não possuem MP.
INDICAÇÃO DA 
ORIGEM DOS 
Obrigatória Obrigatória Facultativa 
 
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RECURSOS 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao 
exercício em que forem 
autorizados. 
Vigência limitada ao exercício em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, casos em que, reabertos nos limites dos 
seus saldos, poderão viger até o término do exercício 
financeiro subsequente. 
FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES OU ESPECIAIS 
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; 
Excesso de arrecadação; 
Anulação total ou parcial de dotações; 
Operações de créditos; 
Reserva de contingência; 
Recursos sem despesas correspondentes. 
Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a 
importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 
Na utilização do superávit financeiro devem-se conjugar os saldos dos créditos adicionais transferidos 
(provenientes do exercício anterior) e as operações de crédito a eles vinculadas. 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA 
Início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou 
adicionais. 
Realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder 
Legislativo por maioria absoluta. 
 
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Princípio da não vinculação de receitas, Princípio da proibição do estorno e Princípio da quantificação 
dos créditos orçamentários. 
Utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade 
social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos. 
Instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
Transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, 
pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com 
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DF e dos Municípios. 
Realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social com 
recursos provenientes
das contribuições sociais. 
ORÇAMENTO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
ANO Elaboração e apreciação da proposta orçamentária 
1824 
A competência da proposta era do Executivo e a aprovação do Legislativo (assembleia-
geral composta pelos deputados e senadores). 
1891 Elaboração privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados. 
1934 Presidente da República elabora e Legislativo vota, porém sem limites para emendas. 
1937 
Elaborado por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela 
Câmara e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo 
Presidente. 
1946 Elaboração pelo Executivo e votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. 
1967 
Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a 
possibilidade de emendas. 
1988 Elaboração é do Executivo e ao Legislativo cabe a votação e a proposição de emendas. 
CLASSIFICAÇÕES: 
 
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Orçamento impositivo: despesas consignadas no orçamento devem ser necessariamente executadas. 
Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das despesas consignadas no 
orçamento público. É o adotado no Brasil. 
ASPECTOS DO ORÇAMENTO 
Político, Econômico, Jurídico, Financeiro e Técnico 
NATUREZA JURÍDICA 
Lei de meios e lei formal (de efeitos concretos), temporária, ordinária e especial. 
FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO 
Alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos quando no setor privado não há a 
necessária eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios. 
Distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em virtude da necessidade 
de correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista. 
Estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, principalmente a manutenção de elevado nível 
de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no balanço de 
pagamentos e de razoável taxa de crescimento econômico. 
 
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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A abertura de créditos suplementares e 
especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a 
despesa e será precedida de exposição justificada. 
2) (ESAF – AFC/CGU - 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a 
necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-
computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente, 
relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta. 
a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de 
recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição 
justificada. 
b) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção 
interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal. 
c) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro 
em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da 
anualidade. 
d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários 
cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses 
do exercício financeiro. 
e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se 
recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do 
saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação 
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
3) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Quando órgão 
público necessita abrir créditos adicionais dos recursos disponíveis por excesso 
de arrecadação, a apuração dos recursos utilizáveis deverá deduzir a 
importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 
 
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4) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a 
opção falsa a respeito dos créditos adicionais de que tratam os artigos 40 a 46 
da Lei n. 4.320/64. 
a) Crédito extraordinário é uma das classificações de créditos adicionais. 
b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei. 
c) Créditos suplementares não podem ser abertos sem a indicação da fonte 
de recursos. 
d) Os créditos suplementares abertos no exercício não podem exceder a um 
terço daqueles originalmente consignados na lei orçamentária. 
e) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial pode ser fonte de 
recursos para a abertura de créditos adicionais.
5) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os créditos suplementares 
autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do TST, serão abertos por 
ato do presidente do STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional 
de Justiça. 
6) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Suponha-se 
que um ente público necessite da abertura de um crédito especial e que sua 
situação inclua os seguintes dados. 
Excesso de arrecadação acumulado no exercício: . . . . . . . . . . R$ 4.500.000,00 
Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00 
Deficit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior:. R$ 2.400.000,00 
Com base nesses dados, é correto afirmar que é possível propor a abertura do 
crédito de até R$ 3.400.000,00. 
7) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) No que diz respeito 
aos orçamentos, NÃO são vedadas, entre outras situações ou procedimentos, 
(A) a instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização 
legislativa. 
(B) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos adicionais. 
 
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(C) a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
sem prévia autorização legislativa. 
(D) a iniciação de projetos não incluídos na lei orçamentária anual e a 
concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
(E) a abertura de crédito especial sem autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes. 
8) (CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) Com a Constituição de 1891, 
que se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta 
orçamentária passou a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi 
transferida para o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934. 
9) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) 
Segundo a doutrina majoritária, o regime orçamentário adotado no Brasil é 
denominado: 
(A) privativo. 
(B) executivo. 
(C) legislativo. 
(D) impositivo. 
(E) autorizativo. 
10) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A intervenção do 
Estado na economia, justificada pela função distributiva, tem por objetivo 
complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com 
investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios. 
 
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3° SIMULADO 
1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) Os créditos adicionais terão vigência 
limitada ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa 
disposição legal em contrário quanto aos créditos suplementares. 
2) (CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) A adoção do orçamento 
moderno está associada à concepção do modelo de Estado que, desde antes 
do final do século XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de 
neutralidade, própria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no 
sentido de corrigir as imperfeições do mercado e promover o desenvolvimento 
econômico. 
3) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) A utilização da política 
orçamentária para os propósitos de estabilização econômica implica promover 
ajustes no nível da demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e 
provocando a ocorrência de déficits ou superávits. 
4) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Consideram-se 
recursos disponíveis, para fins de abertura de créditos suplementares e 
especiais, os provenientes do excesso de arrecadação, que se constituem no 
saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação 
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício e 
descontado o percentual do excesso obrigatoriamente destinado pela LDO à 
amortização da dívida pública na forma da Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF). 
5) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha que, 
em decorrência de uma crise cambial, uma série de obrigações do governo 
federal contratadas em moeda estrangeira tenham ultrapassado em 10% os 
valores originalmente aprovados no orçamento para essa finalidade. Nessa 
 
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situação, para honrar tais compromissos, somente a abertura de crédito 
especial poderá suprir a dotação orçamentária do montante necessário. 
6) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) A reserva de 
contingência, que compreende o volume de recursos destinados ao 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos 
fiscais imprevistos, poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais, 
desde que definida na lei de diretrizes orçamentárias. 
7) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Admite-se a utilização, mediante autorização 
legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social 
para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos. 
(CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Acerca dos 
créditos orçamentários e adicionais, julgue os itens que se seguem. 
8) Considere que a arrecadação efetiva do governo federal, mensalmente, 
supere as receitas previstas na lei orçamentária, indicando que essa seja a 
tendência do exercício financeiro. Nesse caso, é correto afirmar que, 
descontando os créditos extraordinários, esse excesso de arrecadação poderá 
ser utilizado para abertura de créditos suplementares e especiais. 
9) (CESPE – Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) 
As superestimativas de receita na proposta orçamentária somente são 
possíveis porque a lei orçamentária anual tem o caráter autorizativo. 
10) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) O Congresso 
Nacional, na apreciação de um veto à lei orçamentária anual, pode destinar à 
suplementação de dotações que não tenham sido objeto de veto os recursos 
que ficarem sem despesas correspondentes. 
11) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) A CF, ao tratar dos créditos 
extraordinários, referiu-se, corretamente, às despesas imprevistas, e não às 
 
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imprevisíveis, pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão, 
enquanto, no segundo, as despesas não podiam mesmo ser previstas. 
12) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) A LDO estabelece que 
os créditos adicionais aprovados pelo Congresso Nacional não requerem a 
edição de decreto para a sua abertura, que se dará automaticamente com a 
sanção e publicação da respectiva lei. 
13) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) É vedado ao 
administrador público exceder os créditos orçamentários ou adicionais, e tal 
vedação envolve não apenas a realização de despesas, mas, também, a 
assunção de obrigações diretas. 
14) (CESPE – AFCE - TCU – 2008) A teoria de finanças públicas consagra ao 
Estado o desempenho de três funções primordiais: alocativa, distributiva, e 
estabilizadora. A função distributiva deriva da incapacidade do mercado de 
suprir a sociedade de bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens 
e serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar 
recursos de seu orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda. 
15) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) As 
transferências, da mesma forma que os tributos, são mecanismos utilizados 
pelos governos para promoverem ajustes na distribuição de renda de uma 
população, com o objetivo de transferirem recursos da iniciativa privada para o 
setor público. 
16) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Após a 
Segunda Guerra Mundial, os déficits públicos excessivamente altos e a crise 
econômica mundial levaram à assinatura do Acordo de Bretton Woods e à 
criação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto 
afirmar que, nessas circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de 
políticas públicas devia ser com a função alocativa dos governos. 
 
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17) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o Poder 
Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma categoria de 
programação orçamentária para outra, ainda que com autorização legislativa, 
incorrerá em violação de norma constitucional. 
18) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) No 
período do regime autoritário (1964-1984), o processo orçamentário brasileiro 
foi completamente reorganizado com o fortalecimento do Poder Legislativo e a 
recuperação do orçamento fiscal, que expressava a totalidade das receitas e 
das despesas públicas. 
19) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) 
A lei orçamentária anual (LOA) não pode mais autorizar a abertura de créditos 
suplementares durante o exercício financeiro de execução do respectivo 
orçamento, pois a Constituição Federal de 1988 (CF) vedou a abertura de 
créditos suplementares sem prévia autorização legislativa. 
20) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Suponha a situação em que, 
em virtude da criação de um novo órgão, não havia recursos disponíveis. 
Verificou-se que: 
• havia insuficiência de arrecadação acumulada, durante o exercício, de 
R$ 45.000,00; 
• até então, registrava-se uma economia de despesas de R$ 60.000,00; 
• o saldo, no balanço financeiro, tinha aumentado em R$ 15.000,00 
durante o exercício. 
Com base nesses dados, é correto concluir que seria possível abrir um crédito 
suplementar de R$ 30.000,00. 
 
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
C C C D E E A E E E 
GABARITO DO 3° SIMULADO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E C C E E C C C C E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
E C C E E E E E E E 
 
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ORIENTAÇÕES AO 1° SIMULADO 
1) Errada. Abrange previdência, saúde e assistência. Pág. 23. 
2) Certa. Pág. 21. 
3) Errada. Os programas de duração continuada só poderiam ser despesas 
correntes, pois as despesas de capital já estão explícitas no conceito de PPA. 
Págs. 9/10. 
4) Errada. A LOA contém apenas os investimentos das Estatais não 
dependentes. Pág. 25. 
5) Certa. Pág 16. 
6) Errada. Não coincide, pois começa no início do 2º ano de mandato e termina 
ao final do 1º ano do mandato seguinte. Pág. 12. 
7) Certa. Apesar do termo “levava” no passado ser inadequado. Pág. 26. 
8) Certa. Págs. 23/24. 
9) Certa. A fixação de diretrizes orçamentárias (ou seja, a LDO) tem entre seus 
objetivos fixar as prioridades e metas da administração pública e orientar a 
elaboração da LOA. Pág. 13. 
10) Errada. As metas do PPA que devem ser regionalizadas. Pág. 8. 
11) Certa. Pág. 17. 
12) Certa. Pág. 23. 
13) Errada. O BB é exceção, pois é Sociedade de Economia Mista. Pág. 20. 
14) Errada. É obrigatória, montante na LDO e recursos destinados ao 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais 
imprevistos. Pág. 27. 
15) Certa. Pág. 21. 
16) Errada. É na LDO, mas não no anexo de metas fiscais. Pág. 15. 
17) Errada. Pode executar despesas da seguridade social. Pág. 23. 
18) Certa. Pág. 7. 
19) Certa. Pág. 25. 
20) Certa. Págs. 16/17. 
 
