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1 Introdução à Mineralogia Prof. Márcio Felipe Floss Geotecnia I Unidade 02 Conceitos Básicos Mineralogia: Ciência que estuda os minerais e suas propriedades. Elemento Químico: Substância que não pode ser dividida quimicamente em substâncias mais simples. Mineral: É um corpo sólido, natural, inorgânico e homogêneo, que possui uma composição química característica definida, com uma estrutura atômica tridimensional ordenada e regular. É homogêneo quanto às suas propriedades físicas e químicas ou exibe variações sistemáticas restritas. 2 Conceitos Básicos Mineralóide: qualquer sólido ou líquido que ocorre naturalmente que não possui arranjo sistemático dos átomos que o constitui. São substâncias não cristalinas (amorfas). Ex. vidro vulcânico (obsidiana), opala, âmbar, carvão, petróleo. Cristal: todo corpo que ao passar do estado líquido ou gasoso para o estado sólido adquire (devido à ação de forças interatômicas) uma estrutura interna ordenada que se manifesta numa forma externa regular e poliédrica (natural ou sintético). Conceitos Básicos Rocha: agregado natural e multigranular formado de um ou mais minerais e/ou mineralóides entrelaçados ou fortemente cimentados, dando coerência ao conjunto. Solo: agregação de minerais justapostos, friáveis à pressão dos dedos. É o resíduo da decomposição das rochas. 3 Estrutura Cristalina Na formação dos sólidos, os átomos tendem a se arranjar ordenadamente, formando cristais. Circunstâncias adversas podem impedir o arranjo ordenado e os átomos ficam a esmo, sem caracterizar uma estrutura cristalina, portanto amorfa. Se o arranjo dos átomos resultar em uma geometria bem definida, temos como resultado a estrutura cristalina. De acordo com esta estrutura serão definidas as propriedades mecânicas do mineral. Ex.: grafite e diamante. Estrutura Cristalina Dos mais de 2.000 minerais conhecidos, apenas 3 não possuem estrutura cristalina: -opala ou sílica amorfa; -limonita ou óxido de ferro amorfo; -obsidiana ou sílica hidratada. 4 Formação dos Minerais Átomos e moléculas se movem procurando um arranjo geométrico tal que resulte em carga neutra. Uma molécula tem uma regularidade estrutural porque as ligações covalentes determinam um número específico de vizinhos para cada átomo e a orientação dos mesmos no espaço. A maioria dos minerais apresenta arranjos atômicos que seguem a repetição de uma unidade básica (célula unitária) nas 3 dimensões. A esse arranjo se denomina estrutura cristalina. Estrutura Interna Considerando dois elementos com mesma abundância, o elemento que contribuirá para a formação de um mineral será aquele que melhor combine com outros elementos presentes no sistema (p.ex. carga e tamanho). Somente 8 dos 92 elementos que ocorrem naturalmente na crosta continental terrestre são relativamente abundantes, com o predomínio do oxigênio e da sílica. 5 Estrutura Interna Dos cerca de 2000 minerais, menos de 20 minerais essenciais são predominantes e, portanto, importantes para a Engenharia Civil. Os demais constituem apenas 6 % dos minerais que ocorrem nas rochas e não influem no seu comportamento. São apresentados na tabela a seguir os minerais que predominam na composição das rochas ígneas e a suas proporções: Estrutura Interna Cerca de 60 % da crosta terrestre é constituída de silicatos, sendo o oxigênio o elemento mais abundante. Pela abundância, os silicatos são os minerais mais importantes para Engenharia. Os não silicatos são óxidos, carbonatos, sulfetos, sais, halóides, nitratos, fosfatos, sulfatos etc. Unidade Cristalina da Sílica: Tetraedro de sílica (SiO4) -4 O tetraedro é formado por 4 O-2 coordenados com 1 Si-4. As ligações Si-O são por covalência e extremamente fortes. Os 4 átomos de oxigênio envolvem geometricamente e neutralizam o átomo de silício. 