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Introdução ao Estudo do Direito 
Prof. Dr. Rafael de Freitas Valle Dresch 
Direito Objetivo 
O conjunto de normas que disciplina as 
condutas humanas 
Sistema normativo 
Ordenamento jurídico 
Herbert Hart 
 John Austin: “Ordens de um soberano e 
hábitos de obediência”. 
Crítica de Hart 
Conceito de Hart: Conjunto de regras 
primárias e secundárias identificadas por 
uma regra de reconhecimento. 
Hans Kelsen 
 Ordem do Poder 
 Ordenamento jurídico da força 
 Conjunto de Normas (sentidos de dever-ser 
objetivados) disciplina o poder e a vontade na 
sociedade. 
DIREITO NATURAL 
 Dikaion – Arte da divisão dos bens externos 
 Arte de Bom e do Justo (Celso – Jurisconsulto Romano) 
 A boa conduta – Lei Eterna 
 Natureza Humana 
 Razão Humana 
 Direitos Humanos 
Texto e Norma 
 Texto 
 Enunciado Normativo 
 Norma: “sentido de dever-ser objetivado” – Hans 
Kelsen 
 Texto – Interpretação – Norma 
 Regras e Princípios 
Regras e Princípios 
 Regras – Caráter Descritivo 
 Princípios – Caráter Finalístico 
 Ronald Dworkin – “Ou tudo ou nada” e “dimensão de 
peso”. 
 Robert Alexy – Diferença no conflito e caráter prima 
facie 
 Proporcionalidade e Razoabilidade 
Proporcionalidade 
 Princípio ou Postulado 
 Adequação 
 Necessidade 
 Proporcionalidade em sentido estrito 
 
 
Razoabilidade 
 Adaptação da norma à realidade. Relação da medida e a 
finalidade objetivada. 
 Como Equidade: Deve ser levado em conta na aplicação a 
normalidade, pois em situações excepcionais a norma 
pode não ser aplicável. (ex. pés de sofás) 
 Como Congruência: Na segunda acepção a ser 
considerada a razoabilidade exige a harmonização das 
normas com suas condições externas de aplicação (ex. 
adicional de férias para inativos) 
 Como Equivalência: A razoabilidade também exige uma 
relação de equivalência entre a medida adotada e o critério 
que a dimensiona. (ex. taxa judiciária em percentual fixo) 
 
 
 
Fontes Normativas 
 FONTES DO DIREITO: Tradicionalmente são LEI, COSTUMES, 
DOUTRINA , JURISPRUDÊNCIA e ATOS JURÍDICOS. 
 
 Expressão: Fonte (Fons, Fontis) Significa nascente de água. Sentido: O 
ponto pelo qual a norma sai da profundidade da vida social e brota na 
superfície do Direito. 
 Espécies / Classificação: Históricas, Materiais e Formais 
 
 1 – HISTÓRICAS: Formadas pela História do Direito considerando-se 
época, local e as razões em que surgiram institutos jurídicos modernos. 
 
 2 – MATERIAIS: São as instituições capazes de editar normas. Diretas e 
Indiretas. Diretas à Sociedade (Costumes) / Poder Judiciário 
(Jurisprudência) / Poder Legislativo (Lei). Indiretas à Doutrina / 
Jurisprudência. 
 
 3 – FORMAIS: São fontes pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam. 
Primárias à São as Leis e Costumes. Têm força para gerar a norma 
jurídica. Secundárias à São DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA. NÃO têm 
força para gerar a norma jurídica (?). 
 
 
 MÉTODOS HERMENÊUTICOS 
 Na verdade, são regras técnicas que visam à obtenção 
de um resultado. Com elas procuram-se orientações 
para os problemas de decidibilidade dos conflitos. 
Embora não se possa escrever rigorosamente todos os 
tipos é possível apresentar os mais comuns. 
 Método – Caminho 
 Busca do sentido – Verdadeiro, correto ou adequado? 
 