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ORIENTAÇÕES AO 2° SIMULADO 
1) Errada. A rejeição do PLOA é admissível. Pág. 15. 
2) Errada. Cada um dos Poderes e o MP elabora sua proposta e envia ao 
Executivo. Pág. 11. 
3) Errada. A LRF não preencheu as lacunas da Lei nº 4.320/1964. Pág. 13. 
4) Errada. Cada unidade orçamentária, no seu âmbito de atuação, 
desempenha papel de coordenadora do processo de alterações orçamentárias. 
O conceito de Unidade Gestora (UG) não aparece na elaboração do 
orçamento, apenas na execução. A UG é uma unidade orçamentária ou 
administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e 
financeiros, próprios ou sob descentralização. Pág. 7. 
5) Errada. A LDO não pode ser rejeitada e o recesso é por ocasião apenas da 
sua aprovação. Pág. 15. 
6) Certa. Pág. 16. 
7) Errada. O processo se desenvolve no Ministério do Planejamento. Pág.6. 
8) Certa. Pág. 16. 
9) Errada. As leis são dependentes e interligadas. Vimos em todo o curso. 
10) Certa. Pág. 19. 
11) Errada. É obrigado. Pág. 11. 
12) Errada. É verticalmente e os produtos gerados no nível subsetorial (abaixo 
do setorial). Pág. 6. 
13) Errada. É o PPA. Págs. 11/12. 
14) Errada. A LRF permite. Pág. 20. 
15) Errada. A CF não traz essa determinação. Págs. 15/16. 
16) Certa. Pág. 28. 
17) Errada. Há exceções, não são todas que seguem a regra do 1/12. Pág. 
15/16. 
18) Certa. Pág. 5. 
19) Errada. Nenhuma das Casas pode apresentar emendas modificando as 
dotações citadas. Pág. 19. 
 
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20) Certa. Essa questão derrubou muita gente. Tente entender a explicação 
com calma que verá que não é tão difícil. 
Vimos que no primeiro ano de mandato temos problema no ciclo orçamentário 
em virtude dos prazos de encaminhamento. Lembre-se que no primeiro ano 
são elaboradas as leis para o segundo ano. 
No segundo ano, não há problemas de compatibilização, pois o PPA do 
governante estará em vigor e só teremos que nos preocupar com os prazos de 
LDO e LOA que são coerentes. Lembre-se que no segundo ano são 
elaboradas as leis para o terceiro ano. 
E porque a questão derrubou muita gente? Porque ela fala em compatibilidade 
“para” o terceiro ano, ou seja, ela trata da elaboração no segundo ano. Muita 
gente entendeu que a questão falava em “no” terceiro ano, ou seja, que 
teríamos problemas na elaboração no primeiro e no segundo ano, o que 
deixaria a questão errada, pois temos incompatibilidade apenas na elaboração 
no primeiro ano. 
Logo, somente para o terceiro ano do mandato presidencial (ou seja, no 
segundo ano) o projeto da LDO pode ser encaminhado após a aprovação do 
respectivo PPA. Pág. 16. 
 
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ORIENTAÇÕES AO 3° SIMULADO 
1) Errada. Apenas os créditos especiais e extraordinários abertos nos últimos 
quatro meses podem extrapolar o exercício financeiro. Quadros nas págs 6 a 8. 
2) Certa. Pág. 22. 
3) Certa. Função Estabilizadora. Pág. 28. 
4) Errada. Não há tal desconto. Pág. 10. 
5) Errada. O reforço de dotação é feito por meio de crédito suplementar. 
Quadro na pág.5. 
6) Certa. Pág. 27. 
7) Certa. Mediante autorização legislativa específica é permitido. Págs. 16/17. 
8) Certa. Pág. 10. 
9) Certa. Pág. 26. 
10) Errada. Poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
Pág. 10. 
11) Errada. A CF se referiu às despesas imprevisíveis, as quais não podiam 
mesmo ser previstas. 
12) Certa. Pág.5. 
13) Certa. Pág. 16. 
14) Errada. É a função alocativa. Pág. 27. 
15) Errada. As transferências são do setor público para os mais necessitados 
do setor privado. Pág. 28. 
16) Errada. Crise enseja a função estabilizadora. Pág. 28. 
17) Errada. Com autorização legislativa é permitido. Pág. 16. 
18) Errada. Em regimes autoritários há limitações ao Poder Legislativo. Pág. 
23. Ainda, o Orçamento Fiscal era enfraquecido devido à existência do 
orçamento monetário, como vimos na pág. 22 da aula demonstrativa. 
19) Errada. A LOA pode autorizar a abertura de crédito suplementar. Pág. 4. 
20) Errada. Com base nesses dados, é correto concluir que não seria possível 
abrir um crédito suplementar. O excesso é fonte, porém o valor da insuficiência 
de arrecadação acumulada não deve ser abatido das outras fontes. A 
 
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economia da despesa, que ocorre quando a despesa executada durante o 
exercício é menor que a despesa fixada na LOA, não é fonte de recursos. O 
superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é fonte de 
recurso e não o aumento do saldo do balanço financeiro do exercício atual. 
Ver quadro na pág. 12. 
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Aula 3 
TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
E PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
“Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na 
portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito: ‘Faleceu ontem a pessoa 
que atrapalhava sua vida na Empresa.
Você está convidado para o velório na 
quadra de esportes’. 
 
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum 
tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e 
bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes 
era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do 
velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação 
aumentava: 
_ Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ? 
_ Ainda bem que esse infeliz morreu ! 
 
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo 
visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de 
cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto 
silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para 
suas salas. Todos, muito curiosos, mantinham-se na fila até chegar a sua vez 
de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um 
deles. 
 
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"? 
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No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe 
uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única 
pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que 
pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si 
mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO 
SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) 
NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É 
O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA." 
 
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus 
próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que 
faz toda diferença. A vida muda, quando você muda". 
(Luiz Fernando Veríssimo) 
 
Com o pensamento de que a aprovação só depende de você, trataremos dos 
Tipos e Espécies de orçamento na primeira parte de nossa aula, dentro dos 
tópicos Orçamento-programa e Planejamento no orçamento-programa. Na 
segunda parte, abordaremos os Princípios Orçamentários, dentro do tópico 
Orçamento Público. 
 
PARTE I - TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
 
1. TIPOS DE ORÇAMENTO 
 
Nesta ótica sobre os tipos de orçamento, tem-se a visão do regime político em 
que é elaborado o orçamento combinado com a forma de governo. O Brasil 
vivenciou os três tipos: 
x Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do 
orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre 
em países parlamentaristas. Ao executivo cabe apenas a execução. 
Exemplo: Constituição Federal de 1891. 
x Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a 
execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes 
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autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937. 
x Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do 
Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a 
atual Constituição Federal de 1988. 
 
Caiu na prova: 
(FEC - Analista Técnico Administrativo – MPA – 2010) O tipo de orçamento 
utilizado no Brasil é o: 
a) Legislativo. 
b) Executivo. 
c) Judiciário. 
d) Moderado. 
e) Misto. 
 
O tipo de orçamento misto é o utilizado na atual Constituição Federal do nosso 
país. Nesse tipo, a elaboração e a execução são de competência do Executivo, 
cabendo ao Legislativo a votação e o controle. 
Resposta: Letra E 
 
2. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
 
2.1 Considerações iniciais 
 
Com o passar do tempo, o conceito, as funções e a técnica de elaboração do 
Orçamento Público foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem 
se aprimorar e racionalizar sua utilização, tornando-se um instrumento da 
moderna administração pública, com uma concepção de orçamento como um 
ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para 
atingir objetivos e metas programadas. Considerando que, desde o Decreto-lei 
200, de 25 de fevereiro de 1967, a Administração Pública Federal estabeleceu 
o orçamento-programa anual como um instrumento de planejamento (ou desde 
a Lei 4320/64 para outros autores), a ideia de discriminar a despesa pública por 
objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins, já é bastante familiar a todos nós 
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que atuamos nessa área. 
Essas alterações foram motivadas por novas teorias e técnicas que se 
difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espécies ou por outros 
autores também de tipos de orçamento. Utilizaremos a denominação espécies 
por ser mais adequada para se diferenciar dos tipos legislativo, executivo e 
misto. 
 
2.2 Orçamento tradicional ou clássico 
 
A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais 
características do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento 
contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza atos 
passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com o 
atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as 
necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espécie 
de orçamento não há preocupação com a realização dos programas de 
trabalho do governo, importando-se apenas com as necessidades dos órgãos 
públicos para realização das suas tarefas, sem questionamentos sobre 
objetivos e metas. Predomina o incrementalismo. 
É uma peça meramente contábil – financeira –, sem nenhuma espécie de 
planejamento das ações do governo. Portanto, somente um documento de 
previsão de receita e de autorização de despesas. 
 
2.3 Orçamento de desempenho ou por realizações 
 
O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos 
gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho 
organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de 
gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações 
desenvolvidas. 
Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os 
benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da 
evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de 
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desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das 
ações do governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um 
instrumento central de planejamento das ações do governo vinculado à peça 
orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação entre 
planejamento e orçamento. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG – 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito das 
principais características do orçamento de desempenho.
a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são definidos em 
razão das metas a serem atingidas. 
b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está relacionado 
com a produção de infraestrutura de prestação de serviços públicos. 
c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o orçamento sob 
duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e um programa de trabalho. 
d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e avaliação de 
todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o 
nível de gasto já existente. 
e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida em razão 
do critério populacional. 
 
O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos 
gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho 
organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o 
objeto de gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as 
ações desenvolvidas. 
Resposta: Letra C 
 
2.4 Orçamento de base zero ou por estratégia 
 
O orçamento de base zero consiste basicamente em uma análise crítica de 
todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Nesse tipo de 
abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um 
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questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo 
compromisso com qualquer montante inicial de dotação. 
 
 
O processo do orçamento de base zero concentra a atenção na análise de 
objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu 
orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a 
participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e 
na elaboração dos orçamentos. 
 
Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operações sejam 
identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise 
sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. São 
confrontados os novos programas pretendidos com os programas em 
execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes 
de todos os níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos 
pela ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação 
eficiente das dotações em suas atividades. 
 
Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de 
elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem 
utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo. 
Alguns autores consideram que o orçamento de base zero é uma técnica do 
Orçamento-Programa. 
 