6 Estrutura Interna dos Silicatos Os tetraedros tendem a ligar-se entre si formando cadeias lineares, estruturas laminares ou espaciais. Essas ligações se dão através de oxigênios comuns (oxigênios pontes). Argilo-Minerais São alumino-silicatos hidratados com uma estrutura cristalina em folhas. Quanto ao hábito de ocorrência, as partículas dos minerais argilosos podem ser cristalinas ou amorfas, lamelares ou fibrosas e, embora quase sempre pequenas, podem variam de dimensões coloidais até acima do limite da resolução microscópica. Existem dois tipos fundamentais de arranjo cristalino em folhas: • 1- tetraédrica: consiste da ligação de vários tetraedros de silíca; • 2- octaédrica: consiste da ligação de octaedros com alumínio ou magnésio no centro destes, rodeados por hidroxilas ou oxigênio. 7 Argilo-Minerais A composição da camada tetraédrica pode ser genericamente definida como T2O5 (T= cátion tetraédrico Si, Al, Fe+3) Nos octaedros os cátions podem ser Mg, Al, Fe+2, Fe+3 além de Li, Ti, V, Cr, Mn, Co, Ni, Cu e Zn. As argilas podem então ser classificadas como: 1:1 - uma camada octaédrica ligada a uma tetraédrica 2:1 -duas camadas tetraédricas separadas por uma octaédrica Argilo-Minerais Grupo da Caulinita Fórmula: Al4 [Si4 O10] (OH)8 Importante: A caulinita tem uma baixa capacidade de troca catiônica comparada com a das outras argilas, porém com uma elevada capacidade de troca aniônica, devido à presença de íons (OH)- substituíveis e localizados fora das lâminas estruturais. Possui a propriedade de fixar [P04] -3 fato este importante em melhoramento de solos. 8 Argilo-Minerais Grupo da Caulinita • 1 camada tetraédrica de sílica • 1 camada octaédrica de hidroxila • Ligações estáveis de hidrogênio • Partículas com 1000A de espessura por 10000A de comprimento. 7x10-10 m Caulinita Argilo-Minerais Grupo da Ilita Fórmula: K1 - 1,5 Al4 [Si 7-6,5 Al1-1,5 O20] (OH)4Outros nomes: hidromuscovita, hidromica. São micas que gradam em direção a argilas, geralmente assemelham-se a muscovita. Difere da muscovita por ter mais sílica e menos potássio. A presença de um número considerável de íons potássio interestatificados impede a entrada de água ou líquidos orgânicos e outros cátions na estrutura. As trocas se efetuam nas arestas dos cristais (como na caulinita) onde há valências não completadas. 9 Argilo-Minerais Grupos da Ilita e Esmectita Esmectita Ilita • 1 camada octaédrica de hidroxila entre 2 camadas tetraédricas de sílica • Ligações fracas por íons oxigênio dos tetraedros de sílica • Partículas com 10A de espessura por 1000A de comprimento. • Carga elétrica superficial negativa Argilo-Minerais Grupo das Esmectitas Fórmula: (1/2 Ca,Na)0,7 (Al,Mg,Fe)4 [(Si,Al)8 O20] (OH)4.n H2O Nas esmectitas os espaçamentos interestratos podem ser penetrados não só por água, por troca iônica, mas também por certos cátions orgânicos e por vários líquidos orgânicos. Troca catiônica: os mais freqüentes são entre o sódio e o cálcio, mas podem ocorrer variedades com K, Cs, Sr, Mg, H e outros cátions interestratos que são trocadores em graus variados. 10 Argilo-Minerais Grupo das Esmectitas Moléculas interestratos: a quantidade de água interestratos adsorvida varia segundo o tipo de esmectita, a natureza dos cátions interestratos e as condições físicas. As esmectitas de cálcio fixam geralmente duas camadas de moléculas de água em cada espaço, enquanto que a quantidade retida pelos compostos de sódio parece variar de modo contínuo apresentando, em geral, uma maior capacidade de expandir. Nos espaços interestratos podem também acomodar- se várias moléculas orgânicas, propriedade esta utilizada na purificação de gorduras e óleos. Argilo-Minerais Grupo da Clorita Fórmula: (Mg,Al,Fe)12 [ (Si,Al)8 O20] (OH)16 As Cloritas são um grupo de minerais com estruturas em camadas, que, sob muitos aspectos se assemelham às verdadeiras micas. As principais ocorrências correspondem a produtos de alteração hidrotermal em rochas vulcânicas, em rochas metamórficas e como minerais de argilas em sedimentos argilosos. 