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01/09/2013 1 Biomoléculas II – Ácidos nucleicos e proteínas Prof. Hugo de Almeida Ácidos nucleicos Moléculas da vida Ácidos nucleicos Armazenam as informações hereditárias e promovem a expressão fenotípica; Dogma central da biologia molecular: DNA RNA Proteína. Célula eucariota Ácidos nucleicos Nucleotídeo: açúcar (pentose) + base nitrogenada + fosfato; Nucleosídeo: idem, - fosfato; Cinco bases compõem o nosso código genético: Quatro no DNA: Adenina, Timina, Guanina e Citosina; No RNA, T é substituído por Uracila; Polímero de nucleotídeos = ácido nucleico. Purinas Pirimidinas BASES NITROGENADAS 01/09/2013 2 O DNA (ácido desoxirribonucleico) Prêmio Nobel da medicina - 1962 O DNA consiste de duas cadeias helicoidais de desoxirriboses, enroladas ao longo de um mesmo eixo, formando uma dupla hélice de sentido rotacional à direita. Conformações do DNA Interações entre as fitas de DNA Pontes de H: AT (2 pontes); GC (3 pontes); Estrutura em dupla hélice: Base da complementariedade; Par de moléculas altamente atraídas; Antiparalelas; Fita senso e fita anti-senso; Replicação semiconservativa; A+G = C+T regra de Chargaff Diferenças entre DNA e RNA Estruturas similares, exceto por: Em geral, fita simples versus fita dupla; RNA contém Uracila ao invés de Timina; RNA contém Ribose ao invés de 2’-desoxirribose. Além disso: DNA manutenção de informação; RNA múltiplas funções; RNA: estrutura tipo proteína podem ser catalizadores. 2’-desoxirriboseribose 01/09/2013 3 Tipos de RNA Codificante: mRNA; Não-codificante: tRNA, rRNA tradução; microRNA, siRNA regulação; snRNA, snoRNA modificação; Nucleotídeos Subunidades dos ácidos nucleicos; 3 componentes característicos: Base nitrogenada; Pentose (açúcar de 5 carbonos); Fosfato (1 ou mais); Nucleosídeos BASE + AÇÚCAR: nucleosídios; BASE + AÇÚCAR + FOSFATO: nucleotídeos; Bases nitrogenadas Purinas: Adenina e Guanina; Pirimidinas: Citosina e Timina; Uracila; Pentoses Desoxi-D-ribose e D-ribose; Ligadas por uma ligação N- glicosídica; 01/09/2013 4 Fosfatos 1 ou mais (1, 2 ou 3 são comuns); Fosfatos são ligados por uma ligação éster à hidroxila do C 5’ na ribose ou desoxirribose; Fosfato confere carga negativa ao nucleotídeo. Monofosfato Difosfato Trifosfato Desoxirribonucleotideos Ribonucleotideos Ligações do tipo fosfodiester Entre carbono 5 e 3 de (desoxi)riboses; Crescimento da fita: 5’ 3’; Estereoespecificidade da enzima DNA (ou RNA) polimerase; Sequência linear de nucleotídeos = ácido nucleico; 01/09/2013 5 Por que DNA contém Timina ao invés de Uracila? Porque citosina (radical da citidina) se desamina e forma uracila in vivo. Isto resultaria em mutação do DNA! Qualquer U encontrado no DNA seria corrigido pelo sistema de reparo. Então, o DNA NÃO pode ter U; Porque o DNA foi “escolhido”? DNA é mais estável que o RNA, principalmente em pH alcalino; Gene vs genoma Gene: Unidade fundamental da informação; Segmentos de DNA que codificam a informação requerida para a produção biomoléculas funcionais; Cadeias peptídicas e RNA; Conjunto do material genético, incluindo gene e regiões não codificantes = GENOMA O gene Gene Transcrição Maturação do RNA Pré-mRNA mRNA tRNA Proteína Tradução Ativação de AAs Repli- cação Multiplicação celular DNA duplicado ATP Amino- acil tRNA NÚCLEO CITOPLASMA Manutenção, transmissão e expressão da informação genética Íntrons 01/09/2013 6 Como a informação genética é traduzida? 