 Interpretação Gramatical (Literal) 
 Os problemas referentes à questão de conexão das 
palavras nas sentenças: questão léxica; a conexão de uma 
expressão com outras expressões dentro de um contexto. 
Parte-se do pressuposto de que a ordem das palavras e o 
modo como elas estão conectadas são importantes para 
obter-se o correto significado da norma. A letra da 
norma, assim, é o ponto de partida da atividade 
hermenêutica. 
Interpretação Lógica 
 Quando enfrentamos problemas lógicos, a 
doutrina costuma falar em interpretação lógica. 
Trata-se de um instrumento técnico inicialmente a 
serviço da identidade de inconsistências. 
 Partindo do pressuposto de que a conexão de uma 
expressão normativa com as demais do contexto é 
importante para a obtenção do significado correto. 
Devendo-se ater aos ‘diferentes contextos em que a 
expressão ocorre e classificá-los conforme sua 
especificidade. 
Interpretação Sistemática 
 Pressupõe-se que a hermenêutica deve dar conta da 
unidade do sistema jurídico do ordenamento. Da 
organização hierárquica das fontes, emergem 
recomendações sobre a subordinação ao todo que 
culmina (e principia) pela primeira norma-origem do 
sistema (CF). A recomendação é que, em tese, 
qualquer preceito isolado deve ser interpretado em 
harmonia com os princípios gerais do sistema. 
 
Interpretação Histórica 
 Surge a partir da Escola Histórica de Savigny, 
sustentando a idéia que a lei é uma realidade cultural 
ou uma realidade originada num processo histórico. A 
interpretação deve ocorrer com base nesse progresso 
histórico que culmina com a sua elaboração e vigência. 
 
Interpretação Sociológica 
 A norma jurídica, uma vez emanada, desprende-se do 
legislador, e passa a ter vida própria recebendo e 
emanando influências do meio social, o que importa 
na transformação de seu significado. As exigências 
econômicas e sociais determinam a interpretação 
conforma as necessidades atuais. 
Interpretação Teleológica 
 A regra básica dos métodos teleológicos é de 
que sempre é possível atribuir um propósito às 
normas. É necessário encontrar nas leis, nas 
constituições, nos decretos, em todas as 
manifestações normativas seu telos (fim) que 
jamais pode ser anti-social. 
 A interpretação teleológica pode ser combinada 
com a sistemática de forma a atribuir coerência 
ao sistema. Regra de preferência da intenção 
sobre a literalidade (art. 112 CC) 
 
Teoria da Vontade e Boa-Fé 
 Teoria da Vontade 
 Teoria da declaração 
 Art. 112 CC – Teoria da Vontade 
 Boa-Fé Objetiva 
 Sentido que colabora para o objetivo do contrato 
(intenção compartilhada). 
 Ex. Usina Termoelétrica 
 Ex. Empresa de Telecomunicações 
Tipos de Interpretação: 
Especificadora 
 Uma interpretação especificadora parte do 
pressuposto de que o sentido da norma cabe na letra 
de seu enunciado. Postula assim que para elucidar o 
conteúdo da norma não é necessário sempre ir até o 
fim de suas possibilidades significativas, mas até o 
ponto em que os problemas pareçam razoavelmente 
solucionáveis. 
 
Interpretação Restritiva 
 Uma interpretação restritiva ocorre toda vez que se 
limita o sentido da norma, não obstante a amplitude 
de sua expressão literal. Em geral, o intérprete vale-se 
de considerações teleológicas e axiológicas para fundar 
o raciocínio. 
 Art. 114 CC – Os negócios jurídicos benéficos e a 
renúncia interpretam-se estritamente. 
 
Interpretação Extensiva 
 É o resultado do trabalho criador do interprete, ao 
acrescentar algo de novo àquilo que, a rigor, a lei 
deveria normalmente enunciar, à vista de outras 
circunstâncias quando à elasticidade do texto 
normativo comporta acréscimo. É a revelação de algo 
implícito, sem quebrar de sua estrutura. 
 Integração 
 art. 4° da Lei de Introdução ao Código Civil – “Quando 
a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. 
 Analogia 
 Princípios (não positivados) 
 Costumes e Usos (art. 113 CC) 
 Eqüidade 
Código Tributário Nacional 
 Art 108. Na ausência de disposição expressa, a 
autoridade competente para aplicar a legislação 
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 
 I. a analogia; 
 II. os princípios gerais de direito tributário; 
 III. os princípios
gerais de direito público; 
 IV . a eqüidade. 
Analogia e Indução Amplificadora 
 
 Para Miguel Reale a analogia consiste em estender a um 
caso particular semelhante as conclusões postas pela 
observação de uma caso correlato ou afim, em um 
raciocínio por similitude. 
 Silogismo e Analogia: 
 Silogismo - N é X e F é X = N incide F (necessário) 
 Analogia – N é X, F é Y, Y é similar X = N incide Y (possível 
mediante semelhança essencial) 
Preferência de Método? 
 Existe uma preferência em relação aos demais métodos 
de integração? 
 Sim, pois a analogia seria a aplicação da Lei, que tem 
preferência sobre as demais fontes normativas. 
 Não, pois a analogia e a indução amplificadora atuam 
na ausência de Lei (omissão) para o caso, o que 
determinaria a aplicação da Lei em casos em que ela 
não deveria incidir. 
 