11 Argilo-Minerais Argilo-Minerais 12 Argilo-Minerais Minerais Predominantes nas Rochas Minerais Primários e Secundários Os minerais formados diretamente do magma chamam-se primários enquanto que os provenientes da alteração destes, sob ação das intempéries chamam-se secundários. Minerais Essenciais: são os constituintes que definem e caracterizam uma rocha; Minerais Acessórios: são os que não influem na classificação da rocha, ocorrendo em porcentagens pouco significativas na sua composição mineralógica. 13 Os minerais essenciais são os que predominam numa rocha e a maioria das rochas possui dois ou três minerais essenciais e, algumas possuem apenas um. São estes os que estabelecem as características tecnológicas das rochas. Assim, deve-se conhecer as propriedades e características tecnológicas dos minerais predominantes que, de uma maneira geral, são: quartzo, feldspatos potássico, feldspatos calco-sódico, mica biotita, mica muscovita, clorita, sericita, augita (piroxênio), hornblenda (anfibólio), olivina, magnetita, hematita, limonita, pirita, calcita e dolomita. MINERAIS PREDOMINANTES NAS ROCHAS Propriedades Físicas dos Minerais Estrutura: disposição dos átomos ou grupamentos – estado cristalino; Clivagem: capacidade de divisão da substância cristalina em planos paralelos; Dureza: resistência que um mineral oferece a penetração, ao ser riscado. A Escala de Mohs que define a ordem de grandeza da dureza dos minerais: 1 – Talco 6 – Ortoclásio 2 – Gipsita 7 – Quartzo 3 – Calcita 8 – Topázio 4 – Fluorita 9 – Coríndon 5 – Apatita 10 – Diamante 14 Propriedades Físicas dos Minerais Peso específico: relação entre o volume do mineral em comparação com H2O destilada a 4 oC; Halita = 2,20 g/cm3 Galena = 7,50 g/cm3 Quartzo = 2,65 g/cm3 Ferro = 7,30 – 7,90 g/cm3 Calcita = 2,75 g/cm3 Ouro = 19,40 g/cm3 Brilho: está relacionado a capacidade de reflexão da luz incidente no mineral. Os tipos de brilho são: •Metálico: ocorre em minerais não-transparentes e opacos. Exemplos: a pirita e a galena; •Não-metálico: ocorre em minerais transparentes e translúcidos. Exemplos: o diamante, o quartzo e o asbesto. Propriedades Físicas dos Minerais Cor: depende da absorção seletiva da luz, restando a fração transmitida e a fração refletida. Exemplos de cores são apresentados nas tabelas a seguir: 15 Propriedades Físicas dos Minerais Base de Definição da Cor: É a composição química do mineral. Acróicos: Minerais incolores quando puros. Ex.: Quartzo, berilo e fluorita; Alocromáticos: Impurezas ditam as regras. Ex.: Citrino, ametista. Propriedades Químicas dos Minerais Um mineral pode ser formado por um elemento químico ou vários elementos, passando a representar compostos químicos; Ex.: Ouro = Au / Pirita = Fe2S / Quartzo = SiO2 Relação entre forma dos minerais e a sua composição química: Polimorfismo: Apresentam a mesma composição química (C.Q.) e formas cristalinas (F.C.) diversas; Ex.: C = Carbono – Caracterização do diamante e do carvão; Isomorfismo: Apresentam composição química diferente e forma cristalina idêntica; Ex.: Grupo dos feldspatos – Tipos ortoclásio e plagioclásio; 16 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Grupo do Quartzo Mineral mais comum da crosta terrestre; Aparece tanto em rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas; Coloração branca a incolor; Alterações na C.Q. ocasionam minerais com coloração distinta; Variedades = roxo, amarelo, vermelho, preto, etc.; Brilho = Vítreo, transparente ou opaco; Dureza = 7; Densidade = 2,65; Fratura conchoidal, sem clivagem. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais 17 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Grupo dos Feldspatos Grupo mais importante para constituição das rochas; Translúcidos ou opacos; Podem apresentar cristais mistos com até 3 componentes; Composição Química: Feldspato potássico, sódico e cálcico; É um mineral duro que se deixa riscar pelo quartzo, mas que risca o vidro. Os tipos de feldspatos são distintos quanto ao sistema cristalino e a sua clivagem; Ortoclásio – Sistema monoclínico / clivagem segundo ângulo reto; Plagioglásio – Sistema triclínico / clivagem segundo ângulo oblíquo; Graças às direções de clivagem, os feldspatos se apresentam nas rochas ígneas com as superfícies brilhantes e planas, ao contrário do quartzo que não possui clivagem. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Ortoclásio ORTHÓS = reto / KLASIUS = ruptura, clivagem; C.Q. = K2O Al2O3 6 SiO2; Cor = branca, rósea ou amarelada; Brilho = vítreo; Dureza = 6 Densidade = 2,56; Clivagem = boa, segundo dois planos ortogonais; Microclínio = feldspato potássico com sistema triclínico; Ocorrência = rochas cristalinas, principalmente as magmáticas de coloração clara, e também em pegmatitos. 18 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Ortoclásio Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Plágioclásio PLAGIOS = oblíquo / KLASIUS = ruptura, clivagem; C.Q. = Na2O Al2O3 6 SiO2 – Albita;C.Q. = Ca2O Al2O3 6 SiO2 – Anortita;Os cristais são mistos, podendo se misturar em proporções variáveis; Exemplo clássico de minerais isomorfos; Cor = branca, amarela, cinza até rósea; Brilho = translúcido a opaco; Dureza = 6 Densidade = 2,6 – 2,75; Clivagem = boa, segundo dois planos oblíquos, mas quase perpendiculares; Ocorrência = rochas cristalinas, tanto em rochas de coloração clara como escuras. 19 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Reconhecimento Macroscópico dos Minerais 20 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Grupo dos Piroxênios e Anfibólios Grupo de minerais que apresenta composição química variável; Ambos os tipos possuem aparência muito similar; São prismáticos ou granulares; Coloração quase preta; Clivagem segundo dois planos: nos piroxênios = quase perpendiculares, e nos anfibólios = quase oblíquos. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Piroxênios C.Q. variável são silicatos de Mg, Ca e Fe, com ou sem Al2O3 e Fe2O3; Conforme a C.Q. designam-se as variedades de piroxênios; Cor = preta a verde escura; Brilho = vítreo; Dureza = 5 - 6 Densidade = 3 – 3,6; Clivagem = boa, formando prismas quase retangulares; Pode formar prismas ortogonais; Ocorrência = rochas magmáticas, principalmente as de coloração escura; Exemplo comum = Augita. 21 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Anfibólios C.Q. similar aos piroxênios, diferindo pela presença de OH; Cor = Verde escura a preta; Brilho = opaco; Dureza = 5 - 6 Densidade = 2,95 – 3,8; Clivagem = boa, formando prismas de seção rômbica; Ocorrem na forma de prismas, agulhas, e agregados granulares; Ocorrência = rochas magmáticas e metamórficas; Exemplo comum = Hornblenda. 22 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Grupo das Micas Grupo mineral caracterizado pela ótima clivagem laminar e elasticidade; Existem duas variedades principais – muscovitas e biotitas. 23 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Muscovitas Mica branca C.Q. = K2O 3Al2O3 6 SiO2 2H2O; Cor = incolor, transparente, pode aparecer esverdeada ou amarelada; Brilho = vítreo; Dureza = 2 - 3 Densidade = 2,76 – 2,9; Clivagem = excelente, segundo um plano; Ocorrência = rochas graníticas, pegmatitos, micaxistos, gnaisses e sedimentos; Quimicamente estável. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Mica Muscovita 24 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Biotitas Mica preta C.Q. = Silicato complexo contendo K, Mg, Fe e Al; Cor = preta ou preta-acastanhada, às vezes pode ser dourada quando decomposta; Brilho = vítreo; Dureza = 2,5 - 3 Densidade = 2,9 – 3,1; Clivagem = excelente, segundo um plano; Ocorrência = rochas graníticas, micaxistos e gnaisses; Quimicamente estável. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais 25 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Olivina Silicato de Fe e Mg; Cor verde até verde escura, castanha ou opaca; Brilho vítreo; Dureza = 6 – 7; Densidade = 3,27 – 3,37; Forma prismática ou granular; Clivagem imperfeita, sendo mais comuns as superfícies irregulares quando fraturada; Também é chamada de peridoto; Ocorre principalmente em rochas magmáticas escuras e às vezes nas metamórficas. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais 26 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Turmalina Silicato de Br e Al podendo conter Mg, Fe, Ca e F; Ocorrência comum em rochas magmáticas quartzosas (granitos e pegmatitos) e em rochas metamórficas; Dureza elevada, risca o vidro; Fratura conchoidal e forma prismática alongada; Coloração variável podendo ser preta, verde, vermelha ou azul; Distingue-se dos piroxênios e anfibólios pela ausência de clivagem e pela seção triangular ou hexagonal dos cristais. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Granada Silicato de Fe e Al, podendo também conter Mg, Ca e Mn; A cor do mineral depende da sua composição química: Almandina = vermelha-castanha; Grossulária = branca-esverdeada; Espessartita = vermelha a jacinto; Podem ser transparentes e opacas; Brilho vítreo; Dureza = 6,5 – 7,5; Densidade = 3,15 – 4,3; Formam cristais prefeitos, com tendência a superfícies arredondadas e massas granulares; Ocorrem em rochas magmáticas claras e principalmente nas rochas metamórficas. 27 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Calcita Carbonato de Ca; Cor branca, rósea, cinza, amarela, opaca, raramente incolor; Brilho vítreo; Dureza = 3; Densidade = 2,7; Ótima clivagem segundo 3 planos, forma romboedros; Pode possuir aspecto terroso ou como agregados cristalizados, ou ainda como cristais isolados; Reage ao HCl a frio, efervescendo; Mineral comum em rochas sedimentares e metamórficas pode ocorrer na forma de veios ou como produto de alteração de diversos minerais; Mineral básico da formação dos mármores (rochas metamórficas); Importante matéria-prima para fabricação de cimento, cal, corretivo de solo, e demais aplicações. 28 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Gipsita Sulfato de Ca hidratado; Cor branca; Brilho vítreo ou sedoso; Dureza = 2; Densidade = 2,3; Clivagem perfeita segundo um plano; Forma agregados fibrosos e laminares; Ocorrência comum em rochas sedimentares; Usada na fabricação do gesso e incorporada a do cimento. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Caulim Silicato de Al hidratado; Cor branca ou ligeiramente amarelada; Dureza = 2; Densidade = 2,6; Clivagem boa; Apresenta-se na forma escamosa, lamelar ou terrosa; É produto da decomposição de felspatos; Ocorre em veios ou sedimentos; Matéria-prima da indústria da porcelana. 29 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Clorita Silicato de Fe, Mg e Al; Cor esverdeada, verde escura ou amarelada; Dureza = 2 – 2,5; Densidade = 2,6 – 2,8; Clivagem lamelar em boas condições de observação; Similar às micas, mas não elástica; Ocorre principalmente em rochas metamórficas, como cloritaxistos e micaxistos. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Clorita 30 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Magnetita Fe3O4 – Teor de Fe = 72%; Cor preta; Traço preto Brilho metálico; Dureza = 6; Densidade = 5,1; Fortemente magnética; Foram granular ou octaédrica; Ocorre com acessório em rochas magmáticas básicas (melanocromáticas); Pode formar corpos volumosos – jazidas minerais; Como exemplos temos os itabiritos de Minas Gerais. Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Hematita Fe2O3 – Teor de Fe = 70%; Cor preta a cinza-escura; Traço vermelho-acastanhado; Dureza = 5,5 – 6,5; Densidade = 5; Forma granular, compacta ou micácea; Ocorre em rochas sedimentares e solos dando as características de pigmentação vermelha nos mesmos; Forma os principais depósitos ferríferos brasileiros. 31 Reconhecimento Macroscópico dos Minerais Pirita FeS2 – Teor de Fe = 46,6% e de S = 53,4%; Cor amarelo-dourada; Conhecida como “ouro de tolo”; Traço preto; Dureza = 6 – 6,5; Densidade = 4,9 – 5,1; Cristaliza-se em cubos ou forma massas granulares; Mineral muito disseminado na crosta terrestre; Ocorre em diversas jazidas de minerais metálicos, em associações com rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas; Matéria-prima para fabricação de ácido sulfúrico.