20 aminoácidos na síntese protéica; + códons de parada: 22 combinações; Existem apenas 4 bases na biossíntese do DNA e RNA; Relação não pode ser de 1 base para 1 aa; Porquê não utilizar códons mais curtos? Combinação de 2 bases: 4² = 16 combinações; Entretanto: Combinação de 3 bases: 4³ = 64 combinações; Código degenerado. O código genético Códon: unidade trinucleotídica; Código específico: 1 códon = 1 aa; Código degenerado: 1 aa = 1 a 6 códons; Código pontuado: Códon de iniciação; Códon de terminação; O código é universal. Aplicação do código genético GAUAUACAUAUGCUGCCCUUUUCGUAUGUGUAUAUGGAA... 3’5’ Met Leu Pro Phe Ser Tyr Val Tyr Met Glu GAUAUACAUAUGCUGCCCUUUUCGUAUGUAUAUAUGGAA... Met Leu Pro Phe Ser Tyr Val Tyr Met Glu Mutação! GAUAUACAUAGGCUGCCCUUUUCGUAUGUAUAUAUGGAAA.. Met Cys Ile Trp Lys Mutação! Silenciosa... GAUAUACAUAUGCUGCCCUUUUCGUAUGAGUAUAUGGAA... Met Leu Pro Phe Ser Tyr Val Tyr Met GluMet Leu Pro Phe Ser Tyr Glu Tyr Met Glu Mutações Espontâneas ocorrem em nível basal; Induzidas presença de agentes mutagênicos, ocorre acima do nível basal; 4 principais grupos de mutágenos químicos: Agentes alquilantes; Análogos de base; Agentes desaminantes; Agentes intercalantes; Mutágenos físicos: Radiações ionizantes; 01/09/2013 7 Mutações químicas Agentes intercalantes: São comportos que se intercalam no DNA, entre as bases nitrogenadas; Podem causar inserções ou deleções; Podem intercalar em fita simples; Ex.: Brometo de Etídio: C12H20BrN3 Marcador de ácidos nucléicos; Eletroforese em gel de agarose; Poderoso efeito mutagênico; Cancerígeno e Teratogênico; N bases Molécula intercalada Mutações físicas Radiações ionizantes: Diagnósticos médicos penetram em tecidos vivos; Causa a quebra das ligações açúcar-fosfato do DNA, o que pode levar a aberrações cromossômicas estruturais; Muitos tipos diferentes de oxigênio reativos são produzidos; Radiações ionizantes x Terapia Anticâncer: Aumenta a frequência de quebras cromossômicas; Proteínas Composição, Estrutura e Função Proteínas São as principais moléculas efetoras de nossas células (ferramentas); Funções: Transporte de nutrientes, Catálise de reações metabólicas; Estrutura, Receptores e transdução de sinal; Polímeros de aminoácidos: Nas células 20 tipos diferentes; Unidos por ligações peptídicas; Condensação entre a extremidade N de um aa com a C do aa seguinte. Aminoácidos de uma cadeia peptídica resíduos, pois perdem uma água 01/09/2013 8 Aminoácidos Carbono central Cα: Grupo amino; Grupo carboxila; Átomo de H; Cadeia lateral variável; Centros quirais; Enântiomeros; Estereoespecificidade dos sistemas biológicos; Classificados de acordo com as características de suas cadeias laterais. Em proteínas: estereoisômeros L! Aminoácidos Classificação dos Aminoácidos Polar não-carregado; Ácido; Básico; Apolar; Aromático. Aminoácidos Classificação fisiológica: Naturais – o organismo é capaz de sintetizar; Essenciais – o organismo não é capaz de sintetizar, mas obtido na alimentação; Ex: lisina e isoleucina (feijão), leucina e valina (arroz). 01/09/2013 9 Aminoácidos incomuns 4-hidroxiprolina; 4-hidroxilisina parede celular em plantas; 6-N-metilisina miosina; Gama-carboxiglutamato protrombina; Desmosina derivado de 4 lisinas elastina; Formados pós-traducionalmente; Selenocisteína selênio ao invés de enxofre; Introduzido durante a síntese protéica. 