Caiu na prova: 
(FCC – APO/SP – 2010) Se uma entidade pública, para a elaboração do 
orçamento, baseia-se na preparação de pacotes de decisão e, 
consequentemente, na escolha do nível de objetivo por meio da definição de 
prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderação de custos e 
benefícios, ela adota o orçamento 
(A) base zero. 
(B) em perspectiva. 
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(C) tradicional. 
(D) de desempenho. 
(E) incremental. 
 
O orçamento de base zero requer que todas as atividades e operações sejam 
identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise 
sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. São 
confrontados os novos programas pretendidos com os programas em 
execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes 
de todos os níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos 
pela ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação 
eficiente das dotações em suas atividades. 
Resposta: Letra A 
 
2.5 Orçamento-programa 
 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. 
Assim, o orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do 
governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e 
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados 
e previsão dos custos relacionados. 
 
O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o 
orçamento. Em termos de estruturação o plano termina no programa e o 
orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma 
integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, 
como instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi 
modificada a partir dos PPAs 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com nível de 
detalhamento de ação. 
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Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a 
quantificação de metas, com a consequente formalização de programas 
visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo 
passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da 
organização. É a espécie de orçamento utilizada no Brasil. 
 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Portanto, 
o orçamento-programa procura levar os decisores públicos a uma escolha 
racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos 
públicos a programas e projetos de maior necessidade. 
 
A definição dos produtos finais de um programa de trabalho é um dos desafios 
do orçamento-programa, já que algumas atividades também adicionam valores 
intangíveis, em complemento aos físicos, como uma ação de qualificação do 
servidor. O número de servidores qualificados é um resultado tangível, porém a 
capacidade de inovação, a melhora do processo de trabalho, a retenção de 
talentos no serviço público e a satisfação do cidadão atendido pelo servidor são 
metas bem mais subjetivas. É difícil para os sistemas contábeis mensurarem 
esse tipo de valor e, particularmente, na administração pública, há dificuldades 
para a medição, em termos quantitativos. 
 
Atenção: o orçamento tradicional quase sempre aparece em contraponto a 
outro tipo de orçamento, normalmente o orçamento-programa. No memento há 
um quadro comparativo Orçamento Tradicional X Orçamento-programa. 
 
Em algumas situações podem ser utilizadas outras espécies de orçamento 
como apoio ao orçamento-programa. A elaboração do orçamento de algumas 
ações pode ocorrer de maneira incremental, por exemplo, nas ações ligadas ao 
funcionamento do órgão. O valor a ser pago, em condições normais, pelas 
contas de luz, água e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro,
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normalmente apenas a inflação acumulada. Assim, para o cálculo do valor do 
orçamento atual, pode ser utilizado o método tradicional, acrescentando sobre 
o valor do orçamento desta ação no ano anterior a inflação do período. 
 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Auditor - IBGE – 2010) Sobre as características do 
orçamento, analise as afirmativas a seguir. 
I - Na técnica de orçamento-programa, a análise de eficácia das ações de 
governo tem como principais critérios classificatórios as unidades 
administrativas e os elementos de despesas. 
II - O orçamento base zero consiste num processo operacional de 
planejamento e orçamento cuja elaboração está calcada na preparação de 
pacotes de decisão. 
III - No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa à consecução de 
objetivos e metas, pois a ênfase desse modelo é a avaliação dos resultados. 
É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s) 
(A) II, apenas. 
(B) III, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
I) Errado. Na técnica do orçamento tradicional, a análise de eficácia das 
ações de governo tem como principais critérios classificatórios as unidades 
administrativas e os elementos de despesas. 
II) Correto. O orçamento de base zero requer que todas as atividades e 
operações sejam identificadas e classificadas em ordem de importância por 
meio de uma análise sistemática para que os pacotes de decisão sejam 
preparados. 
III) Errado. No orçamento-programa, a alocação de recursos visa à 
consecução de objetivos e metas, pois a ênfase desse modelo é a avaliação 
dos resultados. 
 
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Logo, apenas a afirmativa II está correta. 
Resposta: Letra A 
 
2.6 Orçamento participativo 
 
O orçamento participativo não se opõe ao orçamento-programa. Na verdade, 
trata-se de um instrumento que busca romper com a visão política tradicional e 
colocar o cidadão como protagonista ativo da gestão pública. Objetiva a 
participação real da população no processo de elaboração e a alocação dos 
recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. 
Dessa forma, democratiza-se a relação Estado e Sociedade. 
 
O processo de orçamento participativo tem a necessidade de um contínuo 
ajuste crítico, baseado em um princípio de autorregulação, com o intuito de 
aperfeiçoar os seus conteúdos democráticos e de planejamento, e assegurar a 
sua não estagnação. 
Assim, não possui uma metodologia única. Além disso, os problemas são 
diferentes de acordo com o tamanho dos municípios, principais 
implementadores do processo. 
 
Ressalta-se que, apesar de algumas experiências na esfera estadual, na 
experiência brasileira o Orçamento Participativo foi concebido e praticado 
inicialmente como uma forma de gerir os recursos públicos municipais. No 
nosso país, destaca-se a experiência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 
 
Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. 
Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo, o 
qual permanece com a iniciativa do Projeto de Lei. No orçamento participativo, 
a comunidade é considerada a parceira do Executivo no processo 
orçamentário. O que ocorre é que muitas vezes desigualdades 
socioeconômicas tendem a criar obstáculos à participação dos grupos sociais 
desfavorecidos. 
 
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Quando a decisão está nas mãos de poucos, torna-se mais rápida a mudança 
de direção ou de opiniões. Em um orçamento como o participativo, são feitas 
várias reuniões em diversas regiões para se chegar a uma conclusão. Em caso 
de necessidade de mudanças, é muito trabalhoso efetuá-las. Por isso no 
orçamento participativo considera-se que há uma perda da flexibilidade. Ocorre 
uma maior rigidez na programação dos investimentos, pois se tem uma decisão 
compartilhada com a comunidade, ao contrário da decisão monopolizada pelo 
Executivo no processo tradicional. 
 
Segundo a LRF, deve ser incentivada a participação popular e a realização de 
audiências públicas durante os processos de elaboração das leis 
orçamentárias. No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis 
orçamentárias é privativa do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo não é 
obrigado a seguir as sugestões da população, no entanto deve ouvi-las. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) Uma das 
vantagens apontadas com a adoção do orçamento participativo é a sua maior 
legitimidade, com a substituição do Poder Legislativo pela participação direta 
da comunidade nas decisões sobre a alocação das dotações. 
 
Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. 
Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo. 
No orçamento participativo, a comunidade é considerada a parceira do 
Executivo no processo orçamentário, logo não há a substituição do Poder 
Legislativo pela participação direta da comunidade nas decisões sobre a 
alocação das dotações. 
Resposta: Errada 
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PARTE II - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
Princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem 
observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a 
consistência e estabilidade do sistema orçamentário. Por isso são as bases nas 
quais se deve orientar o processo orçamentário e são impositivos nos 
orçamentos públicos. 
 
Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e 
também muito cobrado em concursos! 
 
Veremos que alguns princípios são explícitos, por estarem incorporados à 
legislação, principalmente na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e na 
Lei 4.320/1964. Outros são implícitos, porque são definidos apenas pela 
doutrina, mas também são importantes para fins de elaboração, execução e 
controle do orçamento público. 
 
1. PRINCÍPIO DA UNIDADE 
 
Segundo este princípio, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas 
um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada 
exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos. 
 
Está consagrado na Lei 4.320/1964: 
Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
 
2. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE 
 
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes 
da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
 
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Está também na Lei 4.320/1964: 
Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de 
operações de crédito autorizadas em lei. 
Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos 
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio 
deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2.°. 
 
O § 5.º do art. 165 se refere à Universalidade, quando o constituinte determina 
a abrangência da LOA: 
§ 5.° A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Atenção: o § 5.º do art. 165 pode se referir tanto ao princípio da Universalidade 
como ao princípio da Unidade (ou Totalidade), pois os orçamentos fiscal, de 
investimentos e da seguridade social são partes integrantes do todo e estão 
compreendidos numa mesma Lei Orçamentária. 
 
Os examinadores normalmente tentam confundir os dois princípios nas provas. 
 
Cuidado: para ser compatível com os dois princípios, o orçamento uno deve 
conter todas as receitas e despesas do Estado. 
 
 
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x Um hipotético orçamento uno que não contemplar todas as receitas e 
despesas estará de acordo apenas com a Unidade. 
x Se for mais de um orçamento contendo todas as receitas e despesas, 
eles estarão de acordo apenas com a Universalidade. 
 
3. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE (OU PERIODICIDADE) 
 
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano, 
consoante nossa Constituição: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
 
É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em 
que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. No Brasil, 
ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964: 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
 
Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1.º do art. 167: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
 
A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio 
da unidade. A anualidade não está relacionada ao ano civil, mas com o 
exercício financeiro e o período de 12 meses. 
 
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos 
quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos 
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício 
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de 
exceções ao princípio da anualidade. 
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Atenção: Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. Em 
várias provas é exigido que o candidato saiba que o princípio constitucional 
da anterioridade é princípio tributário e não orçamentário. 
 
4. PRINCÍPIO DA TOTALIDADE 
 
Surgiu após uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma 
que abrangesse as novas situações. Foi construído, então, para possibilitar a 
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer 
consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o 
princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a 
seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de 
investimentos das estatais. 
 
É importante destacar que autores como José Afonso da Silva defendem que o 
princípio da unidade orçamentária, na concepção de orçamento--programa, 
não se preocupa com a unidade documental; ao contrário, desdenhando-a, 
postula que tais documentos se subordinem a uma unidade de orientação 
política, numa hierarquização dos objetivos a serem atingidos e na 
uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se também a síntese de 
Ricardo Lobo Torres, dispondo que o princípio da unidade não significa a 
existência de um único documento, mas a integração finalística e a 
harmonização entre os diversos orçamentos. 
 
Assim, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa 
um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento 
tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da 
aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com 
datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. 
Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser 
compatibilizados entre si. 
 
 
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Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da 
totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, determina que 
todas as receitas e despesas devem integrar um único documento legal. 
Mesmo sendo os orçamentos executados em peças separadas, as informações 
acerca de cada uma dessas peças são devidamente consolidadas e 
compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos. 
 
O princípio da totalidade não necessariamente significa um documento 
único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o 
orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por 
leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com datas de 
encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. Em que 
pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser 
compatibilizados entre si. 
Resposta: Errada 
 
5. PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA (OU UNIDADE DE CAIXA) 
 
É o princípio que respalda a Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto 
ao Banco Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por 
intermédio do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes 
financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. O objetivo é
apresentar 
todas as receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e 
apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit. 
 
Está consagrado no art. 56 da Lei 4.320/1964: 
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao 
princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para 
criação de caixas especiais. 
 