Política, Moral e Direito 
MORAL DIREITO 
Autonomia 
(Dar a si mesmo a lei moral) 
Heteronomia 
(Lei é imposta por outrem) 
Ausência de coercibilidade 
(ou apenas coerção interna) 
Coercibilidade exterior 
Ação humana individualmente 
considerada 
Unilateralidade 
Ação humana envolvendo relações de 
justiça (atribuição de algo devido a 
outrem por critério de igualdade) 
Bilateralidade 
Imperatividade pura Imperatividade atributiva 
Direito e Moral 
 
Posturas rivais Irracionalista 
Instrumentalista/positivis
ta 
Transcendental-
construtivista 
Realista 
Autores 
representativos 
Marx, Nietzsche, 
Freud, Sartre. 
David Hume e autores 
positivistas em geral. 
Kant, Perelman, 
Habermas, Rawls, 
Dworkin. 
Aristóteles, Tomás de 
Aquino, Michel Villey, 
Carlos Massini. 
Consideração 
básica 
Negam possibilidade 
de conhecimento 
sobre ação humana. 
Todo o Direito e 
moral representam 
meras relações de 
poder, impulsos 
eróticos ou jogo de 
interesses 
econômicos. 
Racionalidade humana 
tem caráter instrumental, 
destinada a cálculo de 
meios convenientes que 
são executados para a 
persecução de fins 
estabelecidos pelo sujeito, 
por emoções, sentimentos 
ou escolhas. 
Busca um modo de 
atribuir à racionalidade 
prática uma objetividade 
transpositiva (fraca) a 
partir das estruturas 
formais que criam ou 
constroem a realidade 
humana. 
A racionalidade da ação 
humana assume uma 
objetividade forte, já que 
fundada em dimensões 
fundamentais do bem e da 
perfeição humana. 
Perspectiva 
sobre a 
realidade 
Crítica e anárquica. Cética. 
Cognitiva construtivista, 
Compreensão 
transubjetiva da realidade. 
Cognitiva ontológica 
Conhecimento verdadeiro 
dos fins humanos e dos 
seus meios de 
concretização. 
Objetivos 
da prática do 
Direito 
Desmascarar 
estruturas de 
dominação e 
manipulação, 
evidenciar o caráter 
ideológico do Direito 
e da Moral. 
Libertação e 
emancipação. 
Buscar atribuir eficiência, 
coerência e pureza 
lingüísticas aos sistemas 
jurídico-positivos. 
Garantir objetividade ao 
Direito a partir de um 
procedimento dialógico, 
consensual ou 
transcendente. 
Fixar uma determinar 
objetividade ao Direito 
através da apreensão 
racional. 
Relação direito 
e moral 
A discussão, para 
eles, é 
desinteressante, pois 
tanto o Direito 
quanto a moral são 
superestruturas de 
opressão. 
Inexiste qualquer 
elemento constitutivo do 
Direito na moral. Absoluta 
relatividade da moral e 
objetividade/validade do 
Direito. 
Há relação intrínseca entre 
Direito e moral, baseada 
em princípios 
transpositivos. Direito 
injusto continua sendo 
Direito. 
Relação fundante 
obrigatória do Direito na 
moral. 
Lei injusta deixa de ser o 
caso central de lei 
(raciocínio analógico). 
Distinção 
Positivismo 
– 
Jusnaturalis
mo 
Não participa do 
debate. São 
ideologias que 
mascaram 
relações de 
poder. Uso 
alternativo do 
Direito. 
Extremo positivista. 
Defesa do não-
cognitivismo ético-
jurídico. 
Cognitivismo ético-
jurídico que parte de 
princípios 
transpositivos. 
Jusnaturalista. 
Cognitivismo ético-
jurídico que parte da 
compreensão dos bens 
básicos ao homem e da 
perfeição humana. 
Objetividad
e Jurídica 
Inexiste. 
Mero artifício 
lingüístico-
ideológico. 
Impossibilidade de 
haver objetividade 
transpositiva. Só há 
objetividade jurídica 
no vínculo de 
pertinência da norma 
ao sistema, o que é 
empiricamente 
verificável 
Objetividade fraca. 
Somente alcançada a 
partir de um conjunto 
de condições de 
possibilidade para a 
construção racional 
de princípios 
transpositivos 
(transcendência ou 
procedimento) 
Objetividade forte. 
O conteúdo dos 
princípios ético-
jurídicos provém de 
um conhecimento 
prático das estruturas 
que formam a 
realidade humana. 
Bens humanos básicos 
independem do 
sujeito. 
Justificação 
dos Direitos 
Humanos e 
Fundament
ais 
Contraditória 
(negam valor ao 
Direito e à 
moral). 
Existência depende da 
recepção pela 
legislação positiva. 
Fundados em uma 
ficção transubjetiva. 
(falácia 
procedimentalista). 
Fundada em uma 
dignidade pessoal, 
constituída a partir da 
racionalidade e 
liberdade do homem 
(absolutos morais) 
Direito Público x Direito Privado 
 