33 Aminoácidos Em solução: zwitterions Ácidos (doa prótons) e bases (aceptor de prótons); 34 1 2 Isso significa que: Assim como a água, são substâncias anfotéricas; Se existe muito H+ em solução (solução ácida): Atua como base (recebe o próton). Se existe muito OH- em solução (solução básica): Atua como ácido (doa um próton). Atua como um sistema tampão evita mudanças bruscas de pH; Dependendo do pH, um dos grupos pode se encontrar ionizado. Aminoácidos Dois grupos ionizáveis duas constantes de ionização (pKa); Em dado pH, as cargas se anulam: ponto isoelétrico (pI); Em aminoácidos com cadeias laterais ionizáveis: Em dado pH, apresentarão cargas distintas; Sistemas tampão para pH ácido ou básico; 01/09/2013 10 Proteínas Compostas por 20 AAs; Diferem umas das outras quanto: Composição de aminoácidos; Ordem dos aminoácidos; Número de aminoácidos; Aminoácidos se ligam por ligações peptídicas: Entre o grupo carbonila de um AA e o amina de outro; Reação de condensação resíduos de aminoácidos; Ligação peptídica reação de condensação Classificação Proteínas simples: Somente aminoácidos; Proteínas conjugadas (proteínas ligadas a outras substâncias): Nucleoproteínas; Glicoproteínas; Metaloproteínas; Lipoproteínas; 38 Grupos prostéticos Estrutura de proteínas Diferentes níveis de organização: Estrutura primária (sequência de aas); Estrutura secundária (α-hélices, fitas-β, etc); Estrutura terciária (interações entre estruturas secundárias); Estrutura quaternária (complexos de subunidades). Quais são as forças que mantém esses níveis de organização? Ligações peptídicas covalentes; Flexíveis! Permitem rotação entre os átomos ligados; Cadeia (esqueleto carbônico) pode se dobrar de muitas formas; Não-covalentes (1/20 da força de ligações covalentes); Pontes de hidrogênio (H entre átomos eletronegativos FON); Pontes iônicas (entre átomos carregados); Atrações Van der Waals (soma de forças induzidas pela distância entre os átomos); Forças de repulsão hidrofóbicas. Pontes dissulfeto: Entre cadeias laterais de resíduos de cisteína; Estabilidade de proteínas secretadas ou de bactérias extremófilas, p. ex; 01/09/2013 11 Resultado A soma de milhares de pequenas forças resulta em um arranjo forte. α-Hélice Fita-β Estrutura terciária Forma final tridimensional da cadeia polipeptídica; Dobramento e combinação entre estruturas α e β em formas compactas (domínios). Diferença entre motivo e domínio: Motivo Sequência de resíduos, p.e. HEXXE; Domínio região da estrutura 3D com morfologia e funções independentes de outras partes da proteína. 01/09/2013 12 Estrutura Terciária Estrutura Quaternária Certas proteínas, tal como a hemoglobina, são compostas por mais de uma unidade polipeptídica. A conformação espacial destas cadeias, juntas, é que determina a estrutura quaternária. Esta estrutura é mantida pelas mesmas forças que determinam as estruturas secundárias e terciárias. Estrutura Quaternária A figura abaixo mostra uma imumoglobulina que é, na verdade, um tetrâmero. Representações das proteínas Esqueleto Diagrama Arame Espaço preenchido 01/09/2013 13 Composição de estruturas secundárias varia entre proteínas Como uma proteína reconhece outra molécula? Ligação tem graus variados de especificidade: Proteínas tem atividade abrangente; Outras possuem atividades extremamente específicas. “Ligante” = molécula que se liga à proteína; Íons, moléculas pequenas, macromoléculas; Como ocorre a ligação? Ligações não-covalentes fracas (pontes de hidrogênio, iônicas, Van der Waals); Muitas ligações são necessárias para haver interação efetiva modelo mão em luva. Complementariedade entre receptor e ligante Sítio catalítico (ou sítio ativo) Catálise enzimática Estrutura 3D leva à ativação de um resíduo reativo ataque ao substrato 01/09/2013 14 Suporte mecânico Colágeno; Elastina; Queratina; Proteínas do citoesqueleto; Estrutura quaternária! Ataque/Defesa (anticorpos, venenos e toxinas) Imunoglobulina α-hemolisina Motilidade, propulsão e contração Transporte e armazenamento Hemoglobina Lipoproteína 01/09/2013 15 Proteínas Conjugadas 57 Além disso, podem ser glicoproteínas ou lipoproteínas; Grupos prostéticos.