O art. 164, § 3.o, da CF/1988 determina o destino das disponibilidades: 
§ 3.º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco 
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central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou 
entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em 
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
 
Relembro que a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida 
como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é a lei que estabelece normas 
de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal. Ela traz uma observação 
importante ao princípio da unidade de caixa, pois em seu art. 43, § 1.o, 
estabelece que as disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social 
deverão ser separadas das demais disponibilidades do ente público: 
 
§ 1.
o
 As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral 
e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a 
que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em 
conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas 
condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e 
prudência financeira. 
 
Para não deixar dúvidas, segundo a LRF, são entes da Federação: a União, 
cada Estado, o Distrito Federal e cada Município. 
 
6. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO 
 
Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Público. 
Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. 
Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a 
partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto 
de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela 
fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma 
despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam 
incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. 
 
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Também está na Lei 4.320/1964: 
Art. 6.º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
§ 1.º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra 
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a 
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. 
 
No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que 
tem como subsídio inicial R$ 12.500,00. Subtraindo os descontos de Imposto 
de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 9.000,00. Na lei 
orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar 
todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida 
da União de R$ 9.000,00. 
Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do 
orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina 
a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais. 
 
7. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
 
Surgiu para evitar que o Orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias 
sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da 
celeridade do seu processo. 
Determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, a LOA não pode 
conter autorização para um órgão realizar licitações ou matéria de direito penal. 
 
Possui previsão na nossa Constituição, no § 8.o do art. 165: 
§ 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização 
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
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E também no art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964: 
Art. 7.° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as 
disposições do artigo 43; 
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por 
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
 
O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o 
art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Trataremos de ARO em aula específica. 
Em resumo, este princípio significa que: 
 
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
Regra: Lei Orçamentária deve conter apenas previsão de receitas e fixação de despesas. 
No entanto, admitem-se autorizações para: 
• créditos suplementares e apenas este; e 
• operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. 
 
A LRF define operação de crédito como compromisso financeiro assumido em 
razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição 
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda 
a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações 
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. 
 
Entenda que a operação de crédito se assemelha a um empréstimo que o ente 
contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Por hora, basta 
guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. 
 
 
 
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8. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
Está consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a 
concessão ou utilização de créditos ilimitados: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
 
Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
 
9. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (OU ESPECIALIZAÇÃO OU 
DISCRIMINAÇÃO) 
 
Este princípio determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, 
demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar 
a função de acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada 
“ação guarda-chuva”, que é aquela ação
genérica, mal especificada, com 
demasiada flexibilidade. 
 
O princípio veda as autorizações de despesas globais. A Lei 4.320/1964, em 
seu art. 5.o, cita que: 
Art. 5.º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a 
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de 
terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 
20 e seu parágrafo único. 
 
As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho, 
como os programas de proteção à testemunha, que se tivessem especificação 
detalhada, perderiam sua finalidade. São também chamados de investimentos 
em regime de execução especial. 
 
O § 4.º do art. 5.º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito 
orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa. 
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Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de 
contingência (art. 5.º, III, da LRF). 
 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma 
enchente de grandes proporções. 
 
Atenção: as exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de 
contingência são quanto à dotação global, pois não necessitam de 
discriminação. Não confunda com dotação ilimitada, que é aquela sem valores 
definidos. 
 
Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação 
ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar 
o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global 
seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem 
detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite 
exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver 
risco de morte para as testemunhas. 
 
Atenção de novo: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. 
 
O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação) 
determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando 
a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de 
acompanhamento e controle do gasto público. 
Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não 
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a 
apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação 
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das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio do 
orçamento bruto. 
 
Caiu na prova: 
(FGV – Consultor Orçamentário do Senado – 2008) A Lei 4.320/64 consagra 
princípios orçamentários que cuidam de aspectos substanciais a serem 
observados na elaboração do orçamento. Em relação ao princípio da 
especificação assinale a afirmativa correta. 
a) As receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira 
discriminada de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem 
dos recursos, bem como a sua aplicação. 
b) O orçamento deve ser elaborado de maneira a conter todas as receitas e 
despesas públicas, sem quaisquer deduções ou compensações entre 
devedores e credores. 
c) A lei orçamentária anual deverá conter apenas matéria pertinente ao 
orçamento público, excluindo-se quaisquer dispositivos estranhos à previsão da 
receita e à fixação das despesas, ressalvados os casos previstos na legislação. 
d) O orçamento compreende uma unidade que abrange as receitas e despesas 
de todos os Poderes e Órgãos da Administração Pública pelos seus totais, 
observada a discriminação quanto aos aspectos fiscais, sociais e 
previdenciários. 
e) As receitas não poderão ter vinculação com quaisquer despesas, órgãos ou 
fundos, ressalvada a vinculação prevista para as despesas com educação, 
saúde e assistência social. 
 
a) Correta. É exatamente o que o princípio determina: discriminação de 
receitas e despesas. 
b) Errada. Define o princípio do orçamento bruto, pois veda deduções entre 
devedores e credores. 
c) Errada. Trata do princípio da exclusividade, que determina que a Lei 
Orçamentária deverá tratar de questões atinentes ao tema, permitindo apenas 
as exceções constitucionais. 
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d) Errada. Possui definição vaga, mistura princípio da unidade e da 
universalidade. 
e) Errada. Trata do princípio da não-vinculação de receitas, que abordaremos 
ainda nesta aula. Além disso, veremos que assistência social não se inclui 
entre suas exceções. 
Resposta: Letra A 
 
10. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO 
 
O Princípio da Proibição do Estorno determina que o administrador público 
não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando 
houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer 
à abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou 
transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. Veja 
o dispositivo constitucional: 
 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa. 
 
Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela 
Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na 
CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em 
constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do 
princípio da proibição do estorno. 
 
A doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em lei 
complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser definidos por 
lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores consideram 
que não há distinção entre os termos. 
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Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o 
programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas 
de despesas. 
 
Em geral, essa solicitação é encaminhada pelos órgãos setoriais de orçamento 
para a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde é efetuada a análise do 
pedido de transposição, remanejamento ou transferência de categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro.
11. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela 
Administração Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência. 
 
O princípio da publicidade também é orçamentário, pois é a garantia de acesso 
para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da 
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
Determina que é condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais 
de comunicação para conhecimento público. 
 
12. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais 
são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo 
Congresso Nacional. 
O art. 5.º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração 
Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e 
Eficiência. 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. 
 
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O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na 
Constituição: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
 
Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições 
legais. Logo, legalidade também é princípio orçamentário. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da 
legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças 
públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, 
resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e 
submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e 
posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação. 
 
Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais 
são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo 
Congresso Nacional. 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. 
Resposta: Certa 
 
13. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO 
 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, 
planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da 
estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter 
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o conteúdo e a forma de programação. 
 
O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e 
à finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento. 
 
14. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO 
 
Esse princípio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão 
superiores à previsão das receitas. 
A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) trate do equilíbrio entre Receitas e Despesas: 
Art. 4.
o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 
da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas. 
 
O art. 9.º da LRF também trata do equilíbrio das finanças públicas. Determina 
que “se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá 
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os 
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias”. 
 
A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, 
caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio 
do equilíbrio não tem hierarquia constitucional. Mas contabilmente o 
orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente 
nas operações de crédito que, pelo art. 3.º da Lei 4.320/1964, também devem 
constar do orçamento. 
 
 
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Deve-se ressaltar que há limites para essas operações de crédito. A regra de 
ouro, que será estudada na aula sobre despesas públicas, veda a realização 
de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital. Por 
agora, o estudante deve entender que a regra de ouro objetiva evitar que a 
Administração Pública se endivide para cobrir despesas de custeio, que são 
aquelas do dia a dia do órgão. A Administração deve se endividar apenas para 
a realização de investimentos. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Constata-se 
que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados 
quando ocorrem, respectivamente: 
a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes 
arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na 
legislação tributária necessárias à execução do orçamento. 
b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de 
crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. 
c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e 
a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem 
distribuída. 
d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as 
despesas realizadas foram autorizadas em lei. 
e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das 
receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no 
exercício. 
 
O princípio do equilíbrio orçamentário visa assegurar que as despesas 
autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Já o princípio da 
unidade determina que o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas 
um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada 
exercício financeiro 
Resposta: Letra E 
 
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15. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS 
RECEITAS 
 
Esse princípio dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada 
ou comprometida para atender a certos e determinados gastos. 
 
Está na Constituição Federal, no art. 167, IV: 
Art. 167. São vedados: 
(...)
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo. 
 
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade 
do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas 
despesas obrigatórias. 
 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO: 
Repartição constitucional dos impostos; 
Destinação de recursos para a Saúde; 
Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art. 167, § 4.°).
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Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua 
vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único 
do art. 8.º da LRF: 
 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, 
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Atenção: o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. Os 
examinadores gostam desta troca. 
 
A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional 
podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou 
qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode. 
Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional. 
 
16. PRINCÍPIO DA CLAREZA 
 
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e 
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, 
precisam manipulá-lo. 
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e 
completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para 
tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 
 
Caiu na prova: 
(FCC – Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Em relação aos 
princípios previstos na Constituição brasileira e na Lei n° 4.320, de 1964, que 
devem nortear a elaboração do orçamento público em nosso país, é correto 
afirmar que o Princípio da: 
a) Especificação estatui que o Orçamento não consigne dotações globais para 
atender indiferentemente despesas de diferentes naturezas, ressalvadas as 
exceções previstas na Lei nº 4.320, de 1964. 
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b) Não Afetação das receitas permite a vinculação de impostos a órgãos, 
fundos ou despesas e não admite qualquer tipo de exceção. 
c) Programação dispõe que o Poder Executivo pode, em alguns casos, como 
na implantação dos créditos extraordinários, modificar o orçamento sem 
autorização do Poder Legislativo. 
d) Anualidade implica que o orçamento deve ter a vigência de um ano, que 
coincide com o calendário civil, e não admite exceções, mesmo nos casos de 
créditos especiais e extraordinários. 
e) Exclusividade implica que o orçamento do Governo Federal somente inclua 
as receitas e despesas da administração direta e indireta, vedando, inclusive, a 
autorização prévia de créditos suplementares na peça orçamentária. 
 
a) Correta. O princípio da especificação determina que as receitas e despesas 
devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. 
Há exceções na Lei 4320/64 e na LRF. 
b) Errada. O princípio da não-afetação de receitas dispõe que nenhuma receita 
de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos. No entanto, admite diversas exceções constitucionais. 
c) Errada. Segundo o princípio da programação, o orçamento deve expressar 
as realizações e objetivos da forma programada, planejada. Esse princípio 
dispõe que o orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação. 
d) Errada. Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos 
últimos quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte 
pelos seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término deste 
exercício financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata 
de exceções ao princípio da anualidade. 
e) Errada. Exclusividade implica que a lei orçamentária anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se 
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
Resposta: Letra A 
 
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E assim terminamos a aula 3. 
 
Na próxima aula trataremos dos temas relacionados à Receita Pública. 
 
Forte abraço! 
 