Direito 
Direito Privado 
Relação: Particular x 
Particular 
Coordenação 
Igual Liberdade 
Dir. Civil 
Dir. da Empresa 
Direito do Trabalho 
Direito do 
Consumidor 
Direito Público 
Relação: Estado x cidadão 
Subordinação 
Direitos Fundamentais c/ 
Proteção 
Dir. Tributário 
Dir. Administrativo 
Dir.Penal 
Dir. Processual 
Dir Econômico 
Direito objetivo (Law): 
 Conjunto de comandos imperativos – gerais e abstratos 
- que vinculam a ação humana. Pressupõe vigência e 
validade. Normalmente, alguém se reporta a ele 
dizendo: “Esse é o Direito que está em vigor no Brasil”. 
Exemplo: o direito de propriedade previsto no artigo 
5º, XXIII, da CF/88. 
Direito Subjetivo 
 Poder que a norma confere às pessoas de exigir 
determinada ação ou omissão de outras pessoas 
 Teorias Afirmativas - reconhecem a existência do 
direito subjetivo: 
 Teoria da vontade 
 Teoria do interesse juridicamente protegido 
 Teoria mista ou eclética 
Direito subjetivo (Right): 
 Faculdade jurídica ou poder individual que permite 
exercer determinada pretensão. Pressupõe a atribuição 
específica a determinado sujeito ou agente que portará 
tal direito subjetivo, bem como a capacidade de coagir 
outrem a atender minha pretensão. Normalmente, 
alguém se reporta a ele dizendo: “Eu tenho esse 
direito”. Exemplo: o exercício legítimo de poderes 
vinculados a minha propriedade. 
Teoria da vontade (Savigny e 
Windscheid) 
 
 Toda relação jurídica estabelecida entre pessoas é 
determinada por uma norma de direito, que 
atribui à vontade humana um campo de atuação, 
dentro de cujos limites sua vontade atua 
independentemente da vontade alheia. 
Teoria do interesse juridicamente 
protegido 
(Ihering) 
 Os direitos subjetivos são interesses juridicamente 
protegidos e se compõem de dois elementos, um 
substancial, revelado na utilidade, vantagem ou 
proveito que o direito assegura ao seu titular e 
outro, formal e que consiste na ação ou proteção 
jurisdicional. 
Teoria mista ou eclética (Jellinek, 
Saleilles e Michoud) 
 
 Junção dos dois conceitos, o de vontade e o do 
interesse, definindo o direito subjetivo como o 
poder de ação, ou poder da vontade humana, 
cujo fundamento consiste em um interesse 
individual ou social juridicamente protegido. 
Teorias negativas 
 Negam a existência do direito subjetivo 
 Teoria Pura do Direito (Kelsen) – Direito
é apenas 
um conjunto de normas, sendo que os direitos 
subjetivos nada mais são que elementos 
consequentes das normas 
 Teoria da Regra de Direito e das Situações Jurídicas 
(Leon Duguit) Baseia-se em três postulados 
fundamentais. A situação do direito que pressupõe, 
de um lado, a regra de direito que lhe dá origem e, 
de outro lado, os meios mediante os quais ela se 
manifesta ou se impõe contra as pretensões ou 
violação de outrem. 
 Utilitarismo (Jeremy Bentham) 
Relação Jurídica 
 1) Sujeito ativo ou titular do direito 
 2) Sujeito passivo 
 3) Vínculo de atributividade 
 4) Objeto

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