Sérgio Mendes 
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MEMENTO III 
TIPOS DE ORÇAMENTO 
Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são competências do Poder 
Legislativo. Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao executivo, cabe apenas a execução. 
Exemplo: Constituição Federal de 1891. 
Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competências do Poder 
Executivo. É típico de regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937. 
Orçamento Misto: elaboração e execução são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a 
votação e o controle. Exemplo: Constituição Federal de 1988. 
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
Orçamento Tradicional ou Clássico: é uma peça meramente contábil – financeira –, sem nenhuma 
espécie de planejamento das ações do governo, baseando-se no orçamento anterior. Portanto, somente 
um documento de previsão de receita e de autorização de despesas. 
Orçamento de Base Zero: determina o detalhamento justificado de todas as despesas públicas a cada 
ano, como se cada item da despesa fosse uma nova iniciativa do governo. 
Orçamento de Desempenho ou por Realizações: a ênfase reside no desempenho organizacional, 
porém há desvinculação entre planejamento e orçamento. 
Orçamento-Programa: instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identificação dos 
seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem 
implementados e previsão dos custos relacionados. Privilegia aspectos
gerenciais e o alcance de 
resultados. 
Orçamento Participativo: objetiva a participação real da população e a alocação dos recursos públicos 
de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Não se opõe ao orçamento-programa e não 
possui uma metodologia única. No entanto, há perda da flexibilidade e maior rigidez na programação 
dos investimentos. Experiência brasileira ocorreu principalmente nos municípios. 
ORÇAMENTO TRADICIONAL X ORÇAMENTO-PROGRAMA 
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TRADICIONAL PROGRAMA 
Dissociação entre planejamento e orçamento Integração entre planejamento e orçamento 
Visa à aquisição de meios Visa a objetivos e metas 
Consideram-se as necessidades financeiras das 
unidades 
Consideram-se as análises das alternativas disponíveis 
e todos os custos 
Ênfase nos aspectos contábeis 
Ênfase nos aspectos administrativos e de 
planejamento 
Classificação principal por unidades 
administrativas e elementos 
Classificação principal: funcional-programática 
Acompanhamento e aferição de resultados 
praticamente inexistentes 
Utilização sistemática de indicadores para 
acompanhamento e aferição dos resultados 
Controle da legalidade e honestidade do gestor 
público 
Controle visa a eficiência, eficácia e efetividade 
PRINCÍPIOS 
PRINCÍPIOS DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
Unidade 
O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não 
mais que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro. 
Universalidade 
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes 
da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
Anualidade O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. 
Totalidade 
Coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer 
consolidação. 
Unidade de Caixa (ou 
de Tesouraria) 
Regra: Todas as receitas devem ser recolhidas em uma única conta. 
Obs. 1: Disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social deverão ser 
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 separadas das demais disponibilidades do ente público. 
Obs. 2: Respalda a Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto ao 
Banco Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por intermédio 
do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros 
autorizados pelo Ministério da Fazenda. 
Orçamento Bruto 
Todas as receitas e despesas constarão da lei orçamentária pelos seus totais, 
vedadas quaisquer deduções. 
Exclusividade 
Regra: O orçamento deve conter apenas previsão de receita e fixação de 
despesas. 
Exceção: Autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, 
inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). 
Especificação (ou 
Discriminação ou 
Especialização) 
Regra: Receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem 
e a aplicação dos recursos. 
Exceção: Programas especiais de trabalho ou em regime de execução 
especial e reserva de contingência. As exceções são quanto à dotação global. 
Não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
Proibição do Estorno 
 
São vedados a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos 
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem 
prévia autorização legislativa. 
Quantificação dos 
Créditos 
Orçamentários 
É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
Publicidade 
É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de 
comunicação para conhecimento público. 
Legalidade 
Orçamentária 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo 
legislativo. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na 
forma do regimento comum. 
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Programação 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma programada, 
planejada. Vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do 
PPA e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 
Equilíbrio 
Visa a assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão 
das receitas. 
Não afetação (ou Não 
vinculação) de 
Receitas 
Regra: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa. 
Exceções: 
a) Repartição constitucional dos impostos; 
b) Destinação de recursos para a Saúde; 
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 
Obs.: Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão 
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda 
que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
Clareza O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
�
1) (FEC - Analista Técnico Administrativo – MPA – 2010) O tipo de orçamento 
utilizado no Brasil é o: 
a) Legislativo. 
b) Executivo. 
c) Judiciário. 
d) Moderado. 
e) Misto. 
 
2) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito das 
principais características do orçamento de desempenho. 
a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são definidos em 
razão das metas a serem atingidas. 
b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está relacionado 
com a produção de infraestrutura de prestação de serviços públicos. 
c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o orçamento sob 
duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e um programa de trabalho. 
d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e avaliação de 
todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o 
nível de gasto já existente. 
e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida em razão 
do critério populacional. 
 
3) (FCC – APO/SP – 2010) Se uma entidade pública, para a elaboração do 
orçamento, baseia-se na preparação de pacotes de decisão e, 
consequentemente, na escolha do nível de objetivo por meio da definição de 
prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderação de custos e 
benefícios, ela adota o orçamento 
(A) base zero. 
(B) em perspectiva. 
(C) tradicional. 
(D) de desempenho. 
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(E) incremental. 
 
4) (CESGRANRIO – Auditor - IBGE – 2010) Sobre as características do 
orçamento, analise as afirmativas a seguir. 
I - Na técnica de orçamento-programa, a análise de eficácia das ações de 
governo tem como principais critérios classificatórios as unidades 
administrativas e os elementos de despesas. 
II - O orçamento base zero consiste num processo operacional de 
planejamento e orçamento cuja elaboração está calcada na preparação de 
pacotes de decisão. 
III - No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa à consecução de 
objetivos e metas, pois a ênfase desse modelo é a avaliação dos resultados. 
É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s) 
(A) II, apenas. 
(B) III, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
5) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) Uma das 
vantagens apontadas com a adoção do orçamento participativo é a sua maior 
legitimidade, com a substituição do Poder Legislativo pela participação direta 
da comunidade nas decisões sobre a alocação das dotações. 
 
6) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da 
totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, determina que 
todas as receitas e despesas devem integrar um único documento legal. 
Mesmo sendo os orçamentos executados em peças separadas, as informações 
acerca de cada uma dessas peças são devidamente consolidadas e 
compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos. 
 
7) (FGV – Consultor Orçamentário do Senado – 2008) A Lei 4.320/64 consagra 
princípios orçamentários que cuidam de aspectos substanciais a serem 
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observados na elaboração do orçamento. Em relação ao princípio da 
especificação assinale a afirmativa correta. 
a) As receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira 
discriminada de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem 
dos recursos, bem como a sua aplicação. 
b) O orçamento deve ser elaborado de maneira a conter todas as receitas e 
despesas públicas, sem quaisquer deduções ou compensações entre 
devedores e credores. 
c) A lei orçamentária anual deverá conter apenas matéria pertinente ao 
orçamento público, excluindo-se quaisquer dispositivos estranhos à previsão da 
receita e à fixação das despesas, ressalvados os casos previstos na legislação. 
d) O orçamento compreende uma unidade que abrange as receitas e despesas 
de todos os Poderes e Órgãos da Administração Pública pelos seus totais, 
observada a discriminação quanto aos aspectos fiscais, sociais e 
previdenciários. 
e) As receitas não poderão ter vinculação com quaisquer despesas, órgãos ou 
fundos, ressalvada a vinculação prevista para as despesas com educação, 
saúde e assistência social. 
 
8) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da 
legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças 
públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, 
resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e 
submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e 
posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação. 
 
9) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Constata-se 
que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados 
quando ocorrem, respectivamente: 
a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes 
arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na 
legislação tributária necessárias à execução do orçamento. 
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b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de 
crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. 
c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e 
a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem 
distribuída. 
d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as 
despesas realizadas foram autorizadas em lei. 
e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das 
receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no 
exercício. 
 
10) (FCC – Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Em relação aos 
princípios previstos na Constituição brasileira e na Lei n° 4.320, de 1964, que 
devem nortear a elaboração do orçamento público em nosso país, é correto 
afirmar que o Princípio da: 
a) Especificação estatui que o Orçamento não consigne dotações globais para 
atender indiferentemente despesas de diferentes naturezas, ressalvadas as 
exceções previstas na Lei nº 4.320, de 1964. 
b) Não Afetação das receitas permite a vinculação de impostos a órgãos, 
fundos ou despesas e não admite qualquer tipo de exceção. 
c) Programação dispõe que o Poder Executivo pode, em alguns casos, como 
na implantação dos créditos extraordinários, modificar o orçamento sem 
autorização do Poder Legislativo. 
d) Anualidade implica que o orçamento deve ter a vigência de um ano, que 
coincide com o calendário civil, e não admite exceções, mesmo nos casos de 
créditos especiais e extraordinários. 
e) Exclusividade implica que o orçamento do Governo Federal somente inclua 
as receitas e despesas da administração direta e indireta, vedando, inclusive, a 
autorização prévia de créditos suplementares na peça orçamentária. 
 
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4° SIMULADO 
 
1) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da 
anualidade ou da periodicidade estabelece que o orçamento obedeça a 
determinada periodicidade, geralmente um ano, já que esta é a medida normal 
das previsões humanas, para que a interferência e o controle do Poder 
Legislativo possam ser efetivados em prazos razoáveis, que permitam a 
correção de eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execução. 
No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente 
federativo. 
 
2) (CESPE – ACE – TCE/AC – 2008) Em consonância com os princípios da 
unidade e da universalidade, a Constituição Federal determina a inclusão, na 
Lei Orçamentária Anual (LOA), de três orçamentos: orçamento fiscal; 
orçamento de investimentos das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto; e orçamento da 
seguridade social. 
 
3) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se um 
administrador público municipal contrai, em nome do município, uma operação 
de crédito por antecipação da receita, poderá vincular a receita de IPTU à 
operação, dando-a como garantia da dívida. 
 
4) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Só tem sentido 
relacionar
o princípio da não-vinculação aos impostos, pois as taxas e 
contribuições são instituídas e destinadas ao financiamento de serviços e ao 
custeio de atribuições específicas sob a responsabilidade do Estado. 
 
5) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Considere-
se que a proposta orçamentária traga embutido um deficit a ser coberto com o 
excesso de arrecadação que venha a ser obtido com o crescimento econômico 
e com o melhor desempenho da administração tributária. Nessa situação, é 
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correto afirmar que o princípio orçamentário fundamentalmente violado foi o da 
universalidade. 
 
6) (CESPE – Suporte às atividades em direito - Min. da Saúde - 2008) A lei 
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, inclusive quando se tratar de dispositivo que preveja 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito. 
 
7) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A autorização 
para um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei 
orçamentária anual em observância ao princípio da exclusividade. 
 
8) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento - MMA - 2008) 
A apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação 
das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio da 
discriminação. 
 
9) (CESPE – AFCE – TCU – 2009) Em que pese o princípio da não vinculação 
da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de 
1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações de 
crédito por antecipação de receita. 
 
10) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Segundo o princípio da 
universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para 
facilitar sua análise e compreensão. 
 
11) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) A CF prevê 
várias hipóteses que constituem exceções ao princípio orçamentário da não-
afetação das receitas. 
 
12) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A 
execução orçamentária no Brasil, representada pelo modelo gerencial, 
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caracteriza-se pelo controle rígido do objeto dos gastos, independentemente da 
consecução dos objetivos e das metas. 
 
13) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) O orçamento 
participativo, que apresenta vantagens inegáveis do ponto de vista da alocação 
de recursos segundo as demandas sociais existentes, não é utilizado no âmbito 
do governo federal. 
 
14) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) A necessidade de 
definição clara e precisa dos objetivos governamentais é condição básica para 
a adoção do orçamento-programa. No caso, por exemplo, de tornar-se um rio 
navegável, serão necessárias indicações sobre os resultados substantivos do 
programa, que envolverão informações, tais como redução no custo do 
transporte e diminuição dos acidentes e das perdas com a carga. 
 
15) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) O orçamento-programa se 
diferencia do orçamento incremental pelo fato de que este último pressupõe 
uma revisão contínua da estrutura básica dos programas, com aumento ou 
diminuição dos respectivos valores. 
 
16) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Tratando-se de orçamento 
participativo, a iniciativa de apresentação do projeto de lei orçamentária cabe a 
parcela da sociedade, a qual o encaminha para o Poder Legislativo. 
 
17) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) O orçamento-programa, como 
atualmente concebido, é instrumento do planejamento e, desse modo, tem de 
se integrar aos planos e programas governamentais. A esse propósito, uma 
das condições para a aprovação de emendas aos projetos de lei do orçamento 
anual e de suas alterações é a de que sejam compatíveis com o Plano 
Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
 
 
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A propósito de métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público, julgue 
o próximo item. 
18) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008) 
A definição clara e precisa dos objetivos é uma condição essencial para a 
adoção do orçamento-programa. O maior número de pacientes atendidos e a 
possibilidade de eles serem tratados nas comunidades em que já residem, por 
exemplo, não constituem propriamente o objetivo de um novo programa, mas a 
construção de novos postos de saúde, sim. 
 
19) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O orçamento de desempenho está 
dirigido mais para os produtos gerados pela administração pública que pelos 
resultados propriamente ditos. 
 
20) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A metodologia 
de elaboração do orçamento-programa foi introduzida no Brasil depois da 
promulgação da CF e rompeu completamente com a prática de discriminar os 
gastos públicos de acordo com o tipo de despesa a ser realizada. 
 
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�
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E C A A E E A C E A 
 
�
�
�
GABARITO DO 4° SIMULADO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E C C C E E C E C E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C E C C E E C E E E 
 
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ORIENTAÇÕES AO 4° SIMULADO 
 
1) Errada. É Lei Orçamentária Anual para todos os entes. Pág.14. 
2) Certa. Pág. 13. 
3) Certa. Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita é uma das exceções ao princípio da não vinculação. Pág. 28. 
4) Certa. O princípio da não vinculação veda a vinculação apenas de 
impostos. Pág. 29. 
5) Errada. O princípio orçamentário violado foi o do Equilíbrio. Pág. 26. 
6) Errada. São exceções os dispositivos que prevejam autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito. 
Págs. 18/19. 
7) Certa. Págs. 18/19. 
8) Errada. Fere o princípio do orçamento bruto. Págs. 21/22. 
9) Certa. Págs. 28/29. 
10) Errada. É o princípio da Especificação. Págs. 20/21. 
11) Certa. Págs. 28/29 
12) Errada. Caracteriza-se pelo controle rígido do objetivo dos gastos, de 
acordo com a consecução dos objetivos e das metas. Págs. 7/8. 
13) Certa. Pág. 10. 
14) Certa. Págs. 7/8. 
15) Errada. É o orçamento-programa que pressupõe uma revisão contínua da 
estrutura básica dos programas, pois ao considerar os custos relacionados
consequentemente leva a aumento ou diminuição dos respectivos valores. 7/8. 
16) Errada. A iniciativa é sempre do Executivo. Pág. 10. 
17) Certa. Vimos na aula sobre o Ciclo Orçamentário (aula 1, Pág.19). 
18) Errada. O maior número de pacientes atendidos e a possibilidade de eles 
serem tratados nas comunidades em que já residem é que podem ser objetivos 
do orçamento–programa, pois este visa metas e resultados. A construção de 
novos postos de saúde seria objetivo do orçamento tradicional, pois este se 
preocupa com os meios. Págs. 7/8. 
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19) Errada. O orçamento tradicional está dirigido mais para os produtos 
gerados pela administração pública que pelos resultados propriamente ditos. 
Pág. 4. 
20) Errada. A metodologia de elaboração do orçamento-programa foi 
introduzida no Brasil nos anos 60 (Lei 4320/64 e Decreto-Lei 200/67) e não 
rompeu completamente com a prática de discriminar os gastos públicos de 
acordo com o tipo de despesa a ser realizada. Pág. 3. 
 
 
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Aula 4 
CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Em um das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, 
Alice está perdida e trava uma conversa com o gato. Ela pergunta qual 
caminho deve seguir, o gato retruca perguntando aonde ela quer ir e ela diz 
que não sabe. Assim o gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir, 
então qualquer caminho serve...". 
 
Um estudante interessado em passar em um concurso deve criar um projeto 
pessoal de vida e seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa 
mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de 
mudar. 
 
Os fatores que determinam o sucesso são entusiasmo, fazer por prazer, 
dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, 
inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação 
eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além 
de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que 
impedem o sucesso são negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto-
estima, insegurança, inibição, medo de correr riscos e de errar, mentiras, 
trapaças, tramóias e mau humor. 
 
Atenção: fiz uma troca entre os temas das aulas 4 e 5. O motivo é que ao final 
da aula 5 tratarei dos estágios da receita e da despesa, que podem ser 
cobrados nas provas dentro do ciclo orçamentário. A alteração não prejudica o 
aprendizado. Se eu mantivesse a ordem inicial, teríamos uma aula extensa e 
outra pequena. Dessa forma, o número de páginas ficará equilibrado nas duas 
aulas, o que é melhor para o estudo. 
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Assim, nesta aula abordaremos as classificações da Despesa Pública ou 
Gastos Públicos. Na seguinte, trataremos das classificações da Receita 
Pública e dos Estágios. Em ambas falaremos bastante do que está previsto no 
MCASP, no MTO e nas Portarias que regem as classificações, já que as 
provas se concentram nesses instrumentos. 
 
Ressalto que a despesa assume fundamental importância na Administração 
Pública por estar envolvida em situações singulares, como o estabelecimento 
de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda, 
possibilita a realização de estudos e análises acerca da qualidade do gasto 
público e do equilíbrio fiscal das contas públicas. 
 
O conhecimento dos aspectos relacionados com a Despesa no âmbito do setor 
público, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das 
contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos 
diversos usuários, bem como permite estudos comportamentais no tempo e no 
espaço. 
 
O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou 
privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em 
determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva 
da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não 
diminuir a situação líquida patrimonial. 
 
Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública é a aplicação de certa quantia em 
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma 
autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo. 
 
No tocante às despesas, as classificações, basicamente, respondem as 
principais indagações que habitualmente surgem quando o assunto é gasto 
orçamentário. 
Essas informações permitirão a mensuração de desempenho e o controle 
orçamentário: a cada uma dessas indagações corresponde um tipo de 
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classificação. 
Ou seja: quando a pergunta é “para que” serão gastos os recursos alocados, a 
resposta será encontrada na classificação programática ou, mais 
adequadamente, de acordo com a Portaria 42/1999, na ESTRUTURA 
PROGRAMÁTICA; “em que” serão gastos os recursos, a resposta consta da 
classificação FUNCIONAL; “o que” será adquirido ou “o que” será pago, na 
classificação por elemento de despesa; “quem” é o responsável pela 
programação a ser realizada, a resposta é encontrada na classificação 
INSTITUCIONAL (órgão e unidade orçamentária); “qual o efeito ECONÔMICO 
da realização da despesa”, na classificação por categoria econômica; e “qual a 
origem dos recursos”, na classificação por fonte de recursos. Outra visão é a 
que divide a classificação dos gastos públicos em três: segundo sua finalidade, 
sua natureza e quanto a seu agente encarregado da execução do gasto. No 
entanto quer dizer a mesma coisa: a finalidade é observada na estrutura 
programática assim determinada pela Portaria 42/1999, a natureza na 
classificação por natureza da despesa e o agente encarregado do gasto pode 
ser observado na classificação institucional. Dessa forma, são as 
características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura 
programática, econômica e organizacional para alocação de recursos, 
denominadas de classificações orçamentárias da despesa. 
 
A legislação orienta que a classificação da despesa no orçamento público deve 
ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e 
unidade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas 
(programa, projeto, atividade e operações especiais) e segundo a natureza 
(categorias econômicas, grupos, modalidades de aplicação e elementos). 
 
1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA 
 
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e 
organização, as quais são implementadas por meio de um sistema de 
classificação estruturado com o propósito de atender às exigências de 
informação demandadas por todos
os interessados nas questões de finanças 
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públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os 
cidadãos em geral. 
 
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em: 
Programação qualitativa: o Programa de Trabalho define qualitativamente a 
programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às 
perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista 
operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por 
Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura 
Programática. 
Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A 
programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por 
meio da meta física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado 
por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e 
instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que adquirir e 
com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso, 
fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de 
resultado primário, dotação e justificativa. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG – 2010) A respeito da programação qualitativa do 
orçamento, é correto afirmar: 
a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza 
econômica da despesa (corrente e capital). 
b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias. 
c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social. 
d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das 
naturezas da despesa. 
e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação 
institucional, classificação funcional e estrutura programática. 
 
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A programação qualitativa do Orçamento é definida pelo Programa de Trabalho 
e composta por esfera, classificação institucional, classificação funcional e 
estrutura programática. 
Resposta: Letra E 
 
 
Segundo Fabiano Core1, o qual cita Cunha, com base nas classificações 
utilizadas em um determinado processo orçamentário, é possível identificar o 
estágio da técnica adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com 
a informação de elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou 
adquirido), além, naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um 
orçamento tradicional ou clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto 
é, o objeto de gasto, também é conhecido como um orçamento unidimensional; 
já o orçamento em que, além do objeto de gasto, encontra-se presente a 
explicitação do programa de trabalho, representado pelas ações desenvolvidas 
(em que serão gastos os recursos), corresponderia a um orçamento 
bidimensional, também conhecido como orçamento de desempenho ou 
funcional; e o orçamento tridimensional seria aquele que agregaria ao tipo 
anterior uma outra dimensão, que seria o objetivo da ação governamental (para 
que serão gastos os recursos), o que tipifica um orçamento-programa. 
 
2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
 
A primeira classificação da programação qualitativa é a classificação por 
esfera orçamentária. A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o 
orçamento é fiscal, da seguridade social ou de investimento das empresas 
estatais, conforme disposto no § 5.º do art. 165 da CF/1988: 
x Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
 
1 CUNHA, Armando Moreira da apud CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de 
planejamento e orçamento. In: GIACOMONI, J.; PAGNUSSAT, J. L. Planejamento e orçamento 
governamental. Brasília: ENAP, 2006. v. 2. 
 
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x Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; e 
x Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa. 
Na base do Sistema de Orçamento o campo destinado à esfera orçamentária é 
composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária, com os 
seguintes códigos: 
 
CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
10 Orçamento Fiscal 
20 Orçamento da Seguridade Social 
30 Orçamento de Investimentos 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a 
classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento 
fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento 
monetário. 
 
A classificação por esfera orçamentária está entre os componentes da 
programação qualitativa do orçamento. Ela é divida em orçamento fiscal (10), 
orçamento da seguridade social (20) e orçamento de investimentos (30). 
Não existe mais orçamento monetário. 
Resposta: Errada. 
 
 
 
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3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
A Secretaria de Orçamento Federal - SOF tem entre suas atribuições principais 
a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da 
União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. 
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos 
na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas 
instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. 
Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são 
identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos 
orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os 
componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. 
 
A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos 
créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão 
orçamentário e unidade orçamentária. 
Segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o 
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que 
serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, 
especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são 
consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas 
responsáveis pelas dotações e pela realização das
ações. Órgão orçamentário 
é o agrupamento de unidades orçamentárias. 
 
A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite 
comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade 
orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas 
pelo Legislativo, para dado programa. Assim, o agente encarregado do gasto 
pode ser identificado na classificação institucional. 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a 
uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos 
especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e 
Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, 
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“Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de 
Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações administradas por 
órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. 
 
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os 
dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade 
orçamentária: 
 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 
Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária 
 
Exemplos: O Órgão 26.000 – Ministério da Educação tem diversas Unidades 
Orçamentárias, como 26.105 – Instituto Benjamin Constant; 26.237 – 
Universidade Federal de Juiz de Fora; 26.290 – INEP. Todas essas 
correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc. 
Mas também têm outras Unidades Orçamentárias sob sua supervisão, como 
74.902 – Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante 
do Ensino Superior/FIEES – Min. da Educação (Órgão Operações Oficiais de 
Crédito) e 73.107 – Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação 
(Órgão Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios). 
São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura 
administrativa, são somente fundos que geram recursos. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG – 2010) Segundo definido no Manual Técnico de 
Orçamento para o exercício de 2010 – MTO-2010, o sistema de planejamento 
e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos: 
a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela 
aplicação de recursos oriundos do orçamento. 
b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão. 
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c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que 
relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades 
orçamentárias. 
d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União. 
e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas. 
 
A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a 
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os 
orçamentos fiscal e da seguridade social. 
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos 
na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas 
instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. 
Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são 
identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos 
orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os 
componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. 
Resposta: Letra C 
 
4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 
A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder 
basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa 
será realizada. 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria 42, de 14 de abril de 
1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol de 
funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos 
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A 
Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata 
a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, 
projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências. 
Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos 
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a 
consolidação nacional dos gastos do setor público. 
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Essa Portaria dispõe em seu art. 4.o que: 
Art. 4.º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em 
termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e 
operações especiais. 
 
A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros 
referem-se à função, enquanto os três últimos representam a subfunção, e 
podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do 
setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. 
 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 
Função Subfunção 
 
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas 
áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional 
do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação 
com os respectivos Ministérios. 
No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as 
despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser 
gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, 
indenizações, cumprimento de sentenças judiciais e outras afins, 
representando, portanto, uma agregação neutra. 
Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações 
Especiais”, que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. 
 
Segundo o art. 1.º, § 2.o, da Lei 11.653/2008 (Lei do PPA 2008-2011): 
§ 2.
o
 Não integram o Plano Plurianual os programas destinados exclusivamente 
a operações especiais. 
 
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função 
e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da 
agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da 
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natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As 
subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais 
estão relacionadas na Portaria 42/1999. 
 
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua 
área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre 
função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer 
subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. 
Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, 
a programação de um órgão, via de
regra, é classificada em uma única função, 
ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada 
ação. 
A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e 
suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. 
 
Atenção: Assunto muito cobrado em provas! As subfunções poderão ser 
combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas. 
 
Exemplos: 
FUNÇÃO SUBFUNÇÃO 
12 – Educação 
361 – Ensino Fundamental 
362 – Ensino Médio 
363 – Ensino Profissional 
364 – Ensino Superior 
365 – Educação Infantil 
366 – Educação de Jovens e Adultos 
367 – Educação Especial 
01 – Legislativa 
031 – Ação Legislativa 
032 – Controle Externo 
 
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Podemos combinar a subfunção com a função vinculada, como 12.364 – 
Educação e Ensino superior; 01.031 – Legislativa e Ação Legislativa. 
No entanto, pela regra da matricialidade, também podemos combinar as 
subfunções com funções diferentes daquelas vinculadas, como: 01.365 – 
Legislativa e Educação infantil, usada na classificação da assistência pré-
escolar aos dependentes de servidores e empregados do Legislativo. 
 
Caiu na prova: 
(FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) As despesas referentes 
ao cumprimento de sentenças judiciais são classificadas na função: 
(A) Essencial à Justiça. 
(B) Segurança Pública. 
(C) Administração. 
(D) Encargos Especiais. 
(E) Judiciária. 
 
A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não 
se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo 
corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, cumprimento de 
sentenças judiciais e outras afins, representando, portanto, uma agregação 
neutra. 
Resposta: Letra D 
 
5. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA 
 
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a 
realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano 
Plurianual – PPA, que é de quatro anos. 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. 
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A estrutura programática também tem previsão na Portaria 42/1999. A 
finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações 
do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. É a mais 
moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando 
permitir a representação do programa de trabalho. 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
 
Os Programas são classificados em dois tipos: 
x Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados 
diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de 
mensuração. Exemplos: Brasil Universitário, Calha Norte, Cidadania e 
Efetivação do Direito das Mulheres. 
x Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são 
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à 
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao 
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por 
despesas de natureza tipicamente administrativas. Exemplos: 
Administração Tributária e Aduaneira, Controle Externo, 
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública. 
 
Cuidado: essa é a classificação atual! Alguns livros antigos ainda trazem a 
antiga classificação em 4 tipos que não existem mais! 
 
O programa finalístico deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação 
que o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e 
serviços) necessários para atingir o objetivo. Para cada programa finalístico é 
obrigatório haver pelo menos um indicador. Para os programas de apoio às 
políticas públicas e áreas especiais a presença de indicadores é facultativa. 
 
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A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, 
projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas 
e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada 
projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado 
por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode 
ser observada na estrutura programática. 
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que 
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no 
conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes 
da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, 
subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos, etc. 
 
As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como 
atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/1999: 
x Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se 
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um 
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 
Exemplos: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e 
Seguros Privados de Assistência à Saúde”, “Manutenção de Sistema de 
Transmissão de Energia Elétrica”; “Vigilância Sanitária em Serviços de 
Saúde”. 
x Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, 
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a 
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplos: 
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”, “Implantação 
de Poços Públicos”, “Construção da Interligação das Rodovias 
BR 040/262/381 no Estado de Minas Gerais”. 
x Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, 
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não 
resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de 
bens ou serviços. Exemplos: Amortização, juros, encargos e rolagem da 
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dívida contratual e mobiliária; Pagamento de aposentadorias e pensões; 
Transferências constitucionais ou legais por repartição de receita
(FPM, 
FPE, Salário-Educação, Compensação de Tributos ou Participações aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, Transferências ao DF); 
Pagamento de indenizações, ressarcimentos, abonos, seguros, auxílios, 
benefícios previdenciários, benefícios de assistência social; Reserva de 
contingência, inclusive as decorrentes de receitas próprias ou 
vinculadas; Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças 
de pequeno valor, sentenças contra empresas, débitos vincendos, etc.). 
 
Nos exemplos acima foram citados os títulos da ação. O título é forma pela 
qual a ação será identificada pela sociedade e será apresentada no PPA, LDOs 
e LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação. 
No caso de projetos de grande vulto, a individualização do projeto em título 
específico é obrigatória. Ou seja, um projeto de grande vulto não pode ser 
incluído no título de outra ação, já que deve ter um título próprio. 
 
SUBTÍTULOS (localizador do gasto): a Portaria 42/1999 não estabelece 
critérios para a indicação da localização física das ações, mas a adequada 
localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a 
implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, 
os custos e os impactos da ação governamental. 
Segundo o MTO, as atividades, projetos e operações especiais serão 
detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a 
localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da 
finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. 
A finalidade expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê 
do desenvolvimento dessa ação. O produto é o bem ou serviço que resulta da 
ação, destinado ao público-alvo, ou o investimento para a produção deste bem 
ou serviço. Cada ação deve ter um único produto, como “servidor treinado” e 
“estrada construída”. A unidade de medida é o padrão selecionado para 
mensurar a produção do bem ou serviço. 
 
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A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por 
Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, 
por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na 
especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área 
geográfica ou beneficiário, se determinados. 
 
Exemplos de Subtítulos: 
Localizações Padronizadas (uso SOF): 
0001 Nacional NA 
0002 No Exterior EX 
 
Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE): 
0010 Na Região Norte NO 
0020 Na Região Nordeste NE 
0030 Na Região Sudeste SD 
0040 Na Região Sul SL 
0050 Na Região Centro-Oeste CO 
 
Estados da Federação (baseada no padrão IBGE): 
0011 No Estado de Rondônia RO 
0012 No Estado do Acre AC 
0013 No Estado do Amazonas AM 
0014 No Estado de Roraima RR 
0015 No Estado do Pará PA 
0016 No Estado do Amapá AP 
Etc. 
 
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e 
será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa, 
modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de 
uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos 
da ação orçamentária. 
 
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Na base do Sistema, o campo que identifica o Programa contém quatro dígitos. 
 
1.º 2.º 3.º 4.º 
Programa 
 
Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos: 
 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 
Ação Subtítulo 
 
Ao observar o 1.º dígito do código pode-se identificar o tipo de ação: 
 
1º Dígito Tipo de Ação 
1, 3, 5 ou 7 Projeto 
2, 4, 6 ou 8 Atividade 
0 Operação Especial 
9 
Ação não orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos da União, 
mas que participa dos programas do PPA) 
 
Repare que os números ímpares são projetos (exceto o nove) e os pares são 
atividades (exceto o zero). 
 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O 
ordenador de despesas de determinado órgão público inclui, no planejamento 
orçamentário, uma ação de governo visando a alcançar os objetivos de um 
programa e que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das 
quais resultará um produto final que concorrerá para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação governamental. De acordo com o disposto na 
legislação vigente, essa ação é classificada como: 
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(A) projeto. 
(B) função. 
(C) atividade. 
(D) subprograma. 
(E) operações especiais. 
 
O projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo 
de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, 
das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação de Governo. 
Resposta: Letra A 
 
6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA 
 
A Lei 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e 
elementos nos arts. 12 e 13. Assim como no caso da receita, o art. 8.º 
estabelece que os itens da discriminação da despesa mencionados no art. 13 
serão identificados por números de código decimal, na forma de anexos dessa 
Lei. No entanto, atualmente, devemos seguir o que está consubstanciado no 
Anexo II da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. 
O conjunto de informações que formam o código é conhecido como 
classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o 
grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o 
desdobramento facultativo do elemento da despesa. 
 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 
Categoria 
Econômica 
Grupo de 
natureza 
Modalidade 
de Aplicação 
Elemento de 
despesa 
Desdobramento 
facultativo do 
elemento 
 
Atenção: o art. 6.º da referida Portaria dispõe que, na lei orçamentária, a 
discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por 
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de 
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aplicação. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da 
padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de 
governo, julgue o item abaixo. 
Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, será 
feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e 
modalidade de aplicação. 
 
O art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001 dispõe que, na lei 
orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-
á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e 
modalidade de aplicação. 
Resposta:
Certa 
 
1.º nível - Categoria econômica da despesa 
 
Assim como a receita (próxima aula), este nível da classificação por natureza 
obedece ao critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos 
públicos na economia do país. A despesa é classificada em duas categorias 
econômicas, com os seguintes códigos: 
 
3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas 
as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição 
de um bem de capital; 
4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria 
aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição 
de um bem de capital. 
 
2.º nível - Grupo de Natureza da Despesa (GND) 
 
É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características 
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quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 
 
QUADRO: GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
2 – Juros e Encargos da Dívida 
3 – Outras Despesas Correntes 
4 – Investimentos 
5 – Inversões financeiras 
6 – Amortização da Dívida 
7 – Reserva do RPPS 
9 – Reserva de Contingência 
 
GND das despesas correntes 
x Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza remuneratória 
decorrente do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de 
confiança no setor público, do pagamento dos proventos de 
aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de 
responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, 
contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios 
assistenciais classificáveis neste grupo de despesa, bem como soldo, 
gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios, pertinentes a 
este grupo de despesa, previstos na estrutura remuneratória dos 
militares, e, ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal 
requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a 
necessidade de excepcional interesse público e despesas com 
contratos de terceirização de mão de obra que se refiram à substituição 
de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no 
art. 18, § 1.º, da LRF. 
x Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, 
comissões e outros encargos de operações de crédito internas e 
externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
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x Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de 
consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-
alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria 
econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos 
de natureza de despesa. 
 
GND das despesas de capital 
x Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o 
planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de 
imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a 
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 
x Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de 
imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos 
representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer 
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além 
de outras despesas classificáveis neste grupo. 
x Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou 
refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da 
dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. 
 
Reservas 
Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor: consoante o 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da STN/SOF, os 
ingressos previstos que ultrapassarem as despesas orçamentárias fixadas 
num determinado exercício constituem o superávit orçamentário inicial, 
destinado a garantir desembolsos futuros do Regime Próprio de Previdência 
Social – RPPS, do ente respectivo. Assim sendo, esse superávit orçamentário 
representará a fração de ingressos que serão recebidos sem a expectativa de 
execução de despesa orçamentária no exercício e constituirá a reserva 
orçamentária para suportar déficits futuros, em que as receitas orçamentárias 
previstas serão menores que as despesas orçamentárias. 
 
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Dessa forma, o orçamento do fundo próprio de previdência deve ser 
constituído, do lado da receita orçamentária, pela previsão das contribuições 
dos segurados e demais receitas, e, do lado da despesa, a dotação das 
despesas a serem realizadas durante o exercício, evidenciando a reserva 
correspondente dos recursos que não serão desembolsados por se tratar de 
poupança para fazer face aos compromissos futuros. 
 
Por ocasião da elaboração do orçamento de um exercício, deve ser apurada a 
diferença entre receita orçamentária prevista e despesa orçamentária fixada, 
a ser realizada neste exercício, no intuito de evidenciar a Reserva 
correspondente ao superávit, utilizando a mesma metodologia da Reserva de 
Contingência. Ressalte-se que este procedimento é efetuado apenas para fins 
de elaboração e transferência do orçamento, pois a execução correspondente 
refletirá o superávit orçamentário fixado pela reserva que será utilizada para 
pagamentos previdenciários futuros. Destaque-se que a reserva do RPPS 
também poderá ser utilizada durante o exercício, caso necessário, para a 
abertura de créditos adicionais com o objetivo de atender a compromissos 
desse Regime. 
 
Reserva de Contingência: é definida na LDO com base na Receita Corrente 
Líquida. Compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de 
passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos. 
Essa reserva poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais, desde 
que definida na LDO. 
Os Passivos Contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas 
em processo de reconhecimento e operações de aval e garantias dadas pelo 
Poder Público. Os outros riscos a que se refere o § 3.º do art. 4.º da LRF são 
classificados em duas categorias: Riscos Fiscais Orçamentários e Riscos 
Fiscais de Dívida. 
 
Riscos Fiscais Orçamentários: estão relacionados à possibilidade de as 
receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária 
anual não se confirmarem durante o exercício financeiro. 
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Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicas 
podem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais 
podem-se destacar: o nível de atividade da economia e as taxas de inflação, 
câmbio e juros. A redução do Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo, 
provoca
queda na arrecadação de tributos por todos os entes da federação. 
No que diz respeito à despesa orçamentária, a criação ou ampliação de 
obrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requer 
alteração na programação original constante da Lei Orçamentária. 
Riscos Fiscais da Dívida: estão diretamente relacionados às flutuações de 
variáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambial 
e inflação. Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia – SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de juros 
estabelecido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil 
elevaria o nível de endividamento do governo. 
 
Atenção: diferenças entre investimentos e inversões financeiras nas 
aplicações em imóveis relacionadas ao PIB: o Produto Interno Bruto (PIB) 
se refere ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos 
dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade 
dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços. 
 
Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras que 
as despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto 
Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de 
investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Por exemplo, a 
aquisição de um prédio já pronto para a instalação de um serviço público é 
inversão financeira, pois se mudou a estrutura de propriedade do bem, mas 
não a composição do PIB. Já investimentos são as despesas de capital que 
geram serviços e, em consequência, acréscimos ao PIB. Por exemplo, a 
construção de um novo edifício é um investimento, pois além de gerar serviços 
provoca incremento no PIB. 
 
 
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Caiu na prova: 
(CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa, 
amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria 
econômica de despesas de capital. 
 
Cuidado: assunto muito cobrado em provas! Consoante a natureza da 
despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria 
econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos da 
dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas 
correntes. 
Resposta: Errada 
 
3.º nível - Modalidade de aplicação 
 
A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados 
mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização 
orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou 
diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; 
ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por 
outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Também 
indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades 
privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior. 
 
A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva, 
principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou 
descentralizados. 
Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei 
4.320/1964, compreende as subvenções, auxílios e contribuições que 
atualmente são identificados em nível de elementos na classificação da 
natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos 
financeiros, representadas pelas modalidades de aplicação, e que são 
registradas na modalidade de aplicação constante da seguinte codificação 
atual: 
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 Modalidades de Aplicação 
20 transferências à união 
30 transferências a estados e ao Distrito Federal 
40 transferências a municípios 
50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 
60 transferências a instituições privadas com fins lucrativos 
70 transferências a instituições multigovernamentais 
71 transferências a consórcios públicos 
80 transferências ao exterior 
90 aplicações diretas 
91 aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades 
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social 
99 a definir 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) O 
administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de 
aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que: 
a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a 
entidade, embora mediante transferência. 
b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma 
esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão. 
c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, 
municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes. 
d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área 
meio. 
e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade 
no desempenho de suas atividades. 
 
 
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Modalidades de Aplicação 
30 transferências a estados e ao Distrito Federal 
40 transferências a municípios 
50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 
90 aplicações diretas 
 
Logo, o administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas 
modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade 
que a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a 
estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte 
destes (aplicação direta). 
Resposta: Letra C 
 
4.º nível - Elemento de despesa 
 
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e 
vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros 
prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, 
equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a 
administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos 
elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial 
163, de 2001. 
 
É vedada a utilização em projetos e atividades dos elementos de despesa 
41-Contribuições, 42-Auxílios e 43-Subvenções Sociais, o que pode ocorrer 
apenas em operações especiais. 
É também vedada a utilização de elementos de despesa denominados típicos 
de gastos (ex.: 30, 35, 36, 39, 51, 52, etc.) em operações especiais. 
Isso ocorre porque os projetos e as atividades devem resultar em um produto 
ou em contraprestação de bens ou serviços, como acontece com os elementos 
típicos de gastos; já as operações especiais não podem gerar produto, por isso 
são usados os elementos correspondentes a contribuições, auxílios e 
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subvenções sociais. 
 
5.º nível - Desdobramento facultativo do elemento da despesa 
 
Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução 
orçamentária, fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos 
elementos de despesa. 
 
7. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO 
 
Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos 
recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional 
de empréstimos, doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei 
orçamentária e de seus créditos adicionais. 
 
Identificador de Uso – IDUSO 
0 Recursos não destinados à contrapartida 
1 Contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento – BIRD 
2 Contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID 
3 Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo 
4 Contrapartida de outros empréstimos 
5 Contrapartida de doações 
 
8. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES 
 
É uma classificação tanto da receita como da despesa. Veremos que a 
classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do 
recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de 
classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. 
As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de 
naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação 
legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. 
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É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo 
a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e 
da despesa. 
 
A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos: 
 
1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente 
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 
9 – Recursos Condicionados 
 
Definições: 
x Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo 
Poder Executivo, que detém a responsabilidade e controle sobre as 
disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, 
normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a 
STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e 
entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas 
disponibilidades e nos objetivos estratégicos do governo. 
x Recursos de Outras Fontes: são aqueles arrecadados e controlados 
de forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a 
responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que 
dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira 
para dispor desses valores. De forma geral esses recursos têm origem 
no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, 
prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio. 
x Exercício Corrente e Exercícios Anteriores: corresponde à 
segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles 
arrecadados em exercícios anteriores, informação importante já que os 
recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram 
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reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 8.º da 
LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para 
registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base 
para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações 
das destinações de recursos. 
x Recursos Condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita 
orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na 
legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais 
proposições, os recursos são remanejados para as destinações 
adequadas e definitivas. 
 
Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a 
fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito. 
Exemplos de fontes: 
x Fonte 100: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos 
Ordinários (00); 
x Fonte 152: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Resultado do 
Banco Central (52); 
x Fonte 150: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos 
Próprios Não Financeiros (50); 
x Fonte 250: Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente (2); 
Recursos Próprios Não Financeiros (50); 
x Fonte 300: Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores (3); e Recursos 
Ordinários (00). 
 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público traz algumas 
observações importantes: 
x Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de 
destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução 
orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade 
de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas 
despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a 
origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código 
C a r l o s A u g u s t o d e A l m e i d a S i g u i n o l f i , C P F : 0 3 9 0 7 8 1 4 9 5 9
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utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também 
é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da 
despesa orçamentária. 
x A destinação de recursos é o processo pelo qual os recursos públicos 
são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a 
efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em 
destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o 
processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em 
atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a 
destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a 
aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades. 
x O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de 
garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja 
para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em 
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro 
tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de 
empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com 
finalidade específica. 
x Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica 
a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos 
valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada 
qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a 
interligação entre a receita e a despesa. 
x Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita 
classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo 
possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária

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